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domingo, 28 de setembro de 2025

Império Romano

 O Império Romano foi uma das mais importantes civilizações da história, exercendo grande influência sobre a política, a cultura, a economia e a arte de seu tempo. Fundado em 27 a.C., quando Otávio Augusto tornou-se o primeiro imperador, o Império expandiu-se por vastos territórios da Europa, Norte da África e Oriente Médio. A administração romana era organizada e eficiente, com uma complexa rede de estradas, aquedutos e cidades planejadas, permitindo a integração de povos diversos.

O exército romano era uma das principais forças do Império, sendo responsável por conquistar e manter territórios, além de proteger fronteiras. A sociedade romana era estruturada em classes, incluindo patrícios, plebeus, escravos e libertos, cada uma com direitos e deveres específicos. A religião inicialmente politeísta influenciou profundamente a cultura, mas, com o tempo, o Cristianismo se tornou a religião oficial.

A economia romana baseava-se na agricultura, comércio e tributos das províncias conquistadas, possibilitando o enriquecimento da elite. O direito romano, com suas leis e códigos, influenciou sistemas jurídicos em diversos países até hoje. A arte e a arquitetura romanas, como o Coliseu, o Panteão e o Fórum Romano, refletem habilidade técnica e gosto estético refinado.

Durante séculos, o Império enfrentou crises políticas, sociais e econômicas, que culminaram em sua divisão em Império Romano do Ocidente e do Oriente. O Império do Ocidente caiu em 476 d.C., enquanto o Oriente, conhecido como Império Bizantino, perdurou até 1453. O legado romano é perceptível na língua, na arquitetura, na legislação e nos costumes contemporâneos.

Você quer saber mais?

CARR, E. H. História da Civilização Romana. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.

FERRARI, L. O Mundo Romano: História, Cultura e Sociedade. São Paulo: Contexto, 2007.

WARD-PERKINS, B. A Queda de Roma e o Fim da Civilização. São Paulo: Unesp, 2006.

Hino do Rio Grande do Sul com a estrofe suprimida em 1966

Essa estrofe foi retirada da versão oficial do hino em 1966, durante o regime militar, por conter referências à democracia ateniense e críticas aos "tiranos", que poderiam ser interpretadas como subversivas.

Na atualidade, acabou gerando controvérsias, pois a ausência de uma estrofe tornou outra sem sentido, como ocorre com a palavra “virtude”. Ela se refere à virtude romana, que são valores fortemente ligados à maçonaria, da qual vários farrapos faziam parte.

Hino Rio-Grandense

Letra: Francisco Pinto da Fontoura (Chiquinho da Vovó)
Melodia: Joaquim José Mendanha
Harmonização: Antônio Corte Real

1ª Estrofe:
Como a aurora precursora
Do farol da divindade,
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

2ª Estrofe (suprimida em 1966):
Entre nós, reviva Atenas,
Para assombro dos tiranos,
Sejamos gregos na glória
E na
virtude, romanos.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

3ª Estrofe:
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo;
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.



Transformação no campo e distribuição de terras

 As transformações no campo e a distribuição de terras fazem parte da nossa história e ainda são muito importantes hoje. Desde o tempo do Brasil Colônia, a terra sempre foi concentrada nas mãos de poucas pessoas, enquanto a maioria tinha pouco ou quase nada. Essa situação começou com as capitanias hereditárias e as sesmarias, quando enormes áreas eram dadas a famílias ricas e poderosas.

Com isso, surgiram os grandes latifúndios, que são fazendas enormes, voltadas para a produção em larga escala. Ao mesmo tempo, milhares de camponeses e trabalhadores rurais ficaram sem terra para plantar e viver. Essa desigualdade gerou muitos conflitos no campo, porque quem não tinha terra também queria a chance de trabalhar por conta própria e sustentar sua família.

No século XX, surgiram movimentos pedindo a chamada reforma agrária, que é a divisão de grandes propriedades para que mais famílias possam ter acesso à terra. A ideia é que a terra não sirva só para gerar lucro, mas também para cumprir uma função social, garantindo trabalho, alimento e dignidade para quem vive no campo.

