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domingo, 1 de dezembro de 2024

As Nove Cruzadas

Primeira Cruzada (1096-1099): Lançada após o apelo do Papa Urbano II, foi uma tentativa de recuperar Jerusalém dos muçulmanos. A cruzada terminou com a tomada da cidade e a fundação dos reinos cristãos no Levante.

Segunda Cruzada (1147-1149): Lançada em resposta à queda de Edessa, um dos reinos cristãos. Apesar do apoio papal, fracassou, com os cruzados sendo derrotados pelos muçulmanos na Síria.

Terceira Cruzada (1189-1192): Conhecida como a Cruzada dos Reis, liderada por Ricardo Coração de Leão, Filipe Augusto e Frederico I Barbarossa. Apesar de vitórias em batalhas, não conseguiu retomar Jerusalém, que ficou sob controle de Saladino.

Quarta Cruzada (1202-1204): Originalmente planejada para reconquistar Jerusalém, desviou-se para Constantinopla, onde os cruzados saquearam a cidade, enfraquecendo o Império Bizantino e alterando o equilíbrio político.

Quinta Cruzada (1217-1221): Focada no Egito, onde os cruzados tentaram conquistar o Cairo para enfraquecer os muçulmanos. O fracasso foi marcado por uma retirada desorganizada e pela morte de líderes militares.

Sexta Cruzada (1228-1229): Liderada pelo imperador Frederico II, que negociou a devolução pacífica de Jerusalém aos cristãos, sem confrontos armados, o que foi visto com desconfiança pela Igreja.

Sétima Cruzada (1248-1254): Liderada pelo rei Luís IX da França, que tentou conquistar o Egito, mas foi derrotado e feito prisioneiro. Após ser libertado, ele organizou a oitava cruzada.

Oitava Cruzada (1270): Também liderada por Luís IX, esta cruzada foi dirigida contra Tunes, na África do Norte. No entanto, Luís IX morreu de doença, e a expedição fracassou, marcando o fim das grandes cruzadas.

Nona Cruzada (1271–1272): Geralmente considerada a última, liderada por Eduardo I da Inglaterra. Foi uma campanha menor e sem resultados expressivos.

Além dessas, houve movimentos menores, como a Cruzada das Crianças (1212) e outras cruzadas no Leste Europeu e na Península Ibérica, voltadas contra grupos como os cátaros e os eslavos pagãos.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O papel da mulher na Grécia, Roma e na Idade Média

 Na Grécia e Roma antigas, o papel da mulher era amplamente restrito ao domínio privado, com poucas exceções. Na Grécia, as mulheres de classes altas, como as atenienses, eram excluídas da vida pública e da política, sendo seu papel voltado essencialmente para o cuidado da casa e dos filhos. Elas recebiam educação em algumas situações, mas com foco em tarefas domésticas e na formação moral e ética para serem boas esposas e mães. Já em Esparta, as mulheres tinham mais liberdade, podendo praticar atividades físicas e até exercer influência na vida política, embora ainda fossem limitadas em muitos aspectos. Em Roma, as mulheres tinham um status um pouco mais elevado, podendo herdar bens e participar de cultos religiosos. No entanto, sua presença na política era muito restrita, com poucas mulheres exercendo influências notáveis, como as esposas de imperadores.

Durante a Idade Média, o papel das mulheres foi moldado fortemente pela Igreja Católica, que as via como responsáveis pela moralidade e educação dentro do lar. O casamento era considerado sua principal função, e muitas mulheres da nobreza eram responsáveis por gerir propriedades e comandar terras, especialmente quando seus maridos estavam ausentes ou faleciam. Embora as mulheres da nobreza tivessem algum poder, as da classe trabalhadora estavam geralmente confinadas ao lar ou ao trabalho manual, muitas vezes dentro de contextos familiares. As mulheres também desempenhavam papéis importantes nos conventos, onde podiam estudar, ensinar e exercer influência religiosa, algumas até fundando ordens monásticas. Apesar das limitações sociais e religiosas, mulheres de todas as classes demonstraram resiliência e uma capacidade de adaptação, seja em sua esfera doméstica ou em papéis mais públicos, como líderes espirituais ou patronas de artes e cultura.

Você quer saber mais?

POMERANZ, Renato. Mulheres na Antiguidade: Entre o Público e o Privado. São Paulo: Editora Unesp, 2017.

BROWN, Peter. A Ascensão do Cristianismo: Como uma Seita de Pescadores se Tornou a Religião do Império Romano. Rio de Janeiro: Editora Record, 2012.

LARRINGTON, Carolyne. Women and Writing in Medieval Europe: A Sourcebook. Londres: Routledge, 1999.

O conflito entre Israel e a Palestina

O conflito entre Israel e Palestina é uma das disputas mais complexas e prolongadas do século XX e continua a impactar a política internacional. A origem do conflito remonta ao final do século XIX e início do século XX, quando o movimento sionista, liderado por judeus que buscavam um lar nacional, começou a ganhar força. Após séculos de perseguições e discriminação, a criação do Estado de Israel, em 1948, foi vista como uma oportunidade de os judeus finalmente estabelecerem uma nação segura. Contudo, essa criação foi acompanhada pelo deslocamento de milhares de palestinos e pela rejeição de muitos países árabes, gerando um histórico de tensões.

