sábado, 11 de setembro de 2010

SEMANA FARROUPILHA DE 14 A 20 DE SETEMBRO DE 2010

A proposta de trabalho para o tema de 2010 é representada através de três aspectos:



- Os ideais: explorar as razões que levaram os farroupilhas a se colocarem em posição antagônica ao Império. Questões como os altos impostos sobre a terra e sobre a produção de charque, a idéia de República e de Federalismo, o direito de escolher (eleger) os representantes políticos, o direito ao tratamento homogêneo entre os servidores militares.

- A cidadania: os farroupilhas enquanto cidadãos, com famílias, com propriedades, com direitos civis, com deveres de cidadãos. A questão da falta de escolas e do analfabetismo. A questão do trabalho campeiro. Destacar momentos de lazer e descontração com jogos, bailes, carreiras, e explorar a questão da religiosidade através da presença da Igreja católica nas questões políticas, dos casamentos e batizados.

- a Revolução: a decisão extrema de pegar em amas para fazer valer direitos cidadãos e para alcançar os ideais que os moviam. Mostrar a movimentação das tropas no território, destacar a vida nas três capitais farroupilhas.



LANCEIROS NEGROS



DESFILE DE MOVIMENTAÇÃO DAS TROPAS



ENCENAÇÃO DE REUNIÃO FARROUPILHA


Nesse contexto destacamos as figuras mais importantes da Revolução, tais como:


- Bento Gonçalves da Silva


- Antônio de Souza Netto


- José Gomes Vasconcelos Jardim


- Onofre Pires da Silveira Canto


- Joaquim Teixeira Nunes


- David Canabarro


- Antonio Vicente da Fontoura


- Domingos José de Almeida


- Manoel Lucas de Oliveira


- José Mariano de Matos


- Padre Francisco da chagas Martins de Ávila e Sousa


- Padre Hildebrando de Freitas Pedroso


Os estrangeiros:


- Giuseppe Maria Garibaldi


- Luigi Rosseti


- Tito Livio Zambecari


- John Pascoe Grenfell


O objetivo é mostrar tanto os aspectos revolucionários quanto os aspectos de cidadãos e suas famílias fazendo aparecer no cenário às mulheres que, de uma forma geral, são esquecidas pela historiografia.

Podemos trabalhar o desfile temático em 10 invernadas teatralizando:


1.A vida em família;


2.O trabalho: lida do campo e charqueadas;


3.A religiosidade: presença do padre, o casamento e o batizado;


4.As festas: um fandango, a chula, a tava e o truco;


5.Os ideais farroupilhas: assembléia provincial.


6.Apresentação dos líderes, com suas características;


7.Os estrangeiros engajados na idéia republicana;


8.A revolução: três capitais farroupilhas – Piratini, Caçapava do Sul e Alegrete;


9.A proclamação da república, a bandeira e o hino;


10.Os líderes e seus destinos no pós Revolução.


A SAGA FARROUPILHA


Saga Farrapa marcou o Rio Grande

As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.

A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-ro-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.

Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.

Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.

As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima (PPB/RS), especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".

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http://www.semanafarroupilha.com.br

63ª Chama Crioula é acesa abrindo as festividades Farroupilhas no Estado.

DESFILE DAS DELEGAÇÕES DE VOLTA AO SINDICATO RURAL

Composta por três centelhas, o 63º acendimento da Chama Crioula ocorreu às 10h34min no sábado (14/08), no cais do porto de Itaqui, quando se uniram à chama acesa no município há 30 anos contínuos, uma centelha vinda da região das Missões, para representar os povos indígenas, e outra vinda da cidade argentina de La Cruz, alusiva à integração com o povo hermano. O Candeeiro Crioulo foi aceso após a fusão das três Chamas pelo Patrono da Semana Farroupilha 2010, Rodi Pedro Borghetti, e pela viúva de Orlando Degrazia, um dos integrantes do Grupo dos 8, Clori Degrazia. As 30 regiões tradicionalistas do Estado foram chamadas a acender seus candeeiros. De acordo com o coordenador da 3ª Região Tradicionalista, João Cezar Farias, cada região tem uma maneira particular de distribuir a centelha entre outros municípios e entidades. Mais de 1800 cavalarianos acompanharam a solenidade que marcou o início das festividades farroupilhas no Rio Grande do Sul. Pela primeira vez que o e evento teve um aspecto internacional, reunindo em um mesmo local o representantes do tradicionalismo, autoridades de Alvear, província de Corrientes da argentina, simbolizando um integração das culturas e povos latinos. A solenidade foi marcada ainda por uma homenagem ao chamado Grupo dos 8, reconhecido como os fundadores do tradicionalismo organizado. Uma pajada, declamada e composta pelo artista João Sampaio, intitulada "Os Oito de Ouro", além de um grupo de cavalarianos foram algumas das formas de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos tradicionalistas em 1947, ano de acendimento da primeira Chama Crioula no Rio Grande do Sul. O vice-presidente da Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas e Presidente do MTG, Oscar Fernande Gress, manifestou a importância do evento como um dos momentos mais importantes para o tradicionalismo organizado. Já o Patrono, Rodi Borghetti, lembrou a importância e a coragem daqueles jovens, em 1947, que acenderam pela primeira vez a chama do Candeeiro, retirando uma centelha da Pira da Pátria. O prefeito Gil Marques Filho, anfitrião do evento, saudou a todos os tradicionalista que participam do ato, representando suas regiões e agradeceu a comunidade que apoio a inicitiva de Itaqui sediar o maior evento do tradicionalismo gaúcho; clamou por uma atenção especial dos órgãos competentes para incentivarem mais a difusão da cultura riograndense.

HISTÓRIA DA CHAMA CRIOULA


O simbolismo do fogo é universal, encerra em si o poder e a força. Assim como na Semana da Pátria, também na Semana Farroupilha temos um fogo simbólico, a "Chama Crioula", aliás, esta tem origem primeira naquela: foi em 1947 que, pela vez primeira, ardeu um candeeiro crioulo.
A "Chama Crioula" representa a história, a tradição, a alma da sociedade gaúcha, construída ao longo de pouco mais de três séculos. Em torno dela construímos um ambiente de reverência ao passado, de culto aos feitos e fatos que nos orgulham, de reflexão sobre a sociedade que somos e a que queremos ser. Frente à chama, não fazemos festa, não bebemos, não dançamos. Nossa postura é de reverencia e de compenetração cívica.


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