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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Entenda a crise entre as duas Coreias.

O que motivou a troca de disparos?

Ainda não se sabe o que provocou os disparos de artilharia, mas a área da fronteira marítima entre as duas Coreias já foi palco de diversos embates no passado.

Antes do ataque, a Coreia do Norte havia protestado contra exercícios militares sul-coreanos que estavam sendo realizados na ilha de Yeonpyeong, onde agora vários prédios foram atingidos pela artilharia norte-coreana.

Como fica a situação entre os dois países depois do incidente?

Analistas dizem que qualquer reaproximação significativa entre Coreia do Sul e do Norte parece improvável no futuro próximo.

Antes da troca de disparos, havia sinais de que o governo norte-coreano tinha a intenção de se reconciliar com o vizinho do sul. O país havia oferecido retomar o reencontro de famílias divididas, além de indicar que queria retomar negociações na área militar.

Já a Coreia do Sul mandou arroz para a Coreia do Norte pela primeira vez em dois anos, para ajudar a população atingida por inundações.

Mas não houve mais nenhum avanço significativo nas relações entre os dois países. As negociações internacionais sobre o programa nuclear da Coreia do Norte continuam paradas, e a revelação no último fim de semana de que o país teria novas instalações para o enriquecimento de urânio tornou a retomada das conversas ainda menos provável.

Houve alguma razão para que a tensão entre as duas Coréias voltasse a aumentar?

Uma disputa sem resolução sobre o afundamento de um navio de guerra sul coreano neste ano deixou a relação entre os vizinhos - que permanecem tecnicamente em guerra - na pior situação em muitos anos.

Na noite do dia 26 de março de 2010, o Cheonan, um navio de guerra sul-coreano, estava deixando a ilha Baengnyeong perto da fronteira marítima entre as duas Coreias no Mar Amarelo.

Uma explosão partiu o navio em dois e ele afundou. 58 marinheiros conseguiram escapar, mas 46 foram mortos.

Investigadores cogitaram que uma mina dos tempos da Guerra da Coreia pudesse ser responsável pelo incidente ou que a explosão tivesse sido causada por algum defeito no navio, mas acabaram concluindo que foi um torpedo disparado por um submarino norte-coreano que afundou a embarcação. Eles dizem ter encontrado parte do torpedo no fundo do mar com uma inscrição atribuída à Coreia do Norte.

Qual é a posição da Coreia do Norte sobre o assunto?

A Coreia do Norte nega qualquer envolvimento no episódio. O país rechaçou a conclusão dos investigadores e pediu para conduzir sua própria investigação, o que foi negado por Seul.

As possíveis razões para o ataque não foram esclarecidas, mas uma das teorias indica que o ataque poderia ter sido uma forma de Kim Jong-il conseguir o apoio do exército no momento em que ele prepara seu filho para sucedê-lo. Outras possibilidades colocam o ataque como uma ação unilateral do Exército ou ainda uma tentativa de forçar Seul a retomar antigas políticas comerciais e de auxílio ao vizinho do Norte.

Qual foi a reação internacional ao incidente com o navio?

Desde o início, Estados Unidos e Japão expressaram apoio a Seul e à declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando a Coreia do Norte.

Após a declaração, os americanos começaram a realizar uma série de exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul no Mar do Japão. Autoridades militares dos Estados Unidos dizem que os exercícios foram planejados como uma demonstração de força à Coreia do Norte. O Japão também mandou militares para observar, o que indica um suposto apoio ao treinamento.

Os Estados Unidos também anunciaram sanções bilaterais, direcionadas ao comércio de armas e à importação de bens de luxo por Pyongyang.

Mas a China, o maior parceiro comercial e aliado da Coreia do Norte, tem constantemente pedido moderação. Pequim tem evitado tomar medidas duras contra a Coreia do Norte, por querer impedir que o regime do país vizinho entre em colapso, levando a uma perigosa instabilidade e a uma onda de refugiados cruzando a fronteira.

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http://www.bbc.co.uk/

Coreias trocam acusações sobre novo incidente na fronteira .

As Coreias do Norte e do Sul trocaram nesta terça-feira acusações sobre quem iniciou um dos mais graves incidentes entre os dois países desde a Guerra da Coreia nos anos 50.

Em uma troca de disparos de artilharia que durou cerca de uma hora, a Ilha sul-coreana de Yeonpyeong foi atingida e dois soldados morreram, enquanto cerca de 50 pessoas, tanto civis como militares, ficaram feridas.

