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terça-feira, 21 de junho de 2016

Processo de Industrialização da cidade de Gravataí (1939-1990).



Por Leandro Claudir Pedroso


 1-    Introdução: 

Foi em meados da década de 1960, que a cidade inicia um rápido processo de industrialização. Vários fatores contribuíram para esse rápido processo, e podemos destacar alguns deles como determinantes para que Gravataí deixasse a economia agrária, como a construção da Freeway e a criação do distrito indústria. Deixando Gravataí de ser uma cidade dormitório em relação a Porto Alegre (aonde os trabalhares vão somente para dormir) para assumir a condição de importante polo industrial no cenário da economia gaúcha. O início do processo de industrialização de Gravataí está intimamente ligado com o deslocamento das indústrias de Porto Alegre e com a implantação de um Distrito Industrial nos anos 1970 no município.  O deslocamento industrial de Porto Alegre para Gravataí foi primeiramente realizado de forma “espontânea”.

Os atrativos elaborados pelas administrações municipais que se sucederam desde o final dos anos 1950 para a instalação de indústrias e, um pouco depois, o anúncio da construção da rodovia BR-290 e de um distrito industrial através das políticas de planejamento metropolitano atestam a regulamentação desse deslocamento. Os Censos Industriais de 1960 e 1970 demonstram que o principal ramo industrial de Gravataí era o de produtos alimentares. A partir de 1975, as indústrias dos ramos metal-mecânico e químico passam a ser a principal atividade. Concomitante à implantação do distrito e às melhorias de infraestrutura, o capital industrial internacional também passou a se instalar no município. A característica em comum das indústrias que se instalaram em Gravataí neste momento é o grande porte. O que pode ser observado nos dias de hoje pela permanência de suas edificações.

Não podemos deixar esquecer que já na década de 1930 em Gravataí no Passo do Ferreiro, achava-se uma fábrica de móveis e uma casa destinada à torrefação e moagem de café, pertencentes ao Sr. Joaquim Antônio de Vargas. Na mesma localidade havia também um curtume e uma correaria e uma fabrica de louças de barro. A cultura da mandioca teve participação ativa na economia do Município, fornecendo a farinha de mandioca e o polvilho. As atafonas eram moinhos manuais ou movidos por tração animal para a obtenção da farinha de mandioca. Por muitos anos, a economia do Município foi baseada na farinha de mandioca.

●Delimitação do tema:

Foi na década de 1930, que chegou a prefeitura do município José Loureiro da Silva, que, em seu governo, estabeleceu inúmeras inovações de grande importância no desenvolvimento de Gravataí. Podemos dizer que as principais realizações que influenciaram posteriormente o município como polo industrial, foi o primeiro sistema de energia elétrica na cidade, o alargamento e calçamento das primeiras ruas, a construção da faixa ligando Gravataí a Porto Alegre e o projeto urbanístico atual do centro da cidade. Durante o governo de José Loureiro da Silva esses empreendimentos foram de extrema importância para o futuro da economia e industrialização de Gravataí, de modo a serem marcos na história do município. A primeira rodovia municipal, ligando à capital, faixa estreita de cimento, calçada com paralepípedos nas laterais, ocorreu no município de Gravataí, sob a administração do Dr. José Loureiro da Silva. A rodovia, hoje levando o nome de Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, foi inaugurada em 8 de abril de 1934.

Outro acontecimento marcante na economia de Gravataí foi a instalação do Complexo Industrial da General Motors, que se deu em 17 de março de 1997, marco do desenvolvimento do município, pois a General Motors veio fazer parte do Parque Industrial. O Complexo Industrial da General Motors firmou a face industrial da cidade e fez do município um dos grandes polos industriais da metal-mecânica no Brasil.

Mesmo o tema sendo delimitado por esse modelo lembramos que a cidade em 1902 já possuía uma fábrica de sabão de propriedade de Enedino Fonseca. Também nos primórdios da economia de Gravataí, houve grande número de engenhos, moinhos e alambiques. Os engenhos eram movidos por tração animal. Garapa é o nome que se dá ao líquido que escorre da cana moída. O alambique é o lugar onde se fabrica cachaça, sendo a água destilada da garapa. O município teve alguns moinhos graneleiros mandados construir pelo governador José Marcelino de Figueiredo. A mecanização da lavoura, as terras gastas e o êxodo rural encarregaram-se de fazer diluir, quase que totalmente, tais afazeres no seio da população gravataiense.

Na década de 1920 e 1930, Gravataí já contava com um número expressivo de atafonas em torno de 232, todas movidas a tração animal e por água. A cidade possuía 41alambiques e 17 indústrias de rapadura.

