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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Inteligência Naturalística com base nos estudos de Gardner



          Quando Howard Gardner referiu-se pela primeira vez à questão das múltiplas inteligências, disse que não havia motivo para se pensar que sete seria um número definitivo, enfatizando que mais inteligências poderiam ser identificadas. Em seu livro "Estruturas da Mente", Gardner chamou-as de "inteligências candidatas".

          Thomas Hoerr  e colegas especularam se senso de humor, habilidades educativas ou velocidade de raciocínio, entre outros, não seriam possíveis inteligências, porém ao aplicarem os critérios de Gardner sobre o que constitui uma inteligência, descobriram que essas "inteligências candidatas" eram parte de uma inteligência já identificada ou não se classificavam como tal. Por exemplo, quanto ao senso de humor, concluíram que cada inteligência tem sua própria forma de humor. Quando o humor é expressado por um jogo de palavras ou mímicas, a pessoa está manifestando a inteligência linguística ou corporal–cinestésica , respectivamente.

          Gardner relata que inteligências candidatas são freqüentemente apresentadas a ele, desde inclinação à culinária até espiritualidade. Afirma que não quer ser o árbitro para decidir o que é ou não uma "inteligência oficial", e que os critérios para determinar uma inteligência devem servir a esse propósito.

          Em 1996, Gardner fez a primeira ampliação da sua listagem original acrescentando a inteligência naturalística. Ele descreveu o naturalista como um indivíduo "apto para reconhecer flora e fauna, fazendo distinções relativas ao mundo natural e para usar essa habilidade produtivamente na agricultura ou nas ciências biológicas". Apesar da habilidade de apreciar a vida ao ar livre ou de sentir-se confortável junto à natureza sejam importantes aspectos dessa inteligência, ela tem sido caracterizada mais como uma capacidade para discernir, identificar e classificar plantas e animais, do que uma habilidade de conviver com a natureza.

          Charles Darwin foi caracterizado como possuidor de uma inteligência naturalística muito marcante. Stephen Jay Gould, usou a teoria das múltiplas inteligências para ajudar a explicar o seu sucesso. Gould observou que Darwin foi um estudante indiferente: "Absolutamente nada em qualquer registro documenta características indicativas de brilho intelectual." Contudo, segundo Gould: "Ele coordenava as inteligências múltiplas para ver, obter e ordenar informações." A habilidade de Darwin para identificar e classificar insetos, pássaros, peixes e mamíferos, resultou na sua teoria da evolução, que figura como uma das maiores contribuições intelectuais do século dezenove.

          Porém, as habilidades de observar, coletar e categorizar podem ser também aplicadas ao meio humano, como uma criança que organiza figurinhas de seus ídolos em um álbum de esportes ou de um adulto que classifica variações em impressões digitais.

Implicações para a Educação

          Atualmente, o meio ambiente está bastante diferente daquele que existia na segunda metade do século 19, quando Darwin navegou no H. M. S. Beagle. As áreas selvagens são raras, vestígios identificados e protegidos de uma era remota.

          A juventude de hoje passa as férias em shoppings com ar condicionado e as crianças têm poucas oportunidades para familiarizarem-se com a natureza, para desenvolverem sua inteligência naturalística e adquirirem um sentido de mundo com plantas e animais. Porém, Gardner sugere que os jovens usem sua inteligência naturalística, para reconhecer, classificar e organizar figuras sobre esportes ou automóveis, por exemplo.

          O trabalho com a inteligência naturalística está apenas começando. Por exemplo, estuda-se suas diferenças e semelhanças com a inteligência lógico-matemática . Procura-se um meio de deixar os estudantes usarem suas habilidades para identificar e organizar. Idealmente, pode-se fornecer um cenário naturalista para essa inteligência.  Pode-se pedir aos estudantes para criarem categorias de classificação de personagens históricos e organizá-los de modo que explique os acontecimentos, ou então levar a classe para uma viagem a uma área natural de preservação. É necessário começar a procurar por essa inteligência nos estudantes, pois a razão de trazer a teoria das inteligências múltiplas para as salas de aula é fornecer aos alunos mais caminhos para serem bem sucedidos, e a inteligência naturalítica oferece um meio a mais para ajudar os estudantes a compreender e aprender.

