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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Apoio militar dado ao Rio foi apenas pontual, diz ministro da Justiça .

O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, definiu como “pontual” a participação das Forças Armadas na operação que ocupou a favela Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, ressaltando que toda a operação foi conduzida pelas forças de segurança do Estado.

“Hoje a polícia do Rio precisou usar veículos de apoio e preferiu usar os blindados porque era uma área de muita criminalidade. Mas toda a ação das forças militares ali foi pontual, uma ação de apoio logístico a essa operação da polícia”, afirmou, em entrevista à BBC na noite de quinta-feira.

Numa operação com quase 400 homens, a Marinha cedeu nove veículos blindados para transporte de policiais para a Vila Cruzeiro, que era considerada um dos principais redutos do tráfico na cidade e foi ocupada pela polícia. Dezenas de traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, favela vizinha que continua sob domínio de facções criminosas.

O governo federal negou que o Brasil esteja adotando uma política de segurança de "linha-dura", destacando que o endurecimento no Rio foi uma reação aos ataques que vêm ocorrendo desde domingo.

De acordo com Barreto, o foco da política nacional são políticas pacificadoras e preventivas. Ele diz que o governo repassa atualmente US$ 1 bilhão para polícias pacificadoras, já presentes em 25 locais de 11 capitais no país.

Barreto elogiou a política de segurança pública do Rio e disse que as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são o caminho para levar a segurança pública do país “a um novo patamar”, que permita ao país receber o Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 “num processo de paz e confraternização mundial”.

“As UPPs são um sucesso. Elas permitiram à população recuperar o território, a cidadania, a segurança”, afirmou, contando que visitou uma das 12 comunidades já beneficiadas ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro admitiu que a implantação das UPPs não impede que traficantes simplesmente se desloquem para outras comunidades, mas argumentou que ainda assim elas são um golpe para grupos criminosos estabelecidos. “Os que se deslocam não conseguem reproduzir, num ambiente estranho, aquela criminalidade que desempenhavam onde viviam e nasceram”, disse.

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http://www.bbc.co.uk/

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