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domingo, 9 de setembro de 2018

Projeto do Foguete Queenteta




Autora: Isabel Cristina (Colaboradora do CHH) e Equipe!
Resumo
Neste artigo científico falaremos sobre o projeto dos foguetes do qual envolve toda a área da ciência da natureza e matemática. Neste trabalho o foguete é feito de garrafa pet, e também é feito uma base, qual será usada para lançar o mesmo. Ele será lançado por conta da água e da pressão feita por uma bomba de ar, a bomba estará ligada a base, e assim, ligada ao foguete. Após por pressão, por conta de duas forças contrárias o foguete é lançado, formando uma parábola com a concavidade voltada para baixo. Muitos fatores influenciam no desempenho do foguete, falaremos sobre alguns desses fatores no presente artigo.

 Introdução
Ao sermos apresentados ao projeto do foguete, fomos instruídos a fazer de garrafa pet e que a base soltasse o foguete pela pressão que a ação da força de resistência do ar faria. Utilizando a propulsão da água e do ar. Com o lançamento do foguete que realizamos, conseguimos relacionar o experimento com a terceira lei de Newton, onde as forças são iguais em intensidade e direção, porém tem sentidos contrários. Observamos que quando a ponta da garrafa se desprende da base, o ar de dentro é empurrado para o exterior, e o ar de fora é empurrado para o foguete, ocasionando uma reação para cima em grande velocidade. No foguete que construímos em sala de aula, aplicamos uma concentração maior de peso na ponta do foguete, e no lançamento adicionamos água, que também influencia nesses movimentos. Ao analisar o foguete, percebemos a relação com a primeira lei de Newton, a de inércia, e a segunda lei de FR=m.a, que também pode ser aplicada no lançamento do foguete, já que seu peso influência na aceleração e no alcance do mesmo. Quanto menor for a massa do foguete, maior é a aceleração alcançada por ele.
No foguete espacial, utilizamos o elemento químico Boro. O boro (símbolo B) é um elemento do grupo dos não metais. Seu número atômico é o número 5, e número de massa é de aproximadamente 10,8. Em 1808, o boro foi obtido por eletrólise de uma mistura que continha ácido bórico. No mesmo ano, Joseph-Louis Gay-Lussac e Louis-Jacques Theuard obtiveram o boro por aquecimento do potássio com fluoreto de boro, mas nenhuma dessas descobertas levaram à classificação do boro como elemento químico. O químico Berzelius foi o primeiro a classificar o boro como um elemento químico, em 1824. O boro é muito leve, e tem baixa condutibilidade elétrica, ele também é de alta dureza e encontra-se no estado sólido nas CNTP e tem a coloração preta, ele se apresenta sólido em temperatura ambiente, e também possui algumas características óticas que lhe permitem transmitir raios infravermelhos, além de tudo isso, o boro é considerado um semicondutor de eletricidade na temperatura ambiente e bom condutor em temperaturas altas. O boro é um elemento relativamente raro, ele não é encontrado livre na natureza, mas pode ser obtido a partir de alguns minerais, como o ulexita, tincal, turmalina e kernita. Outro modo de obter ele é em laboratório, a partir da redução do vapor do tribrometo de boro (BCI3) ou do tribrometo de boro (BBr3).
Desde a década de 50 a General Electric (GE) começou a trabalhar no uso do boro mas especificamente com os hidretos de boro ou boranos como combustível de alta energia. Os hidretos de boro incluindo diborano, tetrabotano e o pentaborano, são compostos interessantes, pois geram grandes volumes de gases quentes em um curto período de tempo, sendo propícios para serem utilizados em sistemas de propulsão de foguetes.
Foram feitos testes de queima com pentaborano e hidrazina, outro famoso combustível utilizado em foguetes, foram feitos porque essa combinação teoricamente daria ao propulsor um alto desempenho. Boa parte da história da pesquisa e desenvolvimento dos combustíveis à base de compostos contendo boro, foi mantida em relativo segredo, e com pouca divulgação dos problemas existentes, justamente porque nenhum militar americano desejava que os russos obtivessem qualquer sucesso na corrida pelo desenvolvimento e melhoria da propulsão aeroespacial Ibérica.
 Já sobre foguete artesanal, escolhemos falar sobre o elemento químico hidrogênio. Após de cerca de 380 mil anos do Big Bang, o hidrogênio começou a se formar. Alguns destes átomos foram fundidos em carbono, de oxigênio, nitrogênio e outros elementos. Porém, quando o universo tinha um bilhão de anos, 9 em cada 10 desses átomos de hidrogênio originais foram destruídos. O hidrogênio reage com metais, ametais e semimetais, por isso, vários de seus compostos podem ser encontrados na natureza, sendo que o principal é a água. Na natureza, o hidrogênio não é encontrado na sua forma atômica (H), mas em condições ambientes, ele possui as características de um gás extremamente inflamável, inodoro e insípido. O gás hidrogênio é altamente inflamável, quando misturado com oxigênio por entre uma grande variedade de proporções, o hidrogênio explode por ignição. O hidrogênio pode ser obtido das seguintes formas:
 -Através da eletrólise da água; atualmente se investiga a fotólise da água.
- Pela reação de hidrocarbonetos com vapor de água.
- Ataque a metais com hidróxido de sódio, potássio.
- Ataque a metais (Zn e Al) com ácidos sulfúrico ou clorídrico.

Materiais e métodos
Os materiais utilizados para a construção do foguete são:
2 garrafas pet iguais
1 fita isolante
3 placas de raio x
1 pacote de massa de modelar
1 lata de tinta spray da cor rosa (opcional).

