A consciência de que existem
formas diferentes de aprender e de ser inteligente é importante para que os
professores possam adequar o ensino à diversidade dos seus alunos e para que
estes se conheçam melhor e rentabilizem o seu trabalho adotando um método de
estudo conveniente às suas características.
Já reparou que perante um
mesmo problema há quem o resolva de forma lógica a partir de uma reflexão
cuidadosa, enquanto outros procedem por tentativa e erro e outros ainda quase
intuitivamente? Hoje em dia não se fala de inteligência mas sim de várias
inteligências com características específicas. Gardner definiu sete
inteligências: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática inteligência
visual-espacial, inteligência quinestésica, inteligência musical, inteligência
interpessoal e inteligência intrapessoal. A consciência de que existem formas
diferentes de aprender e de ser inteligente é importante para que os
professores possam adequar o ensino à diversidade dos seus alunos e para que
estes se conheçam melhor e rentabilizem o seu trabalho adotando um método de
estudo conveniente às suas características. Neste artigo debruçar-nos-emos
sobre a inteligência lógico-matemática.
Inteligência
lógico-matemática
Características:
Números e raciocínio lógico
são algo que agrada particularmente a quem possui uma inteligência
lógico-matemática desenvolvida. São pessoas caracterizadas pelo gosto e pela
competência na interpretação e na categorização dos factos e da informação, no
cálculo, no raciocínio lógico e na busca de explicação para tudo. Sentem-se
desafiadas perante problemas envolvendo raciocínio, que procuram resolver de
forma metódica e persistente. Divertem-se a resolver os "quebra-cabeças"
das revistas e dos jornais.
Como podem os
professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento
desta inteligência:
Há vários recursos e
atividades que estimulam a inteligência lógico-matemática e que, por
conseguinte, os professores/educadores podem utilizar com os seus
alunos/educandos (e também com eles próprios). Entre eles contam-se: puzzles,
jogos, computador, materiais manipulativos, categorização de factos e de
informação, analogias, pesquisa, experiências laboratoriais, mnemónicas, mapas
de ideias.
Em vários artigos anteriores
referimos algumas das atividades enunciadas, particularmente as mnemónicas e os
mapas de ideias. As mnemónicas são palavras ou frases criadas com o objetivo de
servirem de auxiliares de memória e podem ser criadas pelo próprio aluno (Quem
não se lembra da célebre quadra: Trinta dias tem novembro/abril, junho e
setembro/Com 28 só há um/Os restantes 31?). Os mapas de ideias são uma das
várias formas possíveis de organizar graficamente a informação, articulando-a
de forma lógica, constituindo preciosos auxiliares na compreensão da matéria
que se estuda e em revisões posteriores.
A prática de diversos jogos
é uma forma lúdica de desenvolver a inteligência lógico-matemática. A título de
exemplo referiremos o Jogo do Galo, o Quatro em Linha, o Xadrez e o Su Doku.
Trata-se de jogos diferentes, com graus de dificuldade variados.
Tarefas que envolvem
abstração, tão do agrado de quem tem a inteligência lógico-matemática
desenvolvida, podem mostrar-se mais difíceis e menos apelativas para quem tem
dificuldades nessa área. Além das atividades já sugeridas para o seu
desenvolvimento, o recurso a gravuras, movimento ou materiais manipulativos
pode facilitar a resolução de problemas a essas crianças, favorecendo também o
sentimento de competência pessoal necessário à criação/ao reforço da autoestima
e ao gosto pela aprendizagem.
Se lhe parece que a
inteligência lógico-matemática não é o seu 'forte' ou o do seu filho, não
desespere. As várias sugestões dadas são apenas algumas atividades e recursos a
que pode deitar mão para desenvolver essa área. Por outro lado, certamente
terá, como predominante, um dos outros tipos de inteligência de que temos vimos
a falar noutros artigos ou de que ainda viremos a falar. Sugerimos a sua
consulta.