Pioneiros
O sonho do automóvel “A
Carruagem sem cavalos”, é talvez tão antigo quanto a própria humanidade. Citado
no velho testamento, concebido em baixos relevos Gregos e Romanos, ele só se
tornaria realidade em 1886, graças a Gottlieb Daimler e Karl Benz, reconhecidos
como os verdadeiros pais do automóvel.
Quando, em 1886, Gottlieb
Daimler e Karl Benz apresentaram ao mundo os primeiros veículos movidos por
motores de combustão interna, o mundo assistiu uma autêntica revolução na
história dos transportes. As ferrovias, já com cerca de meio século de existência,
dominavam a cena do transporte de carga a médias e longas distâncias. Para as
distribuições no varejo, a partir das estações, recorria-se aos veículos de
tração animal. Uma estrutura já consolidada aos padrões e necessidades da
época. Onde todos viam uma estagnação, eles viram uma oportunidade. Nasceu
então, o transporte de carga e o caminhão. Prático, eficiente e, assim como
qualquer Mercedes-Benz, absolutamente inovador.
Nova
Era nos transportes de carga
Como uma previsível evolução
dos primeiros veículos motorizados ? e como natural decorrência do forte
espírito empreendedor dos pioneiros Daimler e Benz -, o primeiro caminhão do
mundo, da Daimler-Motoren-Gesellschaft, começou a percorrer as ruas de
Cannstatt, na Alemanha, em 1896. Um veículo singelo e algo rudimentar, aos
olhos de hoje, definido como caminhão apenas pelo objetivo e transportar carga
e não pessoas. Não possuía cabina, como a conhecemos; havia apenas um largo
assento para o motorista. Aros de ferro cobriam as rodas. O motor de dois cilindros,
a gasolina, ficava na traseira. A capacidade de carga útil chegava a 1,5
toneladas. Um caminhão "capaz até de dar marcha à ré" segundo
noticiário da época. No mesmo ano, coincidentemente, Karl Benz apresentou uma
furgoneta com capacidade de carga útil de 0,3 tonelada. O advento do caminhão
constituiu, de início, uma vitória pessoal daqueles que enfrentaram riscos
sucessivos até obter resultados satisfatórios e, sobretudo, acreditaram na
forca das idéias. Mesmo assim, quase urna década transcorreu até que o caminhão
superasse as naturais resistências ao que é novo e vencesse a forte
concorrência do transporte ferroviário. A arte de comerciar? Uma das grandes
paixões humanas? move-se pelo espírito pragmático. E ela, historicamente,
elegeu o caminhão como o meio de transporte ideal, com vantagens em termos de
flexibilidade operacional, rentabilidade, economia de tempo e custos
relativamente baixos de manutenção.
O
caminhão evolui permanentemente
Daimler pouco pôde
acompanhar da evolução de seu invento. Faleceu em 1900. Na fábrica que fundou e
na de Karl Benz, no entanto, o caminhão continua exigindo permanentemente novas
soluções tecnológicas. Aprimora-se tudo: o motor, a caixa de mudanças, os eixos,
a direção, os freios...
Conforto, segurança e
rentabilidade costumam andar juntos; nos primeiros anos do caminhão, o conceito
se consagra. E o motorista vai deixando de trabalhar a céu aberto: configura-se
cada vez mais o desenho da cabina. Em 1923, surge o Benz 5K3, o primeiro
caminhão diesel do mundo, com motor de 50 cv a 1.000 rpm e capacidade de carga
útil de 5,5 toneladas: uma etapa particularmente importante na evolução
histórica do produto. A partir dali, o motor diesel firmou-se como o mais adequado
para veículos comerciais, por suas características de alto rendimento
termodinâmico e robustez.
No
Brasil, uma nova etapa.
O primeiro caminhão
Mercedes- Benz fabricado no Brasil surge em 1956, marcando o inicio efetivo de
produção da fábrica de São Bernardo do Campo. E o L-312, apelidado de torpedo
devido à forma característica do cofre do motor. Um herdeiro da longa tradição
de qualidade do nome Mercedes-Benz.