Em fins da década de 1950, iniciou-se uma campanha, principalmente por parte da Câmara de Vereadores, objetivando a industrialização do Município. Doava-se o terreno a quem quisesse implantar alguma indústria. A partir de 1960, a Câmara Municipal aprovaria uma lei, isentando do recolhimento do imposto as novas indústrias. A partir de 1964, o processo de industrialização do Município acentuou-se, oferecendo mais empregos e novas fontes de riqueza. O marco inicial da expansão industrial de Gravataí ocorreu em 1958, instalando-se na cidade a Indústria Rio-Grandense de Papel e Papelão Ltda., hoje denominada Riopel S/A – Indústria de Papelão e Artefatos. Após, instalou-se na cidade a Synteko Indústria e Comércio S/A. Em 1962, instalou-se em Gravataí a Icotron S/A, pertencente ao Grupo Siemens.

2- Justificativa:

●Relevância social:

            Dentre os diversos livros, artigos, monografias e trabalhos que li sobre o processo de industrialização e também aqueles que falavam especificamente sobre a industrialização em Gravataí, nenhum deles abordava o tema de forma centralizada na cidade de Gravataí, em sua população e no impacto da industrialização para a cidade. Desde modo posso citar a obra de Jorge Rosa, a história de Gravataí; Sandro Ruduit Garcia, “O polo automotivo de Gravataí”; Acácia Maria Ramires Maduro. “Guia preliminar de fontes para o estudo do processo de industrialização no Rio Grande do Sul (1889-1945)”; Ana Clara Fernandes, “Boletim Gaúcho de Geografia Nº 37”; Maria Soares Almeida e William Mog, “A imagem do ambiente habitacional dos anos 1970: a região metropolitana de Porto Alegre”; Eduardo Bueno, "Indústria de Ponta- Os Gaúchos e a industrialização"; Tatiane Bartmann, "Artigo no XI encontro estadual de história sobre a industrialização e imigração no Rio grande do Sul: um estudo historiográfico".

A primeira linha telefônica da cidade de Gravataí foi inaugurada na administração ainda dos intendentes pelo coronel Antônio Afonso de Jesus, em 1903 ligando Gravataí a Porto Alegre. O telefone era de gancho e movido a manivela.

Nos anos de 1910 até 1919, a luz, na cidade de Gravataí era gerada pelos lampiões, alimentados por querosene, nos cantos da praça. Posteriormente, a luz vinha de um dínamo, ligado a um motor de uma fábrica de moer café, de propriedade do Sr. Lulu Fialho, proximidades, do atual edifício do Fórum. Era uma Locomove, movida a vapor, e o dínamo era ligado para a Prefeitura das 18 às 24 horas. Mais tarde esse dínamo queimou-se.

O Dr. Loureiro conseguiu trazer a luz da Toca de São Leopoldo, o prefeito Loureiro inaugurou a luz na cidade em 27 de agosto de 1932. Oportunizando assim grandes chances de progresso para o Município. Com a eletricidade chegando ao município na década de 1930 e o acesso a capital facilitado pela faixa ligando Gravataí a Porto Alegre, estavam abertas as portas para a industrialização do município que até então era praticamente um município agrário.

A Lei n.º 01, de 14/06/1960, isenta do recolhimento de impostos sobre mercadorias as indústrias sem similares no Município durante vinte e cinco anos, foi posteriormente revogada pela Lei n.º 228, de 10/10/1985, concedendo-lhes tal isenção, no máximo, cinco anos. Até julhos de 1986, havia em Gravataí, 348 indústrias, ressaltando: Semag Equipamentos Agrícolas Ind. Ltda. (25/08/1985); Moore Formulários Ltda. (15/10/1985); Carlos Becker Metalúrgica Ind. Ltda. (31/01/1986); Tupy Ind. E Com. De Produtos Químicos Ltda. (02/05/1986); SENAI- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (1986).

            Na década de 1970, as políticas do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, articuladas com  diretrizes nacionais de desenvolvimento, elegeram Gravataí para a instalação de um Distrito Industrial. Estas políticas foram elaboradas com base em “um programa de desenvolvimento industrial cujas metas prioritárias são aproveitar os recursos existentes, atrair novos investimentos e proporcionar melhores condições socioeconômicas ao Estado”. Em 1973 a Companhia de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Rio Grande do Sul – CEDIC desapropriou em torno de 387 hectares para a construção do distrito. Ele foi planejado para abrigar indústrias de porte médio e grande, somente do ramo mecânico-metalúrgico. Para a ocupação imediata foram selecionadas onze empresas procedentes de Porto Alegre: Aços Laminados Panatlântica S. A.; Albarus S. A.; Artemp Ar Condicionado Ltda.; Gildemeister Máquinas Operatrizes S. A.; Luiz A. Rauter & Cia. Ltda.; Metalúrgica.
Jackwal Ltda.; Schubert-Salzer Máquinas Têxteis Ltda.; Semag – Equipamentos Agrícolas e Industriais Ltda.; Wallig Sul S. A.; Wotan Máquinas Operatrizes S. A.; Zivi S. A.

