sexta-feira, 29 de abril de 2011

BBC resgata gravação do 'trompete do faraó Tutancâmon' de 1939

Objetos de museu egípcio recuperados e exibidos no Cairo (AFP)
O trompete e outros artefatos tinham desaparecido de Museu do Cairo.

Christine Finn Para a BBC

Um instrumento musical conhecido como o “trompete do faraó Tutancâmon” foi um dos objetos raros roubados do Museu do Cairo durante o recente levante popular contra o governo egípcio, que antecedeu a renúncia do presidente Hosni Mubarak em fevereiro.

O roubo e posterior recuperação do objeto de bronze - a relíquia teria sido deixada, juntamente com outros artefatos roubados do museu, em uma sacola no metrô do Cairo -, levaram a BBC a buscar, em seus arquivos, uma gravação que capturou, em 1939, o som do instrumento.

Quando o arqueólogo britânico Howard Carter encontrou, em 1922, a tumba de Tutancâmon, ele também avistou, à luz de velas, perto da múmia do rei menino, dois trompetes: um de prata e um de bronze.

Por mais de três mil anos, os instrumentos, decorados com imagens de deuses egípcios associados à guerra, haviam permanecido, mudos, no Vale dos Reis.

Maldição de Tutancâmon

A notícia do roubo do trompete de bronze - felizmente, o de prata havia sido emprestado a outro museu - durante o recente levante no Egito, provocou consternação no Egito.

Eles estão entre os mais antigos instrumentos musicais do mundo e são cercados de lendas e mistério.

Algumas pessoas, como o curador de Tutancâmon do Museu do Cairo, acreditam que os trompetes têm "poderes mágicos" e que podem atrair guerras.

Segundo o curador, o instrumento foi tocado antes da primeira Guerra do Golfo e, mais recentemente, uma semana antes do início do levante popular no Cairo.

O histórico programa da BBC, gravado em 1939 e transmitido a cerca de 150 milhões de ouvintes no mundo, também reforça a lenda: a transmissão ocorreu pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Devido à fragilidade dos artefatos, eles raramente são tocados.

Pioneiros do rádio, reconhecendo o potencial de um programa envolvendo os extraordinários instrumentos, conseguiram convencer o Serviço de Antiguidades Egípcias a autorizar uma transmissão do Museu do Cairo para o mundo.

Numa tarde de domingo, o apresentador da BBC Rex Keating entrevistou o arqueólogo Alfred Lucas, um dos poucos integrantes da equipe de Carter ainda vivos na época.

Depois, chegou o momento que todos esperavam. A plateia ficou em transe.

O músico escolhido para este programa histórico foi James Tappern.

Seu filho, Peter, também trompetista, disse que essa foi a grande história de sua infância, recontada, inúmeras vezes, pelo pai.

"Ele tinha muito orgulho (de seu feito)", disse.

No entanto, a única gravação que a família guardava da transmissão, um delicado vinil de 78 rpm, havia se quebrado em uma mudança.

Peter só ouviu a gravação do pai décadas mais tarde.

"Fiquei boquiaberto com a qualidade (do instrumento)", disse. "Como os trompetistas daquela época tocavam (os trompetes) é impossível saber. Meu pai usou bocais modernos, mas o conhecimento técnico (usado na fabricação dos instrumentos) é impressionante".

Fragilidade

Segundo a egiptóloga Margaret Maitland, durante a Antiguidade, instrumentos de metal eram frequentemente roubados e derretidos.

"Havia escassez de metais preciosos", disse.

James Tappern tocou o instrumento em 1939

James Tappern tocou o trompete do faraó em 1939

Isso explica por que tão poucos exemplares sobreviveram. E por serem frágeis, não é aconselhável tocá-los, ela acrescenta.

"É tentador querermos ouvir como esses instrumentos teriam soado, mas é muito perigoso, especialmente porque há tão poucos", disse Maitland.

Nos arquivos da BBC, um relato não confirmado do pioneiro radialista Keating conta que, antes da transmissão histórica de 1939, uma tentativa de tocar o trompete de prata para o rei Farouk do Egito teria terminado em desastre.

