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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por que estudar história?

O objetivo da investigação histórica não é simplesmente apresentar fatos, mas a busca de uma interpretação do passado. Os historiadores tentam encontrar padrões e estabelecer o significado através do rigoroso estudo de documentos e artefatos deixados por pessoas de outros tempos e outros lugares.

O estudo da história é fundamental para uma educação em artes liberais. A história é única entre as artes liberais em sua ênfase na perspectiva histórica e de contexto. Os historiadores insistem que o passado deve ser entendido em seus próprios termos, qualquer fenômeno histórico - um acontecimento, uma idéia, uma lei ou um dogma, por exemplo - deve primeiro ser compreendido em seu contexto, como parte de uma rede de instituições inter-relacionadas , valores e crenças que definem uma determinada cultura e época. Entre as artes liberais, a história é a disciplina mais preocupados com a compreensão da mudança. Os historiadores buscam não apenas explicar os acontecimentos históricos - como e por que a mudança ocorre no interior das sociedades e culturas. Eles também tentam explicar a resistência da tradição, compreender a complexa interação entre continuidade e mudança, e explicar as origens, evolução e declínio das instituições e das idéias. A história também é distinguida pelo seu amplo alcance singularmente. Praticamente todos os sujeitos tem uma história e podem ser analisados ​​e interpretados em perspectiva histórica e do contexto, o âmbito da pesquisa histórica é vinculado apenas pela quantidade e qualidade de sobreviver documentos e artefatos.

É geralmente reconhecido que um entendimento do passado é fundamental para a compreensão do presente. A análise e interpretação da história fornecem um contexto essencial para avaliar as instituições contemporâneas, a política e a cultura. Entendendo a configuração atual de sociedade não é a única razão para estudar o passado, a história também oferece uma visão única sobre a natureza humana e da civilização humana. Ao exigir que vemos o mundo através dos olhos dos outros, que desenvolvem um sentido do contexto e coerência, reconhecendo a complexidade e ambigüidade, e que nos confrontamos com o registro não só da realização humana, mas também de falha humana, crueldade e barbárie, o estudo da história nos fornece um quadro ricamente texturizados, material para a compreensão da condição humana e às voltas com questões morais e problemas. A história é essencial para os objetivos tradicionais das artes liberais, a busca pela sabedoria e virtude.

Há outra razão para estudar história: é divertido. A história combina a emoção de exploração e descoberta com a sensação de recompensa nascido de enfrentar com sucesso e dar sentido a problemas complexos e desafiadores.

Você quer sabe mais?

http://www.construindohistoriahoje.blogspot.com

http://history.hanover.edu/why.html
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

BBC resgata gravação do 'trompete do faraó Tutancâmon' de 1939

Objetos de museu egípcio recuperados e exibidos no Cairo (AFP)
O trompete e outros artefatos tinham desaparecido de Museu do Cairo.

Christine Finn Para a BBC

Um instrumento musical conhecido como o “trompete do faraó Tutancâmon” foi um dos objetos raros roubados do Museu do Cairo durante o recente levante popular contra o governo egípcio, que antecedeu a renúncia do presidente Hosni Mubarak em fevereiro.

O roubo e posterior recuperação do objeto de bronze - a relíquia teria sido deixada, juntamente com outros artefatos roubados do museu, em uma sacola no metrô do Cairo -, levaram a BBC a buscar, em seus arquivos, uma gravação que capturou, em 1939, o som do instrumento.

Quando o arqueólogo britânico Howard Carter encontrou, em 1922, a tumba de Tutancâmon, ele também avistou, à luz de velas, perto da múmia do rei menino, dois trompetes: um de prata e um de bronze.

Por mais de três mil anos, os instrumentos, decorados com imagens de deuses egípcios associados à guerra, haviam permanecido, mudos, no Vale dos Reis.

Maldição de Tutancâmon

A notícia do roubo do trompete de bronze - felizmente, o de prata havia sido emprestado a outro museu - durante o recente levante no Egito, provocou consternação no Egito.

Eles estão entre os mais antigos instrumentos musicais do mundo e são cercados de lendas e mistério.

Algumas pessoas, como o curador de Tutancâmon do Museu do Cairo, acreditam que os trompetes têm "poderes mágicos" e que podem atrair guerras.

Segundo o curador, o instrumento foi tocado antes da primeira Guerra do Golfo e, mais recentemente, uma semana antes do início do levante popular no Cairo.

