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sábado, 12 de março de 2011

A mulher na sociedade egípcia

A rainha Ahmose Merit-Amon. Esta escultura de Madeira (da qual se vê aqui um detalhe) representa a esposa de Amenófis I. O rosto é bem individualizado, os olhos são realçados por inscrustação de pedras coloridas. Os lábios são orlados com perfeição. A touca é constituída de uma peruca cujas tranças são representadas em relevo e realçadas pela cor.

O lugar da mulher no Egito Antigo é essencial. Para convencer-se disso é suficiente estudar a documentação desse período: desde estatuetas de terra ocre do Neolitico até os relevos que exaltam a beleza de Nefertiti, ou o encanto matizado de helenismo de Cleópatra. Os Traços físicos sublinham as origens afro-asiáticas da população; as representações , os objetos e as inscrições comprovam o interesse atribuído à beleza, aos penteados, às vestimentas, aos cuidados do corpo e do gosto pelos perfumes preciosos.

A mulher tem um estatuto próximo ao do homem. Os textos jurídicos tratam do casamento, da gestão dos bens, sem esquecer o divórcio, o futuro do patrimônio dos filhos e as questões de herança. Mas, qualquer que seja sua posição social, a mulher é primeiramente uma dona de casa, que administra o cotidiano com seus imprevistos, vela pela manutenção corrente da casa, ocupa-se dos filhos, sem esquecer os pais idosos. Na alta sociedade, as esposas de funcionários administram a vida doméstica e, eventualmente, acolhem os hóspedes e preparam as festas, como nas áreas rurais, a casa possui um bom número de criadas, cujos vínculos são bem diversos: da liberdade à completa servidão.

Na arte egípcia, encontram-se numerosas representações de mulheres nos trabalhos de artesanato – tecelãs de linho, padeiras etc. – bem como nos trabalhos dos campos. São representadas também como carregadoras de oferendas em procissões. Por último, encontram-se muitas “carpideiras”, cujas lamentações acompanham a dor das famílias durante os dias que dura o ritual fúnebre.

Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.

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As estátuas misteriosas dos olmecas. 1500 - 400 a.C.

Cabeça monumental. Na escultura olmeca, as cabeças monumentais de basalto formam um conjunto prestigioso. Esses monumentos de várias toneladas ocupam, nas cidades olmecas, uma posição central, o que prova sua importância. Sítio arqueologico de La Venta, por volta de 1200 a.C.

Implantada na costa do Golfo do México, a cultura olmeca produziu, entre 1500 400 a.C., mais de 300 monumentos de basalto e centenas de estatuetas de grande beleza. Apesar de seu pequeno número, as enormes cabeças monolíticas atestam o domínio dos escultores olmecas. O conjunto conta 22 peças monumentais, a maioria proveniente do sítio arqueológico de San Lorenzo, 3 delas de Tres Zapotes , ao sul de Veracruz, e 4 de La Venta, no Tabasco.

Embora todas representem rostos masculinos, nariz achatado e lábios carnudos, cada uma tem seu estilo próprio. A expressão pode ser séria, calma ou feliz. Ignora-se se as estátuas representam guerreiros ou dirigentes, mas todos usam jóias, plumas, motivos antropomórficos e zoomórficos que atestam elevada condição social. Muitas delas são marcadas por mutilações antigas, feitas talvez para fins rituais ou para desfigurar a imagem de um chefe difamado.

Medem de 1,47 a 3,40 metros de altura e seu peso varia entre 6 e 50 toneladas. O local de extração dos blocos de pedra era provavelmente as montanhas de Tuxtlas ao sul do Estado de Veracruz. Levar esses blocos para cada local, o mais próximo dos quais é Tres Zapotes, situado em seus contrafortes, e o mais afastado, La Venta, a 100 quilômetros, necessitava de uma rede de comunicações complexa. Isso implicava uma organização social e política capaz de coordenar a mão-de-obra necessária para tal empresa, bem como o controle da navegação porque as vias de transporte mais acessíveis eram os cursos de água. Junto a muitos parceiros comerciais, os olmecas obtinham as pedras finas que utilizavam como instrumentos (obsidiana), objetos cerimoniais, pequenas imagens e jóias (jadeíta em particular).

Por razões ainda ignoradas, a civilização olmeca desapareceu por volta de 400 a.C., depois de haver transmitido à maioria das culturas mesoamericanas um substrato cultural comum.

Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.

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ONDE CRISTO RENASCE CADA DIA?


ONDE CRISTO RENASCE CADA DIA?
Poema-cristão
Por Sílvia Araújo Motta

Para os Cristãos
Cristo nasceu na estrebaria
provando a importância
da simplicidade.
Os Evangelhos
explicam a falta de hospedaria
para o berço do Cristo
Redentor sem vaidade.

Para DIMAS, o bom ladrão
Cristo nasceu nele,
no Topo do Calvário,
por seu olhar profundo;
Que o fez esquecer
as misérias do mundo:
-“Pai, seja feita Vossa Vontade
na terra e no céu.”

Para os Homens de Fé,
Esperança e Caridade,
Cristo nasceu
para salvar a humanidade,
na perpétua e pessoal
renovação da Vida,
sem citar o céu/inferno
de uma ação vivida.

Para São Paulo, no Plano
e Glória da Redenção,
Cristo é a força viva
encarnada no Homem;
para São João Evangelista,
Cristo veio também
para operar seu natalício
em corações sem amor.

Para os Filhos de Deus,
o Verbo se fez CARNE
e habitou entre nós,
pleno de Graça e Verdade;
Nasce na Eucaristia,
para que se torne
o Corpo e Sangue
pelo Pão e pelo Vinho.

Para todos os Homens
de BOA Vontade,
no universo, Cristo
é o Astro de
Maior grandeza;
A Ressurreição prova
a Bondade na Luz
de maior beleza.

Para Madalena, Cristo nasceu
e lhe deu Vida Nova
quando perdoou
seus pecados, em Betânia;
para Pedro, Cristo nasce
quando lhe renova
a consciência da Verdade,
após três cantigas do galo.

Para Tomé,Cristo nasceu
quando acreditou no Amor,
ajoelhou e manifestou:
-“Meu Deus e meu Senhor!”
Para Zaqueu, o publicano,
de Jericó, Cristo nasceu
quando o viu passar,
mesmo de longe.

Cristo-Judeu nasceu
para a SAMARITANA,
porque lhe prometeu
os Dons da “Água Viva”
quando lhe falou
da triste vida profana,
e da forma sagrada
e pura da Vida Eterna.

Cristo nasce no coração
e renasce a cada dia
nos pequenos gestos
de amor e liberdade,
no testemunho do Cristão
pela Mesa da Eucaristia,
que ilumina os caminhos
da união e solidariedade.
-
Belo Horizonte, 28 de dezembro de 2009.

Silvia Araujo Motta
Publicado no Recanto das Letras em 28/12/2009
Código do texto: T1999504