Os loteamentos passam a fazer parte do cenário urbano de Gravataí pelo menos duas décadas antes de seu processo de industrialização. A presença de grande quantidade de trabalhadores oportunizou a implantação de conjuntos habitacionais planejados através de políticas estaduais, de forma direta ou indireta, através do financiamento a empresas loteadoras. Estes projetos executados a partir da década de 1970, não foram suficientes para atender a demanda de moradias, principalmente da população de baixa renda. Concomitante à implantação do distrito e às melhorias de infraestrutura, o capital industrial internacional também passou a se instalar no município.

Ao longo da década de 1970 e 1980, o municípios de Gravataí  apresentava uma variação populacional decorrente da concentração do emprego industrial gerando grande expansão urbana. A política de implantação dos distritos industriais que empregaram um grande contingente populacional alavancou o desenvolvimento urbano dessas cidades. Enquanto, no começo da década de 1970, o número de empregos industriais nos dois municípios não somava mais de 4.000 empregos industriais, em fins da década de 1980 esse número já ultrapassava a 20.000 empregos no setor. Na década de 1970 em Gravataí, a população urbana passou a ser maior que a rural destacando o crescimento da cidade. De acordo com as informações dos setores da economia e do grau de urbanização, uma clara relação se estabelece entre o crescimento da indústria em função da criação dos distritos industriais e o crescimento populacional na área urbana nos dois municípios. Ao compararmos o número de pessoal ocupado no setor industrial no final da década de 1970 com os outros setores, é evidente a importância desse setor para a economia da região.


●Relevância acadêmica:

            Não existem trabalhos que abordem a importância desse período histórico para a cidade de Gravataí referente as décadas de1930 à 1990 e as importantes mudanças ocorridas no município que propiciaram tornar-se o polo industrial que hoje é um dos maiores do Brasil. O impacto da industrialização para a população do município foi muito grande, pois passou de um município que dependência da produção agrária basicamente de mandioca para as industrias de grande porte. E é no decorrer destes 60 entre a década de 1930 e 1990 que encontraremos as explicações e razões que levaram Gravataí a esta mudança de situação econômica diante dos outros municípios do Rio grande do Sul.

●Critério de viabilidade:

            Ainda que sejam esparsas e poucos trabalhos que aborde o tema de forma como um todo é possível encontrar muito material que aborda parte dos acontecimentos no período da industrialização de Gravataí que estudaremos em nossa pesquisa e por essa razão torna-se ainda mais essencial um trabalho que aborde toda a história e contexto desse processo de industrialização do município.

●Critério de originalidade:

            Não existe nenhum trabalho que aborde de forma especifica o período histórico compreendido como o período da industrialização do município e mostre através de acontecimentos históricos do período de industrialização que foram resultantes da mesma e que resultaram na mesma.

3-    Objetivos:

a)    Identificar os principais eventos que levaram o município a culminar com a industrialização que continua até a época atual.

b)    Analisar esses eventos que permitiram que Gravataí alcançasse o potencial industrial que atingiu.

c)    Comparar os períodos da industrialização desde a chegada da primeira rede elétrica ao município passando pelo processo de urbanização e industrialização.

d)    Localizar no tempo e espaço os eventos resultantes e originários do processo.

e)    Relatar os acontecimentos da época e como eram visto pelo governo e população.

f)     Desenvolver o trabalho de forma clara e precisa em seus dados e fontes.

g)    Industrialização, primeiras indústrias, distrito industrial, economia, população, urbanização, condomínios populares e crescimento social-econômico por década.

         4- Quadro teórico:
           
O processo de industrialização de Gravataí possuí um conjunto de possibilidades que nos leva a situa-lo dentro da História Contemporânea, pois se comparado com o restante do Brasil e muito mais o mundo como um todo foi um processo recente e que se encontra em pleno desenvolvimento. Como lemos no livro “Economia brasileira contemporânea” de Walter Franco Lopes da Silva: “Nos anos 1930, o mercado internacional não tinha interesse, nem capacidade, de absorver grande parte das tradicionais exportações do agronegócio brasileiro. Composta basicamente pelo café, nossa principal pauta de exportação era uma commodity de luxo e facilmente substituível nas economias sem recessão, como era o caso da norte-americana. E foi nesse cenário pouco propício ao comércio internacional do Brasil que Getúlio Vargas iniciou o processo de substituição das importações, passando a enxergar o crescimento do mercado local como o principal foco da política econômica governamental. Foi a partir dessa época que o Brasil se viu forçado a abandonar sua tradicional vocação como grande exportador da monocultura cafeeira e iniciar uma transformação rumo à diversificação de sua matriz exportadora e ao desenvolvimento de um novo modelo industrial. Esse novo modelo acarretou profundas mudanças na sociedade brasileira, transformando-a de maneira definitiva nas cinco décadas subsequentes”. (SILVA, pg. 25).

