PESQUISE AQUI!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dicas de Leitura: História Geral da África II. A África antiga.


Está dica vai para os amigos que são fãs da história da África antiga em particular do Egito antigo. Neste livro encontraremos inúmeras revelações ocultas do público em geral pelo interesse de poucos em colocar o culturalmente rico continente africano em um nível inferior aos demais.

Durante muito tempo, mitos e preconceitos de toda espécie ocultaram ao mundo a verdadeira história da África. As sociedades africanas eram vistas como sociedades que não poderiam ter história. Apesar dos importantes trabalhos realizados desde as primeiras décadas deste século por pioneiros como Leo Frobenius, Maurice Delafosse e Arturo Labriola, um grande número de estudiosos não africanos, presos a certos postulados, afirmavam que essas sociedades não podiam ser objeto de um estudo científico, devido, sobretudo, à ausência de fontes e de documentos escritos. De fato, havia uma recusa a considerar o povo africano como criador de culturas originais que floresceram e se perpetuaram através dos séculos por caminhos próprios, e que os historiadores são incapazes de apreender a menos que abandonem certos preconceitos e renovem seus métodos de abordagem.

A situação evoluiu muito a partir do fim da Segunda Guerra Mundial e, em particular, desde que os países africanos, tendo conquistado sua independência, começaram a participar ativamente da vida da comunidade internacional e dos mútuos intercâmbios que a justificam. A partir de então, um número crescente de historiadores tem-se empenhado em abordar o estudo da África com maior rigor, objetividade e imparcialidade, utilizando com as devidas precauções fontes africanas originais.

Sobre a obra:

Nesse contexto, a História Geral da África, em oito volumes, cujas edições originais estão sendo publicadas pela Unesco e que a Editora Ática apresenta agora em português, é de indiscutível importância.

Os especialistas de vários países que trabalharam nesta obra dedicaram-se, de início, a lançar-lhe os fundamentos teóricos e metodológicos. Tiveram o cuidado de questionar as simplificações excessivas provenientes de uma concepção linear e restritiva da história universal e de restabelecer a verdade dos fatos sempre que necessário e possível. Esforçaram por resgatar os dados  históricos que melhor permitissem acompanhar a evolução dos diferentes povos africanos em seus contextos socioculturais específicos.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O Construindo História Hoje recebe o prêmio "Top Caneta de Ouro" Novembro/2012 do Marque com X.



Conforme estabelecido nas regras para parceria, estabelecidas pelo Educadores Multiplicadores/Marque com X. O Construindo História Hoje recebeu o 3° lugar, como bloque que mais enviou visitantes (através de banners, links e etc), e terá seu banner divulgado por 30 dias no espaço "Top Caneta de Ouro" (sendo 3 do blog Educadores Multiplicadores e 3 do blog Marquecomx).

Agradeço aos amigos do MARQUE COM X, e a todos os visitantes e amigos do CHH por mais está vitória que pertence a todos nós. Valeu amigos, CHH vencedor do mês de Novembro/12, segundo o que mostrou o Google Analytics

E os que mais enviaram visitantes para o blog Marquecomx, foram:

 1° Blog Caneta de Ouro:
Multiplicador: Blog da Profª Jackie

 2° Blog Caneta de Ouro:
Multiplicador: Gracita - Mensagens

>>>>>3° Blog Caneta de Ouro:<<<<<<
Multiplicador: Construindo História Hoje 

COPYRIGHT ATRIBUIÇÃO - NÃO COMERCIAL © 

Copyright Atribuição –Não Comercial© construindohistoriahoje.blogspot.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Atribuição-Não Comercial.  Com sua atribuição, Não Comercial — Este trabalho não pode ser usado  para fins comerciais. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de direitos autorais.


Você quer saber mais?





quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Dicas de Leitura: História Concisa da Revolução Russa.


O presente livro é um resumo de Russian Revolution (1990) e Russia under the Bolshevik Regime (1994), que descrevem em detalhes e com farta documentação a história dos “Tempos turbulentos”, entre 1899 e 1924. Nesta obra Richard Pipes condensou o restante desses textos, mantendo o padrão. Todas as informações podem ser verificadas nas obras originarias. Novas informações têm suas fontes indicadas.

