PESQUISE AQUI!

domingo, 11 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte II. Imperador Romano Constantino II.


Busto de Flavius Claudius Constantinus, mais conhecido como Constantino II. Imagem: Enciclopédia Larousse Cultural.

Imperador romano oriental (337-340) Flavius Claudius Constantinus nasceu em Arles, em fevereiro, 316 d.C. Filho mais velho de Constantino I e Fausta, depois da morte de seu meio-irmão Crispo, foi educado em meio cristão. Filho mais velho do Imperador Constantino I e da Imperatriz Fausta, antes de morrer o imperador dividiu o Império entre seus três filhos, tocando para Constantino II o controle da Hispânia, Gália e Britânia, a parte ocidental do Império e residindo em sua capital de Tréveris, enquanto a Constâncio coube o governo da parte oriental, do Egito e províncias asiáticas, e a Constante, o filho mais jovem de Constantino I e Fausta, o controle da Itália, Ilíria e África e por ser menor, sob a tutela do irmão mais velho.

sábado, 10 de novembro de 2012

Imperadores Cristãos. Parte I. Imperador Romano Constantino I.



Estátua de Constantino em York, onde foi aclamado augusto. Imagem: Gunnar Larsson.

Flavius Valerius Constantinus, conhecido como Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande, foi proclamado Augusto pelas suas tropas em 306 e governou o Império Romano até à sua morte. Nascido em 26/2/272, Naísso, Turquia. Faleceu em 22/5/337, Nicomédia, Turquia.

No ano de 312, os soldados romanos passaram a usar nos escudos o monograma cristão. O fato teria motivado por uma visão sobrenatural que seu líder, Constantino 1º, experimentou. Ele passou para a história como o primeiro imperador romano cristão.

Constantino era filho de Constâncio Cloro ou Constâncio I (cujo nome era Caio Flávio Valério Constâncio) e de sua concubina, Helena. Cresceu na corte do imperador Diocleciano e teve educação esmerada. Em 305, juntou-se ao pai, então nomeado "césar" do Ocidente, e participou das campanhas da Britânia (Grã-Bretanha).


Cristograma de Constantino. Imagem: Gunnar Larsson.

No ano seguinte, com a morte de Constâncio Cloro, foi aclamado imperador pelas legiões que comandava. O título, porém, não foi reconhecido em Roma. Em 303, após muitas batalhas e lutas políticas, Constantino conseguiu derrotar seus oponentes, passando a dividir o Império com Licínio. No mesmo ano, foi promulgado o edito de Milão, reconhecendo oficialmente a religião cristã.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Confira a história do alemão que encontrou 500 contos de fadas medievais.


Conto; A doninha. Imagem: Guia do Estudante Abril.

Esqueça as historinhas açucaradas dos irmãos Grimm. A essência dos contos de fadas medievais foi coletada por um burocrata alemão que só agora ganha reconhecimento

O escritor russo León Tolstói escreveu que para ser universal era preciso saber cantar sua aldeia. Durante toda a vida, Franz Xaver von Schönwerth fez isso em seu tempo livre. O resultado, um calhamaço de 30 mil páginas manuscritas, reúne anotações sobre a vida cotidiana da região de Oberpfalz, no sudeste da Alemanha, perto da atual República Tcheca, onde ele nasceu - e espetaculares 500 contos de fadas (alguns conhecidos, mas em versões diferentes, outros totalmente inéditos). O trabalho de Von Schönwerth, considerado um dos maiores folcloristas da Alemanha, só agora começou a ser resgatado. "O legado dele é uma fonte sem igual. Ele nos permite uma visão única na vida da Alemanha no meio do século 19", diz Manuel Trummer, professor da Universidade de Regensburg e especialista em Von Schönwerth. "A quantidade e a densidade dos manuscritos são únicos e apresentam uma universalidade que os fazem importantes não apenas para a Alemanha."