Ainda para corroborar com as abordagens e a necessidade de um trabalho de amplo espectro da história da industrialização de Gravataí e como esse processo se desenvolveu a nível municipal, metropolitano, estadual e nacional temos o trabalho da Universidade Federal de Juiz de Fora elaborado pelos professores Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos e Rudinei Toledo Jr. Com o título “Economia Brasileira Contemporânea”. No qual encontramos as razões que levaram ao nosso processo industrial: “A crise dos anos 30 foi um momento de ruptura ou transformação estrutural na Economia Brasileira. Desde esta data o modelo agroexportador é paulatinamente afastado e ocorre a industrialização A forma assumida pela industrialização brasileira, pelo menos entre 1930 e 1960, foi a chamada industrialização substituidora de importações.” (GREMAUD et al., 2002).

 É exatamente neste período que o presente projeto pretende entrar nas implicações dos diversos meios de industrialização na cidade. Como as Atafonas movidas a roda de água, as fábricas de tamancos, os alambiques, ferrarias, fábricas de rapaduras e louças de barro e os tambos dentre outras atividades que entraram no processo contemporâneo da industrialização.  A década de 30 foi marcada pelas políticas populistas e pela condução do governo por parte de Getúlio Vargas, sobre um equilíbrio instável entre os grupos que o apoiavam. Os compromissos básicos sobre os quais se assentava os governos da fase populista eram: Não alterar a situação política e fundiária do campo, trazer para a base de sustentação do governo as massas urbanas sem radicalização.

Como podemos ver ao longo do projeto a industrialização se faz por etapas e apesar de ao final se buscar uma indústria completa, a industrialização se faz por partes (rodadas) a pauta de importações ditava a sequência dos setores e objeto dos investimentos industriais.  Como podemos ver isso ocorria devido aos fatores citados no trabalho “Economia brasileira contemporânea”, como segue: “Escassez de fontes de financiamento: quase inexistência do sistema financeiro, em decorrência principalmente da “Lei da Usura”. Ausência de uma reforma tributária ampla apesar das mudanças ocorridas na economia brasileira.” (GREMAUD, et al. 2002).

A influência da urbanização nesse processo foi extremamente importante para a cidade e podemos ver estes acontecimentos ao longo do projeto, pois a urbanização é necessária para a melhor movimentação dos produtos e para as moradias dos trabalhadores. Dentro desse processo podemos citar o livro de Maria Encarnação B. Sposito em seu livro “Capitalismo e Urbanização”, aonde fica claro que “Ainda que a indústria seja a forma através da qual a sociedade apropria-se da natureza e transforma-a, a industrialização é um processo mais amplo, que marca a chamada Idade Contemporânea, e que se caracteriza pelo predomínio da atividade industrial sobre as outras atividades econômicas. Dado o caráter urbano da produção industrial (produção essa totalmente diferenciada das atividades produtivas que se desenvolvem de forma extensiva no campo, como a agricultura e a pecuária) as cidades se tornaram sua base territorial, já que nelas se concentram capital e força de trabalho. Esta concentração é decorrência direta da forma como se estruturou a partir do mercantilismo, o próprio modo de produção capitalista. Decorrentes desse processo, as cidades deram ao mesmo tempo suporte a ele. Nesta perspectiva, entender a urbanização a partir do desenvolvimento industrial, é procurar entender o próprio desenvolvimento do capitalismo.”  (SPOSITO, pg. 48).

Quando muitos aperfeiçoamentos técnicos já haviam ocorrido, e a produção industrial ainda era predominantemente artesanal do ponto de vista técnico, o domínio do artesão sobre o processo produtivo diminuía. Desta forma, o trabalho assalariado entrou em processo de "gestação". Embora os artesãos ainda fossem donos de seus meios de produção, e muitas vezes ainda possuíssem um pedaço de terra, o capitalista (ainda de fato, um comerciante) começou a subordinar a produção ao capital. Este processo de decomposição da produção em fases, cabendo a cada artesão a responsabilidade por uma destas etapas, significava a sua perda de controle sobre o preço do produto, direito este que passou ao comerciante, responsável pela venda da mercadoria.

Paulatinamente a produção industrial passa a ser realizada na fábrica, onde através dos investimentos realizados pelos capitalistas, concentram-se instrumentos de produção mais modernos, que permitem uma produção mais rápida e de custo menor. A concorrência torna-se inexorável para a produção artesanal, e a emergência e predominância do trabalho assalariado, um fato consumado como vemos: “O aumento das taxas de crescimento populacional também permitiu a ampliação do contingente de expropriados, que portadores apenas de sua força de trabalho, constituíam-se mão-de-obra abundante para a produção fabril, e reforçavam a instituição do trabalho assalariado como forma predominante O início da industrialização entendida aqui como traço da sociedade contemporânea, como principal atividade econômica e principal forma através da qual a sociedade se apropriava da natureza e a transformava marcou de forma profunda e revolucionou o próprio processo de urbanização. "A expressão da urbanização via industrialização não deve ser tomada apenas pelo elevado número de pessoas que passaram a viver em cidades, mas sobretudo porque o desenvolvimento do capitalismo industrial provocou fortes transformações nos moldes da urbanização, no que se refere ao papel desempenhado pelas cidades, e na estrutura interna destas cidades. Castells sugere que ao invés de se falar de urbanização, que se fale de produção social das formas espaciais, na perspectiva de apreender "as relações entre o espaço construído e as transformações estruturais de uma sociedade". Assim, não devemos apenas enxergar na urbanização que se dá via industrialização, uma acentuação da proporção de pessoas vivendo em cidades. Devemos analisá-la no contexto da passagem da predominância da produção artesanal para a predominância da produção industrial (entendida aqui, no seu sentido mais restrito, pós-Revolução Industrial), ou seja, da passagem do capitalismo comercial e bancário para o capitalismo industrial ou concorrencial”. (SPOSITO, pg.58).