Já para a base utilizamos:
70 cm de cano de 20 á 25mm (pvc)
1 tubo de cola para cano
1 tampão 25mm(pvc)
1 Redutor de 25 para 20 mm
1 TE de 25mm (pvc)
2 Joelhos(cano pvc) de 25mm
50 cm de barbante
1 registro de 25 mm(pvc)
1 ventil de pneu de carro
1 braçadeira
1 bomba de ar
1 tubo de cola instantânea
4 abraçadeira de nylon

Como fazer:
            Para construirmos o foguete, começamos cortando a ponta de uma garrafa, e então, colocamos a massa de modelar na parte superior da mesma, após isso, cortamos a placa de raio X no formato circular e colamos com cola instantânea para cobrir a massa de modelar. Nosso próximo passo foi cortar a mesma garrafa, retirando a base dela, logo depois, foi pega a segunda garrafa, que foi usada inteira e o pedaço da outra garrafa onde estavam as massas de modelar, colamos a mesma na base da garrafa que se encontrava inteira, e o outro pedaço da garrafa que estava cortada (o meio da garrafa) colamos na ponta da garrafa que estava inteira, para deixar o foguete mais aerodinâmico. Após tudo isso, fizemos a ponta do foguete com uma placa de raio X, em formato de cone, e ainda usando as placas de raio x, fizemos os moldes para as asaletas do foguete. Colamos tudo com fita isolante, e então por último, pintamos o foguete da cor de nossa escolha.
Para a realização da base, começamos cortando e lixando os canos na medida certa, colamos o cano de 20 cm e um de 15 cm no joelho, repetimos esse processo, e depois lixamos o T e o redutor, colamos um no outro no meio do T, depois lixamos o redutor por dentro e o cano de 20 mm e colamos na ponta da base, colocamos o tampão com o ventil de carro, e na outra ponta colocamos o registro. Nos canos de 20 mm, colocamos a braçadeira e mais 4 abraçadeiras de nylon para prender o foguete.

domingo, 26 de agosto de 2018

Lançamento do "Foguete Queenteta" pelos alunos do Ensino Médio do Colégio Sesi


Vídeo 1 - Lançamento do Queenteta no campo de futebol do Colégio Sesi.


Vídeo 2 - Foguete Queenteta realizando a parábola pré definida como objetivo do projeto!

Parabéns a todos pelo excelente trabalho!

terça-feira, 3 de abril de 2018

O universo pode ser cíclico




Dizem que o Big Bang foi o princípio do Universo. Mas, segundo Roger Penrose, prestigiado físico da Universidade de Oxford, ele também foi o fim de um outro universo que existia antes deste. E, melhor, o britânico diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico.

Trabalhando em parceria com o armênio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, ele há três anos analisa a série de dados do satélite WMAP. A sonda americana foi projetada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo -um "eco" do Big Bang gerado quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, detectado pelo satélite na forma de micro-ondas. Hoje, o cosmo tem 13,8 bilhões de anos.

Penrose e Gurzadyan vêm dizendo, desde 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos.

Isso, segundo eles, seria resultado da colisão de buracos negros gigantes numa época que precedeu o Big Bang. Ou seja, seria implicação de que o Universo já existia, em outra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.

Os cosmólogos constataram, com alguma surpresa, que os círculos apontados por Penrose e Gurzadyan estavam de fato lá, e haviam passado despercebidos até então. Entretanto, realizando simulações de como seria a radiação cósmica de fundo com base na cosmologia clássica -para a qual tudo começa no Big Bang-, constataram que os círculos também apareciam.

Ou seja, o fenômeno era real, mas a parte que dizia respeito a outro universo antes deste parecia ser apenas elucubração da dupla.
Penrose e Gurzadyan agora voltam à carga, com novas evidências. Em uma análise mais profunda dos círculos, publicada recentemente no "European Physical Journal Plus", eles concluem que o padrão observado se encaixa melhor na hipótese de um universo cíclico, com eventos que antecedem o Big Bang.

A dupla agora trabalha na análise de dados do satélite europeu Planck, que faz basicamente a mesma coisa realizada anos atrás pelo WMAP, mas com mais precisão. "Nosso trabalho está avançando", disse à Folha Gurzadian. "Contudo, pretendemos divulgar os resultados inicialmente para especialistas."

Os dois não se incomodam com a baixa receptividade da comunidade científica à ideia. "A hipótese da cosmologia cíclica é baseada numa geometria não convencional, então não é estranho as ideias precisem de mais tempo para serem mais bem acolhidas", diz Gurzadyan.

Ele e Penrose continuarão buscando confirmação da hipótese no estudo da radiação cósmica de fundo. Mais adiante, eles também esperam encontrar corroboração em fontes de mais difícil acesso, como a detecção de ondas gravitacionais emanadas do próprio Big Bang.

"Existe um certo consenso de que fases pré-Big Bang de fato deixariam marcas na radiação de ondas gravitacionais de fundo", confirma Odylio Aguiar, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que lidera o projeto do detector de ondas gravitacionais Schenberg, instalado na USP.

Infelizmente, nem o Schenberg, nem seus equivalentes internacionais conseguiram até agora detectar qualquer onda gravitacional, muito menos as emanadas pelo Big Bang. Os grupos seguem em busca desse objetivo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

As invenções de Heron de Alexandria - e como poderiam ter revolucionado a Antiguidade.

O grande gênio das máquinas que poderia ter adiantado uma Revolução Industrial em 1700 anos

Costuma-se imaginar a Antiguidade Clássica como uma espécie de estagnação tecnológica. Entre as Guerras Greco-Persas e a queda do Império Romano, são quase 900 anos em que nada de novo parece ter sido criado. Por isso, não deixa de ser inquietante descobrir que já existiam coisas como portas automáticas e motores a vapor. Como isso não levou a uma revolução industrial 1700 anos adiantada?


Muitas obras de Heron de Alexandria, um dos maiores engenheiros e matemáticos da época, sobreviveram por intermédio dos árabes e se tornaram conhecidas no Ocidente na Renascença. "Não sabemos muito sobre sua vida, e estudos acadêmicos foram poucos e esparsos", diz Serafina Cuomo, da Universidade de Cambridge. Heron viveu entre cerca dos anos 10 e 75, e provavelmente tinha um cargo no Mouseion, a primeira grande instituição de ensino do mundo, ligada à Grande Biblioteca de Alexandria.


Precursor de Leonardo da Vinci, Heron inventou máquinas movidas por pesos, manivelas, água ou fogo. Como o gênio italiano, também descreveu equipamentos de guerra, mas sua contribuição foi escassa nesse quesito, pois viveu no auge da Pax Romana, período em que os conflitos se limitavam a insurreições dos povos dominados. A natureza de suas invenções explica por que, afinal, não houve uma revolução industrial na Antiguidade: quase todas são instrumentos para encantar e divertir, e não para substituir o trabalho manual. "No fundo, é simples: não houve revolução industrial porque havia escravidão", resume o historiador Pedro Paulo Funari, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Propor que máquinas fizessem o trabalho dos prisioneiros implicaria que esses deveriam ser trucidados. "Na guerra, você mata os inimigos ou os poupa para serem escravos. Portanto, era considerado um ato de humanidade preservar a vida de alguém que poderia ter matado você", diz Funari.


