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domingo, 22 de dezembro de 2013

Cidade subterrânea de Derinkuyu é um dos maiores mistérios da humanidade


Cidade subterrânea de Derinkuyu, Capadócia – Turquia.

Desde que foi descoberta de maneira casual, em 1963, a cidade subterrânea e perdida de Derinkuyu, na Capadócia, na parte oriental da Turquia, se tornou um mistério sem solução para os pesquisadores que investigam um dos achados mais enigmáticos da humanidade.

Esta cidade sob a terra tem ao menos 13 andares subterrâneos, unidos por passagens e um perfeito sistema de ventilação. Seu último piso fica a 85 metros de profundidade e acredita-se que outros andares poderão ser descobertos.

Em sua área de 400 km quadrados foram encontrados uma igreja, adegas com utensílios para fabricação de vinho, moradias, locais para armazenagem e lojas comerciais. Especula-se que o local tenha abrigado em torno de 20 mil pessoas. As pesquisas realizadas até agora indicam que a cidade foi construída há três mil anos, mas pouco se sabe sobre quem a construiu ou quais foram os motivos.

Várias histórias, contudo, surgiram em torno desta cidade, como a de que seus habitantes seriam o povo Frígio ou Hitita, ou que o local seria algum refúgio diante de uma invasão. São várias as teorias criadas, entretanto, ainda não forma encontradas evidências que as comprovem.


O que está certo é que os métodos e a tecnologia usada para a construção da cidade não correspondem com o que a humanidade possuía naquela época. Por conta disso, também aparecem pessoas que defendem que Derinkuyu possa ser obra de seres extraterrestres. Mas a pergunta ainda persiste: como naquela época foi possível construir galerias a quase 100 metros de profundidade?

Derinkuyu

Esta cidade-caverna existe desde o tempo dos hititas que expandiram-se ao longo dos séculos à medida que vários exércitos atravessavam a Anatólia Central pilhando e fazendo das pessoas suas cativas. Há 36 cidades subterrâneas na Capadócia e a mais profunda é a de Derinkuyu enquanto que a mais ampla é a de Kaymakli.

A Cidade Subterrânea de Derinkuyu localiza-se na vila com o mesmo nome, situada a cerca 40 km de Goreme (uma viagem de 30 minutos). Há cerca de 600 portas exteriores na cidade, escondidas nos pátios de casas à superfície. Esta cidade tem cerca de 85 m de profundidade. Contém estábulos, armazéns, refeitórios, igrejas, adegas, etc. À parte disto, um grande quarto, com um teto abobadado no 2º andar, era uma escola missionária e os quartos à sua esquerda eram para estudo.


Do 3º ao 4º andares a descida faz-se através de escadas verticais que levam a uma igreja em forma de cruz no andar mais baixo.

Derinkuyu possui um sistema de ventilação de 55 m de profundidade que também era usada como poço. Nem todos os andares tinham acesso a poços de água até à superfície para proteger os habitantes de envenenamento durante as invasões. Derinkuyu contém, pelo menos, 15.000 tubos de ventilação que forneciam ar fresco. A Cidade Subterrânea de Derinkuyu foi aberta aos visitantes em 1965, mas até agora menos de metade pode ser visitada.

Duvida-se que as cidades subterrâneas tenham sido usadas como colónias permanentes, ou até para estadias longas, mas foram, claramente, construídas para aguentar ataques e suportar um grande número de pessoas e os seus animais domésticos, durante largos períodos de tempo. A organização urbana era muito complexa e era, provavelmente, um trabalho em curso constante.


Possuem extensas passagens, túneis, poços e corredores que ligam os quartos das famílias e os espaços comunitários onde as pessoas se encontravam, trabalhavam e rezavam. As cidades estavam completas, com chaminés para a circulação do ar, nichos para candeeiros a óleo, lojas, reservatórios de água e zonas onde os mortos podiam ser depositados até as condições à superfície permitirem o seu enterro. Muito importantes eram as portas em forma de mó, desenhadas para bloquear os corredores em caso de ataque, que só se podiam mover de um dos lados.


