quarta-feira, 6 de abril de 2011

Quem corre riscos nem sempre é compreendido

O medo de ousar tem destruído a formação de pensadores no mundo todo. Muitos estudantes têm medo de levantar as mãos, questionar seus professores, expressar seus pensamentos. O sistema educacional procura alunos quietos, mais a sabedoria procura alunos inconformados. O sistema educacional procura alunos que repetem idéias, mas a formação de pensadores procura alunos que debatam as idéias, usam o raciocínio esquemático e ousam nas provas.

Lembro-me de um aluno que tirou zero porque ousou pensar diferente. Merecia dez, mas foi completamente silenciado. Nunca mais ousou colocar seus pensamentos. Lembro-me de outro aluno que não escreveu direito uma palavra numa prova. A professora o chamou na frente da classe e o fez escrever na lousa a mesma palavra dezena de vezes.

Foi humilhado publicamente. A humilhação publica foi registrada no inconsciente dele gerando uma grave zona de conflito. Nunca mais conseguiu escrever textos para mostrar aos outros. No exato momento em que começava a construir palavras, suava frio, seu raciocínio se turvava, não conseguia pensar. Pequenos momentos mudam uma história.

Vivi essa história. Há mais de vinte e cinco anos quando era um estudante de medicina, escrevia informações de psicologia de um modo diferente do que me ensinavam. Não as escrevia assim porque as considerava melhor do que as dos meus mestres, mas porque observava e deduzia algumas coisas de modo diferente. Tal atitude era uma afronta.

Tentaram me silenciar, mas felizmente a ousadia prevaleceu. Mas quantos pensadores emudeceram para sempre porque foram proibidos de pensar diferente? Você foi emudecido em alguma área de sua personalidade por alguém ou alguma circunstância? Nunca é tarde para romper as armadilhas da mente. É tempo de superar o medo de errar. Como digo no livro Vendedor de Sonhos, é tempo de caminhar sem medo de se perder.

Você quer saber mais?

CURY, Augusto. O Código da Inteligência: a formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional, Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil/ Ediouro, 2008.

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A civilização dos megálitos

Templo de Mnajdra, Malta.
No fim do Neolítico, os habitantes da ilha de Malta sabem utilizar os megálitos para construir edifícios elaborados. A presença de ídolos femininos no interior prova que se trata de santuários. Em Mnajdra, três monólitos decorados em picotagens servem de porta de entrada para penetrar em três salas em forma de folhas de trevo. Atrás, câmaras com ressonâncias insólitas deviam servir para proferir oráculos. 3° milênio a.C..

Os megálitos (grandes pedras) são os mais antigos monumentos da humanidade. Entre o 5° e 2° milênio a.C., enormes blocos de pedra foram erigidos na Europa em locais abertos e muitas vezes sobre uma elevação. Os mais antigos megálitos estão na Espanha e em Portugal, bem como no Golfo de Lion (noroeste do mar Mediterrâneo), na Córsega, na Sardenha e em Malta. O costume de erigir “grandes pedras” segue depois ao longo da costa atlântica. A Bretanha, em particular, oferece numerosos exemplos desses monumentos. A seguir, a arte megalítica chegou à Irlanda, à Grã-Bretanha e finalmente, por volta de 1500 a.C., à Jutlândia e à Escandinávia.

Os menires, altas pedras verticais de um bloco único, podem ser isolados ou colocados em círculos (o cromlech) ou ainda alinhados. Os alinhamentos dos menires de Carnac ou os círculos de Stonehenge estão talvez ligados a um culto solar ou lunar. Os dolmens, que têm a forma de mesa, são formados por pedras verticais que sustentam um bloco único disposto horizontalmente. Abrigando geralmente câmaras funerárias, são dissimulados sob um montículo de terra ou cairns (montes de pedras). Alguns megálitos são decorados. Na França, as paredes do dólmen de Gavrinis (Morbihan) apresentam gravações de desenhos abstratos (círculos, espirais), folhas, machados e serpentes. Em Filitosa (Córsega), menires têm gravações em relevo com características antropomórficas (esboços de cabeça e braços), além de armas de guerra.

A dama de Saint-Sernin em Aveyron.
Esta estela de arenito esculpido, em forma arredondada no alto, representa de manei4a muito estilizada uma mulher. Dois buracos para os olhos, um traço para o nariz, linhas horizontais para as faces desenham o rosto do ídolo. O grande colar terminado com um pendente, os seios, a tanga que cobre o baixo-ventre e os quatro membros estão particularmente sublinhados. Mais de 20 pequenos menires com a aparência de ídolos femininos, como este, foram encontrados em Aveyron.

Stonehenge, na Grã-Bretanha.
Construído por etapas entre o 3° e o 2° milênio, o conjunto monumental de Stonehenge se compõe de círculos concêntricos de menires, de 3 a 6 metros de altura, e pesando dezenas de toneladas. As pedras verticais do círculo exterior suportam blocos horizontais. Até agora este sítio impressionante não revelou o segredo de sua finalidade.

Você quer saber mais?

SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas: Vol. I – Dos Faráos à Fundação de Roma, 2006.

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