De acordo com Keating, o precioso instrumento teria se despedaçado, possivelmente porque um bocal moderno teria sido usado pelo instrumentista.

Ao ouvir a notícia, consternado, o arqueólogo Alfred Lucas teria ido parar no hospital.

A relíquia, no entanto, teria sido restaurada.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2011/04/110418_trompete_tutancamon_mv.shtml


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dois Psicopatas Clássicos da História.

Josef Stalin e Adolf Hitler

“Nunca houve tantos escravos em sociedades democráticas. Escravos no único lugar em que deveriam ser livres: no território de nossa mente.”

A. Cury, em O vendedor de sonhos

Hitler tinha brilhantes pensamentos dialéticos, inclusive no trato com sua cadela. Observe seus discursos e aparentemente verá um homem afetivo e sensível. Porém, o número de janelas que apoiavam suas idéias era pequeno. Não lhe dava subsídios para se colocar no lugar dos outros, para ficar assombrado com o fenômeno da existência, para pensar antes de reagir.

Mas a grande questão é: Hitler tinha na sua memória experiências suficientes para gerar um pensamento multiangular, para enxergar os judeus como membro da sua espécie, para ter compaixão, solidariedade?

Talvez a resposta seja chocante, mas é positiva. Sim, tinha. Caso contrário, não seduziria uma nação inteligentíssima como a alemã.

O problema é que seu pensamento era uniangular. Seu Eu era um péssimo gestor da sua psique. Não abria múltiplas janelas da memória ao mesmo tempo, não desenvolvia, portanto, um raciocínio histórico, existencial, esquemático, capaz de decifrar os códigos da inteligência. Embora tivesse um poderio militar sem precedentes, Hitler era débil, frágil, infantil, no mau sentido da palavra.

Um Eu frágil crê em verdades absolutas, tem um pensamento linear, elimina a arte da dúvida e, por isso, é incapaz de decifrar o código da autocrítica. Não podemos nos enganar, um homem com raciocínio dialético brilhante pode matar, estuprar, destruir, sem piedade.

Stalin, do mesmo modo, tinha mérito em seus raciocínios dialéticos. Defendia a nova ordem social, o socialismo, com paixão e fervor. Mas era paranóico. Tinha idéias de perseguição. Não tinha um raciocínio histórico, existencial e nem muito menos esquemático. Não era gestor da sua psique, não tinha autocrítica e desconhecia a arte da dúvida.

Era meramente lógico-linear.

Em sua biografia, há relações que nos deixam perplexos. Stalin podia mandar matar à noite homens que inventava que eram seus inimigos e na manhã seguinte tomar café com as esposas deles como se nada tivesse acontecido. Homens como esses nunca deveriam assumir o poder. Aliás, talvez 1% dos líderes políticos, empresários, espirituais, estão preparados para assumir o poder com dignidade.

Você quer saber mais?

CURY, Augusto. O código da inteligência: A formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional. Rio de Janeiro: Thomas Nelson/Ediouro, 2008.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

O Colosso de Rodes

Foram necessários 12 anos para construir a estátua

A palavra “colosso” não dá nome a uma das Sete Maravilhas da Antiguidade por acaso. Estátua de Hélios, o deus grego do Sol, o Colosso de Rodes tinha 32 metros de altura, o mesmo que um prédio de dez andares. O monumento foi construído para comemorar a vitória dos gregos da ilha de Rodes contra o rei macedônico Demétrio I, que tentou invadi-la em 305 a.C. A estátua levou provavelmente 12 anos para ficar pronta – sua construção começou em 294 a.C. O escultor Chares, da cidade de Lindos, idealizou o projeto usando como referência outras estátuas do mesmo deus. Todo feito em bronze, o monumento foi erguido nas proximidades do porto e permaneceu em pé pouco tempo, até 225 a.C., quando um terremoto o destruiu. Ali ficou em ruínas até que os árabes invadiram Rodes, no ano de 654, desmontaram as peças quebradas e as venderam.
Vida breve

Monumento ficou em pé menos de 60 anos.