A Maravilhosa Cidade Subterrânea

Muitas cidades antigas se desenvolveram na superfície, algumas com construções que resistem até hoje, mas Derinkuyu é quase um formigueiro, com vários andares subterrâneos, o que a torna ainda mais misteriosa...Então convido vocês, meu caros Atormentados, a conhecerem comigo essa cidade, que parece ter saído de algum filme do Indiana Jones.

Sua origem é controversa, alguns arqueólogos datam suas origens por volta do ano 4 000 a.C., outros defendem que suas origens são ainda mais remotas, por volta do ano 9 000 a.C., embora a datação por carbono-14 realizada em esqueletos do cemitério paleolítico-cristão situado nessa cidade datam do ano 1 800 a.C.. Estima-se que a cidade começou a ser abandonada por completo por volta do século VIII.


A cidade é formada por 20 níveis, embora apenas 8 estejam abertos a visitação pública. Neles podem-se encontrar vários artigos de “luxo” para uma cidade debaixo da terra, como: cisternas para armazenagem de azeite de oliva, armazéns de alimentos, cozinhas com sistema de dispersar fumaça de forma que não fosse notada na superfície, bares, poços de água, templos de culto, estábulos e até 52 tubos formando um incrível sistema de ventilação para que o ar entrasse e percorresse todos o níveis, até aos mais inferiores!

A temperatura ambiente sempre gira em torno dos 13°C, independente da temperatura que faça na superfície (originando uma das teorias de sua origem, que poderia ter servido de refúgio, durante alguma era glacial).


Escavada em rocha vulcânica, foram usados sistemas engenhosos para bloquear a entrada de intrusos, como portas em forma de rodas esculpidas de uma rocha de consistência mais dura. Tal sistema pressupõe que provavelmente essas cidades também foram construídas como cidades de defesa.


Foram descobertas mais de 600 saídas à superfície e se calcula que essa cidade poderia abrigar até 100.000 habitantes possuindo também um túnel com aproximadamente 8 km de extensão que a conecta com outra cidade subterrânea de Kaymakl. A maior dessas cidades subterrâneas foi descoberta em 2007, em Gaziemir, no distrito de Güzelyurt, pertencente a uma antiga rota da seda, permitindo aos viajantes descansar em uma cidade-fortaleza sob o solo.

A Descoberta

Em 1963, um habitante de Derinkuyu (na região da Capadocia, Anatolia central, Turquía), ao derrubar uma parede de sua casa, descobriu assombrado que por detrás da mesma se encontrava uma misteriosa habitação que nunca havia visto; esta habitação levou-o a outra e esta a outra e a outra… Por casualidade havia descoberto a cidade subterrânea de Derinkuyu, cujo primeiro nível foi escavado pelos hititas cerca de 1400 a.C.

Os arqueólogos começaram a estudar esta fascinante cidade subterrânea abandonada. Conseguiram chegar aos 40 m de profundidade, acreditando-se contudo que chegue aos 85 metros. Atualmente já se descobriram 20 níveis subterrâneos. Só podem ser visitados os oito níveis superiores; os restantes estão parcialmente obstruídos ou reservados aos arqueólogos e antropólogos que estudam Derinkuyu. A cidade foi utilizada como refúgio por milhares de pessoas que viviam no subsolo para se proteger das frequentes invasões que sofreu a Capadócia, nas diversas épocas da sua ocupação, e também pelos primeiros cristãos.


Os inimigos, conscientes do perigo que corriam ao introduzir-se no interior da cidade, geralmente tentavam que a população viesse à superfície envenenando os poços.

O interior é assombroso: as galerias subterrâneas de Derinkuyu (onde há espaço para, pelo menos, 10.000 pessoas) podiam refugiar-se em três pontos estratégicos deslocando portas circulares de pedra. 