O histórico programa da BBC, gravado em 1939 e transmitido a cerca de 150 milhões de ouvintes no mundo, também reforça a lenda: a transmissão ocorreu pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Devido à fragilidade dos artefatos, eles raramente são tocados.

Pioneiros do rádio, reconhecendo o potencial de um programa envolvendo os extraordinários instrumentos, conseguiram convencer o Serviço de Antiguidades Egípcias a autorizar uma transmissão do Museu do Cairo para o mundo.

Numa tarde de domingo, o apresentador da BBC Rex Keating entrevistou o arqueólogo Alfred Lucas, um dos poucos integrantes da equipe de Carter ainda vivos na época.

Depois, chegou o momento que todos esperavam. A plateia ficou em transe.

O músico escolhido para este programa histórico foi James Tappern.

Seu filho, Peter, também trompetista, disse que essa foi a grande história de sua infância, recontada, inúmeras vezes, pelo pai.

"Ele tinha muito orgulho (de seu feito)", disse.

No entanto, a única gravação que a família guardava da transmissão, um delicado vinil de 78 rpm, havia se quebrado em uma mudança.

Peter só ouviu a gravação do pai décadas mais tarde.

"Fiquei boquiaberto com a qualidade (do instrumento)", disse. "Como os trompetistas daquela época tocavam (os trompetes) é impossível saber. Meu pai usou bocais modernos, mas o conhecimento técnico (usado na fabricação dos instrumentos) é impressionante".

Fragilidade

Segundo a egiptóloga Margaret Maitland, durante a Antiguidade, instrumentos de metal eram frequentemente roubados e derretidos.

"Havia escassez de metais preciosos", disse.

James Tappern tocou o instrumento em 1939

James Tappern tocou o trompete do faraó em 1939

Isso explica por que tão poucos exemplares sobreviveram. E por serem frágeis, não é aconselhável tocá-los, ela acrescenta.

"É tentador querermos ouvir como esses instrumentos teriam soado, mas é muito perigoso, especialmente porque há tão poucos", disse Maitland.

Nos arquivos da BBC, um relato não confirmado do pioneiro radialista Keating conta que, antes da transmissão histórica de 1939, uma tentativa de tocar o trompete de prata para o rei Farouk do Egito teria terminado em desastre.

De acordo com Keating, o precioso instrumento teria se despedaçado, possivelmente porque um bocal moderno teria sido usado pelo instrumentista.

Ao ouvir a notícia, consternado, o arqueólogo Alfred Lucas teria ido parar no hospital.

A relíquia, no entanto, teria sido restaurada.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2011/04/110418_trompete_tutancamon_mv.shtml


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dois Psicopatas Clássicos da História.

Josef Stalin e Adolf Hitler

“Nunca houve tantos escravos em sociedades democráticas. Escravos no único lugar em que deveriam ser livres: no território de nossa mente.”

A. Cury, em O vendedor de sonhos

Hitler tinha brilhantes pensamentos dialéticos, inclusive no trato com sua cadela. Observe seus discursos e aparentemente verá um homem afetivo e sensível. Porém, o número de janelas que apoiavam suas idéias era pequeno. Não lhe dava subsídios para se colocar no lugar dos outros, para ficar assombrado com o fenômeno da existência, para pensar antes de reagir.

Mas a grande questão é: Hitler tinha na sua memória experiências suficientes para gerar um pensamento multiangular, para enxergar os judeus como membro da sua espécie, para ter compaixão, solidariedade?

Talvez a resposta seja chocante, mas é positiva. Sim, tinha. Caso contrário, não seduziria uma nação inteligentíssima como a alemã.

O problema é que seu pensamento era uniangular. Seu Eu era um péssimo gestor da sua psique. Não abria múltiplas janelas da memória ao mesmo tempo, não desenvolvia, portanto, um raciocínio histórico, existencial, esquemático, capaz de decifrar os códigos da inteligência. Embora tivesse um poderio militar sem precedentes, Hitler era débil, frágil, infantil, no mau sentido da palavra.

Um Eu frágil crê em verdades absolutas, tem um pensamento linear, elimina a arte da dúvida e, por isso, é incapaz de decifrar o código da autocrítica. Não podemos nos enganar, um homem com raciocínio dialético brilhante pode matar, estuprar, destruir, sem piedade.

Stalin, do mesmo modo, tinha mérito em seus raciocínios dialéticos. Defendia a nova ordem social, o socialismo, com paixão e fervor. Mas era paranóico. Tinha idéias de perseguição. Não tinha um raciocínio histórico, existencial e nem muito menos esquemático. Não era gestor da sua psique, não tinha autocrítica e desconhecia a arte da dúvida.

