domingo, 22 de dezembro de 2013

Cidade subterrânea de Derinkuyu é um dos maiores mistérios da humanidade


Cidade subterrânea de Derinkuyu, Capadócia – Turquia.

Desde que foi descoberta de maneira casual, em 1963, a cidade subterrânea e perdida de Derinkuyu, na Capadócia, na parte oriental da Turquia, se tornou um mistério sem solução para os pesquisadores que investigam um dos achados mais enigmáticos da humanidade.

Esta cidade sob a terra tem ao menos 13 andares subterrâneos, unidos por passagens e um perfeito sistema de ventilação. Seu último piso fica a 85 metros de profundidade e acredita-se que outros andares poderão ser descobertos.

Em sua área de 400 km quadrados foram encontrados uma igreja, adegas com utensílios para fabricação de vinho, moradias, locais para armazenagem e lojas comerciais. Especula-se que o local tenha abrigado em torno de 20 mil pessoas. As pesquisas realizadas até agora indicam que a cidade foi construída há três mil anos, mas pouco se sabe sobre quem a construiu ou quais foram os motivos.

Várias histórias, contudo, surgiram em torno desta cidade, como a de que seus habitantes seriam o povo Frígio ou Hitita, ou que o local seria algum refúgio diante de uma invasão. São várias as teorias criadas, entretanto, ainda não forma encontradas evidências que as comprovem.


O que está certo é que os métodos e a tecnologia usada para a construção da cidade não correspondem com o que a humanidade possuía naquela época. Por conta disso, também aparecem pessoas que defendem que Derinkuyu possa ser obra de seres extraterrestres. Mas a pergunta ainda persiste: como naquela época foi possível construir galerias a quase 100 metros de profundidade?

Derinkuyu

Esta cidade-caverna existe desde o tempo dos hititas que expandiram-se ao longo dos séculos à medida que vários exércitos atravessavam a Anatólia Central pilhando e fazendo das pessoas suas cativas. Há 36 cidades subterrâneas na Capadócia e a mais profunda é a de Derinkuyu enquanto que a mais ampla é a de Kaymakli.

A Cidade Subterrânea de Derinkuyu localiza-se na vila com o mesmo nome, situada a cerca 40 km de Goreme (uma viagem de 30 minutos). Há cerca de 600 portas exteriores na cidade, escondidas nos pátios de casas à superfície. Esta cidade tem cerca de 85 m de profundidade. Contém estábulos, armazéns, refeitórios, igrejas, adegas, etc. À parte disto, um grande quarto, com um teto abobadado no 2º andar, era uma escola missionária e os quartos à sua esquerda eram para estudo.


Do 3º ao 4º andares a descida faz-se através de escadas verticais que levam a uma igreja em forma de cruz no andar mais baixo.

Derinkuyu possui um sistema de ventilação de 55 m de profundidade que também era usada como poço. Nem todos os andares tinham acesso a poços de água até à superfície para proteger os habitantes de envenenamento durante as invasões. Derinkuyu contém, pelo menos, 15.000 tubos de ventilação que forneciam ar fresco. A Cidade Subterrânea de Derinkuyu foi aberta aos visitantes em 1965, mas até agora menos de metade pode ser visitada.

Duvida-se que as cidades subterrâneas tenham sido usadas como colónias permanentes, ou até para estadias longas, mas foram, claramente, construídas para aguentar ataques e suportar um grande número de pessoas e os seus animais domésticos, durante largos períodos de tempo. A organização urbana era muito complexa e era, provavelmente, um trabalho em curso constante.


Possuem extensas passagens, túneis, poços e corredores que ligam os quartos das famílias e os espaços comunitários onde as pessoas se encontravam, trabalhavam e rezavam. As cidades estavam completas, com chaminés para a circulação do ar, nichos para candeeiros a óleo, lojas, reservatórios de água e zonas onde os mortos podiam ser depositados até as condições à superfície permitirem o seu enterro. Muito importantes eram as portas em forma de mó, desenhadas para bloquear os corredores em caso de ataque, que só se podiam mover de um dos lados.


A Maravilhosa Cidade Subterrânea

Muitas cidades antigas se desenvolveram na superfície, algumas com construções que resistem até hoje, mas Derinkuyu é quase um formigueiro, com vários andares subterrâneos, o que a torna ainda mais misteriosa...Então convido vocês, meu caros Atormentados, a conhecerem comigo essa cidade, que parece ter saído de algum filme do Indiana Jones.