Seul disse que os disparos do Norte começaram a atingir a ilha, próxima à disputada fronteira marítima entre os dois países, na tarde desta terça-feira (hora local, madrugada no Brasil) e suas forças armadas estão trabalhando no nível de alerta mais alto fora de um período de guerra.

Imagens de televisão mostraram colunas de fumaça saindo de Yeonpyeong, e todos os 1,6 mil moradores teriam sido conduzidos a abrigos, segundo a agência de notícias Yonhap.

O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, avisou que seu país vai "retaliar severamente contra qualquer nova provocação".

"O ataque da Coreia do Norte contra a Ilha de Yenpyeong constitui uma clara provocação armada. Além disso, seu impiedoso ataque a alvos civis é imperdoável", disse a declaração divulgada por seu gabinete.

Mas as autoridades militares da Coreia do Norte dizem não ter sido os primeiros a disparar.

"O inimigo sul-coreano, apesar de nossos repetidos alertas, cometeu diversas provocações militares incautas disparando tiros de artilharia contra nosso território marítimo próximo à Ilha de Yeonpyeong a partir das 13h locais (2h no horário de Brasília)", disse à agência de notícias estatal norte-coreana KCNA o comando militar do país.

A Coreia do Norte "vai continuar a realizar ataques militares impiedosos sem hesitação se o inimigo sul-coreano ousar invadir 0,001 milímetro de nosso território", alertou, sem informar se houve feridos ou mortos do lado norte-coreano.

Tensão

A troca de disparos acontece em um momento de crescente tensão regional, já que no sábado a Coreia do Norte revelou o que seria uma nova usina de enriquecimento de urânio, dando ao país mais um caminho para a possível fabricação de uma bomba nuclear.

Após o incidente, o representante dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, anunciou que não vai retomar as negociações do chamado Grupo dos Seis (Estados Unidos, Japão, China, Rússia e as duas Coreias) sobre o programa nuclear de Pyongyang.

A Rússia pediu calma depois do incidente, enquanto um porta-voz do Ministério do Exterior chinês disse que as duas Coreias deveriam "fazer mais para contribuir para a paz".

"O mais importante agora é retomar as negociações do Grupo dos Seis o quanto antes", disse Hong Lei.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse ter ordenado que seus ministros se preparem para qualquer eventualidade.

"Eu ordenei que eles se organizem para que possamos reagir firmemente, caso algum evento inesperado ocorra", disse ele após uma reunião de gabinete de emergência em Tóquio.

A Casa Branca condenou o ataque firmemente e pediu que a Coreia do Norte suspenda sua "ação beligerante".

O impacto da troca de disparos está chegando ao mercando financeiro, com as moedas coreana e japonesa sofrendo desvalorização.

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As 25 Mulheres mais poderosas do século passado.

Indira Gandhi (1917-1984)

Ela era filha da nação, criada sob o olhar atento de ambos, seu pai Jawaharlal Nehru, que foi o primeiro primeiro-ministro da Índia, após décadas de domínio britânico, em seu país. Quando Indira Gandhi (nenhuma relação com Mohandas Karamchand Gandhi) foi eleita primeiro-ministro em 1966, uma linha de cobrir o tempo de leitura, "A Índia estava sob as mãos de uma mulher." Essas mãos firmes passaram a orientar a Índia, não sem polêmica, pois grande parte das próximas duas décadas, através de recessão, a fome, a detonação da primeira bomba da atômica da nação, um escândalo de corrupção e de uma guerra civil no vizinho Paquistão, que, sob sua orientação, levou à criação de um novo estado, Bangladesh. No momento em que ela foi assassinada, em 1984, Gandhi foi a primeiro-ministro mulher que ficou mais tempo no cargo em todo o mundo, recorde que se mantém até os dias de hoje.

LISTA COMPLETA

Líder Feminina


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http://www.time.com/time/specials/packages/0,28757,2029774,00.html #ixzz167atUcYd

O Integralismo e o Palácio do Catete

Palácio do Catete

Autor: Jorge Figueira*


A História do Palácio do Catete, localizado na Rua do Catete, n.153, está ligada diretamente à História da política brasileira. Mais do que um majestoso edifício, muitos dos principais acontecimentos do país aconteceram neste local. O Palácio é uma espécie de personagem silencioso sempre testemunhando a nossa história, desde os tempos do Império.


