Desta crença resulta o primado do espiritual sobre o moral, do moral sobre o social, do social sobre o nacional, do nacional sobre o individual.
Acreditamos na ação da Providência na vida do Homem, pois “Deus dirige o destino dos Povos”.
Opomos-nos ao Materialismo que nega ou não considera a existência de Deus e a imortalidade da Alma, que afirmam o destino biológico, circunscrito ao âmbito da Terra. No primeiro degrau do Materialismo está a atitude de certas pessoas, ditas religiosas, que procuram mais os bens da Terra que os bens do Céu, afirmando ser imperioso resolver antes de tudo os problemas econômicos, para que a criatura humana esteja em condições psicológicas de se voltar para Deus. No segundo degrau estão aqueles que não tomam conhecimento da origem e da finalidade da criatura humana. No terceiro degrau estão aqueles que negão o espiritual. Se pudesse haver dignidade na revolta do Homem contra Deus, poder-se-ia dizer que é este o degrau mais digno, mais coerente do Materialismo.
Mesmo não adotando nenhuma confissão religiosa o Integralismo acredita fundamentalmente em Cristo, pois sua doutrina emana das fontes inesgotáveis do Evangelho. Sem ser confessional declara que cada homem tem o dever de se voltar para o seu Criador. Em suma, o Integralismo, em face do crescente perigo materialista que avassala o mundo, com a impassibilidade dos agnósticos proclama aquilo mesmo que o Papa Pio XI afirmou na Encíclica “Caritatis Christi Compulsi”: “É chegado o momento em que se devem unir, não somente os que se gloriam do nome de cristãos, mas todos aqueles que acreditando em Deus, fazem dEle o fundamento da sociedade”.
Através desses princípios o Integralismo propõe uma frente única espiritualista, contra a onda avassaladora do materialismo, proclamando a existência de Deus e da alma do Homem e não se imiscuindo no que se refere à disciplina religiosa adotada por este ou aquele, pois só reprova aquilo mesmo que a Constituição Brasileira também reprova, ou seja, as práticas de seitas que constituem ameaça à paz e aos bons costumes.
Mesmo como corrente política o Integralismo busca no Evangelho a sua inspiração por entender que somente a prática da Verdade pregada pelo Divino Mestre poderá levar o Homem a alcançar aquela felicidade possível na Terra.
Este Homem para o Integralismo é como síntese substancial, o ser racional, o ser livre, onde se integram todos os fenômenos. Não o destrói como o Comunismo; nem o oprime como o Capitalismo; dignifica-o. Por isso prega o respeito à Pessoa Humana e a defesa de tudo que lhe é inerente: Família, Prosperidade, Salário Justo, Iniciativa Particular, Liberdade Religiosa.
O Homem deve ser visto de forma global, isto é, soma todas as suas expressões, todas as suas tendências, fundindo o sentido materialista do fato, ao sentido interior da idéia e subordinando ambos ao ritmo supremo espiritualista.
Diferimos das demais correntes de pensamento que possuem visões parciais do Homem. Uns viram no Homem apenas uma realidade econômica: é o Homem Econômico de Marx; outros só viram a realidade política: é o Homem-Cívico das democracias agnósticas; outros só viram as realidades do prazer sensual: é o Homem- Pansexualista de Freud; outros só viram as realidades dos impulsos violentos e dominadores: é o Super-Homem de Nietsche; outros viram as realidades de diferenciação do plasma germinativo: é o Homem-Raça de Gumplowicz, de Ratzenhoffer, de Houston Chamberlain e de Gobineau; alguns, como Rousseau e Locke apenas consideraram a bondade natural do ser humano, ao passo que outros, como Hobbes, consideraram somente a maldade natural de nossa Espécie.ESSAS VISÕES MUTILADAS DO HOMEM LEVAM À FORMAÇÃO DE MONSTROS. O monstro Individualismo, o monstro Coletividade, o monstro Estado, o monstro Raça, o monstro Liberalismo.
Jerry Young, tornou-se milionário jogando Poker.
O Integralismo propõe um combate a estes monstros! Contra o monstro Individualismo, opor os deveres do Homem para com a Família, a Sociedade e a Pátria; contra o monstro Coletividade, os deveres do Homem para consigo mesmo, no sentido de manter íntegras as expressões de sua personalidade no Espaço (Propriedade e Nação), no Tempo (Família e Tradição), no Espaço-Tempo (Liberdade e obrigação de trabalho e direito a salário justo), e, finalmente, na Eternidade (Religião); contra o monstro Estado, os deveres do Homem em face da dignidade que lhe confere Deus, caracterizada no princípio da intangibilidade da Pessoa Humana e nas responsabilidades decorrentes do livre-arbítrio; contra o monstro Raça, a fraternidade dos povos, unidos pelo próprio sangue do Salvador; contra o monstro Liberalismo, o respeito à autoridade dos representantes de Deus na Hierarquia da Igreja e na ordem temporal.
Se fosse possível estabelecer degraus de valores nessa área, acreditamos que os maiores inimigos do Homem são o Estatismo e o Liberalismo. Porque os dois extremos (autoridade sem limites e liberdade sem freios) estão sempre dispostos a sacrificar aquilo que mais importa ao Homem conservar intangível: a dignidade de sua Pessoa, segundo os fins preestabelecidos pelo Criador.
Para neutralizarmos essa ação dissolvente devemos nos opor, a cada exagero, a justa medida, o sentido de equilíbrio que herdamos de Cristo.
Madre Teresa de Calcutá, buscou à verdadeira riqueza, e a encontrou em seus semelhantes mais necessitados, devotou toda sua vida ao próximo.
Para nos integralistas o atributo essencial da Pessoa Humana, é a Liberdade. Considerada o Homem mesmo uma expressão de Liberdade, com direitos naturais na tríplice esfera de suas legítimas aspirações materiais, intelectuais e espirituais. Portanto acha imprescindível criar as condições indispensáveis para a realização efetiva da Liberdade. Vemos portanto a Liberdade como base fundamental da doutrina do Estado.
Acreditando em Deus que nos traçou leis imprescritíveis e na existência da alma do Homem, logicamente pugna pela Liberdade, sem a qual o mesmo Homem não poderá escolher o seu caminho.
Você quer saber mais?
LOUREIRO, Maria Amelia Salgado(Org.). O Integralismo: síntese do pensamento político- doutrinário de Plínio Salgado. São Paulo: Ed. Voz do Oeste, 1981.
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Obrigada pela visita em nosso projeto e parabéns pelo blog. Tb já estamos seguindo.
ResponderExcluirValeu pessoal do projeto..........
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