domingo, 21 de janeiro de 2018

Tehom (Abismo [nome próprio])


Sempre soube que havia maravilhas ocultas nesses pequenos dois versículos, mas quanto mais me aprofundo neles, mais maravilhas encontro. Encontramos bilhões de anos de espaço/tempo e a presença PESSOAL da escuridão abissal TEHOM, junto ao criador ELOHYM!

"No Princípio criou ELOHYM (Deus) os céus e a terra. E a terra era SEM FORMA E VAZIA ([TOHU VAVOHU], TOHU, aparentada do babilônico TIAMAT/TEHOM) e havia trevas (VECHOSHEKH [figurativo]) sobre a face de TEHOM (ABISMO [nome próprio]); e o Espírito de ELOHYM (Deus) se movia sobre a face das águas."

Bereshit 1:1-2 (Bíblia hebraíca Sttugartensia).


Heylel Ben-Shachar (Lúcifer)


O nome próprio e o "título" de um querubim que todos deveriam conhecer. Se as pessoas soubessem a diferença que esses detalhes no texto original fazem, dariam mais valor as palavras e conheceriam o seus verdadeiros significados!
"Como caíste do céu HEYLEL BEN-SHACHAR (Estrela da Manhã [Lúcifer], Filho da Alva)! Como fostes lançado por terra, tu que debilitavas as nações!"
Yeshaiahú [Isaías] 14:12 (Bíblia hebraica Sttugartensia).

Coral de um 1/3 dos anjos regidos por Heylel?


"(...)a obra dos teus tambores (TAPEYKHA [toph]) e dos teus pífaros (UNËQÅVEYKHA [u·gháv]) estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados."
Ezequiel 28:13.




Se pararmos para pensar veremos que a música foi criada quando Heylel (Lúcifer) foi criado, Deus havia preparado tudo para o dia que Heylel fosse criado. Por isso diz “Em ti se faziam os teus tambores e pífaros” (Ez. 28:13), muitos estudiosos dizem que a música brotava de dentro dele, a musica foi criada quando ele foi criado, por isso não podemos descartar nunca a possibilidade de ele ser o Ministro de Louvor no Céu, até mesmo porque ele tinha muita influência entre os anjos, e ele era respeitado abaixo de Deus. E as palavras pífaros e tambores estão no plural, ou seja, eram muitos instrumentos musicais. É obvio que ele não tocava esses pífaros e tambores sozinho! Ele tocava com o seu coral que são os anjos que caíram com ele. E para que serve um instrumento se não para ser tocado. Porque será que no céu Deus criou os instrumentos e depois criou Heylel? É claro que foi para ele tocar os instrumentos para Deus ouvir, isso é algo muito interessante que eu tenho que destacar de novo, para ficar na sua mente porque a Bíblia diz “Pifaros e Tambores” no plural, ou seja vários pífaros e vários tambores, talvez seja para Heylel e essa terça parte dos anjos que com ele caiu (Ap. 12:4), tocarem louvores para Deus, eram o seu coral, os mais ligados e ele e obedientes ao seu regente Heylel!

Traduttore/Traditore (Tradutor/Traidor


Em relação aos textos bíblicos originais, em hebraico e grego koine: SEMPRE O TRADUTOR É UM TRAIDOR, pois a tradução destrói o texto original e com o passar do tempo isso se torna mais claro, pois quanto mais recentes versões dos textos bíblicos eu leio mais vejo o quanto estão MODIFICADOS E ADAPTADOS para as pessoas de atuais momentos da história, como vemos agora. Posteriormente criarei uma postagem na qual mostrarei os absurdos realizados em traduções dos textos bíblicos para versões modernas dos mesmos!


Texto hebraico, Tanah (Equivalente ao Antigo Testamento).


Texto em grego Koine (Equivalente ao Novo Testamento).

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

As Origens das Mil e Uma Noites



Eternas, as histórias das Mil e Uma Noites se espalharam por todo o mundo, sendo contadas para crianças e adultos através dos séculos. A trama é sobre o sultão Shariar, que, após descobrir a traição da mulher, decide casar-se cada noite com uma jovem diferente, mantando-a ao amanhecer. Tal condenação só é desfeita quando Sherazade, a impetuosa filha do grão-vizir, se oferece como noiva do sultão e faz com que as noites se multipliquem ao inebriar o marido com suas histórias envolventes.

É problema altamente controvertido a origem das Mil e Uma Noites. Massudi, que viveu no século XI e foi um dos escritores mais viajados do seu tempo, afirmou que as Mil e Uma Noites foram tiradas do persa HEZAR AFSANEH [mil histórias].