Sobre a obra:

Richard Pipes, analisa os períodos imediatamente anterior e posterior à Revolução Russa, revendo o assassinato da família Romanov e a política soviética de sufocar etnias, nacionalidades e combater religiões. Resultado de anos de pesquisa do autor, este livro destaca os principais eventos que culminaram na Revolução Russa e os desdobramentos deste importante fato na história do século XX. Os documentos no qual no qual Pipes se baseou para mostrar os indivíduos realizadores da Revolução Comunista na Rússia, nos mostra homens perseguindo seus próprios interesses e suas aspirações , incapazes ou não desejosos de fazer concessões às conveniências e aspirações dos demais. No século XIX, a Europa Testemunhou a emergência de revolucionários profissionais, intelectuais que devotavam tempo integral ao estudo da história de levantes anteriores, à procura de linhas de rebelião; quando os movimentos se desencadeavam, eles intervinham, procurando conduzir os sentimentos voluntários em objetivos conscientes. Esses intelectuais radicais anteviam um futuro marcado por conflitos violentos e o progresso condicionado à destruição do sistema tradicional de relações sociais. Sua meta era libertar a “verdadeira” natureza dos homens, suprimida pela propriedade e pelas instituições dela derivadas. Comunistas e Anarquistas imaginavam a revolução como um processo de completa transformação, não só de toda ordem política e socioeconômica preestabelecida, mas da própria existência humana. Segundo Liev Trótski, o que eles queriam era “virar o mundo”. Essa tendência alcançou o apogeu na Revolução Russa de 1917. Embora o colapso da monarquia tenha decorrido de fatores internos, os bolcheviques, vencedores da batalha pós-czarista pelo poder, eram internacionalistas, adeptos de ideias comuns a todos os intelectuais radicais do Ocidente.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PLÍNIO SALGADO: SÍNTESE CRONOLÓGICA


Plínio Salgado. Imagem: Casa de Plínio Salgado. 


1895 — Nascimento, a 22 de janeiro, na cidade paulista de São Bento do Sapucaí, filho do farmacêutico Francisco das Chagas Esteves Salga­do e da professora dona Ana Francisca Rennó Cortez. Quando criança, juntamente com seus irmãos, ouvia preleções de seu progenitor, chefe político do município, em torno de Caxias e outros grandes vultos da história pátria. Lia muito, principalmente os clássicos da língua.

1911 — Aos 16 anos, com o falecimento de seu pai, e estudando no Ginásio São José, em Pouso Alegre (Estado de Minas), teve de voltar para São Bento do Sapucaí a fim de cuidar de sua progenitora e dos quatro irmãos mais novos.

1913 — Aos 18 anos, cria o Partido Municipalista, juntamente com Gama Rodrigues, Machado Coelho, Agostinho Ramos e Joaquim Cortez, "para combater a ditadura do governo estadual" . Esta foi a primeira organização política brasileira a se voltar para a defesa do município. Aplica-se em sua cidade a diversas atividades, dirige um clube de futebol, um grupo teatral, pronuncia conferências é orador oficial em todas as solenidades,é defensor de réus quando faltavam advogados, funciona como topógrafo judicial e ocupa cargo de inspetor escolar no município. Lança o semanário local "Correio de São Bento".

1918 — Casa-se com a senhorita Maria Amélia Pereira, descendente de tradicional família sãobentista, a qual veio a falecer após um ano, dei­xando uma filha, Maria Amélia, com apenas 15 dias, que passou a ser zelada pela avó e tios.

1919 — Muda-se para São Paulo onde ingressa como suplente de revi­sor ascendendo logo a redator, no "Correio Paulistano", porta-voz do governo estadual na época. Aí trava conhecimento com inúmeros inte­lectuais e políticos, a muitos ligando-se por sólida e profunda amizade.

1922 — Realização da Semana de Arte Moderna, cujos principais par­ticipantes. "apontaram novos caminhos, libertações integrais, nacionalismo espontâneo". Leitura absorvente de Marinetti, Soffici, Apollinaire, Cocteau,Max Jacob,Cendrars.

1924 — Indicado como Secretário da Coligação Paulista, presidida por Altino Arantes.

1926 — Publicação de O Estrangeiro. Preocupação com problemaspolíticos, leituras de Marx, Sorel, Lenin, Trotsky, Riazonov, Plekanov, Fuerbach. Falecimento de sua progenitora,

1927 — Insistentemente convidado pelo Presidente Júlio Prestes candidatou -se a deputado estadual e é eleito com grande votação.

1928 — Cria a Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão e consegue leis favoráveis àagricultura paulista. Funda, com Menotti dei Picchia,Cassiano Ricardo e Motta Filho o Movimento Verde-Amarelista.

