O clima no Brasil é bastante diversificado devido à sua grande extensão territorial e à variedade de fatores geográficos que o influenciam. O país está localizado majoritariamente na zona tropical, o que faz com que as temperaturas sejam, em geral, elevadas ao longo do ano. Entretanto, a combinação de relevo, latitude e massas de ar resulta em diferentes tipos de clima distribuídos pelo território.
Na região Norte, o clima predominante é o equatorial, marcado por temperaturas altas, chuvas abundantes e elevada umidade, características da Floresta Amazônica. Já no Nordeste, encontra-se o clima semiárido, especialmente no Sertão, com escassez de chuvas e longos períodos de estiagem, o que afeta a vegetação e a economia local.
Na região Centro-Oeste, o clima tropical é predominante, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, no verão, e outra seca, no inverno. Essa característica é fundamental para o bioma Cerrado, que depende desse regime climático. No Sudeste, observa-se o clima tropical de altitude, com temperaturas mais amenas devido às áreas serranas e chuvas concentradas no verão.
Por sua vez, o Sul do Brasil apresenta clima subtropical, com estações bem definidas e possibilidade de geadas e neve em algumas áreas, especialmente nas serras. Essa diversidade climática influencia diretamente a agricultura, a biodiversidade e os modos de vida da população brasileira.
Portanto, o clima no Brasil é resultado da interação entre sua localização geográfica, massas de ar e relevo, compondo um quadro variado que torna o país rico em ecossistemas e paisagens naturais distintas.
As mudanças climáticas vêm sendo debatidas intensamente nas últimas décadas, pois seus efeitos já são sentidos em diferentes regiões do planeta, inclusive no Brasil. O aumento da temperatura média, o derretimento de geleiras, a elevação do nível do mar e a ocorrência de fenômenos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas, são indícios claros desse processo. Muitos cientistas apontam que a ação humana é um dos principais fatores responsáveis por essas transformações, principalmente pela emissão de gases de efeito estufa resultantes da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e da industrialização.
Por outro lado, existem grupos que argumentam que as mudanças climáticas também podem estar ligadas a processos naturais da Terra, como variações solares e alterações nos ciclos geológicos. Ainda assim, o consenso científico é de que a influência humana acelerou de forma inédita tais mudanças, tornando o cenário mais preocupante. No Brasil, por exemplo, o desmatamento da Amazônia e a poluição urbana contribuem diretamente para o agravamento da situação. Portanto, discutir se o ser humano é ou não responsável já não parece ser a questão central, mas sim quais medidas podem ser adotadas para minimizar os impactos e garantir um futuro mais sustentável.
Você quer saber mais?
NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1989.
MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Clima e excepcionalismo: análise climática e abordagem dinâmica. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1991.
SANT’ANNA NETO, João Lima. Clima e organização do espaço no Brasil. São Paulo: Contexto, 2001.