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domingo, 30 de maio de 2010

KAMIKAZE SOBREVIVENTE.

Tokio Mao um Kamikaze sobrevivente





PARA UM KAMIKAZE A MORTE ERA MELHOR QUE A DERROTA


Morador de Niterói, o piloto da Marinha japonesa na Segunda Guerra Mundial Tokio Mao conta como um revide americano o poupou da morte em 1944, durante um ataque no mar das Filipinas. E revela que é discriminado por estar vivo.



No bê-á-bá da guerra, todo mundo aprende que deve estar pronto para matar e morrer. Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de japoneses foi além dessa aula e se preparou para se matar pela pátria. Esses homens foram batizados de kamikazes, palavra japonesa que significa “vento divino” e que tem origem em um tufão que, no século 13, teria salvo o Japão da invasão do conquistador mongol Kublai Khan, neto do famoso Gêngis Khan. Tokio Mao fez parte dessa seleta turma de guerreiros suicidas. Mas quis o destino que ele tivesse como missão sobreviver e passar décadas relatando sua história. Aos 84 anos, ele relembra cada detalhe daquele 25 de novembro de 1944, data em que deveria ter morrido em uma ação de contra-ataque na ilha de Luzon, no mar das Filipinas. Menos de um mês antes, num local próximo de onde o avião Zero de Tokio foi abatido, os americanos tinham descoberto o estrago que os kamikazes podiam fazer, quando atacavam em bando. O confronto do golfo de Leyte entrou para a História como o primeiro que utilizou pilotos suicidas em larga escala: 55 aviões japoneses se espatifaram contra a esquadra americana. Em Luzon, Tokio boiou por quatro dias até ser resgatado. Dez anos depois do fim da guerra, ele veio parar no Brasil, de onde nunca mais saiu. Casado com a japonesa Kazuko, pai das brasileiras Tokie e Kazumi, avô de dois meninos, Tokio está tendo uma vida longa e feliz. Este ano, vai levar a família para passear no Japão. Enquanto a viagem não vem, prepara a mudança de endereço de sua academia, Jinen-Kan (“natural”, em japonês). Tokio Mao é mestre de 8º dan, um dos mais altos graus em judô e caratê – sua faixa é vermelha e branca, distinção para poucos. No quimono, ostenta a inscrição Ryo-Bu-Kai, que significa “bom samurai’. Mas já sofreu discriminação entre compatriotas, justamente por ser um kamikaze sobrevivente. Por isso brada: “Eu não tenho culpa de não ter morrido! Foi um acidente!”



Quando o senhor se alistou? Como foi o treinamento para piloto?





O ORGULHO DE SERVIR ALGO MAIOR.


Com 15 anos, me alistei na Academia da Marinha Imperial. Tinha um tio almirante, gostava da Marinha. O serviço militar era obrigatório, então já fui logo. Foi em 1939, a guerra ainda não tinha estourado para nós. Não havia naquela época Marinha, Exército e Aeronáutica, só Marinha e Exército. Aí você podia escolher, lá dentro, fazer aviação da Marinha ou do Exército. Eu queria voar. O treinamento era muito duro: corrida, natação, remo, aprender a mexer em maquinário, judô, kendô [tipo de espada]... Era duro até mesmo para um homem treinado, preparado. No último ano, em 1941, fui fazer preparação especial para piloto.



De que cidade o senhor é? Como era a vida no Japão dos anos 20 e 30?



De Tokushima, capital do estado de Tokushima, perto de Osaka. Naquela época o Japão já tinha muita tecnologia. Eu passava muito frio no inverno. No Japão, tem quatro estações mesmo. Minha família tinha uma fazenda de arroz, com criação de bicho-da-seda, produzia o fio da seda. Mas eu não trabalhava na fazenda. Estudava em período integral, praticava esporte, fazia caixinhas, bonecas, aulas de dança, de música. Meu pai tinha também uma academia de judô, com 3 anos comecei. Minhas filhas, Tokie e Kazumi, também começaram com 3 anos. Com 5 anos, comecei a aprender caratê kempo com os monges budistas de um mosteiro perto da minha casa.



