Prof. Doutor António de
Oliveira Salazar. Imagem: Universidade de Coimbra.
António de Oliveira Salazar, (Vimieiro,
na Beira Alta 1889 – Lisboa 1970). Estadista português que depois de abandonar o Seminário de Viseu, entrou em 1910 para a Universidade de Coimbra,
onde se laudou em Direito.
Em 1917 voltou à Universidade, como lente de Econômia. Em 1919 era catedrático de
Ciências Econômicas e Financeiras da Universidade de Coimbra.
Suas obras sobre Economia
Política logo lhe granjearam reputação. Eleito deputado pelo Centro
Católico em 1921 e em 1926, após a vitória do movimento de 28 de maio de 1926,
ocupou o Ministério das Financças, cargo que voltou a exercer na presidência do
Gen. Oscar de Fragoso Carmona, estabilizando as finanças e a moeda. Nomeado presidente
do Conselho de Ministros em
1932 por Carmona, foi mantido na função pelos presidentes seguintes (marechal
Craveiro Lopes e almirante Américo
Tomás).
Tomás).
Responsável pela Constituição 1933 que deu
origem ao Estado Novo, estabeleceu um
Estado autoritário baseado em
princípios de justiça social. E uma política que proibia a formação de
partidos políticos e integrava, em apêndice, o ato colonial de 1930, eliminando
a autonomia tradicional das colônias portuguesas. Criou-se o Secretariado
Nacional de Propaganda, depois denomindado da Informação (SNI), e foi
promulgado o Estatuto do Trabalho Nacional, com a integração dos sindicatos de
trabalhadores e de patrões (grêmios) em um mesmo organismo. Começou então a
funcionar a
Assembléia Nacional, com todos os deputados eleitos pela União Nacional (desde fevereiro de 1970, Ação Nacional Popoular).
Assembléia Nacional, com todos os deputados eleitos pela União Nacional (desde fevereiro de 1970, Ação Nacional Popoular).
Salazar e Franco em 1965. Foto:
Arbonaida.
Mais
tarde, a organização do Estado,
fortemente influenciada pelas ideias de Frédéric le Play, do Papa Leão XIII e
de Charles Maurras, deveu muito ao movimento fascista.
Algumas frases
de Salazar:
"Deus,
Pátria, Família"
"Em
política, o que parece é."
"Sei
muito bem o que quero, e para onde vou!"
"Não
devemos deixar entrar a desordem onde há ordem."
"Tudo
pela nação, nada contra a nação."
"Quem
não é patriota não se pode considerar português"
"Vós
pensais nos vossos filhos, eu penso nos filhos de todos vós".
"Estado
é a Nação socialmente organizada".
Em 1937, Salazar criou a
Legião Portuguesa (camisas verdes), destinada a manter a ordem
interna ; a Mocidade Portuguesa, organização pré-militar para formação
ideológica da juventude; e a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, e depois
Polícia Internacional e de Defesa do
Estado (PIDE) e, após dezembro de 1969, Direção Geral de Segurança, secreta e
com poderes especiais.
Durante a II Guerra Mundial,
Salazar manteve uma política de não-intervenção, mas concedeu facilidades aos
aliados nas bases dos Açores (1943). A Constituição foi alterada
em 1951, voltando à designação de províncias ultramainas, e, em 1958,
abolindo-se o sufrágio direto e universal para eleição do presidente da
República.
Em
1961, iniciou-se a luta nacionalista em Angola e, nos anos seguintes, na Guiné
e em Moçambique, o que levou Portugal greves acadêmicas e dificuldades
internas.
António de Oliveira Salazar
em 1940. Imagem: Enciclopédia Barsa.
Seu
governo influenciou
grandemente a Espanha, sobretudo com a deflagração da Frente Popular nas
eleições espanholas de 1936. As relações entre os dois países se tornaram bem
mais amistosas com a vitória de Franco.
No
plano interno, Salazar estabilizou as finanças, modernizou as ferrovias
e expandiu a
Marinha Mercante; no âmbito
externo, estreitou
os laços com o Brasil, Espanha, a Grã-Bretanha e os E.U.A. e procurou, a
todo o custo, manter o império ultramarino português. Entretanto,
logrou menor êxito em solucionar outros problemas do país. O desenvolvimento da
educação continuou inadequado; o lento aumento do padrão de vida em pouco
afetou a pobreza geral da população; a rigidez da estrutura política excluiu
qualquer possibilidade de oposição organizada; e a censura da imprensa nunca
foi abolida.
Entre
as suas obras citem-se: A Reorganização Financeira, Conceitos
Econômicos e Sociais, Política de Sacríficio e Política Nacional.
Em
1968, Salazar foi acometido de um derrame cerebral que o retirou da cena
política, sendo substituido por Marcelo Caetano. Morreu em 27 de julho de 1970.
Leandro
Claudir
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Grande Enciclopédia Larousse
Cultural. São Paulo: Nova Cultura LTDA. 1995,
Pg.5196, Vol. 21.
Enciclopédia Barsa. São
Paulo: Encyclopaedia Britannica Editores LTDA. 1975, pg.261, Vol. 12.
Moderna Enciclopédia de
Pesquisas e Informações. São Paulo: Impress. Cia Brasileira de Impressão e
Propaganda. 1980, Pg.2707, Vol. 8.
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