Estratégias Educacionais para a Inteligência Naturalística

Coletar objetos do mundo natural

Classificar espécies naturais

Organizar grupos

Observar a natureza

Perceber as mudanças no meio ambiente

Caracterizar objetos

Aprender características do mundo natural

Usar lentes de aumento, telescópios ou microscópios para estudar a natureza

Desenhar ou fotografar objetos naturais

Caminhar junto a natureza ou viajar em ambiente natural

Jardinagem

Cuidar de animais de estimação

Proteger a vida natural

Visitar zoológicos e jardins botânicos

Visitar museus de história natural

Secar flores

Consultar livros sobre a natureza

Pesquisar sobre o trabalho de naturalistas famosos, tais como Darwin

Inteligência Interpessoal com base nos estudos de Gardner



O post de hoje é sobre a  Inteligência Interpessoal, aquela mais desenvolvida naqueles com especial competência em lidar com as outras pessoasl. Em dois posts anteriores (parte 1 e parte 2) explorei a fundamentação para a existência de inteligências pessoais. Ali, tratei  as inteligências inter e intrapessoal coimo se fossem uma coisa só. Se do ponto de vista de sua fundamentação isto é legítimo, aqui a situação é diferente. Os aspectos inter e intrapessoal diferenciam-se bem no que se refere às suas características e conseqüências práticas. Por isto, estes aspectos serão tratados em dois posts diferentes. O de hoje lida com a Inteligência Interpessoal. Neste vamos mostrar como identifica-la e o que fazer com ela. Em um próximo, tratarei da Intrapessoal. Já publicamos antes posts como este só que relativos às Inteligências Lógico-Matemática, Corporal.  e Visual-Espacial.

Neste caso, como nos outros, eu sempre faço um aviso, que é tão importante e tão igual,  que abaixo reproduzo o que já disse:

Mas atenção, como das vezes passadas, para aplicar esta teoria em si mesmo, seguindo o que aqui se apresenta você deve fazê-lo de forma limitada e com as restrições do bom-senso.

Isto porque o que aqui se apresenta NÃO é um teste diagnóstico. Visa apenas permitir uma primeira aproximação. Assim, seja qual for a sua avaliação, ela é apenas uma estimativa. Isto é, quer você se enquadre ou não na inteligência tome esta informação com ressalvas. Para saber as razões deste alerta clique aqui.

As características da Inteligência Interpessoal:

O que se apresenta abaixo é uma lista das principais características da pessoa que possui a Inteligência Interpessoal. Procure perceber-se em que grau você se aprixima ou não das características:

Gosta de cooperar

Tem muitos amigos

Trata bem dos negócios

Gosta de mediar disputas

“Lê” bem situações sociais

Aprecia atividades em grupo

Relaciona-se e associa-se bem

Comunica-se bem; às vezes, manipula

Aprecia estar com pessoas

Consegue “ler” as intenções de terceiros

Aplicações Práticas da Inteligência Interpessoal:

Agora você já tem uma certas noção do quanto está proximo (ou não) da Inteligência Interpessoal. O próximo passo é saber o que fazer com esta informação.

Abaixo apresento uma série de ações e circunstâncias em que a Inteligência Interpessoal está em jogo. Se você se identificou muito com a inteligência, procure se colocar em situações como as abaixo citadas, já que nelas você poderá demonstrar suas melhores características e portanto aumenta suas chances de sucesso. Caso contrário tome a lista abaixo como circunstâncias em que você poderá usar para desenvolver a sua Inteligência Interpessoal.

Assim:

Utilizar habilidades de relacionamentos e comunicação

Ter festas e celebrações de aprendizagem

Fazer diversos intervalos para socializar

Usar causa e efeito

Trabalhar em equipes

Tutelar ou orientar os outros

Fazer o aprendizado divertido

Praticar a “conversa social” ao telefone

Integrar a socialização em todas as partes do currículo

Usar atividades do tipo “pesquisa de pessoas” em que cada um precisa fazer perguntas e ter as respostas dos outros

Usar atividades de aprendizagem tipo “par e compartilhamento”

Desenvolver cooperativamente atividades de aprendizagem

Inteligência Intrapessoal com base nos estudos de Gardner


  
O post de hoje é sobre a  Inteligência Intrapessoal, aquela mais desenvolvida naqueles com especial capacidade de introspecção. Em dois posts anteriores (parte 1 e parte 2) explorei a fundamentação para a existência de inteligências pessoais. Ali, tratei  as inteligências inter e intrapessoal coimo se fossem uma coisa só. Se do ponto de vista de sua fundamentação isto é legítimo, aqui a situação é diferente. Os aspectos inter e intrapessoal diferenciam-se bem no que se refere às suas características e conseqüências práticas. Por isto, estes aspectos foram tratados em dois posts diferentes.