Israel, desde sua fundação, enfrentou ameaças existenciais, sendo atacado por países árabes em várias guerras. Apesar disso, a nação judeu demonstrou uma resiliência notável, superando desafios de segurança e isolamento. O país se transformou em uma potência tecnológica e econômica, sendo um exemplo de democracia no Oriente Médio, com uma sociedade que valoriza os direitos humanos, embora também enfrente críticas pela ocupação de territórios palestinos e pela construção de assentamentos.

No entanto, a história de Israel também é marcada por um esforço constante de busca pela paz. Desde os Acordos de Oslo na década de 1990 até iniciativas mais recentes, Israel tem mostrado disposição para negociar, mas encontra dificuldades devido à falta de um parceiro palestino unificado e comprometido. A população judaica tem sido vítima de antissemitismo e violência, com ataques terroristas constantes de grupos extremistas, como o Hamas. Assim, enquanto a busca por paz continua, a defesa de Israel é muitas vezes vista como uma luta pela preservação de um Estado livre e seguro para o povo judeu, que tem um direito legítimo à autodeterminação.

Você quer saber mais?

SHLAIM, Avi. A Muralha de Ferro: Israel e o Mundo Árabe. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

LORDE, Israel. O Conflito Israel-Palestina: Uma História Contada de Ambos os Lados. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006.

BITAR, Ibrahim. A Questão Palestina: Raízes e Perspectivas. São Paulo: Editora Moderna, 2013.

O governo do presidente Jair Bolsonaro

O governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) foi marcado por uma agenda política e econômica que atraiu o apoio de diversos setores conservadores e parte significativa da população brasileira, mas também por desafios que geraram críticas substanciais. Durante seu mandato, Bolsonaro defendeu uma agenda de segurança pública rigorosa, com ênfase na ampliação do porte de armas e no enfrentamento ao crime, o que agradou sua base de eleitores. Além disso, a reforma da Previdência foi um passo importante para o ajuste fiscal, buscando garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário no longo prazo.

Porém, o governo também enfrentou críticas, especialmente pela condução da pandemia de COVID-19, onde o presidente minimizou os riscos do vírus e promoveu tratamentos sem comprovação científica, o que gerou uma crise sanitária grave no Brasil. No campo ambiental, o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia gerou repercussões internacionais negativas, com a gestão enfraquecendo políticas de proteção ambiental e de fiscalização.

No aspecto econômico, o governo implementou reformas liberais, como a da Previdência e o avanço das privatizações, mas não conseguiu evitar a alta inflação, o desemprego e o agravamento da desigualdade social. Politicamente, Bolsonaro manteve uma base fiel, composta por militares, evangélicos e a classe média, mas também gerou polarização e enfrentou dificuldades para dialogar com o Congresso, o que afetou a estabilidade política.

Ao final de seu mandato, Bolsonaro deixou um legado de transformações econômicas, mas com desafios em áreas como saúde, meio ambiente e a coesão social.

Você quer saber mais?

FONSECA, Renato. A Era Bolsonaro: História e Legado de um Governo Polêmico. Rio de Janeiro: Editora Record, 2022.

CAMPOS, Rogério. O Brasil de Bolsonaro: Política, Economia e Sociedade. São Paulo: Editora 34, 2021.

MOURA, Júlio. Bolsonaro e o Futuro do Brasil: Desafios e Contradições. Brasília: Editora UnB, 2020.

O governo da presidente Dilma Rousseff

 O governo de Dilma Rousseff (2011-2016) foi marcado por contradições que deixaram legados significativos e profundas críticas. Seu primeiro mandato focou na ampliação de programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, e no incentivo à economia por meio de medidas intervencionistas, como o controle de preços de combustíveis pela Petrobras e a desoneração fiscal para diversos setores. No entanto, essas políticas levaram a distorções econômicas, com a Petrobras acumulando prejuízos e os benefícios fiscais não revertendo em investimentos ou geração de empregos sólidos.

A crise econômica se agravou em seu segundo mandato, quando o país enfrentou recessão, alta inflação e crescente desemprego. A política de austeridade fiscal anunciada em 2015, contradizendo o discurso de campanha, gerou descontentamento tanto entre sua base de apoio quanto na oposição, minando sua governabilidade. O escândalo da Lava Jato expôs casos de corrupção envolvendo aliados e a Petrobras, aprofundando a crise política.

Dilma também enfrentou críticas pela falta de habilidade política para negociar com o Congresso, o que culminou em seu processo de impeachment em 2016. Embora ela tenha argumentado que o impeachment foi um golpe político, sua gestão foi amplamente vista como incapaz de lidar com as pressões econômicas e políticas, deixando o país em uma situação de instabilidade que afetou diretamente a trajetória de desenvolvimento social e econômico iniciada nos governos anteriores.

Você quer saber mais?

SINGER, André. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

SAFATLE, Vladimir. Cinquenta Tons de Verde-Amarelo: o impeachment e a crise brasileira. São Paulo: Boitempo, 2017.