Está última obra, segundo se afere de uma referência que a ela faz Firduzzi, no prefácio de SCHANAMEH [livro dos reis], é atribuída a um poeta persa, Rasti, que teria vivido na segunda metade do século X. E, assim, o erudito Massudi parece estar com a razão, pois as duas heroínas principais das Mil e uma Noites, Sherazade e Dinazade estão com seus nomes persas nas páginas famosas de HEZAR AFSANEH.

Mas os persas, de acordo com a opinião de Clemente Huart, foram colher na Índia, o enredo dos principais contos que figuram no famoso Hezar Afsaneh.

O orientalista e historiador alemão Gustavo Weill (1808-1889), que professor de línguas orientais em Heidelberg, afirma que os contos árabes das Mil e uma Noites diferem totalmente das primitivas  formas indiana e persa.

A difusão extrema desses contos no espaço e no tempo – universidade – imortalidade – decorrem de condições que merecem ser frisadas. São fundamentalmente obra de imaginação e inocência.

Antonie Galland

OQUE CONTÉM AS MIL E UMA NOITES

O verdadeiro livro das Mil e Um Noites, na sua forma completa, não é obra cuja leitura possa ser aconselhada para crianças ou adolescentes. É um livro profundamente contraindicado sobre vários aspectos, pois muitos dos seus contos foram imaginados com a finalidade exclusiva de divertir adultos.

Este livro, que a saudosa poetisa Cecília Meireles considerava glorioso, encerra em suas páginas sermões bem graves: erros e anacronismos.

Quando observado numa tradução, não escoimada da parte obscena, vamos encontrar na imensa cadeia das Mil e uma noites:

Ø  Contos maravilhosos e de aventuras;
Ø  Contos de amor e intrigas de namorados;
Ø  Romances de viagens;
Ø  Aventuras de cavalaria e guerra;
Ø  Lendas fantásticas cheias de crueldades;
Ø  Cenas de zombaria contra judeus e cristãos;
Ø  Contos do gênero policial;
Ø  Anedotas brejeiras e pornográficas;
Ø  Episódios fantásticos e obscenos;
Ø  Lutas religiosas;
Ø  Parábolas e apólogos;
Ø  Fábulas;
Ø  História de erudição (até com problemas de matemática).

E todos os enriquecidos por delicados trechos poéticos nos quais transparece a beleza, a suavidade e o encantamento dos versos árabes.


Rainha Xerazade pintada no século XIX por Sophie Anderson.

FONTES DAS MIL E UMA NOITES

Em muitos livros de histórias em séries os árabes foram buscar inspiração para os seus contos maravilhosos. Poderíamos citar os seguintes:

v  Mahabharata: poema escrito em sânscrito.
v  Ramayana: poema indiano de origem muito remota.
v  Dasa-Koundra: (Aventura de dois adolescentes). Livro muito popular na Índia.
v  Katha-Sarit-Sagara: (Oceano infindável de histórias). Contos copilados por Samodéva.
v  Tutinamesh: (Contos de um papagaio). Pequenos apólogos que se afastam muito dos bons princípios morais.
v  Contos de Nang-Trantrai: (Contos da jovem rendeira). Histórias da Índia antiga escritas sob influência das religiões bramânica.
v  Fábulas de Kalila e Dina: que foi traduzido para o português pelo professor Ragy Basile.
v  Hitopadexa: (introdução útil), coleção de fábulas e apólogos morais da Índia. Para este livro há uma excelente tradução de monsenhor Sebastião Salgado.




Sultão  Shariar e Sherazade


DIVULGAÇÃO DAS MIL E UMA NOITES

O orientalista francês ANTOINE GALLAND, tendo tomado conhecimento, em suas viagens a Constantinopla dos contos das Mil e Uma Noites fez deste uma tradução que se tornou obra clássica da literatura francesa. Como agiu Galland para tornar sua tradução interessante e viva?

a)    Aproveitou apenas uma quarta parte dos contos originais. A sua escolha foi recair sobre as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante.
b)    Teve o cuidado de abolir todas as cenas que pudessem ferir os princípios cristãos.
c)    Suprimiu do enredo dos contos todos os versos, poemas e citações poéticas.
d)    Procurou fazer uma tradução que fosse isenta de expressões chulas ou pouco edificantes.

A obra de Galland alcançou, na Europa, um êxito extraordinário, sendo traduzida para vários idiomas. Foi Galland quem teve a glória de tornar o livro das Mil e Uma Noites conhecido no Ocidente. Ele faleceu aos 69 anos, em 17 de fevereiro de 1715.  Além da tradução das Mil e Uma Noites, Galland deixou cerca de 15 obras, algumas das quais de grande valor literário.