Como o senhor entrou na guerra?



Fui para a guerra no fim de 1943. No início, não se ia direto para o combate, se ficava na retaguarda. Combate, mesmo, só em 1944. Estava bem preparado mentalmente, mesmo aos 19 anos. Sabia que tinha que derrubar! Que se eu não matasse, ia morrer! Derrubei 19 caças americanos com as metralhadoras do meu avião. Eu pilotava um Zero, o melhor caça do mundo. Eu sozinho, pilotando e atirando.



O senhor chegou a ser atingido?



Caí quatro vezes. Em duas delas, a bala do inimigo atingiu meu tanque, a gasolina acabou e o avião caiu. Uma vez, caí na areia da praia. Na outra, em cima de uma árvore, com medo de o avião rolar e despencar. Fui tirando o pára-quedas devagarzinho, puxando 5 ou 7 metros de corda devagarzinho... Amarrei a corda na minha faca e joguei na árvore para pregar no galho. Joguei de novo, e de novo, e de novo, tantas vezes até conseguir pegar o galho. Finalmente peguei e, devagarzinho, saí e desci da árvore. Nas outras duas vezes, caí no mar.



Como foi que o senhor se tornou piloto de um grupo kamikaze?



Eu era do grupo jovem que fundou o kamikaze, em maio de 44. No sul do Pacífico tem bastante ilha. Japonês botou antena em uma delas e americano – “PÁ! PÁ! PÁ! PÁ! PÁ!” – bombardeou. Americano também botou antena, japonês atacou. No início de 44, japonês só perdendo avião. Americano também, mas americano fabricava 20 aviões para cada um japonês. Como faz para acabar a guerra? Papel não dá? Boca não dá? Então nós mesmos vamos acabar com essa guerra, cada um com uma bomba no colo. Cada bomba pesava 250 quilos! Vamos nos jogar, bater em porta-avião americano. O comandante Takijiro Onishi não aceitou a idéia. Depois, com comandante Hisaichi Terauchi, idéia foi aceita. No nosso grupo, tudo começou em 25 de outubro de 1944, na batalha do golfo de Leyte. Meu ataque foi o último, em 25 de novembro. Eram seis kamikazes e 30 pilotos na retaguarda. Eu era tenente, comandei o grupo.



O objetivo era a glória de dar a vida pelo imperador?



Não, nada de glória de imperador. Era acabar com a guerra. E ter uma morte com honra!



Como o senhor passou as horas anteriores ao ataque?



Estava preparado para matar e morrer. Chorar não adianta. De manhã, tomei café. Normal. Tem que comer para ter energia! Antes de ir, todos sempre fazíamos uma oração de despedida.



O senhor disse que não chorou. Não pensou na sua família?



Pensei. Eu tinha dois irmãos. Um não foi militar, não queria saber de guerra. Trabalhava em uma fábrica na Manchúria, a fábrica foi bombardeada pelos russos. Morreu. O outro também trabalhava num lugar bombardeado, mas não morreu.



Como foi o ataque? O senhor deveria jogar seu avião sobre qual alvo?



Saímos da base aérea, subimos uns 7, 8 mil metros. Com a bomba no colo. Nós fomos bem alto, com roupa para o frio e balão de oxigênio. Os caças americanos não nos alcançaram, não se prepararam assim, como nós. Quando chegamos na direção dos alvos, mergulhamos nos navios, sob ataque dos americanos. Quando cheguei a 700 metros do porta-aviões Essex, a asa do meu avião foi atingida e caí no mar. Fui derrubado três, quatro segundos antes de bater no alvo. Caí e desmaiei.



O que aconteceu então?



Acordei e vi que outro do meu grupo pegou bem meu alvo. Os cinco morreram. Eu sobrevivi. Meus colegas kamikazes atingiram os porta-aviões Essex e Intrepid.



