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quarta-feira, 27 de agosto de 2025

A República Romana

 A República Romana foi instaurada em 509 a.C., após a queda da monarquia etrusca e a expulsão do rei Tarquínio, o Soberbo. Esse período durou até 27 a.C., quando se consolidou o poder de Otávio Augusto e teve início o Império Romano. Durante a República, Roma estruturou um sistema político que buscava evitar a concentração de poder em uma única figura, como ocorrera na monarquia.

O governo republicano era exercido por magistraturas anuais e colegiadas, ou seja, os cargos tinham tempo limitado e eram compartilhados. Entre os principais magistrados estavam os cônsules, responsáveis pelo comando militar e administrativo, e os pretores, que cuidavam da justiça. Já os questores e edís atuavam em áreas financeiras e de manutenção da cidade.

A sociedade romana era marcada pela divisão entre patrícios, membros da aristocracia, e plebeus, que inicialmente eram excluídos das decisões políticas. Essa exclusão gerou as chamadas Lutas entre Patrícios e Plebeus, que resultaram em importantes conquistas sociais, como a criação do Tribunato da Plebe (494 a.C.), a publicação da Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) e, mais tarde, o acesso às magistraturas.

O Senado, formado majoritariamente por patrícios, possuía enorme influência, orientando a política externa, controlando as finanças e servindo como conselho dos magistrados. Com o tempo, a República expandiu-se territorialmente, conquistando a Península Itálica e, depois, enfrentando grandes inimigos, como Cartago nas Guerras Púnicas (264–146 a.C.), que garantiram a supremacia romana no Mediterrâneo.

No entanto, a República também foi marcada por crises internas, decorrentes da desigualdade social, do acúmulo de terras nas mãos da nobreza e da ascensão de líderes militares poderosos, como Mário, Sula, Pompeu e Júlio César. A ditadura de César (49–44 a.C.) abalou as instituições republicanas, e seu assassinato abriu caminho para novas guerras civis.

Finalmente, em 27 a.C., o Senado concedeu a Otávio, sobrinho e herdeiro de César, o título de Augusto, marcando o fim da República e o início do Império Romano, que transformaria Roma na maior potência da Antiguidade.

Você quer saber mais?

LIVIO, Tito. História de Roma. São Paulo: Paumape, 1990.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma: vida pública e privada. São Paulo: Contexto, 2014.

GRIMAL, Pierre. História de Roma. Lisboa: Edições 70, 2009.

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