O modus operandi do folclorista era até singelo. Enquanto estava em Munique, onde viveu a maior parte do tempo por causa de suas obrigações na corte de Maximiliano 2º, de quem foi secretário-geral e conselheiro, convidava pessoas originárias da Oberpfalz para um café e escutava suas histórias. Essas pessoas geralmente não tinham altos cargos ou riqueza. Pelo contrário, eram da classe mais baixa. Ele também desenvolveu um questionário, que sempre repetia para seus entrevistados. Em 1860 e 1861, passou temporadas em Oberpfalz fazendo o trabalho de pesquisa no local - conversando com pessoas, transcrevendo o que lhe era contado, fazendo perguntas sobre diversos temas. Em seus relatos, há uma visão direta, metódica e quase sem interferência sobre o trabalho, a comida, as roupas, os passatempos, os ditados, as histórias e os contos de fadas que andavam de boca em boca na população de sua região.

domingo, 4 de novembro de 2012

O Nacionalismo de Plínio Salgado e sua Visão do Modernismo. Parte I.


Semana da Arte Moderna de 1922. Imagem: Capa do Livro, O Pensamento Nacionalista no Modernismo Brasileiro de Rodrigo Rodrigues.

“Aprimora-te na arte de bem falar; bem escrever a tua língua; um povo que perde a tradição da palavra, acaba perdendo todas as tradições, poorque o idioma vernáculo é oi veículo da História e o instrumento intelectual da sustentação da personalidade de uma Pátria”.

Plínio Salgado

O primeiro período modernista, correspondente às primeiras décadas do século XX, foi profundamente marcado por uma necessidade de renovação nas artes brasileiras, as quais sofreram grande influência da vanguarda europeia, principalmente com o Futurismo, Dadaísmo e o Surrealismo.

De início, estas influências tiveram mais destaque nas artes plásticas com Tarsila do Amaral, cuja exposição realizada em São Paulo entre 1917 e 1918, após uma viagem feita pela Europa e aos Estados Unidos, de onde absorveu a arte de vanguarda, resultou em num artigo do jornal “O Estado de São Paulo”, escrito por Monteiro Lobato com o título de “Paranoia ou Mistificação”. A severa crítica de Monteiro Lobato revelava seu repúdio à influência da arte estrangeira, conforme se pode ler no artigo:

”(...) exposições públicas, gambumbadas pela imprensa e absorvidas por americanos malucos, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo mistificação pura”.

Monteiro Lobato

Após a violenta crítica , Tarsila teve muitos de seus quadros devolvidos, sofreu duras provações, até se unir com outros artistas de semelhantes aspirações, entre eles estavam: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Di Cavalcanti e outros. Estes, por sua vez, uniram forças com o escultor Vitor Brecheret, que mais tarde conquistou, até mesmo, os elogios de Monteiro Lobato.

sábado, 3 de novembro de 2012

Opte pela Ação: tomada de Decisão Ética Sistemática.


Testes com a TGN1412. Imagem: naturalnews.com.

“Não posso, por falta de premissas suficientes, aconselhá-lo no que determinar, mas se você quiser, eu lhe direi como.”

Benjamin Franklin

Em 13 de Março de 2006, seis homens receberam uma infusão de pesquisa nos arredores de Londres, Inglaterra. Em questão de minutos, um dos homens reclamou de dor de cabeça. Horas depois, todos os seis foram levados às pressas para o Northwick Park Hospital com falência múltipla de órgãos. Somente com a administração intravenosa de doses maciças de esteroides, juntamente com a ventilação mecânica e outros recursos de alta tecnologia, reverteu-se o quadro desses homens, à beira da morte.

O episódio marcou um dos testes mais desastrosos de medicamentos da história – e desencadeou uma chuva de críticas. Por que, perguntaram os observadores, os pesquisadores colocaram homens saudáveis em tamanho risco?

As autoridades inglesas isentaram os pesquisadores de prática indevida. O experimento tinha sido testado em animais e aprovado por autoridades fiscalizadoras tanto no Reino Unido quanto na Alemanha, terra natal de TeGenero, que desenvolveu a droga. Além disso, o debate causou tamanha reação global que o caso do TGN1412 teve um lugar nos anais da ética de pesquisa humana.

