Motivação e Sucesso. Imagem: Rede Vida.
• Motivação extrínseca: Surge como conseqüência da existência de fatores externos; isto é, tendo como referência algum elemento de motivação do tipo econômico.
Gostaria
de apresentar uma definição de motivação focada na organização, que de uma
maneira muito simples, porém bem clara, exprime este conceito.
“
É o processo pelo qual se induz o liderado a proceder de certa forma ou a
compartar de acordo com o determinado padrão de conduta, ou seja, é o meio pelo
qual o líder cria e mantém em sua equipe ou em seus liderados, o desejo de
alcançar os objetivos planejados, procurando a satisfação pessoal de cada um.”
.
Ao analisarmos essa definição percebemos que alguns aspectos se destacam explícita ou implicitamente. Eles são:
Ao analisarmos essa definição percebemos que alguns aspectos se destacam explícita ou implicitamente. Eles são:
•
Esforço, energia gerada pelo indivíduo, que deve ser encaminhado para a
obtenção de um bom rendimento de trabalho.
•
Necessidades (carências), que alteram o equilíbrio das condições físicas e/ou
psíquicas das pessoas.
•
Desejos (impulsos intencionais), gerados pelas necessidades.
•
Objetivos, para os quais estão dirigidos os impulsos para satisfazer as
necessidades.
Em
algumas ocasiões, confundem-se os termos motivação e satisfação. Por isso
explicamos:
A
motivação é o impulso e o esforço para satisfazer um desejo ou um objetivo. Já a satisfação é o prazer experimentado quando conseguimos satisfazer o
desejo. Daí
que a motivação seja anterior ao resultado e a satisfação posterior ao
resultado. A
motivação originada pode estar dirigida para o aumento do trabalho ou para a
sua diminuição, dependendo dos fatores que estiverem imperando. Vejamos alguns
deles.
Podem
inspirar para o primeiro caso:
•
O desejo de ser promovido.
•
O propósito de realizar um bom trabalho.
•
Desejos econômicos ou outros.
•
O desejo de aprender.
•
O convencimento de que seu trabalho vale à pena.
Entre
os elementos negativos aparecem os seguintes:
*
Salários,
•
Problemas de relações com os subordinados.
•
Dificuldades ou complicações com o serviço.
•
Inércia para não trabalhar
Estes
aspectos não são os únicos que influenciam a motivação. Não obstante isso, o
xis do assunto consiste em elevar os aspectos que originam o efeito positivo e
eliminar ou diminuir ao mínimo aqueles que potencializam o efeito negativo ou,
de outra maneira, fazer compatíveis os objetivos da organização com as
necessidades pessoais.
A motivação designa um conjunto de
forças internas/impulsos que orientam o comportamento de um indivíduo para
determinado objetivo. (A motivação é um conjunto de forças internas que
mobilizam e orientam a ação de um organismo em direção a determinados objetivos
como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.)
Entendemos
por motivação toda força ou impulso interior que inicia, mantém e dirige a
conduta de uma pessoa visando alcançar um objetivo determinado. No ambiente
profissional, “estar motivado” supõe estar estimulado e suficientemente
interessado como para orientar as atividades e a conduta para o cumprimento dos
objetivos estabelecidos com antecedência.
Embora
nos concentremos na equipe comercial, isso tudo pode ser também aplicado a
qualquer outro departamento. A pró-atividade é uma das principais variáveis
positivas do século XXI.
Considerações:
-
A motivação de um ser humano é dinâmica e varia a cada instante em função de
suas necessidades;
-
Podemos afirmar que enquanto as
necessidades fisiológicas, não estiverem totalmente atendidas os indivíduos não
conseguem atender as demais, ou seja, com sede, fome, ou sono ele poderá não
pensar em mais nada;
-
As necessidades de reconhecimento e auto-realização serão buscadas diariamente;
-
Os motivadores materiais, como dinheiro ou prêmios, atuam no campo fisiológico
ou da segurança e são de curta duração;
-
A elevação da auto-estima, desenvolvimento da empatia e da afetividade atua no
campo de segurança psicológica e do reconhecimento;
-
A auto realização não é atingido por motivadores, pois, situa-se valor interno
de cada individuo.