O primeiro morador foi o português Antonio Clemente Pinto Barão de Nova Friburgo. Em 1858 adquiriu uma casa na Rua do Catete, que demoliu, e adquiriu um terreno na rua do Príncipe, atual rua Silveira Martins, que na época chegava até a Praia do Flamengo, pretendia com sua obra demonstrar seu sucesso econômico. Em 1860 as obras do jardim foram ampliadas com a compra de novos terrenos ao lado do que já existia.

Após a morte do proprietário do imóvel e de sua esposa, o palácio foi herdado pelos filhos que, alguns anos depois, venderam o imóvel a uma companhia hoteleira. Hipotecado, o imóvel passou a União em 1896.


O Palácio do Catete foi sinônimo de poder e luxo entre 1897 e 1960 antes que Brasília fosse inaugurada.
Dezesseis presidentes passaram por ele o ultimo presidente a ocupá-lo foi o Presidente Juscelino Kubitschek que o transformou em um museu. Dos mais dramáticos fatos históricos que ocorreram no palácio destaca-se o suicídio de Getulio Vargas em seu quarto em 1954.

O levante do 11 de maio de 1938, amplamente conhecido pelos Integralistas como uma tentativa de diversos grupos civis de retirar o Ditador Vargas do poder, após a decretação do Estado Novo (1937) esteve indiretamente ligado com o Palácio do Catete.


Durante a invasão do Palácio da Guanabara, localizado próximo ao Palácio do Catete, todos os telefones regulares foram cortados, porém era de desconhecimento dos Integralistas que o governo contava com uma rede telefônica oficial, baseada no PBX, instalada no Palácio do Catete, que através de um telefonista, fazia a interligação dos palácios, dos quartéis, da Chefatura de Policia e das casas dos Ministros.


Foi através deste telefone que, o ministro Dutra, saiu de casa sem ser visto e reuniu alguns homens, que enfrentaram os integralistas que cercavam o Guanabara. Vale ressaltar que neste primeiro combate Dutra foi alvejado por um tiro, sem gravidade, fugindo do local.

Ainda durante o confronto do Palácio da Guanabara, caso tivesse sido bem sucedido, teria como desfecho a retirada de Getulio Vargas, vivo, do Palácio da Guanabara, para o Palácio do Catete, aonde nos anos 30 havia um embarcadouro atrás do Palácio. Após sua chegada os Integralistas presentes da marinha já teriam posicionado o Cruzador Bahia onde Getulio Vargas ficaria aquartelado.


Infelizmente, os reforços prometidos por Severo Fournier, representante dos aliados liberais não apareceram. E, após horas de enfrentamento, os integralistas tentaram furar o cerco ao qual por sua vez estavam submetidos. Os integralistas capturados foram perfilados e fuzilados sumariamente por ordens de Benjamim Vargas. Apenas um sobreviveu, fingindo-se de morto, para contar a história que ainda é encoberta pela historiografia brasileira.


Fazemos assim, neste lugar de preservação da memória histórica de nosso país, uma homenagem, aos Integralistas que tombaram em 11 de maio de 1938 em defesa da democracia.


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http://www.integralismorio.org

domingo, 21 de novembro de 2010

Líder da Revolta da Chibata afirma “ter participado da Ação Integralista Brasileira (1932-1937)”

Líder da Revolta da Chibata afirma “ter participado da Ação Integralista Brasileira (1932-1937)” em depoimento presente no Museu da Imagem do Som – MIS, no Rio de Janeiro.

Imagem do Jornal do Brasil relatando a Revolta da Chibata ocorrida no Rio de Janeiro em 1910. Imagem: Acervo CPDocJB
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Autor: Jorge Figueira*


No dia 28 de março de 1968, através do ciclo de História Contemporânea do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, foi registrado um depoimento de João Candido, líder da Revolta da Chibata, com o objetivo de resgatar a memória histórica do líder negro salvando-o da extinção e o consagrando como uma das principais fontes de informação sobre o assunto.

Participaram da entrevista o historiador Helio Silva, a jornalista Dulce Alves, o superintendente, Sergio Junqueira e o diretor executivo do museu Ricardo Cravo Albim, além do filho caçula de João Candido.

