Um
exemplo do valor dos eventos históricos na sociedade. As primeiras ideias para construção
do de um cais em Porto Alegre estruturado datam de 1833. Unindo o centro produtor
regional com o maior porto marítimo do Mercosul, o Porto de Rio Grande. A
conclusão geral do porto aconteceu em 1962. Imagem: Ronaldo
Marcos Bastos.
O estudo da história seja
ela regional nacional ou internacional é uma arma que pode ser usada para
afirmar valores nas crianças e jovens ou até mesmo destruir valores e crenças em
nossos futuros cidadãos.
Quando é passado para um
jovem em sala de aula a história de seu país com
seus heróis e seus feitos gloriosos que conduziram a sociedade a condições
melhores de vida. Esses cidadãos em
construção sentirão que é parte dos acontecimentos citados, pois ele é brasileiro e
se identificará com os feitos de seus compatriotas.
Ao
levar questões locais da realidade de nossos cidadãos ao momento histórico que
esta sendo tratado trará uma identificação pessoal com os heróis e suas lutas
em suas épocas. A questão é realizarmos essa identificação
com o passado por meio do presente, mas com a visão da época para os fatos.
Porque não podemos olhar, por exemplo, para a década de 30 do século XX, aonde
eventos como a quebra da bolsa de valores de New York levou a Grande Depressão,
a revolução de 30 no Brasil
encabeçada por Getúlio Vargas
agitava a vida política nacional, a ascensão dos regimes fascistas na Europa
que levaria a Segunda Guerra Mundial com a visão do século XXI. Agindo assim
estaremos ‘pecando’ com os fatos tratados, pois agora podemos ver o todo dos eventos,
mas na época tratada ninguém tinha como saber com exatidão aonde os eventos
chegariam.
Em uma realidade presente
devemos olhar para o passado de forma a nos identificarmos com os problemas que
afligiam os cidadãos da época, mesmo que muitos problemas sejam semelhantes aos
atuais o contexto era diferente. Exemplifico o nacionalismo
para fins de um Estado forte da década de 30, onde uniformes, hinos, marchas moviam pessoas não só no
Brasil, mas no mundo todo.
Hoje em dia as questões psicológicas em
relação ao uso desses artifícios para fim de atividade talvez recebam
resistência, pois estão fora de contexto, mas muitas das soluções propostas para um
Estado forte não!
“O mais importante
é entendermos que devemos construir nos jovens uma noção de respeito às
realidades históricas e aos momentos históricos seguidos de pontos de identificação
históricos onde os jovens cidadãos saberão interpretar as fontes pelos meios de
sua realidade.”
Leandro Claudir
O desestimulo pelo estudo da
história entre os jovens deve-se muito a ausência de identificação com os personagens históricos.
1)
Saber o porquê de o personagem histórico agir de tal forma?
2)
Saber de onde veio o personagem histórico? Sua cidade natal, aonde cresceu?
3)
Quando se desenvolveu suas atividades? O contexto a nível municipal, estadual e
federal?
Acredito que respondendo a
essas questões teremos jovens cidadãos com ligações pessoais com os personagens históricos. A
questão inerente ao momento é que o historiador não
deve viver do passado, mas da construção do passado por meio da
identificação com o passado. Aplicando-se a construção
diante da identificação teremos a compreensão mais clara e objetiva aos jovens
cidadãos que não sabem, mas os “ídolos”
que precisam não são os cantores da “hora” ou o estilista da moda atual
ou o ator estrangeiro que nada
entende de sua realidade.
Sabe por quê? Porque entenderam que seus
ídolos são aqueles que no passado construíram eventos que conduziram nossa
sociedade ao presente momento porque cada agente da história
colocou uma pedra no muro de nossa realidade
atual. Uns mais outros menos, uns para melhor outros para pior, mas o certo
é que não houve nenhum movimento humano que não tenha deixado raízes, apenas
existem aqueles mais ou menos valorizados pela sociedade em grande
parte pelo desconhecimento de sua importância na construção de nossa identidade
atual.
27/02/2013
Leandro Claudir é
Acadêmico de História pela Universidade Luterana do Brasil, Técnico em
Informática pela QI Escolas e Faculdades. Habilitado em Liderança de Círculos
de Controle de Qualidade Empresarial pelo Sesi. Criador e Administrador do Projeto
Construindo História Hoje - IBSN- 7837-12-38-10.
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