Clive Staples Lewis,
comumente mais referido como C. S. Lewis (Belfast, Reino Unido da Grã-Bretanha
e Irlanda, atual Irlanda do Norte, 29 de novembro de 1898 — Oxford, Inglaterra,
Reino Unido, 22 de novembro de 1963), foi um professor universitário, escritor,
romancista, poeta, crítico literário, ensaísta e apologista cristão britânico.
Durante sua carreira acadêmica, foi professor e membro do Magdalen College,
tanto da Universidade de Oxford como da Universidade de Cambridge. Ele é mais
conhecido por seus trabalhos envolvendo a apologia cristã, incluindo as obras O
Problema do Sofrimento (1940), Milagres (1947) e Cristianismo Puro e Simples
(1952), e a ficção e a fantasia, sendo as obras As Crônicas de Nárnia
(1950-56), Cartas de um diabo ao seu aprendiz (1942) e Trilogia Espacial
(1938-45), exemplos de sua produção literária voltadas para esses temas. Foi
também um respeitado estudioso da literatura medieval e renascentista, tendo
produzido alguns dos mais renomados trabalhos acadêmicos envolvendo esses temas
no século XX.
Em vida, foi grande amigo do
também professor universitário e escritor britânico J. R. R. Tolkien (1892-73).
Juntos, os dois serviram como membros do corpo docente da Faculdade de Língua
Inglesa da Universidade de Oxford e lideraram o grupo informal de discussão e
colaboração literária The Inklings. Apesar de ter sido criado ao longo da
infância dentro das tradições da Igreja da Irlanda, se tornou um ateu convicto
na altura de sua adolescência, seguindo essa linha de convicção pessoal até o
início de sua idade adulta, quando, por intermédio de Tolkien, voltou a
professar a fé cristã, se tornando um árduo defensor do cristianismo até o fim
de sua vida e carreira.
Nascido na cidade de
Belfast, Irlanda (atual Irlanda do Norte), em 29 de novembro de 1898, Clive
Staples Lewis cresceu no meio dos livros da seleta biblioteca particular de sua
família, criando nesta atmosfera cultural um mundo todo próprio, dominado por
sua fértil imaginação e criatividade. Filho caçula de Albert James Lewis
(1863-1929) e de sua esposa, Florence Augusta Lewis (1862-1908), Clive foi
descrito como uma "criança sonhadora". Quando tinha três anos,
decidiu adotar o nome de "Jack", pelo qual ficaria conhecido na
família e no círculo de amigos próximos durante toda a vida.
Quando eram adolescentes,
Lewis e seu irmão Warren Lewis (1895–1973), três anos mais velho que ele,
passavam quase todo o seu tempo dentro de casa dedicando-se à leitura de livros
clássicos, e distantes da realidade materialista e tecnológica do século XX.
Aos 10 anos, em 1908, a morte prematura de sua mãe fez com que ele ainda mais
se isolasse da vida comum dos garotos de sua idade, buscando refúgio no campo
de suas histórias e fantasias infantis.
Na sua adolescência
encontrou a obra do compositor Richard Wagner e começou a se interessar pelas
mitologias nórdica e grega, e por línguas, como o latim e o hebraico.
Sua educação foi iniciada
por um tutor particular, ainda na Irlanda, sendo enviado a Malvern College, em
Worcestershire, Inglaterra, aos 12 anos de idade. Em 1916, aos 18 anos, foi
admitido no University College, em Oxford, Inglaterra. O serviço militar
exigido pela Primeira Guerra Mundial (1914–18) interrompeu seus estudos. Em
1918, aos 20 anos, retornou à Oxford.
Durante a Primeira Guerra
Mundial conheceu outro soldado irlandês, Paddy Moore, com quem travou amizade.
Os dois fizeram uma promessa: se um deles falecesse durante o conflito, o outro
tomaria conta da família respectiva. Moore faleceu em 1918 e Lewis cumpriu seu
compromisso. Após o final da guerra, procurou a mãe de Paddy Moore, a senhora
Janie Moore, com quem estabeleceu uma profunda amizade até a morte desta em
1951. Lewis viveu em várias casas arrendadas com Moore e a sua filha Maureen,
facto que desagradou o seu pai. Por esta altura Clive já abandonara o
cristianismo no qual fora educado.