ÓRGÃO DE VENTO



Exemplo de pioneirismo na energia eólica, foi baseado no hidraulis, um órgão de água criado por Ctesíbio no século 3 a.C. Nele, o líquido, vindo de aquedutos, era usado para impulsionar o ar através dos tubos, e o músico usava um teclado para controlar as notas. Heron reimaginou o aparelho para funcionar com um cata-vento que movia um pistão. Foi, portanto, não apenas o primeiro órgão a ar mas também a primeira máquina a usar energia eólica. Aparentemente, a tecnologia foi perdida. Os moinhos de vento só surgiram na Europa no século 12.


MOTOR A VAPOR


Ninguém viu função no invento que fundaria o mundo moderno, embora a eolípila (“bola de Éolo”, deus do vento) tenha sido ao mesmo tempo o primeiro motor a vapor e a jato da história. Seu princípio é usado hoje nas turbinas que movem reatores nucleares, usinas termoelétricas e navios. Consistia numa caldeira ligada por tubos a uma esfera. Esta, com dois canos de escape para o vapor, girava rapidamente quando a água fervia. Heron menciona “figuras dançantes”, provavelmente um brinquedo ou decoração de templo movido pela máquina. Fora isso, nem o inventor nem ninguém em sua época parece ter se interessado pelo potencial de transformar calor em movimento, alcançado pela primeira vez na história e a partir do qual seria fundado o mundo industrial, 1700 anos depois.


TEATRO DE AUTÔMATOS


Um dos brinquedos mais impressionantes descritos pelo engenheiro foram os diversos “teatros de autômatos”, plataformas nas quais pequenas figuras, movidas a água, vapor ou pêndulos, executavam ações inspiradas em peças de teatro. Eram como robozinhos encenando uma peça inteira. Em uma dessas engenhocas, Hércules atacava com uma clava um dragão que cuspia água ao ser atingido. O mais complexo era uma coluna que se movia para a esquerda e a direita, com personagens que giravam, espirravam líquido e andavam, representando Nauplius, uma tragédia passada após a Guerra de Troia. O objeto, movido por um peso que afundava lentamente em uma coluna de grãos, tinha até trilha sonora, tocando pequenos sinos e tambores ocultos durante seu movimento, que era programável a partir de mudanças nas cordas internas – novamente, o primeiro exemplo de algo do gênero.


MÁQUINA DE VENDAS

  
O Egito da época de Heron tinha uma forma peculiar de religião, um sincretismo entre divindades gregas e egípcias. Em ambas as tradições, água benta era usada em rituais de purificação. Assim como as máquinas de refrigerante atuais, o primeiro mecanismo automático de vendas dispensava um cálice do líquido abençoado em troca de uma moeda – ela caía numa plataforma, que abria uma válvula por alguns segundos, até escorregar para um depósito, fechando-a novamente.


BOMBA DE PRESSÃO


Com ela, bombeiros romanos passaram a contar com veículos de combate a incêndio. Água encanada já era uma comodidade no mundo greco-romano, mas todo o sistema era baseado na gravidade, com poucas partes pressurizadas. Isso queria dizer que a água só se movia para baixo, um problema grave em cidades como Roma, com edifícios de até 10 andares. Em 64, durante o reino de Nero, o conhecido Grande Incêndio destruiu dois terços dos prédios da capital, com os vigiles, membros das brigadas de combate às chamas, incapazes de atingir os pisos superiores. Foi pensando nisso que Heron inventou a primeira bomba pressurizada.


SERINGA


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Arma de Partículas de Nikola Tesla.


Arma de feixe de partículas de Nikola Tesla. (Revista Aviation Week julho 1980; Hal Crawford).

Publicamente revelado em 1934, Nikola Tesla (um dos mais aclamados inventores de todos os tempos) apresentou um dispositivo novo e surpreendente para os militares dos EUA. Foi nomeado Teleforce. O dispositivo foi o primeiro “projetor de feixe de partículas” da história. Tesla tinha afirmado em seus primeiros encontros com o governo dos EUA de que o dispositivo poderia atacar um alvo a 400 km de distância, nivelando milhões de soldados ou mesmo uma frota de 10.000 aeronaves. Mitos e rumores sobre este dispositivo não faltam. Hoje, gostaríamos de discutir um desses boatos que cercam este o raio da morte.

Há muitos rumores que indicam que os primeiros protótipos de Tesla foram disparados sobre o círculo ártico no início do século passado. Um tal boato foi propagado por aparentes testemunhas envolvidas no seu complexo de laboratórios que transmitiram informações para a mídia. Eles afirmaram que Tesla disparou a arma em um local no Polo Norte, mas a distorção atmosférica e a curvatura da Terra desviaram o feixe. Como resultado, eles afirmam que o raio não atingiu o alvo determinado.

De início, parecia que o feixe não havia dado certo, no entanto, a notícia começou a ser relacionada a um evento estranho na Sibéria. Em 30 de junho, uma enorme explosão havia devastado Tunguska, uma área remota no deserto da Sibéria. Quinhentos mil acres quadrados de terra foram destruídos instantaneamente. Isso mesmo, essas testemunhas oculares afirmam que Tesla é o único responsável pelo evento de Tunguska. Essas pessoas passaram a afirmar que a decepção inicial que Tesla tinha por não ter atingindo seu alvo rapidamente se transformou em horror sobre a devastação aparentemente desencadeada. Como resultado, ele procurou desmantelar o protótipo atual e refiná-lo ainda mais. Enquanto não se sabe se um protótipo aperfeiçoado foi criado, muitos afirmam que ele ofereceu ao Exército dos EUA como uma arma de defesa, em vez de delito.


Nikola Tesla. 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Arqueologia Proibida: A História Oculta Da Raça Humana



By Michael A. Cremo and Richard L. Thompson Published by BBT Science Books, 1996. ISBN: 0-89213-294-9. Hardbound, 952 pages.

INTRODUÇÃO

Em 1979, pesquisadores em Laetoli, Tanzania, em um sítio da África Oriental descobriram pegadas em depósitos de cinza vulcânica com idade superior a 3,6 milhões de anos. Mary Leakey e outros disseram que as pegadas eram indistingüíveis das humanas atuais. Para estes cientistas, isso apenas significa que os ancestrais do homem de 3,6 milhões de anos atrás tinham pés incrivelmente modernos.