Sua origem é controversa, alguns arqueólogos datam suas origens por volta do ano 4 000 a.C., outros defendem que suas origens são ainda mais remotas, por volta do ano 9 000 a.C., embora a datação por carbono-14 realizada em esqueletos do cemitério paleolítico-cristão situado nessa cidade datam do ano 1 800 a.C.. Estima-se que a cidade começou a ser abandonada por completo por volta do século VIII.


A cidade é formada por 20 níveis, embora apenas 8 estejam abertos a visitação pública. Neles podem-se encontrar vários artigos de “luxo” para uma cidade debaixo da terra, como: cisternas para armazenagem de azeite de oliva, armazéns de alimentos, cozinhas com sistema de dispersar fumaça de forma que não fosse notada na superfície, bares, poços de água, templos de culto, estábulos e até 52 tubos formando um incrível sistema de ventilação para que o ar entrasse e percorresse todos o níveis, até aos mais inferiores!

A temperatura ambiente sempre gira em torno dos 13°C, independente da temperatura que faça na superfície (originando uma das teorias de sua origem, que poderia ter servido de refúgio, durante alguma era glacial).


Escavada em rocha vulcânica, foram usados sistemas engenhosos para bloquear a entrada de intrusos, como portas em forma de rodas esculpidas de uma rocha de consistência mais dura. Tal sistema pressupõe que provavelmente essas cidades também foram construídas como cidades de defesa.


Foram descobertas mais de 600 saídas à superfície e se calcula que essa cidade poderia abrigar até 100.000 habitantes possuindo também um túnel com aproximadamente 8 km de extensão que a conecta com outra cidade subterrânea de Kaymakl. A maior dessas cidades subterrâneas foi descoberta em 2007, em Gaziemir, no distrito de Güzelyurt, pertencente a uma antiga rota da seda, permitindo aos viajantes descansar em uma cidade-fortaleza sob o solo.

A Descoberta

Em 1963, um habitante de Derinkuyu (na região da Capadocia, Anatolia central, Turquía), ao derrubar uma parede de sua casa, descobriu assombrado que por detrás da mesma se encontrava uma misteriosa habitação que nunca havia visto; esta habitação levou-o a outra e esta a outra e a outra… Por casualidade havia descoberto a cidade subterrânea de Derinkuyu, cujo primeiro nível foi escavado pelos hititas cerca de 1400 a.C.

Os arqueólogos começaram a estudar esta fascinante cidade subterrânea abandonada. Conseguiram chegar aos 40 m de profundidade, acreditando-se contudo que chegue aos 85 metros. Atualmente já se descobriram 20 níveis subterrâneos. Só podem ser visitados os oito níveis superiores; os restantes estão parcialmente obstruídos ou reservados aos arqueólogos e antropólogos que estudam Derinkuyu. A cidade foi utilizada como refúgio por milhares de pessoas que viviam no subsolo para se proteger das frequentes invasões que sofreu a Capadócia, nas diversas épocas da sua ocupação, e também pelos primeiros cristãos.


Os inimigos, conscientes do perigo que corriam ao introduzir-se no interior da cidade, geralmente tentavam que a população viesse à superfície envenenando os poços.

O interior é assombroso: as galerias subterrâneas de Derinkuyu (onde há espaço para, pelo menos, 10.000 pessoas) podiam refugiar-se em três pontos estratégicos deslocando portas circulares de pedra. 

Estas pesadas rochas que encerravam as entradas impediam a invasão dos inimigos. Tinham de 1 a 1,5 metros de altura, uns 50 centímetros de espessura e um peso de até 500 quilos.

De cidades subterrâneas desta zona já falava o historiador grego Jenofonte. Na sua obra “Anábasis”, ele explicava que as pessoas que viviam na Anatolia haviam escavado suas casas no sub-solo e viviam em alojamentos suficientemente grandes para albergar uma família, seus animais domésticos e armazém de alimentos.


Nos níveis recuperados, encontraram-se estábulos, comedouros, uma igreja (de planta cruciforme de 20 por 9 metros, com um teto de mais de 3 metros de altura), cozinhas (todavia já enegrecidas pelo fumo das fogueiras que acendiam para cozinhar), prensas para o vinho e para o azeite, tabernas, cantinas, uma escola, numerosas habitações e até um bar. A cidade beneficiava da existência de um rio subterrâneo; tinha poços de água e um magnífico sistema de ventilação. (Encontraram 52 poços de ventilação que assombraram os engenheiros da atualidade).