Estas pesadas rochas que encerravam as entradas impediam a invasão dos inimigos. Tinham de 1 a 1,5 metros de altura, uns 50 centímetros de espessura e um peso de até 500 quilos.

De cidades subterrâneas desta zona já falava o historiador grego Jenofonte. Na sua obra “Anábasis”, ele explicava que as pessoas que viviam na Anatolia haviam escavado suas casas no sub-solo e viviam em alojamentos suficientemente grandes para albergar uma família, seus animais domésticos e armazém de alimentos.


Nos níveis recuperados, encontraram-se estábulos, comedouros, uma igreja (de planta cruciforme de 20 por 9 metros, com um teto de mais de 3 metros de altura), cozinhas (todavia já enegrecidas pelo fumo das fogueiras que acendiam para cozinhar), prensas para o vinho e para o azeite, tabernas, cantinas, uma escola, numerosas habitações e até um bar. A cidade beneficiava da existência de um rio subterrâneo; tinha poços de água e um magnífico sistema de ventilação. (Encontraram 52 poços de ventilação que assombraram os engenheiros da atualidade).

O Enigma

Até hoje, ninguém sabe exatamente como esse complexo subterrâneo foi construído e pra que servia exatamente. Teóricos auternativos defendem que a cidade é muito mais velha do que se imagina e foi criada por uma civilização humana antiquíssima que posteriormente teria a abandonado. Por seguinte, a cidade teria sido encontrada por moradores e reutilizada. 


Aruma-Mazda

Os construtores das cidades subterrâneas eram descendentes dos Aquemênidas do Zoroastrismo, uma das mais antigas culturas do globo, que influenciou Hinduísmo, Judaísmo e Cristianismo. Nesta religião, o profeta Imah foi instruído que construísse um refúgio abaixo da Terra, Deus dos céus, Aúra-Masda. Uma história muito parecida com a de Noé na Bíblia Hebraica. Porém, agora Imah deveria proteger o povo de uma terrível Era do Gelo. E a última Era do Gelo, segundo cientistas se iniciou em 18000 a.C. e terminou 10000 a.C.


Seria então nesta época que foi feita a cidade de Derinkuyu para que se protegessem de um terrível e longo inverno?

Como não existem testes de Carbono com pedras e areia, não se pode calcular a idade da cidade. Mas se a cidade for mesmo a que Aúra-Masda pediu que fosse construída, quem na realidade seria Aúra-Masda? Seria ele um ser sobre-humano? Podemos então supor que ele poderia ter trazido a tecnologia para fazer as cidades abaixo da terra? Não poderia ser, na verdade, de outro mundo?

Realmente a região é impressionante. Tamanha complexidade é equiparável aos maiores monumentos de nossa história, como as pirâmides do Egito e o Stonehenge. Aliado ao fato da cidade ser extremamente antiga, e a impossibilidade de concebermos sua construção, seria mais um caso de uma hipotética intervenção de outras tecnologias alheias a terrestre. Dadas as parcas ferramentas e recursos de antigamente, tal cidade adquire um aspecto ainda mais fascinante e intrigante. Outro caso fascinante, que assusta tanto como nos atrai.


A superfície Capadócia, na Turquia, é de uma beleza única, mas seu subsolo também guarda grandes surpresas. São mais de 100 cidades subterrâneas, das quais apenas 37 já foram abertas. Elas surgiram entre os Séculos VI e VII, quando exércitos persas e árabes invadiram a região e os cristãos bizantinos que viviam no local se viram obrigados a fugir através de túneis secretos. 

Essas cidades subterrâneas, declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985, nunca foram usadas como moradias permanentes, eram habitadas por algum tempo quando os cristãos precisavam se esconder da perseguição religiosa. Períodos esses que chegavam a quatro meses debaixo da terra.  As mais conhecidas são Derinkuyu, a mais profunda, e Kaymaklı, a maior delas.

