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sábado, 8 de abril de 2017

Epicuro

Epicuro (341a.C — 271 ou 270a.C) foi um filósofo grego. Suas ideias foram muito difundidas no Egito e na região da Jonia. A partir do século I ganhou maiores adeptos.
Epicuro (341a.C. - 271 ou 270a.C.) nasceu na ilha de Samos. Ainda adolescente mostrou interesse pelo estudo da filosofia. Foi aluno de Pânfilo, seguidor das ideias de Platão. Era considerado um dos melhores alunos. Foi seguidor de Demócrito, que lhe ajudou a elaborar a teoria atomista, na qual, o átomo era o elemento formador de todas as coisas e poderiam formar outros corpos mesmo com a morte física.
Epicuro formou a sua teoria tendo com um dos pontos mais importantes, o prazer. Para ele, a vida deveria ser a busca do prazer, o estado de Aponia, que era a ausência de dor física. A dor da alma deveria, segundo ele, ser combatida com as boas lembranças.
Escreveu trezentos textos, dos quais foram encontradas 3 cartas: sobre a natureza, os meteoros e a moral. Existem os fragmentos, com o nome de Epicurea (1887). Nesses escritos, Epicuro pregava que a filosofia deveria promover a liberdade, sendo considerado o primeiro filósofo anarquista.
Epicuro fundou sua própria escola, chamada "O Jardim", onde pregava um bom relacionamento entre mestres e discípulos. O filósofo era considerado um mestre simpático e sereno com os seus alunos.

Tales de Mileto

Tales de Mileto (624 a.C.-558 a.C.) foi um filósofo, matemático e astrônomo grego. Foi considerado um dos mais importantes representantes da primeira fase da filosofia grega, chamada de Pré-Socrática ou Cosmológica.
Tales de Mileto (624 a.C.-558 a.C.) nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia. Foi o fundador da Escola de Mileto. Acreditava na existência de um "princípio único". Afirmou que a água era a origem de toda a existência, embora outros filósofos e discípulos seus não concordassem, como Anaximandro e Anaxímenes.
Teve o grande mérito de antecipar algumas teorias evolucionistas, quando afirmou que o mundo poderia ter surgido da água, e que dessa substância, teria havido evolução, por processos naturais.
Foi o primeiro filósofo a estudar astronomia e em suas observações sobre o sol e a lua, previu e explicou o eclipse solar, ao verificar que a lua era iluminada pelo sol, no ano de 585 a.C.
Tales de Mileto foi considerado o precursor do pensamento filosófico, por que pensou a matéria de maneira diferente de como era pensada antes, com inferências divinas e invocações a deuses superiores. Ele acreditava que a coisa material sofria transformações ao longo do tempo. Com isso, o filósofo inaugurou o método de observação e especulação diferente das explicações teológicas e religiosas para todas as coisas, em vigor na época. Aristóteles o considerava como o primeiro filósofo.
É atribuída a Tales de Mileto as descobertas da igualdade dos ângulos da base do triângulo isósceles e a demonstração do teorema, no qual, se dois triângulos tem dois ângulos e um lado respectivamente iguais, então são iguais.
Tales de Mileto faleceu em Mileto, no ano de 558 a.C.