1. Pé no mármore

O Colosso foi construído sobre uma base de mármore de 3 metros de altura. As primeiras partes a serem fixadas da estátua, claro, foram os pés, que eram ocos, e os tornozelos. De acordo com relatos do matemático Philon de Bizâncio, 8 toneladas de ferro foram usadas na construção – as vigas do material sustentavam a estrutura interna.

2. Caneleira de pedra

A estrutura da estátua era também mantida por colunas de pedra, que envolviam as vigas de ferro das pernas. Cada um dos pilares de pedra tinha cerca de 1,5 metro de diâmetro. O escultor queria evitar que o Colosso perdesse o equilíbrio e tombasse – por isso adicionou mais peso às porções mais baixas da estátua.

3. Montanha artificial

Para facilitar a construção, os operários fizeram rampas de terra e madeira ao redor da estátua. Cerca de 13 toneladas de bronze foram usadas no revestimento do monumento. Cada placa de bronze tinha que ser cuidadosamente fundida e martelada no formato certo. Elas eram então levadas até a posição correta na estátua por cordas e um sistema de roldanas.

4. Ajuda dos inimigos

O ferro e o bronze utilizados na construção da estátua foram provavelmente obtidos com a fundição e venda dos armamentos deixados pelos inimigos na invasão frustrada. Há também a possibilidade de existirem na ilha minas de cobre, estanho (base para o bronze) e ferro – a maior parte deste material foi usada em vigas nas pernas do monumento e em barras diagonais colocadas a partir da barriga da estátua.

5. Braço de ferro

Partes ocas da estátua, como os braços, foram preenchidas com uma mistura de entulho e pedras. Embora não exista registro preciso sobre a aparência do Colosso, ele provavelmente segurava um manto com a mão esquerda, usava uma coroa e tinha a mão direita sobre os olhos (que representava o direcionamento de seus raios de luz).

6. Operário padrão

Por causa da altura do monumento, é provável que grande parte do bronze tenha sido esculpida nas rampas de terra construídas pelos operários. Não há registro sobre o número de trabalhadores – calcula-se que centenas foram contratados também com o dinheiro da venda dos armamentos e objetos abandonados pelos invasores.

7. Cabeça para fora

No final da construção, rampas tão altas quanto a cabeça do monumento foram erguidas – o restante da estátua ficou totalmente coberto pela terra. Quando a obra foi concluída, toda a terra teve que ser removida e o bronze foi limpo e polido pelos operários.

Maria Carolina Cristianini

Você quer saber mais?

http://www.unmuseum.org/colrhode.htm

http://www.civilopedia.com/historia/grecia/arquitectura/otros/el-coloso-de-rodas/

http://historia.abril.com.br/cultura/colosso-rodes-434984.shtml

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2756682-EI295,00-Colosso+de+Rodes+ficava+em+montanha+e+nao+em+porto.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cartografia. De Ptolomeu a Revolução científica.

Mapa-múndi de Ptolomeu

Os desenhos são mais antigos que a escrita, e por isso a cartografia precedeu o registro da História. Nossos ancestrais souberam traçar, embora rudimentarmente, muitas particularidades do terreno, para reproduzir um caminho percorrido. Foram as primeiras manifestações gráficas da preocupação do homem, visando à comunicação através dos itinerários. Assim nasceram os primeiros mapas e essa é até hoje a utilidade imediata da cartografia. Mais tarde, com a necessidade de precisar distâncias, surgiu a primeira unidade de medida: os dias de marcha, que aparecem nos mapas babilônicos gravados em argila (3500 a 3000 a.C.). Outros povos também foram precursores da cartografia, como os egípcios, que na época de Ramsés Ii (1333- 1300 a.C.) efetuavam medições sistemáticas de suas terras. Mas, por todo esse tempo, o mapa manteve a condição restrita de representar porções ilimitadas de terra.

Foram os gregos os primeiros a se preocupar com a representação do conjunto terrestre. Anaximandro, por volta de 500 a.C., observou a obliqüidade da eclíptica em relação ao equador, e pôs em dúvida a concepção da Terra plana, preparando o primeiro planisfério em que supunha o planeta com o formato de um disco. Inaugurava-se a era dos discários. Alguns anos mais tarde, Hecateo, grande viajante, em sua obra Periegesis, reafirmou esse conceito, cosntruindo um disco ao redor do qual colocou as águas do mar, circundando as duas partes essenciais do mundo: Europa e Ásia.