Mas, de acordo com outros cientistas, como o antropólogo físico R.H. Tuttle da Universidade de Chicago, ossos fósseis dos australopithecos conhecidos de 3,6 milhões de anos atrás demonstram que eles tinham pés que eram claramente próximos dos pés de um macaco. Assim, são incompatíveis com as pegadas de Laetoli. Em um artigo da edição de março de 1990 da revista ‘Natural History’, Tuttle confessou que “estamos frente a um mistério”. Parece admissível, portanto, considerar a possibilidade que nem Tuttle nem Leakey mencionaram - que criaturas com corpos humanos anatomicamente modernos, que combinassem com seus pés humanos anatomicamente modernos, existiram há 3,6 milhões de anos atrás na África Oriental. Talvez, como sugerido na ilustração da página oposta, eles coexistiram com criaturas simiescas. Intrigante como possa parecer essa possibilidade arqueológica, as idéias atuais sobre a evolução humana a proíbem.

Pessoas sensatas irão alertar para a consideração da existência de humanos anatomicamente modernos há milhões de anos com base, simplesmente, nas pegadas de Laetoli. Mas há mais evidências. Durante as últimas décadas, cientistas na África descobriram ossos fósseis que parecem consideravelmente humanos. Em 1965, Bryan Patterson e W. W. Howells acharam um úmero (osso do braço) surpreendentemente moderno em Kanapoi, Kenya. Os cientistas avaliaram sua idade em 4 milhões de anos.

Henry M. McHenry e Robert S. Corruccini, da Universidade da Califórnia, disseram que o úmero de Kanapoi era “dificilmente distinguível do osso de um Homo sapiens atual”. Similarmente, Richard Leakey disse que o fêmur ER 1481 do Lago Tukana, Kenya, achado em 1972, era indistinguível do de um humano moderno. Os cientistas normalmente associam o fêmur ER 1481, que tem cerca de 2 milhões de anos, ao pré-humano Homo habilis. Mas, desde que o ER 1481 foi achado isoladamente, não se pode descartar a possibilidade de que o resto do esqueleto fosse, também, anatomicamente moderno. De forma interessante, em 1913 o cientista alemão Hans Reck descobriu, em Olduvai Gorge, Tanzania, um esqueleto humano completo, anatomicamente moderno, em um estrato de mais de um milhão de anos, gerando décadas de controvérsias.Aqui, novamente, alguns nos alertarão para que não exagerarmos o valor de alguns poucos e controversos exemplos em contraste com a grande quantidade de evidências não controversas demonstrando que os humanos atuais evoluíram de criaturas simiescas bastante recentemente - por volta de 100.000 anos para cá, na África, e na visão de alguns, em outras partes do mundo também. Mas acontece que não esgotamos nossas fontes com as pegadas de Laetoli, o úmero de Kanapoi e o fêmur ER 1481. Pelos últimos oito anos, Richard Thompson e eu, com a assistência de nosso pesquisador Stephen Bernath, acumulamos um extenso corpo de evidências que desafia as teorias atuais sobre a evolução humana. Algumas dessas evidências, como as pegadas de Laetoli, são bem recentes. Mas boa parte delas foi registrada por cientistas no século dezenove e começo do século vinte. E, como você pode ver, nossa discussão sobre essas evidências podem constituir um livro muito grande.

Sem mesmo olhar para esse antigo conjunto de evidências, alguns assumirão que deve haver algo errado com ele - que foi convenientemente descartado há muito pelos cientistas, por razões muito boas. Richard e eu checamos bem essa possibilidade. Concluímos, no entanto, que a qualidade dessas evidências controversas não é melhor ou pior que as supostamente não controversas, usualmente citadas em favor das atuais teorias sobre a evolução humana.

Mas “Arqueologia Proibida” é mais do que um bem documentado catálogo de fatos não usuais. É, também, uma crítica sociológica, filosófica e histórica ao método científico, da forma como é aplicado à questão das origens da humanidade. Não somos sociólogos, mas nossa abordagem é similar à praticada pelos adeptos da sociologia do conhecimento científico (SSK), como Steve Woolgar, Trevor Pinch, Michael Mulkay, Harry Collins, Bruno Latour, and Michael Lynch.

Cada um desses estudiosos tem uma perspectiva única da SSK, mas todos provavelmente concordariam com o seguinte enunciado programático. As conclusões dos cientistas não correspondem de forma idêntica as estados e processos de uma realidade objetiva natural. Ao invés, tais conclusões refletem os reais processos sociais dos cientistas, mais do que o que acontece na natureza/meio ambiente.

A abordagem crítica que fazemos em “Arqueologia Proibida” também assemelha-se à usada pelos filósofos da ciência, como Paul Feyerabend, que afirma que a ciência alcançou uma posição por demais privilegiada no campo intelectual, e por historiadores da ciência, como J. S. Rudwick, que explorou em detalhes a natureza da controvérsia científica. Como Rudwick, em “A Grande Contovérsia Devoniana”, usamos a narrativa para apresentarmos nosso material, que engloba não uma mas muitas controvérsias - controvérsias há muito resolvidas, não resolvidas ainda e em formação. Para isso foram feitas muitas citações de fontes primárias e secundárias, e fornecidas descrições detalhadas das reviravoltas dos complexos debates paleoantropológicos. Para os que trabalham com disciplinas relacionadas com as origens da humanidade e antiguidade, “Arqueologia Proibida” provê um bem documentado compêndio de relatórios livres das muitas referências atuais, não facilmente conseguido de outra forma.

Um dos últimos autores a discutir o tipo de relatório achado em “Arqueologia Proibida” foi Marcellin Boule. Em seu livro “Fossil Men” (1957), Boule traz uma conclusão decididamente negativa. Mas, ao examinar os relatórios originais, percebemos que o ceticismo de Boule não é justificado. Em “Arqueologia Proibida”, fornecemos material oriundo de fontes primárias que irão permitir aos leitores atuais formarem suas próprias opiniões sobre as evidências que Boule desacreditou. Também introduzimos vários casos que Boule deixou de mencionar.

Das evidências que colhemos, concluímos algumas vezes em linguagem desprovida do experimentalismo ritual, que as hipóteses atualmente dominantes sobre as origens do homem necessitam de uma drástica revisão. Também concluímos que um processo de filtragem de conhecimentos deixou os estudiosos com uma coleção de fatos radicalmente prejudicada e incompleta.

Antecipamos que muitos estudiosos acharão em “Arqueologia Proibida” um convite a discursos produtivos sobre (1) a natureza e tratamento das evidências no campo das origens do homem e (2) as conclusões que podem ser mais logicamente alcançadas a partir de tais evidências.