O Enigma

Até hoje, ninguém sabe exatamente como esse complexo subterrâneo foi construído e pra que servia exatamente. Teóricos auternativos defendem que a cidade é muito mais velha do que se imagina e foi criada por uma civilização humana antiquíssima que posteriormente teria a abandonado. Por seguinte, a cidade teria sido encontrada por moradores e reutilizada. 


Aruma-Mazda

Os construtores das cidades subterrâneas eram descendentes dos Aquemênidas do Zoroastrismo, uma das mais antigas culturas do globo, que influenciou Hinduísmo, Judaísmo e Cristianismo. Nesta religião, o profeta Imah foi instruído que construísse um refúgio abaixo da Terra, Deus dos céus, Aúra-Masda. Uma história muito parecida com a de Noé na Bíblia Hebraica. Porém, agora Imah deveria proteger o povo de uma terrível Era do Gelo. E a última Era do Gelo, segundo cientistas se iniciou em 18000 a.C. e terminou 10000 a.C.


Seria então nesta época que foi feita a cidade de Derinkuyu para que se protegessem de um terrível e longo inverno?

Como não existem testes de Carbono com pedras e areia, não se pode calcular a idade da cidade. Mas se a cidade for mesmo a que Aúra-Masda pediu que fosse construída, quem na realidade seria Aúra-Masda? Seria ele um ser sobre-humano? Podemos então supor que ele poderia ter trazido a tecnologia para fazer as cidades abaixo da terra? Não poderia ser, na verdade, de outro mundo?

Realmente a região é impressionante. Tamanha complexidade é equiparável aos maiores monumentos de nossa história, como as pirâmides do Egito e o Stonehenge. Aliado ao fato da cidade ser extremamente antiga, e a impossibilidade de concebermos sua construção, seria mais um caso de uma hipotética intervenção de outras tecnologias alheias a terrestre. Dadas as parcas ferramentas e recursos de antigamente, tal cidade adquire um aspecto ainda mais fascinante e intrigante. Outro caso fascinante, que assusta tanto como nos atrai.


A superfície Capadócia, na Turquia, é de uma beleza única, mas seu subsolo também guarda grandes surpresas. São mais de 100 cidades subterrâneas, das quais apenas 37 já foram abertas. Elas surgiram entre os Séculos VI e VII, quando exércitos persas e árabes invadiram a região e os cristãos bizantinos que viviam no local se viram obrigados a fugir através de túneis secretos. 

Essas cidades subterrâneas, declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985, nunca foram usadas como moradias permanentes, eram habitadas por algum tempo quando os cristãos precisavam se esconder da perseguição religiosa. Períodos esses que chegavam a quatro meses debaixo da terra.  As mais conhecidas são Derinkuyu, a mais profunda, e Kaymaklı, a maior delas.

Visitei a cidade subterrânea de Derinkuyu, onde viveram cerca de 10 mil pessoas ao mesmo tempo. Ela tem 85 metros de profundidade, mais de 600 portas que ligam as casas aos pátios, e era formada por cavernas, estábulos, armazéns, refeitórios, igrejas, escolas, quartos e adegas.

Nem todos os andares tinham acesso a poços de água, que não ficavam perto da superfície para evitar envenenamento durante as invasões. A ventilação chegava por meio de um poço de 55 metros e vários de tubos que fornecem ar fresco até hoje. Você pode estar no último subsolo que sentirá a brisa que vem do exterior. Existem também espécies de exaustores naturais que funcionavam para extrair a fumaça do preparo dos alimentos das profundezas desta cidade subterrânea.


Percorrer os túneis sem fim de Derinkuyu dá uma sensação um tanto quanto claustrofóbica. Muitas vezes é preciso subir ou descer escadarias agachado. Não é à toa que algumas pessoas do meu grupo desistiram e esperaram o resto da turma em um dos bares do lado de fora da cidade.

Mas é interessantíssimo andar por esses corredores que ligavam os quartos às áreas comunitárias, onde as pessoas se encontravam para conversar, trabalhar, estudar ou rezar.

Existe inclusive uma igreja neste subterrâneo da Capadócia em formato de cruz, onde os cultos eram celebrados. É quase impossível acreditar que milhares de pessoas viveram ali durante meses, sem ver a luz do sol.


A Cidade Subterrânea de Derinkuyu foi aberta aos visitantes em 1965, mas até agora menos de metade pode ser visitada.