A concepção esférica

No inicio do século IV a.C., Pitágoras teria introduzido a concepção da Terra esférica. A idéia surgiu de especulações filosóficas – “... a esfera é a mais perfeita de todas as formas, portanto, a Terra, obra-prima dos deuses, deve ser uma esfera...”. Observações astronômicas confirmaram a hipótese, e Aristóteles, em 350 a.C., demonstrou a esfericidade do planeta. Depois disso, pode-se medir a obliqüidade do seu eixo de rotação, estabelecendo os conceitos de equador, pólos, trópicos e a divisão da superfície em zonas tórridas, temperadas e frias.

Por volta de 200 a.C., coube a Eratóstenes calcular a circunferência terrestre: 252 000 estadias, ou seja, mais ou menos 45 000 quilômetros, com um erro de 14 por cento quanto à medida verdadeira. A partir daí foi simples estabelecer o raio da esfera terrestre, elemento fundamental na determinação das latitudes e longitudes. Estavam dados os primeiros passos para a definição dos sistemas de projeção cartográficas, ou seja, a transformação da superfície esférica numa representação plana. Hiparco, em meados do século II a.C., inventou o astrolábio, instrumento que servia para calcular a altura dos astros (em relação ao horizonte) e realizou a primeira projeção cartográfica que se conhece, apoiando-se na trigonometria esférica e propondo um sistema cônico de projeção.

A herança de Ptolomeu

Os conhecimentos cartográficos do mundo antigo alcançaram seu ponto culminante na obra de Ptolomeu. Nascido em Alexandria no século II, dedicou dois volumes da sua Geografia ao estudo da construção de globos, projeções e mapas. Considera-se, mesmo, ser este o primeiro atlas geral elaborado.

No decorrer da Idade Média, dominada por superstições, a cartografia conhece uma fase de decadência. Na Europa, utiliza-se o mapa-múndi circular, o Orbis Terrarum do romanos, porém tão deturpado que perdera toda a exatidão geográfica. A Terra Santa ocupava geralmente o centro desses mapas, seguindo-se assim fielmente os textos bíblicos. Substitui-se a aplicação dos conhecimentos matemáticos pela interpretação artística altamente inventiva. Nesta fase, apenas os árabes mantiveram uma atividade cartográfica significativa.

No fim da era medieval, uma descoberta ligada à arte da navegação imprimiu novo alento à cartografia: a bússola, instrumento que indica o norte magnético. Introduzida na Europa por viajantes vindos da China, começou a ser usada pelos navegadores no século XIII.

Surgiram as cartas portulanas, de origem desconhecida, mas que indicam a utilização de bússolas na sua confecção. Com efeito, a característica principal desses mapas é a superposição de uma rede de linhas ligando pontos conhecidos. Tais linhas nada mais representam senão as referencias que os navegantes deveriam utilizar para orientar-se pela bússola. Foram as primeiras cartas marítimas. No Renascimento outros fatores vieram juntar-se ao emprego da bússola para retomar o desenvolvimento a cartografia. A redescoberta dos textos de Ptolomeu, que os humanistas italianos, por volta de 1400, traduziram para o latim; a invenção da imprensa, que tirou da cartografia o caráter artesanal; a melhoria das técnicas de navegação, que permitiu ao marinheiro assinalar graficamente sua posição de maneira mais correta.

Com isso, os descobrimentos foram documentados por intensa produção cartográfica. A terra começava a ser representada e m sua forma e dimensão verdadeiras. Contudo, os mapas eram um segredo de Estado e, praticamente, cada nação européia desenvolveu sua própria escola cartográfica, com variações quanto aos conceitos e às formas de representação.