Quantos dias o senhor passou no mar? Como sobreviveu?



Fiquei quatro dias. Piloto leva chocolate, bolsa cheia de chocolate. Sobrevivi assim, comendo chocolate. E com água salgada! Vinha a onda, fechava a boca, mas a água entrava assim mesmo! Aí, um submarino do Japão passou, viu meu avião e me viu. Fui resgatado. Estava com quatro costelas quebradas, fratura em dois lugares do braço direito, dedos quebrados, joelho fora do lugar... Como o corpo dói, né? No avião, ainda no mar, coloquei o osso do braço no lugar, os ossos dos dedos no lugar, o joelho no lugar! Tudo eu mesmo! Judoca das antigas aprende tudo isso. Também machuquei a [vértebra] lombar e a cervical. Mas não levei tiro. Caí de 30, 40 metros. Fui para o hospital da Marinha em Taiwan, fiquei quatro meses lá. Perto do hospital tinha uma base, passei a ser instrutor de aviação lá. Mas aí a guerra logo acabou.



Foi difícil viver no Japão depois da Segunda Guerra?





KAMIKAZES SE PREPARANDO PARA O VOO


Depois da guerra, fui estudar medicina oriental, como meu pai – acupuntura. Depois, um colega me chamou em Tóquio: “Tem que aprender química orgânica, fazer penicilina! Aí estudei química na faculdade em Tóquio. Comecei a analisar minerais. Um dia, um japonês que morava nos Estados Unidos e trazia minerais para analisar perguntou se eu queria ir para o Brasil. “Seu Tokio, faça o favor, vamos pesquisar minerais no Brasil. Vamos pagar toda despesa.”



O senhor aceitou logo a proposta?



Sim. Meu pai falou: “Você vai para fora? Tem 30 anos? Vai casar! Sozinho não vai”. Casei um mês antes de vir para cá. Cheguei em novembro de 1955. Era contrato de cinco anos. Mas não acaba em cinco anos. O Brasil é grande demais, né? Mais dois anos. Mais um ano. Aí não dá mais para voltar para o Japão, oito anos aqui! Terra grande! Dos dez que vieram, quatro voltaram. Seis ficaram aqui. Fui para a Amazônia, andei o Brasil todo. A tudo fui! Depois de dez anos, vim morar aqui em Niterói.



Foi quando o senhor abriu sua primeira academia?



A polícia de Niterói pediu aula de defesa pessoal. Trabalhava na companhia e dava aula de manhã e à noite. Comecei para polícia, Marinha e Aeronáutica. Fazia demonstração, quebrava telha, tábua com a mão. Todos queriam saber se eu tinha ferro na mão. Isso em 65. Abri a primeira academia. Em 73, comprei a casa, banco japonês ajudou. Nos anos 80, ensinava 250 pessoas. Dava aula das 7h às 8h30, saía para trabalhar, voltava às 16h30, almoçava 20 minutos, me preparava, dava aula das 17h30 às 21h30. Se alguém se machucava, tratava com acupuntura. Não trabalhei com medicina oriental aqui, só tratava se pedissem, se precisassem. Tive minhas filhas aqui. As duas são faixa preta de 5º dan em judô e caratê, derrubam tudo, até homem.




O que o senhor pensa quando se lembra dos tempos da guerra? Ainda acredita na validade de um ataque suicida?



Acham que qualquer um é kamikaze, que se jogam com bomba em Washington e são kamikazes. Não são! Aí kamikaze é todo mundo maluco? Não! Kamikaze queria acabar com a guerra! Faria tudo de novo! O que lembro? Hiroshima, Nagasaki. Morre gente até hoje por causa de bomba atômica, mais de 66 anos se passaram! Bomba atômica não pode, de jeito nenhum. Não pode matar povo. Guerra é entre militares. Kamikaze sabe disso.



O senhor foi discriminado por não ter morrido?