O TGN1412 era uma droga de combate ao câncer e à artrite por estimular células imunes de uma maneira nova. Estava sendo testado pela primeira vez em humanos. Apresentava pequeno risco de efeitos colaterais sem precedentes – principalmente uma síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS) devastadora, chamada de tempestade de citocina, ou hipercitocinemia, em que o sistema imune ataca os órgãos do corpo. O teste foi conduzido em homens saudáveis, incentivados a participar pela quantia que receberiam – 2.000 libras.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os egípcios vistos por si mesmos!


Faraó Mentuhotep I. Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 54.

Não é perda de tempo conhecer o ponto de vista dos principais envolvidos. Como os antigos egípcios viam a si mesmos? Em que categoria étnica se colocavam? Como denominavam a si mesmos?  A língua e a literatura que os egípcios da época faraônica nos deixaram fornecem respostas explícitas a essas questões, que os acadêmicos insistem em subestimar, distorcer e “interpretar”. 

KMT = “os negros”(literalmente).  Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 56.

Os egípcios tinham apenas um termo para designar a si mesmos: KMT = “os negros” (literalmente). Esse é o termo mais forte existente na língua faraônica para indicar a cor preta; assim, é escrito com um hieróglifo representando um pedaço de madeira coma ponta carbonizada e não com escamas de crocodilo. Essa palavra é a origem etimológica da conhecida raiz KAMIT, que proliferou na moderna literatura antropológica. Dela deriva, provavelmente, a raiz bíblica KAM. Portanto foi necessário distorcer os fatos para fazer com que essa raiz atualmente signifique “branco” em egiptologia, enquanto, na língua-mãe faraônica de que nasceu, significava “preto-carvão”.

Na língua egípcia, o coletivo se forma a partir de um adjetivo ou de um substantivo, colocado no feminino singular. Assim, KMT, do adjetivo SI = KM = preto, significa rigorosamente “negros”, ou, pelo menos, “homens pretos”. O termo é um coletivo que descrevia, portanto, o conjunto do povo do Egito faraônico como um povo negro.

KMTJW = os negros, os homens pretos (literalmente). Imagem:  História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 59.

Em outras palavras, no plano puramente gramatical, quando, na língua faraônica, se deseja indicar “negros”, não se pode usar nenhuma outra palavra senão a que os egípcios usavam para designar a si mesmos. Além disso, a língua nos oferece um outro termo KMTJW = os negros, os homens pretos (literalmente) = os egípcios, opondo-se a “estrangeiros”, que vem da mesma raiz, KM, e que os egípcios também utilizavam para descrever a si mesmos como um povo distinto de todos os povos estrangeiros. Esses são os únicos adjetivos de nacionalidade usados pelos egípcios para designarem a si mesmos, e ambos significam “negro” ou “preto” na língua faraônica. 

RMT KMT = os homens do país dos homens negros ou os homens do país negro. Imagem:  História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 59.

Os acadêmicos raramente os mencionam ou, quando o fazem, traduzem-nos por eufemismo, tais como “os egípcios”, nada dizendo sobre seu sentido etimológico. Eles preferem a expressão RMT KMT = os homens do país dos homens negros ou os homens do país negro.

No alto da imagem à esquerda Ramsés II e um Batutsi moderno. (Fonte: C. A. Diop. 1967. PR. XXXV). Abaixo à Esfinge, tal como foi encontrada pela primeira missão científica francesa no século XIX. Presume-se que esse perfil, tipicamente negróide, represente o faraó Khafre ou Quefrén (cerca de -2600, IV Dinastia), construtor da segunda pirâmide de Gisé. O perfil não é nem helênico nem semita: em bantu. (Fonte: C. A. Diop. 1967. pr. XIX.) Imagem: História Geral da África de G. Mokhtar (Org.), pg. 57.