5- Hipóteses:

A industrialização do município de Gravataí foi um processo que teve seu inicio, mas que se perpetua até a época atual e é dentro de desse período de espaço e tempo que analisaremos os prefeitos, suas influencias na industrialização bem como a sociedade e economia do município e as mudanças que se deram no decorrer do tempo em que Gravataí percorreu esse trajeto até tornar-se um dos maiores polos industriais do Brasil. Pois estaremos pesquisando um processo que ainda está em desenvolvimento.

6- Procedimentos metodológicos:
            Os instrumentos de pesquisa utilizados para este trabalho projeto foram livros, registros históricos e trabalhos de pesquisa na rede mundial de computadores. Visita ao museu Agostinho Martha em Gravataí que é única e como tal principal fonte sobrevivente de dados sobre essas informações primárias da industrialização na cidade e análise dos registros de contribuintes, indústrias e anos dos mesmos. Além é claro das fotos presentes nos anexos dos registros analisados.

7- Bibliografia:

a)    Fontes primárias:


Prefeitura Municipal de Gravatahy: indústria e profissões. (1931) pg.1-100.

Registro de Indústrias e profissões de Gravatahy (1937-1938) pg.1-30.

Lançamento do Imposto de Licenças sobre comércio, indústria e profissões (1939) pg. 1-77.

Imposto de Indústrias e profissões de Gravatahy (1935) pg.1-30.

Imposto de Indústrias e profissões de Gravatahy (1939) pg.1-77.

Imposto de Indústrias e profissões de Gravatahy (1940-1944) pg.1-31.

Imposto de Indústria e profissões (1951-1953) pg. 1-97.


b)   Fontes secundárias:


FERNANDES, Ana Clara. Boletim Gaúcho de Geografia (BGG) N.º 37 – Porto Alegre – Maio 2011. Tempos, formas e conteúdos do espaço urbano-industrial em Gravataí (RS).


ALMEIDA, Maria Soares; Mog William. A imagem do ambiente habitacional dos anos 1970: a região metropolitana de Porto Alegre, 2012.


ROSA, Jorge. História de Gravataí. Gravataí: EDIGAL, 1987. pg. 42, 43, 53, 63-65,81-88, 116, 117, 136.


Dinâmicas e territórios industriais em Gravataí – Região Metropolitana de Porto Alegre,RS,Brasil<http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Geografiasocioeconomica/Geografiaindustrial/19.pdf > página acessada em 06 de setembro de 2015 as 17:35.

SILVA, Walter Franco Lopes da. Economia Brasileira Contemporânea.1. ed — Curitiba : IESDE Brasil S.A. , 2008. pg. 25.

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TOLEDO JR, Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea: material de apoio didático. 4ºEd.Juiz de Fora: Editora Atlas, 2002. pg. 3.

SPOSITO, Maria Encarnação B. Capitalismo e Urbanização. São Paulo: Editora Contexto, 1988. pg. 48, 58.




8- Cronograma:
           
            ●Anexos:


Registro de indústrias e profissões no período de 1931
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.


CONTRIBUINTES

INDÚSTRIAS/PROFISSÕES

ANO
Serafim de Oliveira Fogaça
Alambique
1931
Albino João Fost
Atafona
1931
Bento Antônio da Silva
Ferraria
1931


Registro de indústrias e profissões de Gravataí no período de 1935
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.

CONTRIBUINTES
INDÚSTRIAS/PROFISSÕES
ANO
Demétrio Antônio Gomes
Atafona
1935
Felipe Lopes
Ferraria
1935
João Luiz da Silva
Alambique
1935



Registro de indústrias e profissões de Gravataí no período de 1937-1938
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.


CONTRIBUINTES

INDÚSTRIAS/PROFISSÕES

ANO
Octávio José de Souza
Aguardente. Fab. “p (sic.)
1937
Antônio Limeira Ramos
Torrefação de Café
1937
Alfredo Escauer
Engenho a água
1937
Pedro Maurício Filho
Olaria
1938

Registro de indústrias e profissões no período de 1939
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.