Visitei a cidade subterrânea de Derinkuyu, onde viveram cerca de 10 mil pessoas ao mesmo tempo. Ela tem 85 metros de profundidade, mais de 600 portas que ligam as casas aos pátios, e era formada por cavernas, estábulos, armazéns, refeitórios, igrejas, escolas, quartos e adegas.

Nem todos os andares tinham acesso a poços de água, que não ficavam perto da superfície para evitar envenenamento durante as invasões. A ventilação chegava por meio de um poço de 55 metros e vários de tubos que fornecem ar fresco até hoje. Você pode estar no último subsolo que sentirá a brisa que vem do exterior. Existem também espécies de exaustores naturais que funcionavam para extrair a fumaça do preparo dos alimentos das profundezas desta cidade subterrânea.


Percorrer os túneis sem fim de Derinkuyu dá uma sensação um tanto quanto claustrofóbica. Muitas vezes é preciso subir ou descer escadarias agachado. Não é à toa que algumas pessoas do meu grupo desistiram e esperaram o resto da turma em um dos bares do lado de fora da cidade.

Mas é interessantíssimo andar por esses corredores que ligavam os quartos às áreas comunitárias, onde as pessoas se encontravam para conversar, trabalhar, estudar ou rezar.

Existe inclusive uma igreja neste subterrâneo da Capadócia em formato de cruz, onde os cultos eram celebrados. É quase impossível acreditar que milhares de pessoas viveram ali durante meses, sem ver a luz do sol.


A Cidade Subterrânea de Derinkuyu foi aberta aos visitantes em 1965, mas até agora menos de metade pode ser visitada.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A colônia grega de Khersones na Táurica (Crimeía)


Era chamada Táurica (Chersonesus Taurica ou Scythica) pelos antigos gregos e romanos, seu nome atual deriva-se do seu nome tártaro Qırım, através do grego: Κριμαια (Krimaia). Os primeiros habitantes de quem se têm resquícios autênticos foram os Cimerianos, que foram expulsos pelo Citas durante o século VII a.C.. Uma pequena população que se refugiara nas montanhas ficou conhecida posteriormente como os Tauri. Neste mesmo século, os antigos colonos gregos começaram a ocupar a costa, isto é, Dórios de Heracleia em Quersoneso, e Jônios de Mileto em Teodósia e Panticapaeum (também chamado Bósforo).


Dois séculos mais tarde, (438 a.C.) o archon, ou líder, dos Jônios assumiu o título de rei do Bósporo, um Estado que manteve relações importantes com Atenas, fornecendo àquela cidade trigo e outros produtos. O último destes reis, Perisades V, sendo pressionado pelos Citas, pediu proteção a Mitrídades VI, rei do Ponto, em 114 a.C.. Depois da morte de seu protetor, seu filho Farnaces, como recompensa pelo auxílio dado aos romanos na guerra contra o próprio pai, recebeu em 63 a.C. de Pompeu o reino do Bósporo. Em 15 a.C., foi mais uma vez devolvido ao rei do Ponto, mas daí em diante acabou mantendo-se um território tributário de Roma.


Chersonese, Chersonesos, Cherson, Khersones, mas o mais conhecido em todo o mundo como Quersoneso, foi uma das mais proeminentes colônias gregas, fundadas a cerca de 2.500 anos atrás, e que atualmente se converteu em um desses locais turísticos que não podemos deixar de visitar quando estivermos a passeio nestas terras.

No entanto, considerando o império grego e o território que chegou a ocupar, é temos que destacar em primeiro lugar que este lugar, famoso por seus sítios arqueológicos, não se encontra na Grécia, mas sim na Ucrânia, em particular na costa do Mar Negro nos arredores de Sebastopol na Criméia.