Na semana passada falamos da Inteligência Interpessoal. Hoje apresentamos a Inteligência Intrapessoal. Aqui vamos mostrar como identificá-la e o que fazer com ela.

Já publicamos antes posts como este só que relativos às Inteligências Lógico-Matemática, Corporal, Visual-Espacial e Interpessoal.

Neste caso, como nos outros, eu sempre faço um aviso, que é tão importante e tão igual, que abaixo reproduzo o que já disse:

Mas atenção, como das vezes passadas, para aplicar esta teoria em si mesmo, seguindo o que aqui se apresenta você deve fazê-lo de forma limitada e com as restrições do bom-senso.

Isto porque o que aqui se apresenta NÃO é um teste diagnóstico. Visa apenas permitir uma primeira aproximação. Assim, seja qual for a sua avaliação, ela é apenas uma estimativa. Isto é, quer você se enquadre ou não na inteligência tome esta informação com ressalvas. Para saber as razões deste alerta clique aqui.

As características da Inteligência Intrapessoal:

O que se apresenta abaixo é uma lista das principais características da pessoa que possui a Inteligência Intrapessoal. Procure perceber-se em que grau você se aprixima ou não das características:

Automotivado.

Autoconhecimento.

Habilidade intuitiva.

Pessoa muito reservada.

Tende a ser diferente do habitual nas pessoas.

Tem um senso do eu bastante desenvolvido.

Muita consciência das próprias potencialidades e fraquezas.

Muita consciência dos sentimentos próprios de cada um.

Sensibilidade aos valores próprios de cada um.

Sensibilidade aos objetivos de vida de cada um.


Aplicações Práticas da Inteligência Intrapessoal:

Agora você já tem uma certas noção do quanto está proximo (ou não) da Inteligência Intrapessoal. O próximo passo é saber o que fazer com esta informação.

Abaixo apresento uma série de ações e circunstâncias em que a Inteligência Intrapessoal está em jogo. Se você se identificou muito com a inteligência, procure se colocar em situações como as abaixo citadas, já que nelas você poderá demonstrar suas melhores características e portanto aumenta suas chances de sucesso. Caso contrário tome a lista abaixo como circunstâncias em que você poderá usar para desenvolver a sua Inteligência Intrapessoal.

Assim:

Gerenciar a própria aprendizagem.

Permitir-se ser diferente do grupo.

Escrever diários de história pessoal.

Ter conversas pessoais.

Ouvir sua intuição.

Investigar atividades.

Ensinar questionando.

Fazer estudo independente.

Ensinar afirmações pessoais.

Pensar sobre o próprio de atuar através de “partilhamentos” e “pense e ouça”.

Usar atividades de crescimento pessoal para romper bloqueios à aprendizagem.

Reservar tempo para reflexão interior.

Discutir, refletir ou escrever o que vivenciou e como se sentiu.

Inteligência corporal sinestésica com base nos estudos de Gardner



“Aprenda como se fosse viver a vida toda e viva como se fosse morrer amanhã”
Charles Chaplin

Em nossa tradição cultural foi feita uma separação entre a relação corpo e mente, da qual muitos de nós não estamos conscientes até hoje. A inteligência que engloba e trata a lógica, a matemática e a linguagem verbal foi mais bem considerada que a Inteligência Corporal Cinestésica durante anos.

A inteligência corporal cinestésica é a capacidade de utilizar o próprio corpo com grande precisão, ajudando-nos a executar nossas metas e nossos objetivos pessoais. O corpo é a principal parte ativa que nos facilita o impulso necessário e nos leva a passar da intenção para a ação.

Mesmo assim, é evidente e lógico para o nosso próprio bem-estar a importância da união, do equilíbrio e da harmonia de ambos os conceitos da inteligência lógica e da corporal, levando em consideração que o corpo e a mente caminham de mãos dadas em nosso desenvolvimento. A parte reflexiva ou cerebral é igualmente necessária à parte “ativa” (o corpo). 