-
Assim poderemos entender que no ambiente do trabalho o papel do líder é importantíssimo,
pois, estimulando os liderados, a conquistar os objetivos, gera satisfação
pessoal, reconhecimento, proporcionando maior aceitação do individuo em ser
útil.
TEORIAS
DA MOTIVAÇÃO
Maslow
e a hierarquia das necessidades:
Segundo
Maslow, as necessidades humanas estão organizadas numa hierarquia, isto é, não
têm todas a mesma importância. Maslow apresenta a sua teoria através de uma
pirâmide em que, na base, estão as necessidades fisiológicas, e, no cume, as
necessidades de auto-realização.
As
necessidades humanas começam pelas
mais baixas/básicas: as fisiológicas e as de segurança. Só depois de estas estarem satisfeitas se ascende na hierarquia para satisfação de outras necessidades mais complexas. Se não houver obstáculos, o ser humano progride na hierarquia até ao topo.
mais baixas/básicas: as fisiológicas e as de segurança. Só depois de estas estarem satisfeitas se ascende na hierarquia para satisfação de outras necessidades mais complexas. Se não houver obstáculos, o ser humano progride na hierarquia até ao topo.
Necessidades
fisiológicas – estas podem ser a fome, o sono, o evitar da dor, o desejo
sexual, etc. A satisfação destas necessidades domina o comportamento humano. As
necessidades de segurança só surgem se estas forem satisfeitas.
Necessidades
de segurança – estas manifestam-se na procura de proteção ao meio (abrigo e
vestuário) e na busca de um ambiente estável.
Necessidades
de afeto e de pertença – estas manifestam o desejo de associação, participação
e aceitação por parte dos outros.
Necessidades
de estima – o indivíduo manifesta o desejo de ser reconhecido pela sua
competência, isto é, ele procura a aceitação dos outros através da sua prática,
da sua atuação. A satisfação da necessidade de estima desenvolve nas pessoas
sentimentos de autoconfiança; a sua frustração gera sentimentos de
inferioridade.
Necessidades
de auto-realização – se todas as necessidades estão satisfeitas, manifesta-se a
necessidade de auto-realização, isto é, a concretização das capacidades
pessoais. O indivíduo procura a aceitação dos outros através da sua prática, da
sua atuação.
As
pessoas que procuram a auto-realização são independentes, criadoras, resistem
ao conformismo, aceitam-se a si próprias e aos outros. As pessoas que não
concretizam a necessidade de auto-realização são as que manifestam reações de
apatia e indiferença.
Teoria
psicanalítica:
Segundo
Freud, o comportamento humano é fundamentalmente motivado por razões de caráter
inconsciente e orientado por pulsões.
A
pulsão é uma força ou impulso energético que leva o organismo em direção a um
fim. A pulsão visa reduzir a tensão proveniente de uma excitação corporal. O
comportamento é orientado pela tendência do organismo em reduzir a tensão e ao
reduzir a excitação/tensão obtém-se prazer (e desprazer pelo aumento da
excitação).
As
pulsões têm uma origem (fonte), uma finalidade (alvo), uma força e um objeto.
Mecanismos
de defesa do ego: são mecanismos que visam evitar a angústia resultante dos
conflitos intrapsíquicos. (As pessoas usam esses mecanismos para tentar reduzir
a tensão e ansiedade resultantes dos conflitos entre o id, o ego e o superego).
Entre estes mecanismos, destacam-se:
Recalcamento
– o sujeito envia para o id as pulsões, desejos e sentimentos que não pode
admitir no seu ego.
Regressão
– é o retorno a uma forma de comportamento característica de uma fase de
desenvolvimento anterior.
Racionalização
– o sujeito utiliza justificações ilusórias para um comportamento inaceitável.