Formando-se com louvor em
letras e literatura aos 22, em 1920, em Oxford. Também se formou em teologia e
linguística. De 1925 a 1954, lecionou no Magdalen College, também em Oxford,
fazendo parte do corpo docente e servindo de consultor literário e teólogo da
Universidade até sua morte, em 1963. Foi professor de Literatura Medieval e
Renascentista na Universidade de Cambridge, em Cambrigde. Tornou-se altamente
respeitado neste campo de estudo em toda a Europa, tanto como professor quanto
como escritor. Seu livro A Alegoria do Amor: um Estudo da Tradição Medieval,
publicado em 1936, é considerado por muitos seu mais importante trabalho, pelo
qual ganhou o prêmio Gollansz Memorial de literatura. Em Oxford conheceu vários
escritores famosos, como J. R. R. Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis, de quem
viria a se tornar grande amigo, discutindo com quem, numa noite em 1931,
converteu-se ao cristianismo), T. S. Eliot, G. K. Chesterton e Owen Barfield.
Lewis voltou à fé cristã no
início da década de 1930. Dedicou-se a defendê-la e permaneceu na Igreja
Anglicana (o conhecido teólogo evangélico J. I. Packer foi clérigo na igreja
que Lewis frequentava). Tornou-se popular durante a II Guerra Mundial, por suas
palestras transmitidas pela rádio e por seus escritos, sendo chamado de
"apóstolo dos céticos", especialmente nos Estados Unidos.
Lewis notabilizou-se por uma
inteligência privilegiada, e por um estilo espirituoso e imaginativo. "O
Regresso do Peregrino", publicado em 1933, "O Problema do
Sofrimento" (1940), "Milagres" (1947), e "Cartas de um
diabo ao seu aprendiz" (1942), são provavelmente suas obras mais
conhecidas. Escreveu também uma trilogia de ficção científico-religiosa,
conhecida como a "Trilogia Espacial": "Além do Planeta
Silencioso" (1938), "Perelandra" (1943), e "Aquela Força
Medonha" (1945). Para crianças, escreveu uma série de fábulas, começando
com "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa" em 1950. Sua
autobiografia, "Surpreendido pela Alegria", foi publicada em 1955.
É bastante conhecida sua
influência sobre personalidades ilustres da nossa época, dentre elas Margaret
Thatcher, ex primeira ministra do Reino Unido. Seus livros foram lidos pelos
seis últimos presidentes americanos, e muitos de seus pensamentos foram citados
em seus discursos. Venderam-se mais de 200 milhões de cópias dos 38 livros
escritos por Lewis, os quais foram traduzidos para mais de 30 línguas,
incluindo a série completa de Nárnia para o polonês, ainda durante a Guerra
fria, e o russo. Entre 1996 e 1998, quando foi celebrado o seu centenário,
foram escritos cerca de 50 novos livros sobre sua vida e seus trabalhos,
completando mais de 150 livros desde o primeiro, escrito em 1949 por Chad
Walsh: "C. S. Lewis: O Apóstolo dos Céticos". Deu-se seu nome a um
asteróide, o 7644 Cslewis, descoberto em 4 de novembro de 1988 por Antonín
Mrkos.
Lewis e Tolkien foram
grandes amigos durante décadas, até a morte de Lewis (em 1963, aos 64 anos,
quase dez anos antes da morte do próprio Tolkien), e essa amizade foi explorada
no livro O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis. De fato, Lewis contribuiu
para a existência de O Senhor dos Anéis, sendo um dos primeiros a ler O Hobbit;
Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência e criatividade de Lewis,
e vice-versa.
Frases
Famosas de C.S. Lewis
“O perdão vai além da
justiça humana; é perdoar aquelas coisas que absolutamente não podem ser
perdoadas.”
(C. S. Lewis)
“Se você está à procura de
uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o
cristianismo.”
(C. S. Lewis)
“[Eu] Pensava que nós
seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o
caminho.”