No primeiro capítulo da Parte I, pesquisamos a história e o atual estado em que se encontram as idéias sobre a evolução do homem. Também discutimos alguns dos princípios epistemológicos que usamos em nosso estudo nesse campo. Principalmente, estamos interessados em duplo padrão no tratamento das evidências. Identificamos dois principais corpos de evidências. O primeiro é um conjunto controverso (A), que demonstra a existência de humanos anatomicamente modernos no ‘não muito confortável’ passado distante. O segundo é um conjunto de evidências (B) que pode ser interpretado como comportando as atuais visões dominantes de que o homem evoluiu bem recentemente, de 100.000 anos para cá, na África, e talvez em outros lugares.Também identificamos padrões empregados na avaliação das evidências paleoantropológicas. Depois de um estudo detalhado, descobrimos que se estes padrões forem aplicados igualmente para A e B, então devemos aceitar a ambos ou rejeitar a ambos. Se aceitarmos tanto A quanto B, então temos evidências colocando humanos anatomicamente modernos vivendo há milhões de anos atrás, coexistindo com humanóides simiescos. Se rejeitarmos a ambos, eliminamos a possibilidade de usarmos a base fática disponível para formularmos qualquer hipótese sobre as origens do homem e a antiguidade. Historicamente, um significativo número de cientistas profissionais já aceitou as evidências do grupo A. Mas um grupo mais influente, que aplicou padrões mais rígidos a A do que a B, estabeleceu a rejeição de A e a preservação de B como dominante. Esse uso de padrões diferenciados para a aceitação ou rejeição de evidências constitui um filtro de conhecimentos que obscurece a verdade sobre a evolução humana. No corpo da Parte I (Capítulos 2-6), checamos a vasta quantidade de evidências controversas que contradiz as idéias correntes sobre a evolução do homem. Narramos em detalhes como elas foram sistematicamente suprimidas, ignoradas ou esquecidas, mesmo sendo qualitativamente (e quantitativamente) equivalentes às atualmente aceitas. Quando falamos em supressão de evidências, não nos referimos a cientistas conspiradores levando a cabo um plano satânico para enganar o público.

Ao contrário, falamos sobre a existência de um processo sociológico de filtragem de conhecimento que aparenta ser bem inócuo mas que tem, em verdade, um substancial efeito cumulativo. Certas categorias de evidências simplesmente desapareceram, em nossa opinião injustificadamente.

O Capítulo 2 trata de ossos anormalmente antigos e conchas que exibem marcas e sinais de ruptura intencional. Até hoje, cientistas consideram tais ossos e conchas como uma importante categoria de evidências, e muitos sítios arqueológicos foram estabelecidos com base apenas nesse tipo de achado.Nas décadas posteriores à apresentação da teoria de Darwin, numerosos cientistas descobriram ossos animais quebrados ou com incisões, e conchas sugerindo que humanos que usavam ferramentas ou precursores dos humanos existiram no Pliosceno (2-5 milhões de anos atrás), no Miosceno (5-25 milhões de anos atrás), e até antes. Ao analisar os ossos e conchas, os descobridores cuidadosamente consideraram e estabeleceram explicações alternativas - como a ação de animais ou pressão geológica - antes de concluir que os humanos eram os responsáveis. Em alguns casos, ferramentas de pedra foram achadas juntamente com os ossos e conchas. Um exemplo particularmente impressionante nesta categoria é um concha exibindo uma rude, porém reconhecível, face humana esculpida em sua superfície externa. Registrada pelo ologista H. Stopes à Associação Britânica para o Avanço da Ciência em 1881, essa concha, de uma formação rochosa do Pliosceno, na Inglaterra, tem mais de 2 milhões de anos.

De acordo com os padrões aceitos, humanos capazes de tal nível de artifício não chegaram à Europa antes de 30.000 ou 40.000 antos atrás. Além disso, eles nem mesmo surgiram em seu berço, a África, antes de 100.000 anos atrás. Em relação às evidências do tipo reportado por Stopes, Armand de Quatrefages escreveu em seu livro “Hommes Fossiles et Hommes Sauvages” (1884): “As objeções feitas à existência do homem no Pliosceno e Miosceno parecem ser habitualmente mais relacionadas a considerações teóricas do que à observação direta”.

As mais rudimentares ferramentas de pedra, as eoliths (“as pedras da aurora”) são o assunto do Capítulo 3. Esses instrumentos achados em contextos geológicos inesperadamente antigos, inspiraram prolongados debates no final do século dezenove e começo do século vinte.

Para alguns, as eoliths não eram sempre facilmente reconhecíveis como ferramentas. As eoliths não tinham forma simétrica. Ao contrário, a borda de uma lasca de pedra natural era quebrada para fazê-la servir para uma determinada tarefa, como raspar, cortar ou talhar. Freqüentemente a ponta ostentava sinais do uso. Os críticos disseram que as eoliths resultaram de eventos naturais, como o rolar no fundo de rios. Mas os defensores da outra tese ofereceram contra-argumentos convincentes no sentido de que as forças naturais não poderiam causar o gasto similar ao conseguido na pedra lascada - unidirecional em apenas um lado da pedra. No final do século dezenove, Benjamin Harrison, um arqueologista amador, descobriu eoliths no Platô de Kent, no sudeste da Inglaterra. Evidências geológicas sugerem que as eoliths foram produzidas em meados ou no final do Ploisceno, por volta de 2 a 4 milhões de anos atrás. Entre os que apoiavam a tese decorrente da descoberta de Harrison estavam Alfred Russell Wallace, co-fundador com Darwin da teoria da evolução pela seleção natural; Sir John Prestwich, um dos mais eminentes geologistas ingleses; e Ray E. Lankester, um diretor do Museu Britânico (História Natural). Embora Harrison tenha descoberto a maior parte de suas eoliths em depósitos superficiais de cascalho do Pliosceno, ele também descobriu muitas em níveis mais abaixo, durante uma escavação financiada e dirigida pela Associação Britânica para o Avanço da Ciência. Além das eoliths, Harrison achou, em vários lugares no Platô de Kent, ferramentas de pedra mais avançadas (paleoliths) de antigüidade plioscênica similar.

No começo do século vinte, J. Reid Moir, um membro do Instituto Real de Antropologia e presidente da Sociedade de Pré-História da Anglia Oriental, descobriu eoliths (e ferramentas de pedra mais avançadas) na formação inglesa de Red Crag. As ferramentas tinham por volta de 2 a 2,5 milhões de anos. Algumas das ferramentas de Moir foram achadas nos leitos de detritos de Red Crag e poderiam ter entre 2,5 e 55 milhões de anos.