No Japão e em São Paulo. Em São Paulo, numa associação de japoneses, estava lá e ouvia falarem: “Colegas todos morreram e ele viveu? Samurai vagabundo!” Se eu sentava numa mesa, sentavam em outra. Eu não tenho culpa de não ter morrido! Foi um acidente!

Saiba mais

LIVRO

Thunder Gods: The Kamikaze Pilots Tell Their Story, Hatsuho Naito, Kodansha International/USA, 1989.
Conta a história de alguns dos milhares de kamikazes mortos na Segunda Guerra Mundial e de uns poucos sobreviventes, como o oficial Motoji Ichikawa.

Você quer saber mais?

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

OS HUMANOS E O TITÃ PROMETEU

Mito de Prometeu




O Céu e Terra já estavam criados. A parte ígnea, mais leve, tinha-se espalhado e formado o firmamento. O ar colocou-se de seguida. A terra, como era mais pesada, ficou por baixo e a água ocupou o ponto inferior, fazendo flutuar a terra. Neste mundo assim criado, habitavam as plantas e os animais. Mas faltava a criatura na qual pudesse habitar o espírito divino.


Foi então que chegou à terra o Titã Prometeu, descendente da antiga raça de deuses destronada por Zeus. O gigante sabia que na terra estava adormecida a semente dos céus. Por isso apanhou um bocado de argila e molhou-a com um pouco de água de um rio. Com essa matéria fez o homem, à semelhança dos deuses, para que fosse o senhor da terra. Tirou das almas dos animais características boas e más, animando assim a sua criatura. E Atena, deusa da sabedoria, admirou a criação do filho dos Titãs e insuflou naquela imagem de argila o espírito com o sopro divino.


Foi assim que surgiram os primeiros seres humanos, que logo povoaram a terra. Mas faltavam-lhes conhecimentos sobre os assuntos da terra e do céu. Vagueavam sem saber a arte da construção, da agricultura, da filosofia. Não sabiam caçar ou pescar - e nada sabiam sobre a sua origem divina.


Prometeu aproximou-se e ensinou às suas criaturas todos esses segredos. Inventou o arado para o homem poder plantar, a cunhagem das moedas para que houvesse o comércio, a escrita e a extracção do minério. Ensinou-lhes a arte da profecia e da astronomia, enfim todas as artes necessárias ao desenvolvimento da humanidade.


No entanto faltava-lhes ainda um último dom para se puderem manter vivos - o fogo. Este dom, entretanto, havia sido negado à humanidade pelo grande Zeus. Porém, Prometeu apanhou um caule do nártex, aproximou-se da carruagem de Febo (o Sol) e incendiou o caule. Com esta tocha, Prometeu entregou o fogo para a humanidade, o que lhe dava a possibilidade de dominar o mundo e os seus habitantes.


Zeus, porém, irritou-se ao ver que o homem possuíra o fogo e que a sua vontade tinha sido contrariada. Por isso tramou no Olimpo a sua vingança. Mandou que Hefesto fizesse uma estátua de uma linda donzela, a que chamou Pandora - "a que possui todos os dons",(uma vez que cada um dos deuses deu à donzela um dom). Afrodite deu-lhe a beleza, Hermes o dom da fala, Apólo, a música. Vários outros encantos foram consedidos à criatura pelos deuses.


Zeus pediu ainda que cada imortal reservasse um malefício para a humanidade. Esses presentes maléficos foram guardados numa caixa, que a donzela levava nas mãos. Pandora, então, desceu à terra, conduzida por Hermes, e aproximou-se de Epimeteu - "o que pensa depois", o irmão de Prometeu - "aquele que pensa antes" e diante dele abriu a tampa do presente de Zeus. Foi então que a humanidade, que até aquele momento havia habitado num mundo sem doenças ou sofrimentos, se viu assaltada por inúmeros malefícios. Pandora tornou a fechar a caixa rapidamente, antes que o único benefício que havia na caixa escapasse - a esperança.