A revolução científica

Somente a partir de 1700 é que a cartografia perdeu, afinal, o caráter decorativo em beneficio da precisão cientifica. Nesta época inventam-se novos instrumentos: no mar, os antigos astrolábios são substituídos pelos sextantes e a determinação das latitudes e longitudes deixa de ser exclusiva da astronomia superior; o cronômetro passa a ser utilizado no cálculo das longitudes; em terra, aperfeiçoa-se o sistema de triangulação na medida dos ângulos, através da introdução dos teodolitos ópticos. As possibilidades dos novos instrumentos permitiram corrigir toda uma série de erros acumulados durante séculos, considerados já como verdades geográficas. Essas descobertas constituíram uma verdadeira revolução que definitivamente separou a cartografia de suas ligações com Ptolomeu.

Você quer saber mais?

Mapas Históricos Brasileiros: Grandes Personagens da Nossa História. Ed.Abril Cultural, 1973.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

PÁSCOA

Estimadas Amigas! Estimados Amigos!
Eu queria uma mensagem lhes escrever
O que a Páscoa para mim quer dizer.
Então a Sagrada Escritura passo a ler.
A partir da meditação, através da oração
Deus coloca em meu coração
O que lhes passo em primeira mão.
É meu desejo ver
Que toda mensagem de Páscoa
Possa terra fértil encontrar.
E que na Família e Comunidade possa frutificar.

LIBERTAÇÃO
Páscoa lembra
Um Deus que desce
Porque ouve o grito
De um povo que padece.
Um Deus que não aceita.
Um Deus que rejeita
A dor da escravidão.

Páscoa lembra um Deus
Que com Abraão faz uma aliança
Que não lhe sai da lembrança
O povo que com Ele caminha.
Que um dia, pelo Egito, foi escravizado.
Que passa pelo deserto porque foi libertado.
E por Deus acompanhado rumo à terra de Canaã.
Uma terra que os antepassados não conheceram
Mas que reconheceram que foi o Deus de Abraão,
De Jacó e de Isaque, que os tem ajudado.

Páscoa passa pelo esquecimento
De um povo avarento
Que a vida abundante experimentou.
E que viveu o sofrimento
Porque de Deus não se lembrou.

Páscoa lembra um Deus
Que não esquece
Mas que a vida fortalece
Mesmo quando não merece.

Páscoa passa pelo nascimento
De uma criança nascida numa estrebaria.
Numa noite tão fria
E que trouxe tanta alegria.

Páscoa passa pelo ensinamento de um Profeta
Alguém muito mais sábio que um doutor.
Jesus Cristo ensinava
Que nada,
É mais forte do que o amor.

Ele que tanto amou
Sua vida entregou.
E Maria Madalena
No domingo da Páscoa testemunhou:
Que Jesus Cristo na morte não ficou.
E de todos os que nele crêem
É O Salvador

Páscoa: Passagem da morte para a vida.
Passagem da cruz para a ressurreição.
Passagem da luz pela escuridão.

Páscoa: Paz na Criação
Páscoa: Uma Esperança
Páscoa: Um Compromisso.
Por causa do grito
Por Libertação.

Uma Feliz e Abençoada Páscoa
Chapecó, 20 de abril de 2011.

Ervin Barg
Pastor Sinodal

Você quer saber mais?

http://www.luteranos.com.br/articles/17569/1/Pascoa/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17573/1/Mir%20ist%20ein%20Stein%20vom%20Herzen%20gefallen/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17557/1/Mensagem-de-Pascoa---2011/1.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A FALSA CRUZ DE HITLER CONTRA O MUNDO. PASSADO OU ATUALIDADE?

Nem tudo é o que parece.

Hitler se tornou ditador de um país que era, ao menos nominalmente, cristão. Ele se viu diante do desafio de fazer com que milhões de pessoas desistissem de sua fé em Deus e em Cristo. O cristianismo não foi exatamente descartado, mas substituído pelo “cristianismo positivo”, que poderia coexistir tranquilamente com o nazismo. Como muitas nações cristãs de hoje, ele acreditava que o cristianismo deveria abrir mão de seu caráter singular, para que a cruz pudesse unir-se a outras ideologias. Ele não podia suportar os cristãos que adoravam unicamente a Cristo, portanto limitou o livre exercício da expressão religiosa á esfera espiritual ainda menor.