CONTRIBUINTES

INDÚSTRIAS/PROFISSÕES

ANO
Alfredo Exuer
Moinho
1939
Albino João Fost
Atafona
1939
Bento Antônio da Silva
Tambo
1939

Registro de indústrias e profissões no período de 1940-1944
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.


CONTRIBUINTES

INDÚSTRIAS/PROFISSÕES

ANO
Boa Ventura Vieira da Roja
Atafona
1940
Arlindo Oliveira
Olaria
1940
Lino Miguel Schuck
Ferraria
1940
Ataíde Pacheco Garcez
Aguardente-fab”p (sic.)
1940
Augusto Stump
Fábrica de Tamancos
1940
Angelo Rocha e Filhos
Gasolina-bomba
1940
Camilo Dutra de Mattos
Carpintaria
1940
Otacílio Candido Bernardo
Fábrica de Rapaduras
1942
Albano Möller
Engenho
1942
Guilherme Ludivig
Fab. De Louças de Barro
1942
Floriano Alsiro dos Santos
Funilaria
1944
Florentino Antonio da Silva
Emp. Pedreira
1944


Registro de indústrias e profissões no período de 1951-1953
Na tabela que se segue estão presentes as principais atividades industriais de Gravataí no período em questão, seus proprietários e o ano de contribuição tratado nos documentos consultados.


CONTRIBUINTES

INDÚSTRIAS/PROFISSÕES

ANO
Arthur Trein
Tambo
1951
Airlindo Montin
Fab. De Vassouras
1951
João Braun
Engenho
1950




sexta-feira, 17 de junho de 2016

Inteligência Existencial ou Espiritual com base nos estudos de Gardner



GARDNER (2001) estudou a hipótese de acrescentar mais duas novas inteligências, a Inteligência Natural e a Inteligência Existencial ou Espiritual.

Em seu processo de revisão da Teoria das Inteligências Múltiplas, o autor viu a necessidade de acrescentar a Inteligência Natural à lista das sete inteligências originais, que se refere à habilidade de reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna e flora e devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio ambiente e de seus componentes.

Porém, o mesmo não ocorre com a Inteligência Existencial ou Espiritual, embora o autor se sinta interessado, ele conclui que “o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora” – conclui o autor da Teoria, em seu recente livro intitulado “Inteligência: um conceito reformulado” (2001).

GARDNER (2001) ainda explica que as inteligências não são objetos que podem ser contados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.

Inteligência existencialista: Podíamos relacioná-la mesmo com a afetiva e emocional. É própria de pessoas que desfrutam ajudando os demais. Amantes da paz e da não violência e de fomentar o respeito entre todos os seres, da irmandade humana, da solidariedade e da compreensão. Tagore, Gandhi, Dalai Lama, João XXIII e o Papa atual Francisco estariam dentro dos que destacam nesta inteligência muito relacionada com os sentimentos positivos e do amor ao próximo. Que também há que cultivar entre as crianças, fomentando as aprendizagens apreciativas e a educação para a paz.

Inteligência Naturalística com base nos estudos de Gardner



          Quando Howard Gardner referiu-se pela primeira vez à questão das múltiplas inteligências, disse que não havia motivo para se pensar que sete seria um número definitivo, enfatizando que mais inteligências poderiam ser identificadas. Em seu livro "Estruturas da Mente", Gardner chamou-as de "inteligências candidatas".

          Thomas Hoerr  e colegas especularam se senso de humor, habilidades educativas ou velocidade de raciocínio, entre outros, não seriam possíveis inteligências, porém ao aplicarem os critérios de Gardner sobre o que constitui uma inteligência, descobriram que essas "inteligências candidatas" eram parte de uma inteligência já identificada ou não se classificavam como tal. Por exemplo, quanto ao senso de humor, concluíram que cada inteligência tem sua própria forma de humor. Quando o humor é expressado por um jogo de palavras ou mímicas, a pessoa está manifestando a inteligência linguística ou corporal–cinestésica , respectivamente.

          Gardner relata que inteligências candidatas são freqüentemente apresentadas a ele, desde inclinação à culinária até espiritualidade. Afirma que não quer ser o árbitro para decidir o que é ou não uma "inteligência oficial", e que os critérios para determinar uma inteligência devem servir a esse propósito.

          Em 1996, Gardner fez a primeira ampliação da sua listagem original acrescentando a inteligência naturalística. Ele descreveu o naturalista como um indivíduo "apto para reconhecer flora e fauna, fazendo distinções relativas ao mundo natural e para usar essa habilidade produtivamente na agricultura ou nas ciências biológicas". Apesar da habilidade de apreciar a vida ao ar livre ou de sentir-se confortável junto à natureza sejam importantes aspectos dessa inteligência, ela tem sido caracterizada mais como uma capacidade para discernir, identificar e classificar plantas e animais, do que uma habilidade de conviver com a natureza.