Zeus dirigiu então a sua fúria contra o próprio Prometeu, mandando que Hefesto e seus serviçais Crato e Bia (o poder e a violência) acorrentassem o Titã a um penhasco do monte Cáucaso. Mandou ainda uma águia devorar diariamente o fígado de Prometeu que, por ser ele um Titã, se regenerava. O seu sofrimento durou por inúmeras eras, até que Hércules passou por ele e viu o seu sofrimento. Abateu a gigantesca águia com uma flecha certeira e libertou o cativo das suas correntes. Entretanto, para que a vontade de Zeus fosse cumprida, o gigante passou a usar um anel com uma pedra retirada do monte. Assim, Zeus sempre poderia afirmar que Prometeu se mantinha preso ao Cáucaso.

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

OS INVENTOS DAS CRISES E GUERRAS.

Os conflitos e as crises abrem oportunidades bastante singulares ao homem.




Os tempos de crise são tempos de oportunidade. Para muitos, esse tipo de avaliação positiva não passa de uma mera especulação que visa amenizar uma época marcada por grandes dificuldades. Contudo, alguns indícios históricos sugerem que isso não seja um mero discurso, geralmente superficial aplicado como “injeção de ânimo” para administradores, vendedores e marqueteiros. Ao longo das épocas, várias descobertas significativas tomaram forma em cenários de conflito e desolação.


Desde muito tempo, os agricultores sabem que a utilização de um terreno provoca o seu desgaste completo. Por isso, em algumas culturas, observamos a utilização de técnicas que pudessem superar o difícil problema da falta de terras. Já na Antiguidade, alguns relatos sugerem que os egípcios utilizavam da cinza das sementes para fertilizar os seus campos. Já no mundo medieval, os camponeses abriam mão de uma produção maior para empregar o sistema de rotação de culturas, que alongava o tempo de uso da terra.


Na Baixa Idade Média, a Peste Negra foi uma terrível epidemia responsável pela morte de milhões de europeus. Contudo, não se resumindo a percepção de uma tragédia, alguns historiadores tentam relacionar os impactos deste evento com criações que tiveram grande importância. Entre elas, alguns acreditam que a acentuada morte de monges copistas foi algo que motivou o desenvolvimento da tecnologia necessária para o desenvolvimento das primeiras imprensas.


No período colonial, os escravos norte-americanos eram submetidos a uma pesada rotina de serviços que faziam de suas vidas algo nada agradável. Em muitas situações, visando esquecer aquele estado de penúria, improvisavam canções que amenizavam aquela experiência cotidiana. Paulatinamente, aquela experiência musical e improvisada seria a grande responsável pela criação dos elementos musicais que dariam origem ao blues, um dos mais importantes gêneros da música estadunidense.


Entre 1914 e 1918, a Primeira Guerra Mundial marcou um dos mais violentos e devastadores episódios. De fato, a tecnologia bélica ali empregada foi responsável por uma estrondosa quantidade de mortos e feridos. Foi justamente nesse contexto, onde o tratamento de feridas muito infeccionadas era difícil, que o pesquisador Alexander Fleming desenvolveu suas pesquisas. Em 1928, descobriu a penicilina, o primeiro antibiótico empregado na medicina.


De fato, poderiam ser vários os exemplos que manifestariam a capacidade do homem em criar o novo em meio a cenários tão desfavoráveis. Atualmente, as crises experimentadas no campo econômico e ambiental também podem abrir campo para novas invenções. Não sendo um ser preso a transformações que o rodeia, o homem também se reinventa e demonstra a sua força como agente promotor da História.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

A GENIALIDADE DE JOHN NASH!


JOHN FORBES NASH


JOHN NASH EM 2006

John Forbes Nash Jr. (Bluefield, 13 de junho de 1928) é um matemático norte-americano que trabalhou na Teoria dos jogos, na Geometria diferencial e na Equação de derivadas parciais, servindo como Matemático Sênior de Investigação na Universidade de Princeton. Compartilhou o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 1994 com Reinhard Selten e John Harsanyi.
Nash também é conhecido por ter tido sua vida retratada no filme Uma Mente Brilhante, vencedor de 4 Oscars (indicado para 8), baseado no livro-biográfico homônimo, que apresentou seu gênio para a matemática e sua luta contra a esquizofrenia.