Era meramente lógico-linear.

Em sua biografia, há relações que nos deixam perplexos. Stalin podia mandar matar à noite homens que inventava que eram seus inimigos e na manhã seguinte tomar café com as esposas deles como se nada tivesse acontecido. Homens como esses nunca deveriam assumir o poder. Aliás, talvez 1% dos líderes políticos, empresários, espirituais, estão preparados para assumir o poder com dignidade.

Você quer saber mais?

CURY, Augusto. O código da inteligência: A formação de mentes brilhantes e a busca pela excelência emocional e profissional. Rio de Janeiro: Thomas Nelson/Ediouro, 2008.

http://construindohistoriahoje.blogspot.com/search/label/F%C3%89

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terça-feira, 26 de abril de 2011

O Colosso de Rodes

Foram necessários 12 anos para construir a estátua

A palavra “colosso” não dá nome a uma das Sete Maravilhas da Antiguidade por acaso. Estátua de Hélios, o deus grego do Sol, o Colosso de Rodes tinha 32 metros de altura, o mesmo que um prédio de dez andares. O monumento foi construído para comemorar a vitória dos gregos da ilha de Rodes contra o rei macedônico Demétrio I, que tentou invadi-la em 305 a.C. A estátua levou provavelmente 12 anos para ficar pronta – sua construção começou em 294 a.C. O escultor Chares, da cidade de Lindos, idealizou o projeto usando como referência outras estátuas do mesmo deus. Todo feito em bronze, o monumento foi erguido nas proximidades do porto e permaneceu em pé pouco tempo, até 225 a.C., quando um terremoto o destruiu. Ali ficou em ruínas até que os árabes invadiram Rodes, no ano de 654, desmontaram as peças quebradas e as venderam.
Vida breve

Monumento ficou em pé menos de 60 anos.

1. Pé no mármore

O Colosso foi construído sobre uma base de mármore de 3 metros de altura. As primeiras partes a serem fixadas da estátua, claro, foram os pés, que eram ocos, e os tornozelos. De acordo com relatos do matemático Philon de Bizâncio, 8 toneladas de ferro foram usadas na construção – as vigas do material sustentavam a estrutura interna.

2. Caneleira de pedra

A estrutura da estátua era também mantida por colunas de pedra, que envolviam as vigas de ferro das pernas. Cada um dos pilares de pedra tinha cerca de 1,5 metro de diâmetro. O escultor queria evitar que o Colosso perdesse o equilíbrio e tombasse – por isso adicionou mais peso às porções mais baixas da estátua.

3. Montanha artificial

Para facilitar a construção, os operários fizeram rampas de terra e madeira ao redor da estátua. Cerca de 13 toneladas de bronze foram usadas no revestimento do monumento. Cada placa de bronze tinha que ser cuidadosamente fundida e martelada no formato certo. Elas eram então levadas até a posição correta na estátua por cordas e um sistema de roldanas.

4. Ajuda dos inimigos

O ferro e o bronze utilizados na construção da estátua foram provavelmente obtidos com a fundição e venda dos armamentos deixados pelos inimigos na invasão frustrada. Há também a possibilidade de existirem na ilha minas de cobre, estanho (base para o bronze) e ferro – a maior parte deste material foi usada em vigas nas pernas do monumento e em barras diagonais colocadas a partir da barriga da estátua.

5. Braço de ferro

Partes ocas da estátua, como os braços, foram preenchidas com uma mistura de entulho e pedras. Embora não exista registro preciso sobre a aparência do Colosso, ele provavelmente segurava um manto com a mão esquerda, usava uma coroa e tinha a mão direita sobre os olhos (que representava o direcionamento de seus raios de luz).

6. Operário padrão

Por causa da altura do monumento, é provável que grande parte do bronze tenha sido esculpida nas rampas de terra construídas pelos operários. Não há registro sobre o número de trabalhadores – calcula-se que centenas foram contratados também com o dinheiro da venda dos armamentos e objetos abandonados pelos invasores.

7. Cabeça para fora

No final da construção, rampas tão altas quanto a cabeça do monumento foram erguidas – o restante da estátua ficou totalmente coberto pela terra. Quando a obra foi concluída, toda a terra teve que ser removida e o bronze foi limpo e polido pelos operários.