O desconhecimento que ainda temos na hora de diferenciar, entender e potencializar cada uma das inteligências está nos levando a não saber desenvolver com amplitude as nossas capacidades inatas.

A inteligência corporal cinestésica

Dentro desse tipo de inteligência falamos de coordenação, equilíbrio, habilidade, velocidade, força, destreza… trata-se de confiar nos mecanismos táteis e do movimento humano para conseguir a informação, sabendo que o nosso corpo é a principal ferramenta para sermos efetivos e produtivos em todos os âmbitos da vida.


Também, como estávamos comentando anteriormente, esse tipo de inteligência nos permite a expressão de ideias e sentimentos ao produzir um grande desenvolvimento na capacidade de utilizar as mãos para transformar elementos.

Podemos encontrá-la em atletas, bailarinas, cirurgiões, artistas, artesãos, e todas as pessoas que desempenham atividades onde a precisão na hora de controlar os movimentos corporais como forma de expressão é a principal característica.

É importante levar em consideração que, para manter em níveis ótimos e saudáveis a nossa inteligência cinestésica, devemos evitar hábitos nocivos que nos levam a perder qualidade em nossas atividades.

Uma alimentação saudável e a prática de exercícios exercícios serão os principais pontos a serem trabalhados para isso. Muitas vezes, os movimentos do nosso corpo são uma prova do que pensamos ou do que decidimos involuntariamente. Por conta disso, é recomendável ter controle sobre o mesmo e ser consciente do que significam os sinais e as mensagens que o corpo nos envia.

Todas as pessoas podem melhorar o desenvolvimento dessa inteligência e conservar a faceta de inventores. Um bom exercício que lhe permitirá trabalhá-la e mantê-la pode ser idealizar coisas para cobrir alguma necessidade.

Não importa o quão simples isso possa ser: objetos que lhe ajudem a agilizar hábitos do seu dia a dia como um separador de livro, uma estante feita por você para organizar as roupas… o segredo de realizar essas tarefas reside no fato de pensar sobre elas e colocá-las em prática.

Qualquer exercício que tenha a ver com empregar o seu corpo e a criatividade mental se transformará em um aliado efetivo para desenvolver esse tipo de inteligência e se conectar com o seu corpo e a sua mente. Assim, conseguiremos o equilíbrio pleno e a consciência que merecemos!

“A consciência é a voz da alma; as paixões, a do corpo.”
William Shakespeare

Inteligência musical com base nos estudos de Gardner



Será a inteligência inata e imutável ao longo da vida ou, pelo contrário, poderá ser desenvolvida? A investigação tem confirmado esta última hipótese. Gardner, um psicólogo americano, define inteligência como a capacidade para resolver problemas e criar produtos valorizados num contexto cultural específico. A sua teoria das inteligências múltiplas preconiza que:

- existem diferentes tipos de inteligência;

- a inteligência pode ser ensinada, treinada e desenvolvida;

- o desenvolvimento da inteligência depende de vários fatores, como por exemplo as oportunidades, as experiências, as influências e a escola;

- todas as pessoas podem aprender e desenvolver as suas inteligências, sendo as suas expectativas e a sua motivação fatores fundamentais.

Esta concessão de inteligência coloca grandes responsabilidades sobre os educadores, em geral, e os professores, em particular, a quem cabe um importante papel no desenvolvimento da inteligência das crianças e dos jovens, através da criação de oportunidades e de experiências de aprendizagem diversificadas no âmbito das múltiplas inteligências.

Gardner identificou e definiu sete inteligências: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Neste artigo vamos analisar a inteligência musical.

Inteligência musical

Características

Os jovens com inteligência musical gostam de estar rodeados de som. Gostam de estudar com música. Ouvem muita música e aprendem facilmente canções e ritmos. No seu pensamento surgem muitas vezes ritmos e melodias. Possivelmente cantam com frequência e/ou tocam/querem aprender a tocar um instrumento. Poderão também gostar de assobiar e de cantarolar. Gostam mais de contar histórias do que de as ler. Podem gostar de marcar ritmos com o corpo, por exemplo, com o pé, ou batendo com um lápis ou uma caneta.