Primeiros anos


JOHN NASH NOS PRIMEIROS ANOS DE UNIVERSIDADE

John Nash nasceu e foi educado no Estado da Virgínia Ocidental. Seus pais foram o engenheiro eletricista John Forbes Nash e a professora de inglês e latim Virginia Margaret Martin. Em 16 de novembro de 1930 sua irmã Martha Nash nasceu. Nash sempre foi um ávido leitor da Time (revista), da Enciclopédia Compton e da Revista Life. Mais tarde conseguiu um emprego na Bluefield Daily Telegraph, um jornal diário da região.

Aos doze anos, começou a realizar algumas experiências científicas em seu quarto; nessa época, era bastante evidente seu gosto pela solidão, pois preferia fazer as coisas sozinho a estar em contato e trabalhar em grupo. Ele relacionou a rejeição social de seus colegas com piadas e superioridade intelectual, acreditando que as danças e os esportes deles eram uma distração a partir de suas experiências e estudos.

Martha, sua irmã mais nova, parece ter sido uma criança normal, enquanto que seu irmão parecia ser bem diferente das outras crianças. Ela escreveu mais tarde: "Johnny sempre foi diferente. [Meus pais] sabiam disso. E eles também sabiam que ele era brilhante. John sempre quis fazer as coisas à sua maneira. Minha mãe insistia para eu fazer as coisas por ele, para eu incluí-lo nas minhas amizades... mas eu não estava muito interessada em mostrar meu estranho irmão.
Em sua autobiografia, Nash observa que foi o livro Homens da Matemática, de Eric Temple Bell - em particular o ensaio sobre Fermat - que o fez se interessar pela área. John assistiu as aulas do Colégio de Bluefield, enquanto na escola secundária. Mais tarde, frequentou a Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, Pensilvânia, onde estudou primeiramente engenharia química, antes de mudar para o curso de matemática. Recebeu tanto seu bacharelado quanto seu mestrado em 1948, no Instituto Carnegie.

Após sua formatura, Nash teve um emprego em White Oak (Maryland), onde trabalhou para um projeto da Marinha dos Estados Unidos da América, dirigido por Clifford Truesdell.

Vida pós-graduação

Embora tivesse sido aceito pela Universidade de Harvard, que tinha sido sua primeira escolha devido ao prestígio da instituição e pelos cursos superiores de matemática, Nash foi assediado agressivamente pelo então presidente do departamento de matemática da Universidade de Princeton, Solomon Lefshetz, cuja oferta da bolsa de John S. Kennedy foi o bastante para convencê-lo de que Harvard valia pouco. Assim, em White Oak, partiu para a Universidade de Princeton, onde trabalhou e desenvolveu o Equilíbrio de Nash. Ganhou seu doutorado em 1950 com uma dissertação sobre os jogos não-cooperativos. A tese, escrita

sábado, 22 de maio de 2010

OQUE É A OPUS DEI?

HISTÓRIA


SÍMBOLO DA OPUS DEI


O Opus Dei foi fundado em 1928 na Espanha. Está presente em 66 países.
1928. 2 de outubro: Durante um retiro que fazia em Madri, Josemaria Escrivá de Balaguer, por inspiração divina, funda o Opus Dei.


1930. 14 de fevereiro: Em Madri, enquanto celebra a missa, Deus faz entender a são Josemaria que o Opus Dei se dirige também às mulheres.


1933. Abre-se o primeiro Centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada especialmente aos estudantes, onde se ministram aulas de Direito e Arquitetura.


1936. Guerra civil espanhola: as circunstâncias obrigam-no a interromper momentaneamente os seus projetos de estender a ação apostólica do Opus Dei a outros países.