          Charles Darwin foi caracterizado como possuidor de uma inteligência naturalística muito marcante. Stephen Jay Gould, usou a teoria das múltiplas inteligências para ajudar a explicar o seu sucesso. Gould observou que Darwin foi um estudante indiferente: "Absolutamente nada em qualquer registro documenta características indicativas de brilho intelectual." Contudo, segundo Gould: "Ele coordenava as inteligências múltiplas para ver, obter e ordenar informações." A habilidade de Darwin para identificar e classificar insetos, pássaros, peixes e mamíferos, resultou na sua teoria da evolução, que figura como uma das maiores contribuições intelectuais do século dezenove.

          Porém, as habilidades de observar, coletar e categorizar podem ser também aplicadas ao meio humano, como uma criança que organiza figurinhas de seus ídolos em um álbum de esportes ou de um adulto que classifica variações em impressões digitais.

Implicações para a Educação

          Atualmente, o meio ambiente está bastante diferente daquele que existia na segunda metade do século 19, quando Darwin navegou no H. M. S. Beagle. As áreas selvagens são raras, vestígios identificados e protegidos de uma era remota.

          A juventude de hoje passa as férias em shoppings com ar condicionado e as crianças têm poucas oportunidades para familiarizarem-se com a natureza, para desenvolverem sua inteligência naturalística e adquirirem um sentido de mundo com plantas e animais. Porém, Gardner sugere que os jovens usem sua inteligência naturalística, para reconhecer, classificar e organizar figuras sobre esportes ou automóveis, por exemplo.

          O trabalho com a inteligência naturalística está apenas começando. Por exemplo, estuda-se suas diferenças e semelhanças com a inteligência lógico-matemática . Procura-se um meio de deixar os estudantes usarem suas habilidades para identificar e organizar. Idealmente, pode-se fornecer um cenário naturalista para essa inteligência.  Pode-se pedir aos estudantes para criarem categorias de classificação de personagens históricos e organizá-los de modo que explique os acontecimentos, ou então levar a classe para uma viagem a uma área natural de preservação. É necessário começar a procurar por essa inteligência nos estudantes, pois a razão de trazer a teoria das inteligências múltiplas para as salas de aula é fornecer aos alunos mais caminhos para serem bem sucedidos, e a inteligência naturalítica oferece um meio a mais para ajudar os estudantes a compreender e aprender.

Estratégias Educacionais para a Inteligência Naturalística

Coletar objetos do mundo natural

Classificar espécies naturais

Organizar grupos

Observar a natureza

Perceber as mudanças no meio ambiente

Caracterizar objetos

Aprender características do mundo natural

Usar lentes de aumento, telescópios ou microscópios para estudar a natureza

Desenhar ou fotografar objetos naturais

Caminhar junto a natureza ou viajar em ambiente natural

Jardinagem

Cuidar de animais de estimação

Proteger a vida natural

Visitar zoológicos e jardins botânicos

Visitar museus de história natural

Secar flores

Consultar livros sobre a natureza

Pesquisar sobre o trabalho de naturalistas famosos, tais como Darwin

Inteligência Interpessoal com base nos estudos de Gardner



O post de hoje é sobre a  Inteligência Interpessoal, aquela mais desenvolvida naqueles com especial competência em lidar com as outras pessoasl. Em dois posts anteriores (parte 1 e parte 2) explorei a fundamentação para a existência de inteligências pessoais. Ali, tratei  as inteligências inter e intrapessoal coimo se fossem uma coisa só. Se do ponto de vista de sua fundamentação isto é legítimo, aqui a situação é diferente. Os aspectos inter e intrapessoal diferenciam-se bem no que se refere às suas características e conseqüências práticas. Por isto, estes aspectos serão tratados em dois posts diferentes. O de hoje lida com a Inteligência Interpessoal. Neste vamos mostrar como identifica-la e o que fazer com ela. Em um próximo, tratarei da Intrapessoal. Já publicamos antes posts como este só que relativos às Inteligências Lógico-Matemática, Corporal.  e Visual-Espacial.

Neste caso, como nos outros, eu sempre faço um aviso, que é tão importante e tão igual,  que abaixo reproduzo o que já disse:

Mas atenção, como das vezes passadas, para aplicar esta teoria em si mesmo, seguindo o que aqui se apresenta você deve fazê-lo de forma limitada e com as restrições do bom-senso.

Isto porque o que aqui se apresenta NÃO é um teste diagnóstico. Visa apenas permitir uma primeira aproximação. Assim, seja qual for a sua avaliação, ela é apenas uma estimativa. Isto é, quer você se enquadre ou não na inteligência tome esta informação com ressalvas. Para saber as razões deste alerta clique aqui.