Aristóteles

Aristóteles (384–322 a.C) foi um importante filósofo grego. Um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental. Foi discípulo do filósofo Platão. Elaborou um sistema filosófico no qual abordou e pensou sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática, e sobretudo lógica.
Aristóteles (384-322 a.C.) nasceu em Estágira, na Macedônia, antiga região da Grécia. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas III. Teve sólida formação em Ciências Naturais. Com 17 anos partiu para Atenas, foi estudar na "Academia de Platão". Logo se tornou o discípulo predileto do mestre. "Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos alunos e o cérebro de Aristóteles", afirmava Platão.
O brilhante aluno escreveu uma série de obras, nas quais aprofundava, como também modificava as doutrinas do mestre. Dos seus numerosos escritos, apenas 47 sobreviveram ao tempo, muitos porém incompletos. Suas pesquisas sobre os objetivos de cada ciência foram importantes para determinar um campo específico de estudo, possibilitando seu desenvolvimento. Procurou explicar com o raciocínio todos os fenômenos do Universo. A filosofia de Aristóteles abrange a natureza de Deus (Metafísica), do homem (Ética) e do Estado (Política).
A teoria de Aristóteles, de forma geral, é uma refutação ao seu mestre. Enquanto Platão era a favor da existência do mundo das idéias e do mundo sensível, Aristóteles defendia que poderíamos captar o conhecimento no próprio mundo que vivemos. Para Aristóteles Deus não é o criador, mas o motor do Universo. Segundo sua filosofia, a felicidade é o único objetivo do homem. E se para ser feliz é preciso fazer o bem ao outro, então o homem é um ser social e precisamente um ser político.
Quando Platão morreu, em 347 a.C., Aristóteles, depois de vinte anos de Academia, já era importante e deveria ser o substituto natural do mestre, na direção da Academia. Porém foi rejeitado por ser considerado estrangeiro. Decepcionado, deixou Atenas e foi para Atarneus, na Ásia Menor, onde tornou-se conselheiro de estado de seu antigo colega, o filósofo e político Hermias. Casa-se com Pítia, filha adotiva de Hermias, mas entra em choque com a sede de riqueza do amigo, em contraste com seus ideais de justiça. Quando os persas invadiram o pais e crucificou seu governante, Aristóteles mais uma vez ficou sem pátria.
Aristóteles volta para a Macedônia em 343 a.C., e recebe a missão de educar Alexandre, filho de Filipe II da Macedônia. O rei queria que seu filho fosse um requintado filósofo. Durante quatro anos como preceptor na corte, teve oportunidade de desenvolver muitas de suas teorias. Em 335 a.C., Aristóteles fundou, em Atenas, sua própria escola, chamada Liceu, por estar situada nos edifícios dedicados ao deus Apolo Lício, onde além de cursos técnicos, ministrava aulas públicas para o povo em geral.
Em seus escritos sobre ética, Aristóteles define que as virtudes devem estar sempre no meio termo, ou seja, devemos nos afastar dos extremos para não sucumbirmos nos vícios e excessos. Na astronomia, concebeu o sistema geocêntrico, que foi referência durante milênios. Na lógica, criou o raciocínio estruturado no silogismo, onde uma conclusão depende de certas premissas prévias. Na psicologia, criou a divisão entre alma e intelecto. Enunciou, pela primeira vez, o princípio básico da Sociologia: "O homem é um animal social".
Aristóteles considerava a ditadura a pior forma de governo. A forma mais desejável de governar é a que "permite a cada homem exercitar suas melhores habilidades e viver os mais agradável seus dias". Os atenienses não estavam dispostos a ouvir suas sábias palavras e o acusavam de ter apoiado o governo despótico de Alexandre Magno, rei da Macedônia, que dominava a Grécia. Com a morte de Alexandre, em 323 a.C., o filósofo abandona Atenas.
Aristóteles morreu em 322 a.C., em Cálcia, na Eubéia. Em seu testamento determinou a libertação de seus escravos. Foi essa talvez, a primeira carta de alforria da história.

Obras de Aristóteles

Suas obras podes ser divididas em quatro grupos:
Lógica - "Sobre a Interpretação", "Categorias", "Analíticos", "Tópicos", "Elencos Sofísticos" e os 14 livros da "Metafísica", que Aristóteles denominava "Prima Filosofia". O conjunto dessas obras é conhecido pelo nome de "Organon".
Filosofia da Natureza - "Sobre o Céu", "Sobre os Meteoros", oito livros de "Lições de Física" e outros tratados de história e vida dos animais.
Filosofia Prática - "Ética a Nicômano", "Ética a Eudemo", "Política", "Constituição Ateniense" e outras constituições.
Poéticas - "Retórica" e "Poética".

