Enki criou várias figuras de barro, mas elas não tinha vida. Marduk sacrificou o general de Tiamat, Kingu para dar sua força vital as criaturas de barro.
A história mesopotâmica da
criação é hoje melhor conhecida graças a várias edições babilónicas de Enuma
Elish, o Poema da Criação, guardado nos arquivos dos templos. Estas versões são
baseadas em traduções, ampliações e adaptações de textos ainda mais antigos da
Suméria, Acádia e Assíria. Não há dúvida de que os elementos básicos fizeram
parte da tradição cultural e oral em toda a região muito antes de terem sido
escritos. Segundo estes contos antigos, o mundo inicial tinha uma natureza
sombria e selvagem. Gerações de deuses e de demônios misturaram-se numa
escuridão em remoinho, deixando em cada um sangue derramado e carne
despedaçada, deuses filhos devorando
seus pais para obterem os seus poderes divinos.
Os mitos fornecem vários
cenários explicativos da separação da terra, da atmosfera e do céu, assim como
para a criação do homem. As divindades supremas da Suméria eram o deus do céu,
An, que governava atmosfera; Enlil, responsável pelo ar e pela terra, e a deusa
Ninhursag. O quarto deus Enki, que governava entre a água e a terra, tinha
diferentes papéis em diferentes mitos. Os Babilônios alteraram-lhes os nomes,
mas não os papéis. An, por exemplo, passou a ser Anu, Enil tornou-se Ellil e
Enki passou a ser Ea.
No Enuma Elish, os velhos
deuses travavam grandes batalhas contra os deuses jovens.
A deusa demoníaca Tiamat, a
divindade feminina do caos e consorte de Apsu, comandou os exércitos montada no
seu cavalo. O campeão dos deuses jovens era Marduk, um guerreiro divino com
quatro olhos, quatro orelhas e que deitava fogo pela boca. Montava um dragão
com chifres e as suas armas eram os ventos e o raio.
Na terrível batalha que se
seguiu, Marduk apanhou Tiamat numa armadilha de rede. De cada vez que ela
gritava de raiva, ele forçava um dos sete ventos a entrar-lhe pela garganta
abaixo até ela ficar inchada e indefesa.
Marduk derrota Tiamat.
Marduk
despedaçou Tiamat e fez o céu, as estrelas e os planetas com a parte de cima do
corpo dela, tendo aproveitado a parte de baixo para fazer a terra. Os
seus muitos seios foram amontoados para formar montanhas. Os rios Tigre e
Eufrates correram-lhe dos olhos.
Marduk organizou depois a
paisagem obtida com esta criação, e, claro, deu-lhe um sol, Shamash.
Como recompensa por estes
trabalhos, Marduk passou a ser o chefe dos deuses.
Os deuses jovens festejaram
a derrota de Tiamat e o plano que traçaram do céu e da terra. Porém, o júbilo
esfumou-se quando descobriram que as várias divindades que deveriam desenvolver
um trabalho árduo, não gostavam de trabalhar. Os deuses da terra e do ar
aborreciam-se com o imenso trabalho que era escavar os canais de irrigação,
semear e colher os cereais para alimentar os outros deuses. Queixavam-se
amargamente acerca destes fardos ao deus supremo, Anu (An) e ao vasto panteão
de deuses. A hierarquia de trabalhadores divinos necessitava de uma base mais
ampla.
Humanos criados para serem escravos dos deuses sumérios.
Ea (Enki), deus das palavras
mágicas, auxiliado pela deusa-mãe, fizeram pequenas figuras de barro que
deveriam fazer os trabalhos por eles. Como punição pelo papel na grande guerra
entre os deuses, o general de Tiamat,
Kingu, tinha de ser sacrificado para fornecer a força vital à raça de escravos
que iria servir os deuses.
Assim,
Marduk matou-o e o sangue de Kingu foi usado para animar as figuras de barro.
Não era suficiente que estes
escravos humanos fizessem o trabalho dos deuses, tinham também de satisfazer as
suas extravagâncias e caprichos. Nas
histórias mais antigas, do tempo dos Sumérios, os deuses praticavam jogos
cruéis e descuidados com as figuras de barro, criando-os apenas para diversão
dos seus senhores preguiçosos e beberrões. Algumas figuras de barro eram
deliberadamente deformadas para que os deuses pudessem apostar no comportamento
e na vida das criaturas que delas resultavam. Numa outra história
antiga, um pastor e um trabalhador rural eram lançados numa competição sem
descanso para os deuses poderem apostar qual deles tinha mais valor.
Mesmo assim, os humanos
continuavam a ser objetos mortais de diversão dos deuses imortais, cujo
préstimo parecia unicamente ser a capacidade de trabalho que tinham - ferramentas
descartáveis quando já não prestavam.
COPYRIGHT ©
Copyright © construindohistoriahoje.blogspot.com.br Você pode republicar
este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não
seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que
publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação
adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido
para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje
que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e
seus atributos de direitos autorais.
Você quer saber mais?
(TEMPLO DE APOLO)
(COMUNIDADE CHH NO DIHITT)
(COMUNIDADE DE NOTÍCIAS DIHITT)
(PÁGINA NO TUMBLR)
(REDE SOCIAL VK)
(REDE SOCIAL STUMBLEUPON)
(REDE SOCIAL LINKED IN)
(REDE SOCIAL INSTAGRAM)
(ALBUM WEB
PICASA)
(ALBUM NO FLICKR)
(CANAL NO YOUTUBE)
(MINI BLOGUE TWITTER)
(REDE SOCIAL BEHANCE)
(REDE SOCIAL PINTEREST)
(REDE SOCIAL MYSPACE)
(BLOGUE WORDPRESS HISTORIADOR NÃO MARXISTA)
(BLOGUE LIVE
JOURNAL LEANDRO CLAUDIR)
(BLOGUE BLOGSPOT CONSTRUINDO
PENSAMENTOS HOJE)
(BLOGUE WORDPRESS O
CONSTRUTOR DA HISTÓRIA)
(BLOGUE BLOGSPOT DESCONSTRUINDO O
CAPITALISMO)
(BLOGUE BLOGSPOT
DESCONSTRUINDO O COMUNISMO)
(BLOGUE BLOGSPOT DESCONSTRUINDO O
NAZISMO)
(BLOGUE WORDPRESS
CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE)
(REDE SOCIAL FACEBOOK CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE)
(REDE SOCIAL GOOGLE + CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE)
(MARCADOR DICAS DE LEITURA)
(MARCADOR ARQUEOLOGIA)
(MARCADOR ÁFRICA)
(MARCADOR ANTIGUIDADE)
(MARCADOR PERSONAGENS DA HISTÓRIA)
(MARCADOR HISTÓRIA DO BRASIL)
(MARCADOR FÉ)
(MARCADOR COMUNISMO)
Nenhum comentário:
Postar um comentário