(C. S. Lewis)
“Eu acredito no cristianismo
como eu acredito no sol, não por aquilo que ele é,mas que através dele eu posso
ver tudo ao meu redor.”
(C. S. Lewis)
“Existem coisas melhores
adiante do que qualquer outra que deixamos para trás.”
(C. S. Lewis)
“O carinho é responsável por
nove-décimos de qualquer felicidade sólida e durável existente em nossas vidas.
“
(C. S. Lewis)
“Cada vez que você faz uma
opção está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que
era antes.”
(C. S. Lewis)
“Deus sussurra em nossos
ouvidos por meio de nosso prazer, fala-nos mediante nossa consciência, mas
clama em alta voz por intermédio de nossa dor; este é seu megafone para
despertar o homem surdo.”
(C. S. Lewis)
“Se você está à procura de
uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o
cristianismo.”
(C. S. Lewis)
“Os conservadores são
pessimistas quanto ao futuro e otimistas quanto ao passado.”
(C. S. Lewis)
“O cristianismo, se for
falso, não tem valor; se for verdadeiro, tem valor infinito. A única coisa que
lhe é impossível é ser mais ou menos importante.”
(C. S. Lewis)
“Comecei uma dieta, cortei a
bebida e comidas pesadas e, em catorze dias, perdi duas semanas.”
(C. S. Lewis)
“A questão é saber se você
pode obrigar as palavras a querer dizer coisas diferentes. A questão é mostrar
a elas quem manda...”
(C. S. Lewis)
“Mera mudança não é
crescimento. Crescimento é a síntese de mudança e continuidade, e onde não há
continuidade não há crescimento.”
(C. S. Lewis)
“Quando se trata de conhecer
a Deus, toda a iniciativa depende dEle. Se Ele não se quiser revelar, nada do
que façamos nos permitirá encontrá-lo.”
(C. S. Lewis)
“Eu... eu... nem eu mesmo
sei, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de
manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.”
(C. S. Lewis)
“Educação nunca foi despesa.
Sempre foi investimento com retorno garantido.”
(C. S. Lewis)
“Mas os poços da fantasia
acabam sempre por secar e o contador de histórias, cansado tentou escapar como
podia: o resto amanhã... Já é amanhã.”
(C. S. Lewis)
“Eu acredito no Cristianismo
como acredito no brilho do sol, não simplesmente porque eu o veja, mas porque,
através dele, posso ver todas as outras coisas.”
(C. S. Lewis)
" O problema real da
vida crista aparece onde as pessoas normalmente nao o procuram. Ele aparece no
instante em que você acorda cada manha. Todos os desejos e esperanças para o
dia correm para você como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manha
consiste simplesmente em empurra-los todos para trás; em dar ouvidos a outra
voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais
ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos
os dias. Mantendo distancia de todoas as inquietações e de todos os
aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento. No começo, nos somos capazes
de faze-lo somente por alguns momentos. Mas então o novo tipo de vida estará se
propagando por todo o nosso ser, porque então estamos deixando Cristo trabalhar
em nos no lugar certo. Trata-se da diferença entre a tinta, que esta
simplesmente deitada sobre a superfície, e uma mancha que penetra na. Quando
Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer
que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se
transforma e em um pássaro; seria uma visão deveras divertida, e muito mais difícil,
tentar voar enquanto ainda se um ovo. Hoje nos somos como ovos. Mas você não
pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe
ou você apodrecera."
(C.S Lewis) - Cristianismo
Puro e Simples
“Amar é sempre ser
vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se
partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo
á ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e
pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife
de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar - ele vai
mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável ,
irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma
tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar
perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno.”
(C.S. Lewis) - Os quatro
amores
“O bem, quando amadurece, se mostra cada vez
mais diferente, não só do mal, mas de qualquer outro bem. - O mal pode ser
desfeito, mas não pode "transformar-se" em bem.”
(C.S. Lewis)
“Quando se trata de conhecer
a Deus, toda a iniciativa depende dEle. Se Ele não se quiser revelar, nada do
que façamos nos permitirá encontrá-lo.”
(C. S. Lewis)