Platão

Platão (427 a.C. - 347 a.C.) foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Tornou-se discípulo do filósofo Sócrates. Sua obra foi escrita em forma de diálogos, onde a figura principal é Sócrates. Sua filosofia é baseada na teoria de que o mundo que percebemos com nossos sentidos é um mundo ilusório, confuso. O mundo espiritual é mais elevado, eterno, onde o que existe verdadeiramente são as ideias, que só a razão pode conhecer.
Platão (427 a.C. - 347 a.C.) nasceu em Atenas, Grécia, provavelmente no ano 427 a.C. Pertencia a uma das mais nobres famílias de Atenas. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas recebeu o apelido de Platão, que em grego significa de ombros largos. Como todo aristocrata de sua época, recebeu educação especial, estudou leitura e escrita, música, pintura e poesia e ginástica. Era excelente atleta, participou dos jogos olímpicos como lutador. Mas, por tradição de família, Platão desejava dedicar-se à vida pública, como descreveu em uma de suas muitas cartas.
Desde cedo, porém, Platão se tornou discípulo de Sócrates, aprendendo, conhecendo e discutindo os problemas e as virtudes humanas. Quando Sócrates foi condenado à morte, Platão desiludiu-se com a política e voltou-se inteiramente para a filosofia. Realizou estudos em várias partes do mundo, foi para Megara onde estudou Geometria com Euclides, importante matemático da época. Esteve no Egito onde estudou Astronomia. Em Cyrene, no norte da África, aperfeiçoar-se em Matemática. Em Crotona, no sul da Itália, manteve contato com os discípulos de Pitágoras, notável filósofo e matemático.
De todas essas viagens, a mais famosa foi sua estada em Siracusa, na Sicília, então pertencente à Magna Grécia, onde procurou criar, por várias vezes, uma sociedade ideal, que havia descrito no tratado sobre teoria política, “A República”, em que ele revela tanto tendências democráticas quanto totalitárias, defendendo o governo absoluto da sociedade pela classe dos filósofos ou sábios, onde deveria vigorar forte igualitarismo. As tentativas falharam e em todas as vezes foi ameaçado por adversários políticos e obrigado a abandonar a cidade.
Os estudos realizados por Platão deram-lhe a formação intelectual necessária para formular as próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates. A fim de eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido nenhum livro, escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates, com isso tornou conhecidos seu pensamento e seu método. Os primeiros diálogos platônicos se ocupam da ”ética”, e são de natureza negativa, mostrando apenas o que não compreendemos, como por exemplo, em que consiste a virtude.
Sua filosofia inclui também a “teoria das ideias”, que são objetos imutáveis e eternos do pensamento, e servem para explicar a aquisição de conceitos, a possibilidade de conhecimento e o significado das palavras. Platão é também famoso por sua “teoria da anamnese” (reminiscência), de acordo com a qual muitos de nossos conhecimentos não são adquiridos através da experiência, mas já conhecidos pela alma na ocasião do nascimento, uma vez que a experiência serve apenas para ativar a memória.
Em 387 a.C., de volta para Atenas, fundou sua escola filosófica, "Academia", local que reunia seus discípulos para estudar Filosofia, Ciências, Matemática e Geometria. Adotou o lema de Sócrates "O sábio é o virtuoso". Cerca de trinta obras de Platão chegaram até nossos dias, entre elas, "República", "Protágoras", "Banquete", "Fedro", "Apologia", entre outras. Quando morreu, estava escrevendo "As Leis", um grande tratado. Entre seus discípulos o que mais se destacou foi Aristóteles. A Academia só foi fechada no ano de 529, pelo imperador romano Justiniano.
Platão faleceu em Atenas, na Grécia, no ano 347 a.C.

Sócrates

O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique). A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.
Nessa empreitada de colocar a filosofia a serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época, igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes. Isso significava transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver sua eloqüência, que era a principal habilidade esperada de um político.
Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.

Ensino pelo diálogo

Nas palavras atribuídas a Sócrates por Platão na obra Apologia de Sócrates, o filósofo ateniense considerava sua missão "andar por aí (nas ruas, praças e ginásios, que eram as escolas atenienses de atletismo), persuadindo jovens e velhos a não se preocuparem tanto, nem em primeiro lugar, com o corpo ou com a fortuna, mas antes com a perfeição da alma".

Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores - o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito. Suas idéias foram recolhidas principalmente por Platão, que as sistematizou, e por outros filósofos que conviveram com ele.

Sócrates se fazia acompanhar frequentemente por jovens, alguns pertencentes às mais ilustres e ricas famílias de Atenas. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se formou aí o conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.

Opondo-se ao relativismo de muitos sofistas, para os quais a verdade e a prática da virtude dependiam de circunstâncias, Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes - fossem elas individuais, como a coragem e a temperança, ou sociais, como a cooperação e a amizade. O pensador afirmava, no entanto, que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível.

Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem. A busca do saber é o caminho para a perfeição humana, dizia, introduzindo na história do pensamento a discussão sobre a finalidade da vida.

O despertar do espírito

O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga por si próprio "iluminar" sua inteligência e sua consciência. Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele deve, segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua função iluminadora, permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta os argumentos dos alunos. Para o filósofo, só a troca de idéias dá liberdade ao pensamento e a sua expressão - condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.

O nascimento das ideias, segundo o filósofo 

Sócrates comparava sua função com a profissão de sua mãe, parteira - que não dá à luz a criança, apenas auxilia a parturiente. "O diálogo socrático tinha dois momentos", diz Carlos Roberto Jamil Cury, professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O primeiro corresponderia às "dores do parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade - chegar a ela constituía a segunda parte do processo. Aí, ocorria o "parto das idéias" (expresso pela palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico.
Já para a educação do espírito, Sócrates colocava em segundo plano os estudos científicos, por considerar que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado no aforismo "conhece-te a ti mesmo", do templo de Delfos, julgava mais importantes os princípios universais, porque seriam eles que conduziriam à investigação das coisas humanas.