A entrevista que deveria ocorrer de forma organizada, se transformou em um verdadeiro interrogatório promovido pelo historiador Helio Silva, (figura critica da Ação Integralista Brasileira). As perguntas foram feitas de forma anacrônica, em diversos momentos foram interrompidas por outras perguntas causando confusão deixando perguntas (algumas relevantes) sem respostas. Até os dias de hoje, nenhum pesquisador veio a publico criticar a forma em que foi administrada esta entrevista.
Algo, porém surpreendeu o pesquisador Helio Silva durante a entrevista: a afirmação emblemática do líder negro João Candido que pertenceu às fileiras da Ação Integralista Brasileira – AIB e que até hoje se considera Integralista, demonstrando que as afirmações feitas pelo próprio Helio Silva em seus trabalhos sobre Integralismo, onde afirma que o Integralismo é racista e autoritário não condizem com a verdade, uma vez que a presença do principal integrante da Revolta da Chibata é negro e defensor da democracia.
Em 1933, João Candido, ingressou na Ação Integralista Brasileira, tornando-se um dos principais lideres do movimento no Rio de Janeiro. Em julho de 1937, passou a fazer parte da Câmara dos Quatrocentos, importante órgão da AIB que congregava diversas personalidades do movimento, demonstrando desta forma o caráter democrático e diferenciado de outros movimentos políticos brasileiros da sua época.

Aos que desejarem ter acesso ao depoimento na integra, poderão se encaminhar ao MIS-RJ, localizado na Praça Luiz Souza Dantas (antiga Praça Rui Barbosa), 01, Praça XV, Rio de Janeiro.

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Rússia cooperará com escudo antimísseis, diz Otan.

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou neste sábado que a Rússia concordou em cooperar com o sistema de defesa antimísseis da aliança.

O secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen, disse na cúpula do grupo, em Lisboa, que os dois lados concordaram em assinar um documento dizendo que não representavam mais uma ameaça um ao outro.

Segundo Rasmussen, é a primeira vez que os dois lados cooperarão para se defenderem. Integrada por Estados Unidos, Canadá e por grande parte dos países europeus, a Otan rivalizou com a aliança militar liderada pela União Soviética durante a Guerra Fria (1945-1991).

Presente ao encontro, o presidente russo, Dmitry Medvedev, disse que “um período de relações muito tensas e difíceis foi superado”. A cúpula da Otan foi a primeira com presença russa desde a guerra da Rússia contra a Geórgia, há dois anos.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Otan e a Rússia “transformaram uma antiga fonte de tensão numa fonte de cooperação”.

Em discurso, Obama voltou a pedir ao Senado americano que aprove um tratado, negociado com a Rússia, que prevê a redução de estoques nucleares dos dois países e inspeções mútuas.

Escudo antimísseis

Na cúpula, membros da Otan já haviam concordado em desenvolver um programa conjunto de defesa contra ataques de mísseis balísticos em seus territórios.

O sistema visa alertar os países membros sobre ataques de mísseis para que possam ser interceptados.

Rasmussem disse ter pedido à Rússia que cooperasse com o programa e ter ficado “muito satisfeito que Medvedev tenha aceitado a oferta”.

Ele classificou o acordo de “uma verdadeira reviravolta”.

O sistema deverá entrar em vigor até 2020 e terá custo previsto de 1 bilhão de euros (R$ 2,34 bilhões).

Segundo uma fonte da área técnica da aliança, deverão ser integrados vários sistemas que estão sendo montados pelos membros da aliança.

O anúncio de cooperação ocorre após Barack Obama suspender, neste ano, planos de seu antecessor, George W. Bush, de construir um escudo antimísseis que teria bases na Polônia e na República Tcheca.

Moscou considerava o plano americano uma ameaça à soberania russa.

Troca de informações

Segundo o secretário-geral da Otan, russos e membros a aliança trocarão informações sobre ameaças ao território europeu provenientes do céu e poderão eventualmente cooperar para derrubar algum míssel.

Apesar do acordo, o presidente russo disse que muitos detalhes do escudo ainda eram incertos e que o esquema “só será pacífico quando for universal”.

Rasmussem afirmou também que a Rússia concordou em permitir a passagem por seu território de mais suprimentos para as tropas da Otan no Afeganistão.

Ele disse que também haverá cooperação com Moscou em áreas como terrorismo, armas de destuição em massa, pirataria e narcotráfico.

*Com reportagem de Jair Rattner, de Lisboa para a BBC Brasil

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