1939. Josemaria Escrivá regressa a Madri. Expansão do Opus Dei por outras cidades da Espanha. O começo da Segunda Guerra Mundial impede novamento o começo do trabalho apostólico nos outros países.


1941, 19 de março. O bispo de Madri, Leopoldo Eijo y Garay, concede a primeira aprovação diocesana ao Opus Dei.


1943, 14 de fevereiro. Também durante a Missa, o Senhor faz ver a Josemaria Escrivá uma solução jurídica que permitirá a ordenação de sacerdotes do Opus Dei: a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz.


1944, 25 de junho. O bispo de Madri ordena os três primeiros membros do Opus Dei que chegam ao sacerdócio: Álvaro del Portillo, José María Hernández de Garnica e José Luis Múzquiz.


1946. O fundador do Opus Dei transfere-se para Roma. Nos anos seguintes, viaja, a partir de Roma, por toda a Europa, a fim de preparar o estabelecimento do trabalho do Opus Dei em diversos países.


1947. 24 de fevereiro: A Santa Sé concede a primeira aprovação pontifícia.


1950. 16 de junho: Pio XII concede a aprovação definitiva ao Opus Dei. Esta aprovação permite a admissão de pessoas casadas no Opus Dei e a adscrição de sacerdotes diocesanos à Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz.


1969. Congresso Geral extraordinário do Opus Dei em Roma, com o objetivo de estudar a sua transformação em prelazia pessoal, figura jurídica prevista pelo Concílio Vaticano II e que se mostrava adequada ao fenômeno pastoral do Opus Dei.


1970-1975. O fundador realiza diversas viagens de catequese cristã na Europa e na América.


1975, 26 de junho. Josemaria Escrivá falece em Roma. Nesse momento, pertencem ao Opus Dei cerca de 60.000 pessoas dos cinco continentes. 15 de setembro: Álvaro del Portillo é eleito sucessor do fundador do Opus Dei.




BRASÃO DA OPUS DEI


1982, 28 de novembro. João Paulo II erige o Opus Dei em prelazia pessoal e nomeia Álvaro del Portillo como prelado.
O trabalho apostólico na Eslovênia e na Croácia teve início em 2003; na Letônia em 2004.


1991, 6 de janeiro. João Paulo II ordena bispo o prelado do Opus Dei, mons. Álvaro del Portillo.


1992, 17 de maio. Beatificação de Josemaria Escrivá na praça de São Pedro (Roma).


1994, 23 de março. D. Álvaro de Portillo falece em Roma, poucas horas depois de ter regressado de uma viagem à Terra Santa. 20 de abril: Javier Echevarría é nomeado prelado do Opus Dei por João Paulo II, confirmando a eleição realizada no Congresso Geral eletivo celebrado em Roma.


1995, 6 de janeiro. Mons. Echevarría recebe de João Paulo II a ordenação episcopal.


2002, 6 de outubro. Josemaria Escrivá é canonizado por João Paulo II em uma cerimônia na Praça de São Pedro, em Roma.