Os achados de Moir ganharam o apoio de um dos maiores críticos das eoliths, Henri Breuil, então considerado como uma das mais proeminentes autoridades em ferramentas de pedra antigas.

Outro patrocinador foi o paleontologista Henry Fairfield Osborn, do Museu Americano de História Natural de Nova Iorque. E, em 1923, uma comissão internacional de cientistas viajou até a Inglaterra para investigar as principais descobertas de Moir e as consideraram genuínas. Mas, em 1939, A. S. Barnes publicou um artigo de muita influência, no qual analisava as eoliths descobertas por Moir e outras em termos do ângulo de quebra observado. Barnes afirmava que seu método podia distinguir entre o processo de lascar feito por humanos do produzido por forças naturais. Desde então, os cientistas têm usado o método de Barnes para negar a manufatura por homens de outras ferramentas de pedra. Mas, em anos recentes, autoridades em ferramentas de pedra, como George F. Carter, Leland W. Patterson e A. L. Bryan têm contestado a metodologia de Barnes e sua aplicação. Isso sugere a necessidade de reexame das eoliths européias. Significativamente, ferramentas de pedra muito antigas, da África, como aquelas dos níveis mais baixos de Olduvai Gorge, aparentam serem idênticas às eoliths européias rejeitadas. Ainda assim, são aceitas pela comunidade científica sem questionamentos. Isso se dá, provavelmente, porque elas se encaixam e ajudam a apoiar a teoria da evolução do homem atualmente aceita.

Mas outras manufaturas eolíticas de antigüidade inesperada continuam a encontrar forte oposição. Por exemplo, na década de 1950, Louis Leakey descobriu ferramentas de pedra de mais de 200.000 anos em Calico, nos sul da Califórnia. De acordo com a visão padrão, os humanos não penetraram nas regiões subárticas do Novo Mundo antes de aproximadamente 12.000 anos atrás. Os cientistas acabaram por responder à descoberta de Calico, previsivelmente, afirmando que, ou eram produto das forças naturais, ou não tinham realmente 200.000 anos. Mas há razões suficientes para se concluir que as descobertas de Calico são artefatos de produção genuinamente humana. Embora a maior parte das ferramentas fossem rudes, algumas, inclusive uma em forma de bico, eram mais avançadas.

No Capítulo 4, discutimos uma categoria de implementos que chamamos de paleoliths rudes. No caso das eoliths, a parte lascada localiza-se perfeitamente na borda trabalhada de um pedaço de pedra naturalmente quebrada. Mas os fabricantes dos paleoliths rudes deliberadamente golpearam as rochas, lascando, então, os pedaços até alcançar formas reconhecíveis como ferramentas. Em alguns casos, rochas inteiras foram lascadas até formarem ferramentas. Como vimos, as paleoliths brutas são encontradas juntamente com as eoliths. Mas, nos sítios discutidos no Capítulo 4, as paleoliths são dominantes no conjunto. Na categoria das paleoliths brutas, incluímos ferramentas do Miosceno (5 a 25 milhões de anos) achadas no final do século dezenove por Carlos Ribeiro, chefe do Instituto de Pesquisa Geológica de Portugal. Em uma conferência internacional de arqueologistas e antropologistas, em Portugal, um comitê de cientistas investigou um dos sítios onde Ribeiro havia achado as ferramentas. Um dos cientistas achou um peça de pedra mais avançada que os melhores espécimes de Ribeiro. Comparável às peças aceitas como do final do Pleistoceno, do tipo Mousterian, estava firmemente encravada em conglomerado do Miosceno, em circunstâncias tais que confirmavam sua antigüidade mioscênica. Paleoliths brutas também foram achadas em formações mioscênicas em Thenay, França. S. Laing, um escritor de ciências inglês, escreveu: “Em seu conjunto, a evidência desses implementos do Miosceno parece ser bastante conclusiva, e as objeções parecem não se situarem de outra forma a não ser como simples relutância em admitir a grande antigüidade do homem”.

O texto prossegue enumerando evidências da manipulação, por parte do establishment, das convicções dos homens acerca de sua própria história.

O pensamento livre, a dignidade do ser humano, a verdade, enfim, se expressou através dos signatários da DECLARAÇÃO DE VENEZA.

DECLARAÇÃO DE VENEZA

Comunicado final do Colóquio “A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento” Veneza, 7 de março de 1986.

Os participantes do colóquio “A Ciência Diante das Fronteiras do Conhecimento”, organizado pela UNESCO, com a colaboração da Fundação Giorgio Cini (Veneza, 3-7 de março de 1986), animados pôr um espírito de abertura e de questionamento dos valores de nosso tempo, ficaram de acordo sobre os seguintes pontos:

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dois Sóis aparecem no céu da China. PARTE II: os fatos por trás da mídia e da pseudociência.


No meu entender, existem nesta história alguns fatores a ter em conta:

1 – O homem que filmou realmente pensou que viu 2 sóis. Isso não faz com que seja dois sóis. Faz simplesmente com que se perceba que a testemunha não tem conhecimento sobre esses assuntos.

Tal como quando as pessoas veem satélites ou iridium flares e pensam logo que são naves extraterrestres, quando na verdade o que se passa é que a pessoa não tem conhecimento para perceber aquilo que está a ver.

As pessoas não terem conhecimento sobre os fenómenos é normal – ninguém pode saber sobre todos os assuntos. Os maus jornalistas e os sites pseudociência inventarem logo que é algo desconhecido, isso só demonstra a falta de sentido crítico que existe em muitos sítios.

Neste caso, a testemunha diz que não existe outra explicação – mas isso é porque ele (e o amigo) não sabe essa explicação que existe. O jornalista deu essa explicação. Era assim que deveria ter acabado a reportagem – com a explicação. Mas não, a reportagem acaba com a ideia de que isto é um mistério.

2 – Se as pessoas olhassem mais para o céu, perceberiam que este é um fenómeno normal (raro quando são lado a lado, mas mesmo assim explicável).

Tem a ver com reflexos nas lentes, a luz do Sol refratar na atmosfera (fenómeno óptico bastante comum), e miragens – tal como quando vamos numa reta com árvores dos lados, parece lá ao fundo não só que as árvores se tocam, mas parece inclusive que existem poças de água por toda a estrada.