Maria Carolina Cristianini

Você quer saber mais?

http://www.unmuseum.org/colrhode.htm

http://www.civilopedia.com/historia/grecia/arquitectura/otros/el-coloso-de-rodas/

http://historia.abril.com.br/cultura/colosso-rodes-434984.shtml

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2756682-EI295,00-Colosso+de+Rodes+ficava+em+montanha+e+nao+em+porto.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cartografia. De Ptolomeu a Revolução científica.

Mapa-múndi de Ptolomeu

Os desenhos são mais antigos que a escrita, e por isso a cartografia precedeu o registro da História. Nossos ancestrais souberam traçar, embora rudimentarmente, muitas particularidades do terreno, para reproduzir um caminho percorrido. Foram as primeiras manifestações gráficas da preocupação do homem, visando à comunicação através dos itinerários. Assim nasceram os primeiros mapas e essa é até hoje a utilidade imediata da cartografia. Mais tarde, com a necessidade de precisar distâncias, surgiu a primeira unidade de medida: os dias de marcha, que aparecem nos mapas babilônicos gravados em argila (3500 a 3000 a.C.). Outros povos também foram precursores da cartografia, como os egípcios, que na época de Ramsés Ii (1333- 1300 a.C.) efetuavam medições sistemáticas de suas terras. Mas, por todo esse tempo, o mapa manteve a condição restrita de representar porções ilimitadas de terra.

Foram os gregos os primeiros a se preocupar com a representação do conjunto terrestre. Anaximandro, por volta de 500 a.C., observou a obliqüidade da eclíptica em relação ao equador, e pôs em dúvida a concepção da Terra plana, preparando o primeiro planisfério em que supunha o planeta com o formato de um disco. Inaugurava-se a era dos discários. Alguns anos mais tarde, Hecateo, grande viajante, em sua obra Periegesis, reafirmou esse conceito, cosntruindo um disco ao redor do qual colocou as águas do mar, circundando as duas partes essenciais do mundo: Europa e Ásia.

A concepção esférica

No inicio do século IV a.C., Pitágoras teria introduzido a concepção da Terra esférica. A idéia surgiu de especulações filosóficas – “... a esfera é a mais perfeita de todas as formas, portanto, a Terra, obra-prima dos deuses, deve ser uma esfera...”. Observações astronômicas confirmaram a hipótese, e Aristóteles, em 350 a.C., demonstrou a esfericidade do planeta. Depois disso, pode-se medir a obliqüidade do seu eixo de rotação, estabelecendo os conceitos de equador, pólos, trópicos e a divisão da superfície em zonas tórridas, temperadas e frias.

Por volta de 200 a.C., coube a Eratóstenes calcular a circunferência terrestre: 252 000 estadias, ou seja, mais ou menos 45 000 quilômetros, com um erro de 14 por cento quanto à medida verdadeira. A partir daí foi simples estabelecer o raio da esfera terrestre, elemento fundamental na determinação das latitudes e longitudes. Estavam dados os primeiros passos para a definição dos sistemas de projeção cartográficas, ou seja, a transformação da superfície esférica numa representação plana. Hiparco, em meados do século II a.C., inventou o astrolábio, instrumento que servia para calcular a altura dos astros (em relação ao horizonte) e realizou a primeira projeção cartográfica que se conhece, apoiando-se na trigonometria esférica e propondo um sistema cônico de projeção.

A herança de Ptolomeu

Os conhecimentos cartográficos do mundo antigo alcançaram seu ponto culminante na obra de Ptolomeu. Nascido em Alexandria no século II, dedicou dois volumes da sua Geografia ao estudo da construção de globos, projeções e mapas. Considera-se, mesmo, ser este o primeiro atlas geral elaborado.

No decorrer da Idade Média, dominada por superstições, a cartografia conhece uma fase de decadência. Na Europa, utiliza-se o mapa-múndi circular, o Orbis Terrarum do romanos, porém tão deturpado que perdera toda a exatidão geográfica. A Terra Santa ocupava geralmente o centro desses mapas, seguindo-se assim fielmente os textos bíblicos. Substitui-se a aplicação dos conhecimentos matemáticos pela interpretação artística altamente inventiva. Nesta fase, apenas os árabes mantiveram uma atividade cartográfica significativa.

No fim da era medieval, uma descoberta ligada à arte da navegação imprimiu novo alento à cartografia: a bússola, instrumento que indica o norte magnético. Introduzida na Europa por viajantes vindos da China, começou a ser usada pelos navegadores no século XIII.