MEDALHA COM A CRUZ DA OPUS DEI


Data de começo do trabalho apostólico estável do Opus Dei em diversos países


1945 Portugal


1946 Itália e Grã-Bretanha


1947 França e Irlanda


1949 México e Estados Unidos


1950 Chile e Argentina


1951 Colômbia e Venezuela


1952 Alemanha


1953 Guatemala e Peru


1954 Equador


1956 Uruguai e Suíça


1957 Brasil, Áustria e Canadá


1958 Japão, Quênia e El Salvador


1959 Costa Rica e Holanda


1962 Paraguai


1963 Austrália


1964 Filipinas


1965 Bélgica e Nigéria


1969 Porto Rico


1978 Bolívia


1980 Congo, Costa do Marfim e Honduras


1981 Hong-Kong


1982 Cingapura e Trinidad-Tobago


1984 Suécia


1985 Taiwan


1987 Finlândia


1988 Camarões e República Dominicana


1989 Macau, Nova Zelândia e Polônia


1990 Hungria e República Tcheca


1992 Nicarágua


1993 Índia e Israel


1994 Lituânia


1996 Estônia, Eslováquia, Líbano, Panamá e Uganda


1997 Casaquistão


1998 África do Sul


2003 Croácia e Eslovênia


2004 Letônia


2007 Rússia


2009 Indonésia, Romênia e Coréia

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

UMA HOMENAGEM AO ASSISTENTE SOCIAL



Sim sou Assitente Social




Símbolo do Serviço Social


Todos os dias quando me levanto me pergunto : por que escolhi esta profissão?
Ela permanentemente está presente no meu cotidiano. Quando vou ao Parque da Redenção, num domingo de sol, cheio de gente, me sinto feliz, mas, aí... O meu outro eu – Assistente Social- chega e diz:”olha ali aquela criança descalça neste frio, cheirando lodó. Olha mais adiante aquele homem dormindo ao relento”. Olho, então, ao redor para ver se tem mais alguém preocupado com as cenas que o cotidiano nos esfrega na cara. Mas fico surpresa, ninguém nota!




Mendigo nas ruas de Porto Alegre


Me dou conta de que esta realidade, além de ser banalizada, é evitada pela consciência de quem não quer ver. É um mundo que existe de forma invisível, para que o nosso”mundo real” possa existir sem culpa...
Ah! Me esqueci...Por que sou Assistente Social?
Todos os dias, o cotidiano me responde porque sou Assistente Social. Porque, nos dias de semana, voltando á noite da Universidade, olhos atentos na estrada, me deparo com cenas, ao longo do caminho, a observar o mundo invisível que ninguém vê;
Adolescentes cheirando, se injetando, se postituindo, numa ciranda, de omissão e de descaso. Eles somente serão notados quando ameaçarem “os homens de bem”, mas- aí é que está-não?




Criança andando sem rumo nas ruas da periferia de Porto Alegre


Para a busca coletiva de um processo que os inclua na sociedade. Pelo contrário. Será para se discutir- isso sim- quantas cadeias mais teremos que construir, dando espaço direto à insensatez social e ao descompromisso com a infância e com a adolescência, responsabilizando-se, assim, a pobreza e o número de filhos pela violência cotidiana.




Não precisamos de mais cadeias, sim de mais educação


Sempre são eles, nunca somos nós. Nunca se analisa a sociedade capitalista em que vivemos e a sua forma perversa de exclusão.
Por que sou Assistente Social?




Movimento dos Sem Terra é desacreditado pela Mídia que controla as massas.


Estou sempre atenta a este mundo que passa desapercebido. Quando ouço rádio ou vejo televisão, fico discutindo com as notícias.
Como pode o âncora do jornal da noite ter uma visão tão estreita da realidade, quando trata o Movimeto dos Sem Terra como um movimento de bandidos? Qualquer argumentação contrária leva a pexa do discurso antigo.
Discurso antigo é o deles! Porta-vozes de quem oprime...




O Quarto Poder (A Midia). Que trabalho em prou da desinformação.


Por que sou Assistente Social?
Porque olho o mundo invisível dos sem direitos. Dos famintos, dos doentes, dos sem educação, dos desesperançados, dos espoliados, dos excluídos. Porque sei que os donos do capital têm seus instrumentos-leia-se, aí, a Grande Mídia-para manterem a desinformação, a opressão e os privilégios.




Empresários debatem sobre a melhor maneira de manipulação e exploração da mão de obra!


E os oprimidos?! O que têm?
Por que sou Assistente Social?!
Porque sou indignada com a injustiça, porque direitos, para mim, só têm significado com garantia. Porque esta escolha profissional veio me possibilitar, ao longo de minha vida, estar na luta permanente, na defesa intransigente dos direitos humanos e na busca de uma sociedade mais justa.




A solução para tudo está em famílias estaveis e planejadas!


( Turck, 2006, http://www.graturck.com.br).