As características da Inteligência Interpessoal:

O que se apresenta abaixo é uma lista das principais características da pessoa que possui a Inteligência Interpessoal. Procure perceber-se em que grau você se aprixima ou não das características:

Gosta de cooperar

Tem muitos amigos

Trata bem dos negócios

Gosta de mediar disputas

“Lê” bem situações sociais

Aprecia atividades em grupo

Relaciona-se e associa-se bem

Comunica-se bem; às vezes, manipula

Aprecia estar com pessoas

Consegue “ler” as intenções de terceiros

Aplicações Práticas da Inteligência Interpessoal:

Agora você já tem uma certas noção do quanto está proximo (ou não) da Inteligência Interpessoal. O próximo passo é saber o que fazer com esta informação.

Abaixo apresento uma série de ações e circunstâncias em que a Inteligência Interpessoal está em jogo. Se você se identificou muito com a inteligência, procure se colocar em situações como as abaixo citadas, já que nelas você poderá demonstrar suas melhores características e portanto aumenta suas chances de sucesso. Caso contrário tome a lista abaixo como circunstâncias em que você poderá usar para desenvolver a sua Inteligência Interpessoal.

Assim:

Utilizar habilidades de relacionamentos e comunicação

Ter festas e celebrações de aprendizagem

Fazer diversos intervalos para socializar

Usar causa e efeito

Trabalhar em equipes

Tutelar ou orientar os outros

Fazer o aprendizado divertido

Praticar a “conversa social” ao telefone

Integrar a socialização em todas as partes do currículo

Usar atividades do tipo “pesquisa de pessoas” em que cada um precisa fazer perguntas e ter as respostas dos outros

Usar atividades de aprendizagem tipo “par e compartilhamento”

Desenvolver cooperativamente atividades de aprendizagem

Inteligência Intrapessoal com base nos estudos de Gardner


  
O post de hoje é sobre a  Inteligência Intrapessoal, aquela mais desenvolvida naqueles com especial capacidade de introspecção. Em dois posts anteriores (parte 1 e parte 2) explorei a fundamentação para a existência de inteligências pessoais. Ali, tratei  as inteligências inter e intrapessoal coimo se fossem uma coisa só. Se do ponto de vista de sua fundamentação isto é legítimo, aqui a situação é diferente. Os aspectos inter e intrapessoal diferenciam-se bem no que se refere às suas características e conseqüências práticas. Por isto, estes aspectos foram tratados em dois posts diferentes.

Na semana passada falamos da Inteligência Interpessoal. Hoje apresentamos a Inteligência Intrapessoal. Aqui vamos mostrar como identificá-la e o que fazer com ela.

Já publicamos antes posts como este só que relativos às Inteligências Lógico-Matemática, Corporal, Visual-Espacial e Interpessoal.

Neste caso, como nos outros, eu sempre faço um aviso, que é tão importante e tão igual, que abaixo reproduzo o que já disse:

Mas atenção, como das vezes passadas, para aplicar esta teoria em si mesmo, seguindo o que aqui se apresenta você deve fazê-lo de forma limitada e com as restrições do bom-senso.

Isto porque o que aqui se apresenta NÃO é um teste diagnóstico. Visa apenas permitir uma primeira aproximação. Assim, seja qual for a sua avaliação, ela é apenas uma estimativa. Isto é, quer você se enquadre ou não na inteligência tome esta informação com ressalvas. Para saber as razões deste alerta clique aqui.

As características da Inteligência Intrapessoal:

O que se apresenta abaixo é uma lista das principais características da pessoa que possui a Inteligência Intrapessoal. Procure perceber-se em que grau você se aprixima ou não das características:

Automotivado.

Autoconhecimento.

Habilidade intuitiva.

Pessoa muito reservada.

Tende a ser diferente do habitual nas pessoas.

Tem um senso do eu bastante desenvolvido.

Muita consciência das próprias potencialidades e fraquezas.

Muita consciência dos sentimentos próprios de cada um.

Sensibilidade aos valores próprios de cada um.

Sensibilidade aos objetivos de vida de cada um.


Aplicações Práticas da Inteligência Intrapessoal:

Agora você já tem uma certas noção do quanto está proximo (ou não) da Inteligência Intrapessoal. O próximo passo é saber o que fazer com esta informação.

Abaixo apresento uma série de ações e circunstâncias em que a Inteligência Intrapessoal está em jogo. Se você se identificou muito com a inteligência, procure se colocar em situações como as abaixo citadas, já que nelas você poderá demonstrar suas melhores características e portanto aumenta suas chances de sucesso. Caso contrário tome a lista abaixo como circunstâncias em que você poderá usar para desenvolver a sua Inteligência Intrapessoal.

Assim:

Gerenciar a própria aprendizagem.

Permitir-se ser diferente do grupo.

Escrever diários de história pessoal.

Ter conversas pessoais.

Ouvir sua intuição.

Investigar atividades.

Ensinar questionando.

Fazer estudo independente.

Ensinar afirmações pessoais.

Pensar sobre o próprio de atuar através de “partilhamentos” e “pense e ouça”.

Usar atividades de crescimento pessoal para romper bloqueios à aprendizagem.

Reservar tempo para reflexão interior.

Discutir, refletir ou escrever o que vivenciou e como se sentiu.