Com o tempo, essas terras estavam nas mãos do que é atualmente a superfície da Ucrânia, país que conseguiu explorá-las especialmente a partir dos descobrimentos de sítios arqueológicos de 1827, embora até então dependiam do governo russo, como parte da URSS, e que depois de algumas décadas, especialmente desde a queda do comunismo, foram abertos para as pessoas de todo o mundo dispostas a visitá-los.


A primeira coisa a notar, neste contexto, é que os edifícios que se encontram aqui, em muitos casos, apenas em restos, contam com a particularidade de possuir influências das culturas grega, romana e bizantina, de modo que suas formas e desenhos são praticamente impossíveis de encontrar em outros lugares do mundo, embora entre todos eles, se destaque especialmente um anfiteatro romano e um templo grego.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mammon, Parte V: metáfora para o espírito materialista advento do século XIX.


Pintura 1909 A adoração de Mammon por Evelyn De Morgan.

Mammon que na maioria das vezes personificado como uma divindade, e, por vezes incluídos nos sete príncipes do inferno (Lúcifer, Asmodeus, Belzebu, Mammon, Belphegor, Azazel e Leviathan).

Os estudiosos não concordam sobre a etimologia do nome, mas a teoria de que Mammon deriva do latim tardio Mamom, e do grego "μαμμωνάς", siríaco Mamona ("riquezas"), aramaico mamon ("riquezas, dinheiro"), A palavra grega para "Mammon", "μαμμωνάς", ocorre no Sermão da Montanha (durante o discurso sobre a ostentação) e na parábola do Injusto (Lucas 16:9-13). A Versão Autorizada mantém a palavra siríaca; John Wycliffe usa riqueza.

Os cristãos começaram a usar o nome de Mammon como um pejorativo, um termo que foi usado para descrever a gula e o ganho mundano injusto na literatura bíblica. Ele foi personificado como um deus falso no Novo Testamento. {Mt.6.24; Lk.16.13} O termo é frequentemente utilizado para referir-se ao materialismo excessivo ou ganância como uma influência negativa.

Mammon de Collin de Plancy do Dictionnaire Infernal

“Não podeis servir a Deus e a Mammon (Um nome próprio)." - Mateus 6:19-21,24 (KJV)
Durante a Idade Média, Mammon era comumente personificado como o demônio da gula , riqueza e injustiça . Assim, Pedro Lombardo (II, dist. 6), diz:

"As riquezas são chamados pelo nome de um demônio, ou seja, Mammon, por Mammon é o nome de um demônio, que pelo significado de riquezas é chamado de acordo com a língua sírios."

Piers Plowman, também considera Mammon como uma divindade, Nicholas de Lyra (comentando a passagem de Lucas), afirma: "Mammon est nomen daemonis" (Mamon é o nome de um demônio).
Albert Barnes, em suas Notas sobre o Novo Testamento afirma que Mammon era uma palavra siríaca para um ídolo adorado como o deus das riquezas, semelhante a Plutão entre os gregos, mas ele citou nenhuma autoridade para a instrução.

Nenhum vestígio, no entanto, de qualquer deus sírio desse nome existe, e a identificação literária comum do nome com um deus da cobiça ou avareza provável é que Spenser's A rainha das fadas, onde Mammon supervisiona uma caverna de mundana riqueza. Milton 's Paradise Lost descreve um anjo caído que valoriza os tesouros terrestres sobre todas as outras coisas. Mais tarde, ocultistas, como Jacques Collin de Plancy do Dictionnaire Infernal descrever Mammon como embaixador do Inferno para a Inglaterra.

Para Thomas Carlyle em Passado e Presente, o "Evangelho de Mammonism" tornou-se simplesmente uma personificação metafórica para o espírito materialista do século XIX.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mammon, Parte IV: descrição e conceito!