Além disso, o campo também mudou muito por causa das máquinas, dos fertilizantes e dos agrotóxicos. Isso ajudou a aumentar a produção, mas também trouxe problemas, como o desemprego de muitos trabalhadores substituídos pelas máquinas e os impactos no meio ambiente.

Até hoje, a questão da terra continua sendo um dos grandes desafios do Brasil. Afinal, o campo pode ser um espaço de riqueza e fartura, mas também pode revelar muitas desigualdades que ainda precisamos enfrentar.

Na atualidade, a concentração de terras no Brasil ainda é muito grande, com poucas pessoas controlando enormes áreas, enquanto muitos trabalhadores rurais seguem sem acesso para viver e produzir. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um dos mais conhecidos nessa luta, organizando ocupações de terras improdutivas para pressionar o governo pela reforma agrária. Porém, o movimento também recebe muitas críticas, sendo acusado por alguns setores da sociedade de cometer abusos durante ocupações. Ao mesmo tempo, a agricultura moderna utiliza tecnologias como tratores, drones e sistemas de irrigação, o que aumenta a produção, mas também dificulta a vida de pequenos produtores que não conseguem acompanhar esses custos. Outro ponto importante é o uso de agrotóxicos, que levanta preocupações sobre saúde e meio ambiente. Apesar disso, a agricultura familiar continua sendo fundamental, pois garante a maior parte dos alimentos consumidos no país. O debate sobre a reforma agrária segue no Congresso, mas avança de forma lenta, mantendo a questão da terra como um dos grandes desafios ligados à justiça social e à segurança alimentar no Brasil.

Você quer saber mais?

MARTINS, José de Souza. O poder do atraso: ensaios de sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec, 1994.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
STEDILE, João Pedro (org.). A questão agrária no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2005.

João Figueiredo e a transição para a democracia

 O governo do presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985) marcou o fim da ditadura militar no Brasil e o início da transição para a democracia. Último general a ocupar a presidência, ele assumiu prometendo “fazer do Brasil uma democracia” e dar continuidade ao processo de abertura política iniciado por seu antecessor, Ernesto Geisel. No entanto, essa promessa foi acompanhada de contradições, pois, ao mesmo tempo em que se falava em abertura, havia forte repressão contra movimentos sociais e greves de trabalhadores.

Um dos principais momentos de seu governo foi a Lei da Anistia, aprovada em 1979. Ela permitiu a volta de exilados políticos e concedeu perdão a crimes cometidos por opositores e também por agentes do Estado durante o regime militar. Isso trouxe alívio para famílias perseguidas, mas também gerou polêmica por colocar militares e torturadores sob a mesma condição de anistiados.

Figueiredo enfrentou uma grave crise econômica, marcada por inflação alta, desemprego e aumento da dívida externa. A insatisfação social cresceu, com greves de trabalhadores e mobilizações populares pedindo mais liberdade e participação política. Nesse contexto, surgiu o movimento “Diretas Já”, que defendia eleições diretas para presidente. Milhões de brasileiros foram às ruas, mas a emenda que permitiria o voto direto não foi aprovada pelo Congresso.

Dessa forma, manteve-se a regra da eleição indireta pelo Colégio Eleitoral. Em 1985, após intensas articulações políticas, Tancredo Neves foi eleito como o primeiro presidente civil após 21 anos de governos militares, embora indiretamente. Infelizmente, Tancredo faleceu antes de tomar posse, e quem assumiu foi seu vice, José Sarney, simbolizando o fim definitivo do ciclo militar no poder e a transição para a Nova República.

Assim, o governo Figueiredo representou tanto o último fôlego do regime militar quanto a preparação para a democracia. Sua gestão ficou marcada pelas tensões entre repressão e abertura, dificuldades econômicas e o desejo crescente da sociedade por participação popular.

Você quer saber mais?

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2015

GASPARI, Elio. A ditadura derrotada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003

SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Castelo a Tancredo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.