Como podem os professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência:

- Criando um ambiente musical.

- Dando-lhes oportunidade de aprenderem a tocar um instrumento.

- Utilizando canções adequadas na apresentação de matéria nova em diferentes disciplinas.

- Criando canções, raps, poemas ou mnemónicas para a aprendizagem dos conteúdos e ensinando-os a criarem eles próprios esses tipos de textos para o seu estudo autónomo.

- Levando-os a verbalizarem em voz alta diferentes atividades que realizam, por exemplo: leitura, pensamento durante a resolução de um problema, raciocínio acerca de informação nova.

- Sugerindo-lhes e proporcionando-lhes a audição de música como forma de relaxamento.

- Permitindo que ouçam música enquanto estudam.

Como vimos, Gardner definiu sete tipos de inteligência. Num artigo anterior falámos já sobre a inteligência linguística. Em artigos futuros, abordaremos as restantes inteligências.

Bibliografia:

Chapman, C. (1993). If the shoe fits... How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Chapman, C. & Freeman, L. (1997). Multiple intelligences: Centers and projects.Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences. London: fontana Press.

Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.

Inteligência visual-espacial com base dos estudos de Gardner



Ao longo de uma sequência de artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à inteligência visual-espacial.

À tradicional ideia de 'inteligência', contrapõe-se hoje em dia a ideia de inteligências múltiplas. Gardner, psicólogo norte-americano, refere que, havendo sete inteligências distintas, todos nascemos com todos esses tipos de inteligência. Estes desenvolvem-se ao longo da vida, através da aprendizagem, das experiências, da escolaridade, das oportunidades, das influências. Em função desse desenvolvimento, cada pessoa acaba por possuir áreas mais fortes e outras mais fracas.

Ao longo de uma sequência de artigos, temos vindo a apresentar as sete inteligências definidas por Gardner: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Cabe agora a vez à inteligência visual-espacial.

Inteligência visual-espacial

Características: Esta inteligência desenvolve-se a partir de um apuramento das perceções sensoriomotoras, que permitem uma boa discriminação das cores, das formas, das texturas, das dimensões e das relações espaciais. Os indivíduos com este tipo de inteligência têm também um bom domínio da coordenação óculo-manual e da coordenação motora, pelo que conseguem recriar as suas experiências visuais sob diferentes formas, incluindo vários tipos de arte. Trata-se de pessoas que frequentemente pensam com imagens e que se lembram facilmente das imagens visuais, dos pormenores do que observam e das relações entre as coisas no espaço.

Vários profissionais fazem grande uso deste tipo de inteligência. Entre eles contam-se os escultores, os pintores, os arquitetos e os jardineiros.

Como podem os professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência:
- Mostrando filmes e outros materiais audiovisuais sobre as matérias abordadas nas aulas.

- Utilizando posters,desenhos, pinturas, ilustrações e outras formas visuais de exploração de temas nas aulas.

- Ensinando técnicas de estudo visuais, como, por exemplo, a utilização de sublinhados coloridos ou a elaboração de mapas de ideias, gráficos ou esquemas.

- Propondo a criação de um dicionário ilustrado nas línguas estrangeiras, para as áreas vocabulares que vão sendo trabalhadas.

- Levando-os a analisarem o que rodeia um texto antes de iniciarem a sua leitura (título, subtítulos, imagens, gráficos, etc.) e a preverem o seu conteúdo, visualizando mentalmente imagens relativas a ele e aos conhecimentos prévios que têm sobre o assunto.

Com este artigo encerramos a sequência de textos sobre as sete inteligências. Tendo em conta que a inteligência pode ser ensinada, treinada e desenvolvida e que tal depende, entre outros fatores, da existência de oportunidades e de experiências, a responsabilidade da escola e de todos os educadores é grande. Considerando ainda a existência de diferentes tipos de inteligência, a eles cabe a promoção de experiências de aprendizagem diversificadas que proporcionem às crianças e aos jovens verdadeiras oportunidades para o desenvolvimento da(s) sua(s) inteligência(s). Esperamos ter contribuído para facilitar essa tarefa com as sugestões que demos nos artigos publicados.

Bibliografia:

Chapman, C. (1993). If the shoe fits...How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Chapman, C. & Freeman, L. (1997). Multiple intelligences: Centers and projects.Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.

Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.

Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.