Mammon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. A própria palavra é uma transliteração da palavra hebraica "Mammon", que significa literalmente "dinheiro". Como ser, Mammon representa o terceiro pecado, a Ganância ou Avareza, também o anticristo, devorador de almas, e um dos sete príncipes do Inferno. Sua aparência é normalmente relacionada a um nobre de aparência deformada, que carrega um grande saco de moedas de ouro, e "suborna" os humanos para obter suas almas. Em outros casos é visto com uma espécie de pássaro negro (semelhante ao Abutre), porém com dentes capazes de estraçalhar as almas humanas que comprara.

Na era pré-cristã, conforme sabemos, eram cultuados muitos deuses. Mammon, contudo, não era o nome de uma divindade e sim um termo de origem hebraica que significa dinheiro, riqueza, ou bens materiais. Jesus, no Evangelho, utiliza a palavra quando afirma que não é possível servir simultaneamente a Deus e a Mammon (Lucas as 16:13 ). A palavra, no texto original, também é citada no Evangelho de Mateus:

"Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem traça nem ferrugem corroem e onde ladrões não minam nem roubam: Para onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também."


"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas." (Mateus 6:19-21,24)

Desta forma Mammon acabou por tornar-se, ao longo da história, e devido as diversas traduções da Bíblia, a representação de uma divindade maligna ou demônio.

O dicionário Webster da língua inglesa define "Mammon" ou "Mann" ou "Matmon" ou "Mammonas" ou "Matmel" como:

Mammon, Parte III: a economia segundo Mammon!




Humanos subservientes aos pés de Mammon!

De início vamos entender algo muito importante: Na versão bíblica Revista e Corrigida o v. 24, está assim:

“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mammon”

Quem é Mammon? Jesus usou essa palavra do aramaico, para designar uma entidade que existe no reino espiritual, adorado como “deus das finanças”. Como toda entidade, o ataque não é direto, ele opera de maneira encoberta, pelo engano. Se ele fosse aparecer diretamente para as pessoas, revelando sua identidade, poucos se submeteriam a ele. A principal tática de Mammon é que o dinheiro contem poderes inerentes. Tais como:

“O dinheiro compra tudo”

“As pessoas são valorizadas e honradas, pelo que tem”.

 “O dinheiro em si não bom nem mau; é apensas perigoso; já o amor por ele pode tornar-se maléfico; com o dinheiro o homem pode fazer muita coisa boa e muita coisa ruim. Com o dinheiro pode-se praticar o bem e o mal”

O dinheiro não tem poder, o poder está no espírito de Mammon, que está por trás do dinheiro. Quando Jesus disse que ambos, Deus e Mammon, não poderiam ser servidos, Jesus não falou a respeito de uma proibição, mas de uma impossibilidade de fazer tal coisa. Ele não está afirmando que “Seria errado tentar servir ambos”, Ele diz: “É impossível”.

“Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos”
I Timóteo 6:10

“Mammon prende o rico com medo de perder o que teme o pobre, pelo medo de faltar provisão”.

Você entende agora, porque o dinheiro exerce tanto poder sobre a vida das pessoas? Porque por trás dele, existe um deus que quer ganhar, prender, escravizar o ser humano. Um “rival” de Deus.

Mammon, Parte II: o senhor dos gananciosos e avarentos!




Demônio/deus Mammon por Collin de Plancys.

Numa tirada que lembra os antigos provérbios, afirmou certa vez Francis Bacon: "O dinheiro é como o adubo: só serve, quando espalhado". O que o genial filósofo inglês quis dizer é que, se o dinheiro não for usado a fim de promover o bem comum, não passará de um monte de esterco.

É um deus que cheira mal.

Desgraçadamente, não são poucos os cristãos que, desconhecendo o senhorio de Cristo sobre suas aquisições materiais, transformaram-nas num crudelíssimo e perverso ídolo. Sem o saberem, estão a adorar o estúpido Mammon.

I. Quem era/é Mammon?

No Sermão do Monte, o Senhor Jesus foi mais do que explícito quanto ao correto uso das riquezas terrenas: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mammon" (Mt 6.24).