Por exemplo: um aluno é apanhado a copiar e acusa o professor por ter deixado a
sala por um momento.
Projeção
– o sujeito atribui a outros (à sociedade, a pessoas, a objetos) desejos,
ideias, características que não consegue admitir em si próprio.
Deslocamento
– o sujeito transfere pulsões e emoções de objetos ameaçadores para objetos
menos ameaçadores. Por exemplo: o funcionário que sofre conflitos no emprego e
é agressivo ao chegar a casa.
Formação
reativa (inversão dos aspectos) – o sujeito manifesta comportamentos opostos às
verdadeiras pulsões. Por exemplo: um sujeito afasta-se de quem gosta.
Sublimação
– o sujeito substitui o fim ou o objeto das pulsões de modo a que estas se
possam manifestar em modalidades socialmente aceites.
Teoria
cognitiva e relacional
(Teoria de Nuttin):
Nuttin
afirma que o comportamento não nasce de uma carência ou desequilíbrio
homeostático, mas de um “dinamismo temporal” que leva o indivíduo ao
desenvolvimento e ao “progresso”.
O
sujeito pensa o futuro com aspirações, projetos, construindo planos de ação.
Assim, a ação dirige-se a uma categoria de objetos na qual o sujeito pode
satisfazer as suas necessidades, podendo até fazer opções (se tem fome e
vontade de um gelado, pode mudar-se, optando por uma bebida fresca).
Nuttin
afirma que as necessidades, os motivos e as finalidades da ação são
personalizadas, compreendidas em função da pessoa, das suas mentalizações e dos
seus projetos de vida.
Processo da motivação.
A
motivação nas pessoas inicia-se com a aparição de uma série de estímulos
internos e externos que fazem surgir às necessidades. Quando estas se
concretizam em um desejo específico, orientam as atividades ou a conduta na
direção de alcançar os objetivos e a satisfação das necessidades.
Se
aplicarmos o processo de motivação no ambiente comercial, a empresa, entre
outros estímulos e incentivos, poderia iniciar a motivação dos vendedores
realizando, por exemplo, uma política de promoções internas. Isso faria com que
surgisse uma necessidade que se concretizaria no desejo de ser promovido.
De
maneira geral podemos estabelecer uma distinção entre dois tipos de motivações:
•
Motivação intrínseca: É aquela em que a ação é um fim em si mesmo e não
pretende prêmio algum ou recompensa exterior à ação. O funcionário se considera
totalmente auto-motivado.
• Motivação extrínseca: Surge como conseqüência da existência de fatores externos; isto é, tendo como referência algum elemento de motivação do tipo econômico.
É
claro que se a empresa conseguisse que sua estrutura comercial ficasse motivada
intrínseca e extrinsecamente, poderia ter seus funcionários com um bom nível de
integração e satisfação. Assim, haveria um ambiente profissional com
influências positivas no rendimento e nos benefícios da companhia.
Ciclo
motivacional:
O
motivo é a razão que leva o organismo a agir; é o estado do organismo pelo qual
a energia é mobilizada e dirigida a determinados elementos do meio.
No
ciclo motivacional existem geralmente três etapas: necessidade, impulso e
resposta (meta).
É
a necessidade
(estado de falta fisiológica ou psicológica) que origina o impulso ou pulsão. O
impulso
é a força que impele a pessoa à ação, ao conjunto de comportamentos que
permitem atingir o objetivo. O impulso termina quando a meta, o objetivo, é
alcançada. Se a meta é atingida, a necessidade é satisfeita e o impulso é
reduzido.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO
Motivações
fisiológicas (primárias, inatas, básicas ou biogénicas):
As
motivações fisiológicas são inerentes à estrutura biológica do organismo, tendo
por função garantir o equilíbrio orgânico – homeostasia (é um processo dinâmico
de auto-regulação que assegura a sobrevivência do organismo.
Exemplos
de motivações fisiológicas são: o sono, a dor, a fome, a sede.
