PESQUISE AQUI!

domingo, 17 de agosto de 2025

O clima brasileiro

 O clima no Brasil é bastante diversificado devido à sua grande extensão territorial e à variedade de fatores geográficos que o influenciam. O país está localizado majoritariamente na zona tropical, o que faz com que as temperaturas sejam, em geral, elevadas ao longo do ano. Entretanto, a combinação de relevo, latitude e massas de ar resulta em diferentes tipos de clima distribuídos pelo território.

Na região Norte, o clima predominante é o equatorial, marcado por temperaturas altas, chuvas abundantes e elevada umidade, características da Floresta Amazônica. Já no Nordeste, encontra-se o clima semiárido, especialmente no Sertão, com escassez de chuvas e longos períodos de estiagem, o que afeta a vegetação e a economia local.

Na região Centro-Oeste, o clima tropical é predominante, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, no verão, e outra seca, no inverno. Essa característica é fundamental para o bioma Cerrado, que depende desse regime climático. No Sudeste, observa-se o clima tropical de altitude, com temperaturas mais amenas devido às áreas serranas e chuvas concentradas no verão.

Por sua vez, o Sul do Brasil apresenta clima subtropical, com estações bem definidas e possibilidade de geadas e neve em algumas áreas, especialmente nas serras. Essa diversidade climática influencia diretamente a agricultura, a biodiversidade e os modos de vida da população brasileira.

Portanto, o clima no Brasil é resultado da interação entre sua localização geográfica, massas de ar e relevo, compondo um quadro variado que torna o país rico em ecossistemas e paisagens naturais distintas.

As mudanças climáticas vêm sendo debatidas intensamente nas últimas décadas, pois seus efeitos já são sentidos em diferentes regiões do planeta, inclusive no Brasil. O aumento da temperatura média, o derretimento de geleiras, a elevação do nível do mar e a ocorrência de fenômenos extremos, como secas prolongadas e chuvas intensas, são indícios claros desse processo. Muitos cientistas apontam que a ação humana é um dos principais fatores responsáveis por essas transformações, principalmente pela emissão de gases de efeito estufa resultantes da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e da industrialização.

Por outro lado, existem grupos que argumentam que as mudanças climáticas também podem estar ligadas a processos naturais da Terra, como variações solares e alterações nos ciclos geológicos. Ainda assim, o consenso científico é de que a influência humana acelerou de forma inédita tais mudanças, tornando o cenário mais preocupante. No Brasil, por exemplo, o desmatamento da Amazônia e a poluição urbana contribuem diretamente para o agravamento da situação. Portanto, discutir se o ser humano é ou não responsável já não parece ser a questão central, mas sim quais medidas podem ser adotadas para minimizar os impactos e garantir um futuro mais sustentável.

Você quer saber mais?

NIMER, Edmon. Climatologia do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1989.

MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Clima e excepcionalismo: análise climática e abordagem dinâmica. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1991.

SANT’ANNA NETO, João Lima. Clima e organização do espaço no Brasil. São Paulo: Contexto, 2001.

Nelson Mandela e a luta do povo sul-africano

 Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em 1918, na pequena aldeia de Mvezo, na África do Sul. Desde cedo, mostrou-se inconformado com as injustiças provocadas pelo apartheid, um regime cruel de segregação racial que separava brancos e negros em todos os aspectos da vida. Ainda jovem, envolveu-se em movimentos estudantis e políticos, tornando-se um dos principais líderes do Congresso Nacional Africano (CNA). Lutava pela igualdade, pela dignidade e pelo direito de seu povo viver em liberdade.

Em 1962, foi preso e condenado, passando 27 anos atrás das grades, a maior parte na prisão de Robben Island. Mesmo isolado, nunca perdeu a esperança. Mandela se tornou símbolo de resistência e inspiração para milhões de pessoas que sonhavam com uma África do Sul justa. Em 1990, ao ser libertado, demonstrou que sua luta não era pela vingança, mas pela reconciliação.

Em 1993, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, junto a Frederik de Klerk, por seus esforços para encerrar o apartheid. No ano seguinte, foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul, liderando um governo que buscava reconstruir o país sobre bases de união, perdão e respeito. Criou a Comissão da Verdade e Reconciliação, um marco no enfrentamento dos crimes do passado.

Mandela acreditava que o perdão era mais poderoso que o ódio, e que a liberdade só tinha sentido se fosse para todos. Após deixar a presidência, seguiu dedicando sua vida a causas humanitárias até sua morte, em 2013. Sua história continua sendo um exemplo de coragem, esperança e humanidade para o mundo inteiro.

Você quer saber mais?

CARLIN, John. Conquistando o inimigo: Nelson Mandela e o jogo que uniu a África do Sul. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

MANDELA, Nelson. Longa caminhada até a liberdade: a autobiografia de Nelson Mandela. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.


SAMPSON, Anthony. Mandela: a biografia autorizada. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Mahatma Gandhi, o homem que inspirou seu povo

Mahatma Gandhi, cujo nome de nascimento era Mohandas Karamchand Gandhi, nasceu em 1869, na Índia, e se tornou um dos maiores líderes políticos e espirituais do século XX. Conhecido por sua filosofia da não violência (ahimsa) e da resistência pacífica, ele foi fundamental na luta pela independência da Índia em relação ao domínio britânico. Após estudar Direito em Londres, Gandhi trabalhou na África do Sul, onde enfrentou a discriminação racial e começou a desenvolver suas ideias de justiça social e igualdade.

Ao retornar para a Índia, engajou-se em movimentos de desobediência civil, incentivando a população a resistir às leis britânicas de forma pacífica. Entre suas ações mais marcantes está a Marcha do Sal, em 1930, que desafiava o monopólio britânico sobre a produção do sal. Gandhi pregava a importância do autocontrole, da verdade e da simplicidade, defendendo o uso de roupas artesanais e a valorização da cultura indiana.

Sua liderança inspirou milhões de indianos a participarem de protestos pacíficos, que enfraqueceram o poder colonial. Além da política, Gandhi também lutou contra desigualdades sociais, como o sistema de castas, defendendo os direitos dos intocáveis, a quem chamava de "harijans" (filhos de Deus).

Apesar de sua postura pacífica, enfrentou prisões e perseguições, mas nunca abandonou seus princípios. Gandhi tornou-se uma referência mundial, influenciando líderes como Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Assassinado em 1948 por um extremista hindu, seu legado permanece vivo como exemplo de luta por justiça sem recorrer à violência. Seu pensamento continua a inspirar movimentos sociais e a fortalecer a ideia de que a transformação do mundo pode começar por meio da paz.

Você quer saber mais?

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Gandhi: a esperança anda de trem. São Paulo: Moderna, 2003.

DALTON, Dennis. Mahatma Gandhi: Nonviolent Power in Action. New York: Columbia University Press, 1993.

FISCHER, Louis. A vida de Mahatma Gandhi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.