Esse foi exatamente o tipo de controle que os legisladores da constituição americana tentaram evitar. Quando eles aprovaram a Primeira Emenda (“O Congresso não poderá formular nenhuma lei estabelecendo uma religião, e tampouco proibir seu livre exercício”), pensavam estar protegendo a liberdade religiosa, garantindo que o povo pudesse viver livremente sua fé. Compreendiam que essa frase significava que:

1) O Congresso (ou Estado) não deveria interferir nas práticas religiosas.

2) Nenhuma igreja nacional será estabelecida, à qual todos seriam obrigados a pertencer.

Um altar nazista.

Nas mãos de um grupo de reformadores de elite, essa emenda está agora sendo distorcida de forma que faria seus autores estremecerem. Atualmente, as cores interpretam, com freqüência, a liberdade religiosa como liberdade da religião. Em vez de separar a igreja da interferência do Estado, o significado agora é que as práticas religiosas deveriam ser removidas do Estado. Forças poderosas estão tentando desarraigar todos os vestígios da influência cristã, reescrever a história americana expulsar Deus do setor público.

Nos EUA, sempre que chega o mês de dezembro, os advogados da ACLU saem a campo. Estão sempre prontos a ameaçar qualquer distrito ou cidade que ouse exibir presépios, como ficam ansiosos por calar os alunos que quiserem cantar canções natalinas durante uma apresentação escolar.

Essas são reminiscências da Alemanha de Hitler: “Noite Feliz” deve ser substituído por “Rodolfo, a rena do nariz vermelho”, o Natal deve ser rebatizado como Solstício de Inverno e Cristo deve deixar o caminho livre para Papai Noel.

Hitler fez com que os livros escolares alemães fossem reescritos, para alinhá-los com o nacional-socialismo; da mesma forma, os livros escolares americanos são revisados a fim de apagar nossa herança cristã e estimular valores humanistas. Seja na China , seja na Alemanha nazista, a premissa é a mesma: a religião não pode ser praticada corporativamente nas esferas que pertencem ao Estado. Uma vez que essa premissa esteja firmada, o passo seguinte é expandir os poderes do Estado para invadir diretamente a livre prática religiosa, até mesmo na “esfera espiritual”.

Um batizado segundo o ritual nazista.

As semelhanças entre a Alemanha nazista e os EUA podem não ser tão evidentes, mas só quem for cego para as realidades que nos cercam poderá negar que esse relatório da Alemanha de Hitler significa um alerta sinistro para muitas nações cristãs de hoje e, incluindo os EUA.

O objetivo não é banir a religião cristã, mas obter o controle total – a completa submissão das igrejas aos caprichos morais e despóticos do governo político.

Essa intrusão dos tribunais na esfera espiritual continuará. Á medida que as nações cristãs escorregam para o paganismo, a igreja sofrerá pressões para realizar casamentos homossexuais. As pregações contra o aborto, o homossexualismo e contra as doutrinas heréticas de outras religiões serão definidas como “violência verbal”. Novas leis que proibirão as pessoas de testemunhar sobre Jesus nos mercados e até mesmo pelo rádio serão aprovadas. Um Estado hostil, se não puder extinguir a mensagem da cruz, tentará mesmo assim abafá-la.

Sob novas diretrizes os símbolos religiosos, como crucifixos ou Bíblias, podem ser declarados ilegais sob essas novas diretrizes. Na verdade o povo será orientado a deixar para trás sua crença mais estimada quando for para o trabalho. Podemos dizer, como os cristãos na Alemanha nazista, que o que “se espera é que a igreja definhe até desaparecer”.

NA VERDADE, OS PLANEJADORES SOCIAIS LIBERAIS QUEREM QUE NOS RENDAMOS, ASSIM COMO QUEREM QUE FAÇAMOS A PROMESSA DE FECHAR A BOCA E GUARDAR NOSSOS PONTOS DE VISTAS PARA NÓS MESMOS.

Sinodo Nacional em Wittenberg, 1933. A igreja curvasse as trevas.