O
sono é um impulso que tem um papel fundamental no equilíbrio orgânico. O desejo
de dormir é um dos impulsos mais fortes. É o hipotálamo que regula o sono.
O
impulso da dor tem por função a defesa do organismo, conduzindo-o a evitar o
estímulo doloroso para manter o equilíbrio orgânico.
A
sensação de fome é provocada pelas contrações do estômago, que desencadeiam
estímulos internos que nos levam a procurar alimento. O hipotálamo detecta
situações de carência orgânica: sentimos fome. É este estado que nos leva a
orientar ações com o objetivo de satisfazer a necessidade.
A
aprendizagem tem um papel importante na satisfação do impulso da fome nos seres
humanos: o que comemos, quando e como comemos são determinados pela cultura a
que pertencemos.
Motivações
sociais (adquiridas, aprendidas, secundárias ou sociogénicas):
As
motivações sociais variam de pessoa para pessoa (de cultura para cultura) e são
adquiridos através do processo de socialização, e resultam do processo de
aprendizagem social.
Entre
as motivações sociais destacam-se:
Necessidade
de afiliação – é o desejo de a pessoa ser aceite e estimada pelos outros, e
está relacionada com a vida dos seres humanos em grupos. Existe uma relação
entre a afiliação e a necessidade de aprovação social (sobretudo quando existe
uma conformidade dos comportamentos individuais às normas do grupo para as
pessoas serem aceites pelos outros membros)
Necessidade
de realização/sucesso – a motivação de realização é o desejo de ser bem
sucedido em situações desafiantes. Há uma grande preocupação em alcançar
padrões de desempenho elevados, desenvolvendo atividades difíceis, vencendo
resistências e obstáculos. Necessidade de poder/prestígio – necessidade de ter
uma posição de determinado nível na sociedade e de ser admirado (por exemplo:
pessoas que procuram ocupar lugares de chefia).
FRUSTRAÇÃO E CONFLITO
A
frustração é o bloqueio do comportamento motivado, isto é, um obstáculo impede
que o desejo, o objetivo, seja alcançado. (Frustração primária é a que resulta
da ausência do objeto de satisfação da motivação; frustração secundária é a que
resulta da interposição de um obstáculo.)
A
tolerância à frustração, isto é, a capacidade de suportar a frustração, depende
de vários fatores como a idade (por exemplo, uma criança pequena com fome
suporta a situação de não comer com menos tolerância do que um adulto) e a
aprendizagem, nomeadamente a socialização (que ensina o modo como o sujeito
reage à frustração).
As
reações à frustração podem ir da agressão (direta ou deslocada) à apatia
(indiferença).
A
agressão direta acontece quando o indivíduo agride a causa que provocou a
frustração; na agressão deslocada, o sujeito desloca a sua agressão para
elementos não responsáveis pela frustração. A auto-agressão é uma forma de
agressão deslocada em que o sujeito se agride a si próprio.
Um
sujeito vive um conflito quando está numa situação em que diferentes motivações
se opõem. O conflito designa a oposição de forças com nível semelhante. O
conflito surge quando as motivações são incompatíveis.
Existêm
três tipos de conflito:
Conflito
aproximação/aproximação – o indivíduo está perante duas ou mais forças
positivas. O conflito surge porque só é possível escolher uma resposta.
Conflito
afastamento/afastamento – o indivíduo está perante duas alternativas
desagradáveis, hesitando qual delas evitar.
Conflito
aproximação/afastamento – o indivíduo está perante uma situação que é positiva
e negativa ao mesmo tempo.
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Ronaldo Meneghini Mendes
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2000.
FARIA, A. nogueira de; SUASSUNA, Ney Robinson.
A Comunicação na Administração, Rio de Janeiro: LTC,
1982.
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Olá... Cheguei a seu blog por meio do Educadores Multiplicadores e pelo texto sobre motivação...
ResponderExcluirFiz uma leitura e ele me auxiliou a completar um material que preparei sobre motivação, para um módulo de um curso do PRONATEC.
Se puder, faça uma visita em um dos meus blogs:
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