1929 — Em 31 de julho, como primeiro ocupante, toma posse da cadeira nº 6, da Academia Paulista de Letras, sendo patrono da mesma Couto de Magalhães. Posse conjunta de Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Alfredo Ellis Jr., Cassiano Ricardo, Nuto Sant'Ana e Gofredo da Silva Teles.

1930 — Viagem à Europa e Oriente, como preceptor de um jovem paulistano. Vê as transformações políticas da Turquia, da Itália, da Alemanha, "lê uma vasta literatura comunismo que circulava em País", examina a pequena Bélgica, medita no Egito (sobre o imperialismo inglês), observa observa a anarquia dos espíritos nas Espanha e a nova ordem de Portugal: "tudo me mostrava a morte de uma civilização, o advento de uma nova etapa humana". Deflagrada no Brasil a revolução contra Washington Luis e o sistema político que este representava.

1931 — Fundação e direção de "A Razão". Artigos diários de doutrinação política e análise da situação brasileira e internacional.

1932 — Revolução Constitucionalista. Incêndio de "A Razão", Funda­ção da Sociedade de Estudos Políticos (SEP). Lançamento do Manifesto de Outubro, com que se iniciaram as atividades independentes da Ação Integralista Brasileira, antes um setor de orientação da SEP.

1935 — Intentona comunista no quartel da Praia Vermelha, ocasião em que foram assassinados covardemente pelos comunistas, na calada da noite, quando dormiam, indefesos oficiais do Exército Brasileiro, alguns adeptos do Integralismo. Por telegrama ao Presidente da República é oferecida a ajuda dos Integralistas.

1936 — Casa-se em segundas núpcias com a senhorita Carmela Patti pertencente a conceituada família radicada em Taquaritinga, Estado de São Paulo, não havendo filhos deste consórcio.

1937 — Candidatura à Presidência da República, concorrendo com José Américo de Almeida e Armando Salles Oliveira. Fechamento de todas as organizações políticas. É convidado para Ministro da Educação, que recusa por não concordar com os termos da nova constituição. É implantado o Estado Novo.

1938 — Revolta, denominada "integralista" (Dicionário de História do Brasil, Melhoramentos, São Paulo, 1976, 4ª edição, pág. 469), objetivando a restauração democrática no Brasil, e que   ocasionou inúmeras prisões e fuzilamentos de membros da Ação Integralista Brasileira e exílio dos principais lideres.

1939 — Prisão na Fortaleza de Santa Cruz. Exílio para Portugal.

1939-1946 — Intensa atividade cultural e religiosa em Portugal.

1942 — Publicação da Vida de Jesus, cuja primeira edição, lançada em São Paulo, é apreendida e logo após liberada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Madrugada do Espírito: Epicuristas e Estóicos (1934).


Democracia Corporativa. Imagem: Comunidade da Frente Integralista Brasileira no Facebook. Adaptação: CHH.

O que distingue a liberal-democracia como aspecto de civilização é a coexistência de dois pensamentos filosóficos, ambos materialistas, ambos presos aos dias remotos da antiga Grécia.

A liberal-democracia é , ao mesmo tempo, “estoica” e “epicurista”.

Em última análise, toda a obra dos pensadores e filósofos anteriores à Revolução Francesa, está impregnada dessas duas orientações do naturalismo helênico. Ambas negadoras do Espírito, ambas ateístas.

A subordinação ás chamadas leis naturais informa toda a cultura política moderna. Desde o otimismo de Locke e da apologia do “homem natural” de J.J. Rousseau, até às mais recentes doutrinas sociais, a ausência de um “fim moral” teve como consequência a generalização de um epicurismo baseado nos apetites do indivíduo e na liberdade licenciosa.

A filosofia do êxito, traduzida no pragmatismo inspirador da pedagogia e das realizações pessoais, não passa, examinada a fundo, de uma tradução atualizada da filosofia do prazer, ensinada pelo velho Epicuro.

Ora, uma sociedade epicurista, materialista, gozadora individualista, libertária, como poderia conceber o governo?

Evidentemente que, pesando a concha da balança para o lado da sociedade, eleva-se a outra, que está do lado do poder público. À áreas de excessivas liberdades facultadas ao individualismo correspondem restrições de âmbitos de ação para os governos.

Daí o motivo por que, em matéria de Economia, o estudioso encontra, nítidas e paralelas, as duas orientações: ao Estado estóico corresponde uma Sociedade epicurista.