3 – Como diz o professor Jim Kaler: “a imagem dupla do Sol deriva de um efeito óptico de refracção. É um fenómeno raro (ou seja, não é diário), e que não está totalmente explicado pela ciência (apesar de se saber o que é e de estar praticamente explicado)”.

4 – Deixem-me dizer novamente: este é um fenómeno comum (raro mas que acontece regularmente). Basta fazerem uma pesquisa no Google para verem várias outras fotografias do mesmo género, feitas por astro fotógrafos.

Se fizerem uma pesquisa no YouTube, veem também vários exemplos disso. Claro que se vê títulos completamente sem sentido, porque as pessoas imaginam logo conclusões sem sentido. Mas o que se percebe é que é um fenómeno “normal”.

5 – Como este é um fenómeno atmosférico recorrente, então é normal as pessoas de vez em quando (quando olham para o céu) o verem.

Não é algo que aconteça todos os dias. Mas é algo conhecido.

Claro que para quem não têm por costume olhar para o céu, estas coisas podem ser fantásticas! (qualquer dia aparece a “extraordinária notícia” que a Lua pode-se ver durante o dia, incluindo ao mesmo tempo que o Sol!) O Sol costuma produzir outras imagens estranhas, além de haver outros fenómenos atmosféricos estranhos.

O que a mim me aborrece é quem tem por obrigação disseminar a verdade sobre as notícias – como os jornalistas – por vezes preferem divulgar os mitos, as crenças, os mentirosos, os pseudociência, a ignorância.

6 – Como este é um fenómeno que acontece por vezes ,é assim normal que no passado tenha havido as mesmas histerias.

Por exemplo, o ano passado foi na Índia.

7 – Existe uma outra hipótese: tudo isto não passa de uma campanha de Marketing enganosa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Revolta com a mecanização tem nova interpretação


Desenho publicado em 1812 mostrando trabalhadores comandados pelo lendário General Ned Ludd destruindo uma tecelagem. Imagem: Britsh Museum.  

A preocupação com a dominação das máquinas não é de hoje. Nos tempos de escola, aprendemos que o movimento ludista foi um movimento operário contrário à mecanização do trabalho que estava acabando com os trabalhos de muitos operários. Por isso, os ludistas invadiram fábricas e destruíram máquinas. E dois dos incidentes mais notórios aconteceram há exatos 200 anos, quando 150 rebeldes invadiram o Moinho de Rawfold e assassinaram o proprietário local, William Horsfall, perto do condado de York, Inglaterra.

Para historiadores de todo o mundo, a revolta foi divisora de águas, na qual a classe trabalhadora se fez presente e fez as outras classes sentirem sua força política pela primeira vez. Isso acabou levando a posteriores reformas, como a criação dos sindicatos, por exemplo.

Contudo, uma recente pesquisa de Richard Jones sugere que não foi bem assim. Segundo ele, o ludismo é celebrado pelos motivos errados. Ele defende que o movimento não representava as verdadeiras preocupações das classes operárias, mas somente as preocupações de profissionais mais privilegiados, que tinham interesses locais.
Na indústria têxtil, investigada pelo estudo, por exemplo, de um milhão de empregados, os aderentes ao movimento nunca passaram 12 mil.

“Para os historiadores, o ludismo é encarado como um fenômeno social histórico”, explica Jones. “Os ludistas eram vistos como trabalhadores que se faziam ouvir, mas esses não eram os grandes grupos de trabalhadores, mas sim os mais intelectualizados desses grupos.”

O foco de Jones recaiu sobre o condado de York, aonde ele examinou testemunhos orais, documentos legais, papéis do parlamento e relatórios. De acordo com ele, os grupos envolvidos nas quebras das maquinarias sempre variavam de 4 a 10 pessoas, e a rebelião não se tornou um movimento nacional, pois era diferente de lugar para lugar. Em Nottinghamshire, por exemplo, não havia violência. Os trabalhadores só removiam as engrenagens. Mas, em Lancashire, pelo contrário, houve ondas de movimentos radicais, que levou a greves maduras e bem organizadas.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Djinns, Ghul, Ifrit, Jann, Marid e os Shaitan. Seres mitológicos da arabia Pré-islâmica.


Foto artística que retrata um Djinn. Imagem: Channel CWtv.

Há uns tempos atrás aluguei um filme em VHS, de nome “Djinn - O Senhor dos Desejos” (“Wishmaster”). O  filme não era uma super-produção mas a sua história despertou-me o interesse e como tal resolvi pesquisar sobre a criatura. Espanto o meu quando descubro que Djinn é muito mais do que um simples fato de látex avermelhado, propriedade de um estúdio de cinema qualquer de Hollywood. De facto, Djinn é uma criatura ancestral da Mitologia Árabe Pré-islâmica, uma personagem supra-humana e mais do que isso, neste caso é um “semi-demónio”, não porque é feio mas porque fluentemente é persuasivo, e maléfico até, nos seus actos e propósitos, pode causar dor e desespero onde se encontra mas... já lá vamos!

Djinn do Árabe “Jin”, possuí em português o equivalente a grosso modo de “Génio”! O Djinn provém de uma raça de seres sobrenaturais, os Djinni, remetente a Djanna (do Árabe), que significa coisa dissimulada ou invisível. Têm origem na Mitologia Árabe e mais tarde são “assimilados” pelo Islamismo. A sua presença é notada por diversas vezes no Alcorão, inclusive, para além de constantes referências suas nos textos sagrados, existe uma Sura (capítulo do Alcorão) inteiramente dedicada aos Djinni, a “Al-Jinn” (Sura nº 72).


Fotografia artística retratando um Ifrit. Imagem: Channel CWtv.

A história desta “espécie”, segundo rezam diversas escrituras, é já milenar, os Djinni são criaturas antiquíssimas postas a vaguear no paraíso há cerca de quatro mil anos atrás, dois mil anos antes da criação de Adão. Alá fê-los de ar e fogo razão pela qual se diz que estes podem assumir todo o tipo de formas animadas e inanimadas, inclusive a humana, podendo assim permanecer e caminhar “camuflados” entre nós sem que possam ser detectados, ou então simplesmente permanecerem ocultos no ar que nos rodeia a observarem a seu belo prazer a nossa sociedade. A princípio, ainda antes da chegada do Islamismo ao mundo Árabe os Djinni eram criaturas com virtudes e defeitos, nas “hierarquias sobrenaturais” são considerados inferiores tanto em relação aos Anjos (pois estes possuíam apenas a face da obediência) como aos Demônios (pois não eram tão maus nem poderosos quanto os mesmos). No entanto e relativamente aos segundos, eram igualmente detentores de uma enorme força e astúcia que usariam sem hesitar, independentemente do meio, para atingirem os seus objetivos. Após domínio Islâmico e por influência do mesmo, a alguns dos Djinni foram-lhes progressivamente retiradas as suas “qualidades”  ficando assim criaturas negras e enraivecidas, aos restantes foram-lhes conservada a capacidade de ajuda e interacção com os homens, embora na maior parte das vezes estes o façam para proveito e gozo próprio e não pela afinidade com a inferior espécie!