Biografia

Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a.C. Adquiriu a cultura tradicional dos jovens atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. Lutou nas guerras contra Esparta (432 a.C.) e Tebas (424 a.C.).
Durante o apogeu de Atenas, onde se instalou a primeira democracia da história, conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos. Convenceu-se de sua missão de mestre por volta dos 38 anos, depois que seu amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em Delfos, ouviu do oráculo que Sócrates era "o mais sábio dos homens". Deduzindo que sua sabedoria só podia ser resultado da percepção da própria ignorância, passou a dialogar com as pessoas que se dispusessem a procurar a verdade e o bem.
Em meio ao desmoronamento do império ateniense e à guerra civil interna, quando já era septuagenário, Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do Estado e de corromper os jovens. Julgado e condenado à morte por envenenamento, ele se recusou a fugir ou a renegar suas convicções para salvar a vida. Ingeriu cicuta e morreu rodeado por seus amigos, em 399 a.C

Contexto histórico: Atenas, capital da democracia e do saber

Sob o governo de Péricles (499-429 a.C.), a cidade-estado de Atenas, vitoriosa na guerra contra os persas e enriquecida pelo comércio marítimo, tornou-se o centro cultural do mundo grego, para o qual convergiam os talentos de toda parte.
Fídias, o arquiteto e escultor que dirigiu as obras do Partenon, o maior templo da Acrópole, os dramaturgos Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Aristófanes e o orador Demóstenes são nomes dessa época.
O regime democrático ateniense - restrito aos cidadãos livres, deixando de fora estrangeiros e escravos - foi fortalecido por reformas que limitaram os poderes da burguesia rica e ampliaram os da assembléia e do júri popular. A educação artística do povo foi estimulada pela exibição de obras de arte em locais públicos e pelas representações teatrais.

Para pensar

Ao eleger o diálogo como método de investigação, Sócrates foi o primeiro filósofo a se preocupar não só com a verdade mas com o modo como se pode chegar a ela. Eis por que ele é considerado por muitos o modelo clássico de professor. Quando você prepara suas aulas, costuma levar em conta a necessidade de ajudar seus alunos a desenvolver procedimentos para que possam pensar por si mesmos?

Quer saber mais?

História da Educação na Antigüidade, Henri-Irénée Marrou, 656 págs., Ed. EPU, tel. (11) 3168-6077, 135 reais 

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Sócrates, coleção Os Pensadores, Ed. Nova Cultural, tel. (11) 3039-0900 (edição esgotada) 

Sócrates, Rodolfo Mondolfo, Ed. Mestre Jou (edição esgotada) 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Basílica Santa Sofia, Istambul


Bizâncio, antiga capital do Império do mesmo nome, constituído pela parte oriental do Império Romano, foi, em 330, rebatizada pelo imperador Constantino, transformando-se, sob o nome de Constantinopla, no centro da Igreja Oriental grego-ortodoxa. O esplendor  da cidade enriquecida pela sua posição geográfica no ponto de cruzamento das importantes vias comerciais, manifestou-se principalmente no século VI, durante o reinado do imperador Justiniano, o Grande. Foi graças a ele que diversas igrejas foram erguidas na cidade, destacando-se entre elas a de Santa Sofia, construída em 532 para servir de sede ao Patriarcado.

O substantivo SOPHIA significa em grego sabedoria. Dado esse nome á igreja, esta tornou-se simbolicamente, a depositária da santificada sapiência e transforou-se no centro da vida eclesiástica da Igreja Oriental. Destruída parcialmente em 558 por um terremoto, foi aperfeiçoada e enriquecida pelo arquiteto Isídoro, o jovem.

Nenhum edifício bizantino posterior ultrapassou Santa Sofia em maturidade de ordenação da estrutura interna. A vasta nave central, coroada por enorme cúpula e ladeada por duas semi-cúpulas, produziu notáveis efeitos acústicos, tão a gosto da suntuosa liturgia grego-ortodoxa. A influencia dessa igreja seria sentida até o Ocidente, inspirando nela os arquitetos da basílica de são Marcos em Veneza, da igreja de São Vital de Ravena e até da catedral de Aquisgrano, na Alemanha.

O santuário de Santa Sofia foi separado da nave por uma fina parede, dentro da qual a porta central, chamada de santa, e localizada defronte do altar, aprofundava o ambiente de mistério que caracteriza a liturgia local.

No interior da igreja, outrora rico em mosaicos ocultos sob o reboco em época turca, e hoje me parte redescoberto, encontram-se numerosos exemplares de esculturas entalhadas, de capiteis rendilhados e de preciosos mármores policromos. Transformada Santa Sofia em mesquita, após a queda de Constantinopla, foram acrescidos a ela diversos minaretes que, justapostos às imponentes moles, modificaram a primitiva estrutura externa, enquanto o aspecto interno foi alterado cobrindo-se os elementos decorativos cristãos.