Quanto Turgot destrói as corporações e com elas a estrutura moral e social das monarquias, esboça em matéria econômica, o ressurgimento das velhas filosofias gregas. São os fisiocratas que focalizam o organismo nacional segundo o mesmo critério experimentalista com que apreciavam o funcionamento dos órgãos do corpo humano.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Escritor Philip Kindred Dick, o mestre da ficção cientifica.


Escritor Philip K. Dick. Imagem: http://www.philipkdick.com/.

Philip Kindred Dick nasceu nos Estados Unidos em 1928. Embora não tenha tido o justo reconhecimento em vida, a excelência de sua obra tornou Philip K. Dick é uma referência da ficção científica do século XX. Vários de seus trabalhos tornaram-se mundialmente conhecidos ao serem roterizados e transformados em grandes sucessos do cinema, como Blade Runner: o caçador de androides, O Vingador do Futuro, Minority Report: a nova lei e O Pagamento.

É autor de cinco coletâneas de contos e 36 romances, dentre eles O Homem do Castelo Alto , VALIS, Ubik e Os Três Estigmas de Palmer Eldritch. Morreu em 1982, aos 53 anos.
Ele também era conhecido pelas iniciais PKD, foi um escritor de ficção científica que alterou profundamente este gênero literário. Apesar de ter tido pouco reconhecimento em vida, à adaptação de várias das suas novelas ao cinema acabou por tornar a sua obra conhecida de um vasto público, sendo aclamado tanto pelo público como pela crítica.

Filho de um funcionário do governo federal, a sua irmã gêmea morreu quase à nascença. Os seus pais divorciaram-se quando Philip contava quatro anos de idade. Acompanhou a mãe na sua mudança para a Califórnia, onde estudou, ingressando na Escola Secundária de Berkeley, onde permaneceu até 1945. Matriculou-se então na Universidade da Califórnia, onde estudou Filosofia e Alemão, abandonando o curso para trabalhar como disc-jockey numa emissora de rádio, mantendo, ao mesmo tempo, uma loja discográfica.

Começou a escrever nesta época, publicando o seu primeiro conto de ficção científica na revista Planet Stories. Chegou a terminar alguns romances de índole autobiográfica, mas não conseguiu encontrar quem os editasse. Decidiu portanto dedicar-se inteiramente à ficção científica, convicto de que este gênero poderia melhor abarcar as suas especulações filosóficas.

Solar Lottery, primeira obra publicada por Philip K. Dick em 1955. Image:  http://www.philipkdick.com/. 

A sua primeira obra publicada foi Solar Lottery de 1955. A ação da obra decorria no século XXIII, num tempo em que a democracia como forma de eleição foi substituída por um sistema de loteria que decide as funções dos indivíduos na sociedade. No entanto, vem-se a descobrir que a sorte está viciada. Após o aparecimento de obras como Eye In The Sky de 1956, Dr Futurity de 1960 e Vulcan's Hammer de 1960, Philip K. Dick conseguiu ser reconhecido como escritor, sobretudo com a publicação de The Man In The High Castle (O Homem do Castelo Alto) de 1962. O romance recriava um mundo em que a Alemanha e o Japão haviam vencido a Segunda Guerra Mundial.

Vulcan's Hammer de 1960obra publicada por Philip K. Dick em 1955. Imagem: http://www.philipkdick.com/.

A visão quase paranóica da realidade que Dick demonstrou em muitos dos seus trabalhos não seria portanto de todo infundada. Inspirando-se em ideias do Budismo, Cabalismo, Gnosticismo e outras doutrinas herméticas, e combinando-as com certos aspectos das novas crenças na parapsicologia, extraterrestres e percepção extra-sensorial, o autor criou mundos alternativos nos quais acabou eventualmente por julgar viver. O autor acreditava ter sido contatado, em março de 1974, por uma "mente racional transcendental", o que ele julgava ser uma teofania. Detalhes sobre este evento são detalhados no romance Valis, publicado em 1978.

Philip K. Dick em meados dos anos de 1970. Imagem:http://www.philipkdick.com/.

PKD explorou em muitas das suas obras temas como a realidade e a humanidade, utilizando normalmente como personagens pessoas comuns e não os normais heróis galácticos de outras obras do gênero. Precursor do gênero cyber punk, o seu livro Do Androids Dream of Electric Sheep? Inspirou o filme Blade Runner que, já perto da sua morte por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), serviu como introdução a Hollywood e levou a que outras obras suas fossem adaptadas ao cinema.

O Romance de Ficção Androids Dream of Electric Sheep? De Philip K. Dick,  Inspirou o filme Blade Runner. Imagem:http://www.philipkdick.com/.