Ilustração artística de um Ghul. Imagem: Channel CWtv.

Aquando da criação de Adão, Alá ordenou que os Djinni se curvassem perante o recém-criado ser, no entanto estes refutaram a ordem, dada a sua “antiguidade” no Paraíso e sob o comando e liderança de Iblis (o actual equivalente cristão de Satan), um dos mais “negros” Djinni caracterizado como sendo orgulhoso e ciumento do poder de Alá,iniciaram uma revolta contra o seu criador. Como consequência de tal irreverência os Djinni, juntamente com Iblis, foram atirados para a terra e  ficaram sujeitos à mortalidade e a todas as restantes necessidades fisiológicas dos homens, com a excepção da forma física. Assim como os humanos também estas criaturas ficaram, segundo o Islamismo, sujeitos à salvação ou à condenação divina. Já na Terra, segundo as escrituras, os Djinni alojaram-se nas Montanhas de Káf, que se acreditava, na mitologia da antiga Pérsia, circundarem o mundo. São seis os grandes clãs ou tribos de Djinns que constituem os Djinni. Os Jinn, os Jann, os Marid, os Shaitan, os Ghul e os Ifrit. Iblis pertence a os Ifrit. Podemos ainda “catalogar rudemente” estas seis tribos em duas categorias; os que conseguem interagir com os humanos de forma harmoniosa e os que aterrorizam e existem para castigar e troçar dos mortais. Na primeira categoria incluem-se os Jinn juntamente com os Jann, os primeiros são os mais comuns na referida espécie sobrenatural e os que mais frequentemente interagem com os humanos, os segundos, os Jann, são conhecidos por se encontrarem e viverem em Oásis nos desertos. Já os Marid, a tribo mais antiga, encontram-se em menor número nesta superior sociedade, não obstante são os mais sábios e poderosos dos Djinni e como tal acharam por direito que os membros da mesma tribo pudessem ter o livre arbítrio sobre “de que lado  ficariam”. Os Marid alojam-se normalmente perto da costa e são conhecidos por controlarem o estado do tempo, estes podem aparecer aos humanos sob a forma de cavalo ou de um velho homem. Na segunda categoria inserem-se os “génios negros”, os Ifrit que são os mais comuns de entre os maus e são conhecidos pela tenacidade com que se opõem aos mortais; os seus aliados Shaitan, que vivem nas montanhas e no subsolo, são a segunda tribo mais antiga dos Djinni, são conhecidos por serem persuasivos e por se divertirem a manipular tanto humanos como outros Djinni para atingirem os seus propósitos. Os Shaitan podem adquirir a forma de chacal, nuvens de fumo, camelos negros ou a forma de uma bela mulher com uma parte de animal no seu corpo. Por fim os Ghul são os mais depravados deste subgrupo, deles diz-se que estão possessos de uma enorme gula, podem ser encontrados nos becos das grandes cidades a alimentarem-se de restos, muitos são avistados em cemitérios a devorarem os cadáveres dos recém-falecidos. 


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Evento de Carrington ou Tormenta Solar


Explosão de Massa Coronal que gera as Tempestades Solares. Imagem: Telegraph.co.uk
O Evento de Carrington ou Tormenta Solar de 1859 foi uma grande tempestade geomagnética provocada por ondas solares ocorrida em 2 de setembro de 1859. Seu nome provém de Richard Carrington, astrônomo inglês, especialista em manchas solares. Esta tormenta solar foi a mais potente já registrada pela história da humanidade. Causou falhas no serviço de telégrafo em toda a Europa e América do Norte. O evento parece ter sido notado em 28 de agosto de 1859 quando foi possível perceber auroras boreais por quase toda América do Norte. Observou-se imensas cortinas de luz de Maine até a Flórida.
A magnetosfera protege a superfície da Terra das partículas carregadas do vento solar. É comprimida no lado diurno (Sol) devido à força das partículas chegantes, e estendido no lado noturno. Imagem: http://www.space.com/

As erupções solares que provocam tormentas magnéticas podem causar danos nos sistemas dos satélites e de comunicação, bem como nas redes de energia. Alguns consideram até a possibilidade de um grande apagão e que poderiam ocorrer detonações atômicas espontâneas.
Um fenômeno suficientemente forte desestabilizaria, inclusive de forma catastrófica, uma boa parte da tecnologia global.
O mundo moderno, depende em excesso da rede satelites, de telecomunicações, aparelhos eletrônicos de todo tipo, tecnologias muito vulneráveis a variações espaciais.
Tempestade solar pode ser causa do apagão no Nordeste
O pulso eletromagnético detectado nos EUA teve origem após uma explosão solar ocorrida no dia 31 de Janeiro de 1989, quando uma grande quantidade de massa coronal foi ejetada da estrela (Sol). A maior parte dessas partículas seguiu em direção ao espaço, enquanto uma pequena parcela atingiu o campo magnético terrestre e pode ter provocado auroras nas latitudes médias e altas.


Vento Solar provindo das Explosões Solares que Ejetam Massa Coronal no espaço em direção da Terra. Imagem: http://www.space.com/

Exatamente nesse mesmo instante, quase toda a região Nordeste ficou às escuras. Segundo relatos feitos no site Painel Global, diversos carros e luzes também apresentaram funcionamento errático e intermitente, além de muita interferência nas estações de rádio.

Em boletim recebido do SWPC, Centro de Previsão de Tempo Espacial dos EUA, às 02h36 UTC (23h36 no Nordeste e 00h36 em Brasília), magnetômetros instalados em Boulder, no Colorado, registraram um repentino pulso eletromagnético de 8 nanoTeslas (Tesla é a unidade de medição de campos magnéticos). Para fins de comparação, o pulso eletromagnético registrado teve intensidade de 8 nanoTeslas. A maior tempestade solar já registrada ocorreu em setembro de 1859 e teve a intensidade estimada em 110 nanoTeslas. Essa tempestade ficou conhecida como Evento Carrington.