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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Por que a vaca é sagrada na Índia?

 

        A tradição nasceu com o hinduísmo. Os Vedas, coletânea de textos religiosos de cerca de 1500 a.C., comentam a fertilidade do animal e o associam a várias divindades. Outra escritura hinduísta fundamental, o Manusmrití, compilado por volta do século I a.C, também enfatiza a importância da vaca para o homem. Nos séculos seguintes, foram criadas leis elevando gradualmente o status religioso bovino. No sistema de castas que ainda vigora na sociedade indiana, a vaca é considerada mais “pura” até do que os brâmanes (indivíduos pertencentes à casta mais elevada, dos sacerdotes) — por isso não pode ser morta nem ferida e tem passe livre para circular pelas ruas sem ser incomodada. O leite do animal, sua urina e até mesmo suas fezes são utilizados em rituais de purificação. A adoração, no entanto, não é unanimidade entre os hindus e suscita debates inflamados no país. Em seu livro The Myth of Holy Cow (O mito da vaca sagrada, sem tradução para o português), o historiador indiano Dwijendra Narayan Jha, da Universidade de Délhi, sustenta a tese de que o hábito de comer carne era bastante comum na sociedade hindu primitiva e condena o “fundamentalismo em torno da santificação do animal”, imposto pelos principais grupos religiosos da Índia.

Você quer saber mais?

 VICENTINO,  Claudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico - História. São Paulo: Editora Scipione, 2015.

A educação espartana

         Os espartanos eram treinados para defender a pólis e seus domínios. Com um sistema rígido de educação e formação militar, o Estado esperava garantir a proteção da cidade contra inimigos externos e a preservação da ordem interna, como a repressão aos hilotas. O vigor físico era um atributo importante para a sociedade espartana. O Conselho dos Anciãos examinava cada criança espartana recém-nascida. As crianças que nasciam com deficiências eram atiradas de um desfiladeiro. Os bebês saudáveis eram devolvidos aos pais. As meninas permaneciam com os pais até se casar. Já os meninos deixavam a família aos 7 anos para cumprir o serviço militar obrigatório até os 18 anos. 

     Durante a formação militar, os meninos alojavam-se em barracas e enfrentavam dificuldades como fome, chuva e frio. O aprendizado de técnicas de guerra, como o manejo de escudos, arcos, flechas e lanças, era iniciado nesse período. Aos 18 anos, o jovem tornava-se hoplita (soldado) e permanecia a serviço do Estado até os 60 anos. Aos 30 anos conquistava o direito de participar da Ápela, passava a ser considerado um cidadão e era obrigado a se casar para ter filhos. As mulheres espartanas não participavam da vida política. Sua obrigação era se casar e gerar filhos saudáveis para servir ao Estado. Por isso, a saúde do corpo também era uma preocupação feminina. Elas praticavam exercícios para ter uma constituição forte e saudável, caso fossem convocadas para a guerra.

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VICENTINO,  Claudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico - História. São Paulo: Editora Scipione, 2015.


Havia história antes da história?

     A expressão “Pré-História” quer dizer anterior à História (pré = antes). Ela indica o enorme período compreendido entre o aparecimento dos seres humanos sobre a Terra (há mais de 5 milhões de anos) e o surgimento da escrita, que, em alguns lugares, ocorreu no final do quarto milênio antes de Cristo. Isso significa que todo o período anterior ao surgimento da escrita não seria considerado parte da História. Mas por que a invenção da escrita foi escolhida como marco inicial da História? 

      Há cerca de 200 anos os historiadores se baseavam nos textos escritos pelos povos antigos para entender seu passado. Assim, acreditavam que os povos do passado que não possuíam  escrita não poderiam ser estudados e, portanto,  não teriam uma história. Daí criaram a expressão “Pré-História” para denominar o período em que viveram esses povos que não dominavam a escrita. Com o tempo, os historiadores descobriram que desenhos, moradias e ferramentas deixados pelos povos pré-históricos também revelavam muito sobre seu passado. Ou seja, entenderam que era possível contar sua história utilizando documentos não escritos. Apesar disso, a expressão “Pré-História" continuou sendo usada para definir o período anterior à invenção da escrita. 

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VICENTINO,  Claudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico - História. São Paulo: Editora Scipione, 2015.