Surgiram as cartas portulanas, de origem desconhecida, mas que indicam a utilização de bússolas na sua confecção. Com efeito, a característica principal desses mapas é a superposição de uma rede de linhas ligando pontos conhecidos. Tais linhas nada mais representam senão as referencias que os navegantes deveriam utilizar para orientar-se pela bússola. Foram as primeiras cartas marítimas. No Renascimento outros fatores vieram juntar-se ao emprego da bússola para retomar o desenvolvimento a cartografia. A redescoberta dos textos de Ptolomeu, que os humanistas italianos, por volta de 1400, traduziram para o latim; a invenção da imprensa, que tirou da cartografia o caráter artesanal; a melhoria das técnicas de navegação, que permitiu ao marinheiro assinalar graficamente sua posição de maneira mais correta.

Com isso, os descobrimentos foram documentados por intensa produção cartográfica. A terra começava a ser representada e m sua forma e dimensão verdadeiras. Contudo, os mapas eram um segredo de Estado e, praticamente, cada nação européia desenvolveu sua própria escola cartográfica, com variações quanto aos conceitos e às formas de representação.

A revolução científica

Somente a partir de 1700 é que a cartografia perdeu, afinal, o caráter decorativo em beneficio da precisão cientifica. Nesta época inventam-se novos instrumentos: no mar, os antigos astrolábios são substituídos pelos sextantes e a determinação das latitudes e longitudes deixa de ser exclusiva da astronomia superior; o cronômetro passa a ser utilizado no cálculo das longitudes; em terra, aperfeiçoa-se o sistema de triangulação na medida dos ângulos, através da introdução dos teodolitos ópticos. As possibilidades dos novos instrumentos permitiram corrigir toda uma série de erros acumulados durante séculos, considerados já como verdades geográficas. Essas descobertas constituíram uma verdadeira revolução que definitivamente separou a cartografia de suas ligações com Ptolomeu.

Você quer saber mais?

Mapas Históricos Brasileiros: Grandes Personagens da Nossa História. Ed.Abril Cultural, 1973.

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

PÁSCOA

Estimadas Amigas! Estimados Amigos!
Eu queria uma mensagem lhes escrever
O que a Páscoa para mim quer dizer.
Então a Sagrada Escritura passo a ler.
A partir da meditação, através da oração
Deus coloca em meu coração
O que lhes passo em primeira mão.
É meu desejo ver
Que toda mensagem de Páscoa
Possa terra fértil encontrar.
E que na Família e Comunidade possa frutificar.

LIBERTAÇÃO
Páscoa lembra
Um Deus que desce
Porque ouve o grito
De um povo que padece.
Um Deus que não aceita.
Um Deus que rejeita
A dor da escravidão.

Páscoa lembra um Deus
Que com Abraão faz uma aliança
Que não lhe sai da lembrança
O povo que com Ele caminha.
Que um dia, pelo Egito, foi escravizado.
Que passa pelo deserto porque foi libertado.
E por Deus acompanhado rumo à terra de Canaã.
Uma terra que os antepassados não conheceram
Mas que reconheceram que foi o Deus de Abraão,
De Jacó e de Isaque, que os tem ajudado.

Páscoa passa pelo esquecimento
De um povo avarento
Que a vida abundante experimentou.
E que viveu o sofrimento
Porque de Deus não se lembrou.

Páscoa lembra um Deus
Que não esquece
Mas que a vida fortalece
Mesmo quando não merece.

Páscoa passa pelo nascimento
De uma criança nascida numa estrebaria.
Numa noite tão fria
E que trouxe tanta alegria.

Páscoa passa pelo ensinamento de um Profeta
Alguém muito mais sábio que um doutor.
Jesus Cristo ensinava
Que nada,
É mais forte do que o amor.

Ele que tanto amou
Sua vida entregou.
E Maria Madalena
No domingo da Páscoa testemunhou:
Que Jesus Cristo na morte não ficou.
E de todos os que nele crêem
É O Salvador

Páscoa: Passagem da morte para a vida.
Passagem da cruz para a ressurreição.
Passagem da luz pela escuridão.

Páscoa: Paz na Criação
Páscoa: Uma Esperança
Páscoa: Um Compromisso.
Por causa do grito
Por Libertação.

Uma Feliz e Abençoada Páscoa
Chapecó, 20 de abril de 2011.

Ervin Barg
Pastor Sinodal

Você quer saber mais?

http://www.luteranos.com.br/articles/17569/1/Pascoa/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17573/1/Mir%20ist%20ein%20Stein%20vom%20Herzen%20gefallen/1.html

http://www.luteranos.com.br/articles/17557/1/Mensagem-de-Pascoa---2011/1.html