General Francisco Franco em
1967. Foto: Beretty-Rapho.
Francisco Paulino
Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde,
general e estadista espanhol (El Ferrol 1892- Madri 1975). Comandando a Legião
Estrangeira no Marrocos (1923 – 1927), tornou-se, em 1926, o mais jovem general
da Espanha. Galgou o generalato aos 32 anos de idade pela sua capacidade
revelada em Abd-el-Crim, no Marrocos. Exerceu o cargo de diretor da Acadêmia Militar de Saragoça
na sequência 1928-1931. Extinta posteriormente pelo governo republicano,
exilou-se nas Ilhas Baleares. Chefe do Estado-Maior do Exército (1933),
participou da repressão à greve dos mineiros das Astúrias (1934).
Afastado
pela Frente Popular, que o enviou para as Canárias como comnadante-geral das
tropas (1936), participou do levante nacionalista de julho de 1936, sendo,
posteriormente nomeado generalíssimo e chefe do governo (29-30 de setembro de
1936) pela junta de Burgos. Proclamado caudillo, depois chefe de Estado do
governo e do Exército (30 de janeiro de 1938), instaurou, ao final da guerra,
um regime autoritário, teoricamente inspirado nos princípios da Falange,
partido único.
Assumiu
a chefia do Estado-Maior do exército espanhol em 1935, quando da guerra civil
entre esquerdistas, direitistas e monarquistas. A luta foi sangrenta e
fratricida. Como falecimento de Sanjurjo, em desastre aéreo, assumiu a chefia
geral das tropas fiéis aos direitistas. Recebeu ajuda dos alemães e
italianos num combate aos adeptos de Moscou. Durante a II Guerra Mundial enviou
a Divisão Azul para a frente russa, em socorro dos alemães, cessado aí
sua ajuda. A Divisão Azul era formada por voluntários espanhóis. Em 1945 a
Carta de Direitos contornou a sua difícil situação em relação a outros países
aliados contra o nazi-fascismo.
Governando
com o apoio da Igreja e do Exército, criou cortes (1942) cujos membros eram
eleitos pelas corporações ou nomeados pelo governo. Em 1947, Francisco Franco com
suas convicções monárquicas fez com que fosse votada uma “lei de sucessão”, que
estipulava que a Espanha voltava a ser uma monarquia e Franco seu
protetor-regente.
Franco com as tropas Nacionalistas Espanhola em 1938. Imagem: Enciclopédia Barsa.
Em
1969, escolheu D. Juan Carlos de Bourbon como
sucessor, com o título de rei. No estrangeiro, manteve a neutralidade da Espanha durante a II Guerra Mundial.
sucessor, com o título de rei. No estrangeiro, manteve a neutralidade da Espanha durante a II Guerra Mundial.
Com
o povo exausto e o país devastado, após quatro anos de luta fratricida, Franco
instituiu o seu governo, enfeixanso os poderes de chefe de Estado e das Forças
Armadas, o título de Caudilho e chefe do partido único, denominado Falando
Espanhola. O sistema consolidou-se num corporativismo autoritário, sem
Constituição escrita, expresso todavia em algumas leis características, como o
Foro dos Espanhóis, o Foro do Trabalho e a Lei de Sucessão; está última
assegura ao Caudilho a vitaliciedade na chefia do Estadof, cabendo a ele
próprio propor às Cortes “a pessoa que julgue dever ser chamada na ocasião
oportuna para lhe suceder”, com o título de Rei ou Regente.
Stálin e Franco. Comunismo versus Nacionalismo. Imagem: Construindo História Hoje.
Finda
a II Guerra Mundial, com a derrocada do Nazismo e do Fascismo, o ditador
espanhol parecia ter selada a sua sorte, com a decisão da Assembléia Geral das
Nações Unidas, determinanado a retirada de todos os seus embaixadores. Apenas
Portugal e a Argentina, além da Santa Sé, mantiveram então as representações. A
partir de 1949, em consequência da Guerra Fria, a situação foi-se modificando.
Suspenderam-se as sanções.
Contudo,
a hostilidade dos vencedores com relação a seu regimo isolou a Espanha, que só
pode entrar na ONU em 1955 e na OECE em 1958.
Franco morreu em 1975, após uma doença prolongada.
Franco
proporcionou à Espanha uma paz duradoura e um relativo progresso. Don Juan
Carlos de Bourbon, em 1969 foi designado seu sucessor, com o título de rei.
Leandro Claudir
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Grande Enciclopédia Larousse
Cultural. São Paulo: Nova Cultura LTDA. 1995,
Pg.2556, Vol. 11.
Enciclopédia Barsa. São
Paulo: Encyclopaedia Britannica Editores LTDA. 1975, pg.351, Vol. 6.
Moderna Enciclopédia de
Pesquisas e Informações. São Paulo: Impress. Cia Brasileira de Impressão e
Propaganda. 1980, Pg.1277, Vol. 4.
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