O objetivo dos nossos novos “guardiões da liberdade” é garantir que se o cristianismo sobreviver, ele será completamente desprovido de sua singularidade. Trata-se de uma nova versão do “cristianismo positivo” de Hitler, que é compatível com diversas outras religiões e pontos de vistas morais. Os que crêem que a cruz de Cristo exige lealdade absoluta, não poderão praticar livremente sua fé.

Não sabemos onde tudo isso terminará. O que sabemos é que temos o honroso direto de representar Cristo em meio a essa reviravolta ideológica. Somos desfiados a nos mostrar à altura dessa hora de incrível oportunidade e contestação.

Então, como podemos manter a primazia da cruz, e ainda viver nossa fé nesse bazar de opiniões? O que a igreja deveria estar fazendo no momento em que tantas forças estão tentando neutralizar sua influência e limitar sua liberdade?

Você quer saber mais?

LUTZER, Erwin. A cruz de Hitler. São Paulo: Editora Vida, 2003.

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Missão e Visão da Cenacora (Comissão Ecumênica de Combate ao Racismo).

Link para a matéria acima.

MISSÃO:

"Ser um importante instrumento na sociedade brasileira para o combate ao preconceito e discriminação buscando as origens da formação desta sociedade, atuando inicialmente no âmbito das igrejas cristãs, com vistas a contribuir para uma sociedade mais igualitária tornando realidade Direitos Humanos para todos e todas".

VISÃO:

"Reconhecimento nacional e internacional até 2015, como uma instituição que atua na área dos Direitos Humanos de maneira eficaz sob o eixo Igualdade Racial numa sociedade miscigenada".

Igreja Membros:

Igreja Evangélica de Confissão Luterana - IECLB, Igreja Católica Apostólica Romana- ICAR, Igreja Católica Siriana do Brasil - ICOS, Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil - IEAB, Presbiteriana Independente do Brasil - IPIB.

Você quer saber mais?

http://www.cenacora.org.br/O-LUTERO-NEGRO.php

http://www.cenacora.org.br/index.php

http://www.fld.com.br/


http://www.desconstruindo-o-nazismo.blogspot.com


http://www.desconstruindo-o-comunismo.blogspot.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Versão latina do Hino Nacional Brasileiro de Mendes de Aguiar. Hymnus Brasiliensis.

O tradutor do Hino, Joaquim Luís Mendes (ou Mendez) de Aguiar, nasceu em 1875 na Bahia e morreu em 1927 no Rio de Janeiro. Poeta e humanista, escreveu pelo menos três livros de poesias: "Sanctitatis Nova Signa" (1916), “Monásticas” (1919) e "Ausonia Carmina" (s.d.). A publicação da versão latina do Hino foi feita em 13/11/1924.

Análise do Hino

Duas características do referido texto latino precisam ser mencionadas:

1. a tradução proposta por Mendes de Aguiar não é literal, fazendo largo uso de liberdades ditas poéticas.

2. essa tradução é homeométrica, podendo tal versão latina do Hino ser cantada com a música da letra em português. Por tradução homeométrica entende-se aquela que é feita com “metro semelhante”, ou seja, observando-se a forma rítmica da obra poética original.

A pronúncia que há de ser adotada é a tradicional (e não a restaurada). Abaixo é apresentada a versão latina de Mendes de Aguiar para o Hino Nacional com todas as sílabas tônicas indicadas em negrito para melhor compreensão do que foi exposto.

Hymnus Brasiliensis*

Versão latina de Mendes de Aguiar

I

Audierunt Ypirangæ ripæ placidæ

Heroicæ gentis validum clamorem,

Solīsque libertatis flammæ fulgidæ

Sparsēre Patriæ in los tum fulgorem.

Pignus vero æqualitatis

Possidēre si potuĭmus brachio forti,

Almo gremio en libertatis,

Audens sese offert ipsi pectus morti!

O cara Patria,

Amoris atria,

Salve! Salve!

Brasilia, somnium tensum, flamma vivida,

Amorem ferens spem ad orbis claustrum,

Si pulchri coeli alacritate limpida,

Splendescit almum, fulgens, Crucis plaustrum.

Ex propria gigas positus natura,

Impavida, fortīsque, ingēnsque moles,

Te magnam prævidebunt jam futura.

Tellus dilecta,

Inter similia

Arva, Brasilia,

Es Patria electa!

Natorum parens alma es inter lilia,

Patria cara,

Brasilia!

II

In cunis semper strata mire splendidis,

Sonante mari, coeli albo profundi,

Effulges, o Brasilia, flos Americæ,

A sole irradiata Novi Mundi!

Ceterīsque in orbe plagis

Tui rident agri florum ditiores;

“Tenent silvæ en vitam magis,”

“Magis tenet” tuo sinu “vita amores.”

O cara Patria,

Amoris atria,

Salve! Salve!

Brasilia, æterni amoris fiat symbolum,

Quod affers tecum, labarum stellatum,

En dicat aurea viridīsque flammula,

—Ventura pax decūsque superatum.

Si vero tollis Themis clavam fortem,

Non filios tu videbis vacillantes.

Aut, in amando te, timentes mortem.

Tellus dilecta,

Inter similia

Arva, Brasilia,

Es Patria electa!

Natorum parens alma es inter lilia,

Patria cara,

Brasilia!

* "Hyno Nacional Brasileiro/ Versão Latina/ Por/ Mendes de Aguiar/ Dedicada/ À Congregação Salesiana". In: Revista de Língua Portuguesa, p. 13-5. Archivo de Estudos relativos ao Idioma e Literatura Nacionais. Publicação Bimestral dirigida por Laudelino Freire, nº 38 - Novembro - 1925, Ano VII, p. 14 (texto português); p. 15 (versão latina). Disponível na Seção de Obras Raras da Biblioteca Central da UnB.

Você quer saber mais?

http://www.ime.usp.br/~ueda/br.ispell/latim.html

http://www.concertino.com.br/cms2/files/HINO%20NACIONAL%20BRASILEIRO%20EM%20LATIM.pdf

http://www.bragamusician.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A alquimia na Idade Média.

Há um outro aspecto que não pode ser desprezado quando se fala da ciência na Idade Média, que é a alquimia. Essa prática, apesar do manto de segredo com que é encoberta, era muito freqüente na Idade Média. O alquimista encarava a natureza como algo misterioso e fantástico – o que não era estranho ao espírito medieval, que a tudo impregnava de simbolismo. Cabia-lhe decifrar e utilizar esses símbolos para descobrir as maravilhas da natureza, da qual Le poderia, desse modo, não só penetrar os segredos como também manipular e, por exemplo, transformar os metais vis em metais preciosos. Por tudo isso, os alquimistas foram vistos, por muitos, como verdadeiros agentes do demônio. O anonimato seria a melhor forma de prosseguir nas suas práticas, as quais eram consideradas como ilícitas em relação aos programas oficiais das escolas da época. Daí a existência das chamadas sociedades secretas de ocultismo e de esoterismo, em que a própria situação de anonimato ia a par do mistério que cobre todas as coisas.

Há quem defenda que tudo isso, ao explorar certos aspectos da natureza proibidos pelas autoridades religiosas, deu também o seu contributo à ciência, nomeadamente à química, que, na altura, ainda não tinha surgido. Mas essa tese tem poucos exemplos em que se possa apoiar, e parece até que o verdadeiro espírito científico moderno teve de se debater com a resistência dos fantasmas irracionais associados à alquimia e a outras práticas do gênero pouco dadas à compreensão racional dos fenômenos naturais. A alquimia continuou a ser praticada e chegou mesmo a despertar o interesse de algumas das mais importantes figuras da história da ciência, como foi o caso de Newton. O mais conhecido praticante da alquimia foi Paracelso (1493-1541), em pleno período renascentista.

A imagem no alto da página é de Paracelso. Gravura em cobre de 1538 pelo AH monogrammer.

Você quer saber mais?

BIEHL, Luciano Volcanoglo. A Ciência ontem, hoje e sempre. Canoas: Ed. Ulbra, 2008.


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Conheça o Projeto Paracelso da Universidade de Zurique:

http://www.paracelsus.uzh.ch/general/paracelsus_life_works.html