Não está aqui o Senhor dizendo que o cristão não pode ter bens materiais. O que Ele deixa bem claro é que não podemos servir às riquezas como se estas fossem um ídolo. Mas delas devemos nos servir para adorar a Deus e amparar os mais carentes (1 Jo 3.17).

Os que se fazem servos do dinheiro não o têm apenas como senhor de sua vida, mas como o deus de toda a sua existência. É por isso que o dinheiro era visto pelos contemporâneos de Jesus como o abjeto Mammon, cujo nome provém de uma palavra aramaica que significa homem da riqueza. Por conseguinte, Mammon é a riqueza que se opõe a Deus, e conscientemente ignora-lhe o senhorio.

Quem na verdade era Mammon? É provável fosse ele originário da mitologia caldaica. Alguns o identificam como o senhor das riquezas e o deus dos avaros. De uma forma ou de outra, o Senhor Jesus adverte-nos, e com energia o faz, a que não sirvamos as riquezas. Se o fizermos, estaremos desagradando a Deus.

II. O que são as riquezas?

Antes de buscarmos uma resposta teológica, vejamos o que nos diz a economia sobre a riqueza. Pode ser esta definida como tudo o que pode satisfazer as necessidades humanas - bens e serviços. Temos de convir não estar esse conceito distante daquilo que encontramos logo no primeiro livro da Bíblia (Gn 1.26-30).

Ora, se Deus colocou tudo quanto existe à nossa disposição, por que haveríamos de considerar as riquezas superiores àqueLe que nos enriquece de todos os bens materiais e espirituais? Ajamos assim e cairemos nos mesmos pecados daqueles gentios retratados por Paulo no primeiro capítulo de sua Epístola aos Romanos.

A Bíblia diz que tudo quanto existe é nosso: "Porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus" (1 Co 3.22). Como isso é consolador! Possuamos pouco ou muito, somos possuídos por aquele que tudo possui (Ag 2.8).

Tudo aquilo que o Senhor permitiu viéssemos a ter usemos para a sua glória e para militar o sofrimento dos mais necessitados.

III. Como se deve usar as riquezas?

Certa vez ouvir falar de um piedoso empresário americano que, prestes a entregar um cheque de 200 mil dólares a uma agência missionária, recebeu a notícia de que a sua indústria acabara de ser destruída por um incêndio. Naquele momento, ele rasgou o cheque, e pôs a preencher outro. Ato contínuo: entregou-o ao responsável por aquela agência que, supreendido, perguntou-lhe:

- Irmão, a sua indústria acabou de ser destruída, e mesmo assim o senhor nos abençoa com um milhão de dólares?

Sim! Deus acaba de me dar um recado; nada é meu; tudo é dEle.

O interessante é que aquele indústria não estava no seguro. Mas todos os bens espiritais daquele homem, principalmente a sua vida, achavam-se plenamente assegurados por Deus.

Vejamos a seguir, como devemos fazer uso das riquezas que o Senhor, em suas infinitas provisões, nos concede dia após dia (Mt 6.11).

1. Dízimos e ofertas. Através de nossos haveres e bens materiais, demonstremos ao Senhor que lhes reconhecemos o senhorio sobre a nossa vida e sobre tudo que dEle recebemos. É desnecessário lembrar que o dízimo é um mandamento divino e não está restrito à Lei Mosaica. Pois Abraão, que viveu mais de 500 anos antes da decretação da Lei, adorou a Deus com os seus dízimos (Gn 14.20). O mesmo faria o seu neto (Gn 28.22).

Àqueles que alegam ser o dízimo exclusivamente da Lei Mosaica, deveriam ter em mente um pressuposto bíblico-teológico mui elementar; 1) Abraão entregou os seus dízimos a Melquisedeque que representava a ordem sacerdotal de Cristo (Sl 110.4); 2) Melquisedeque, aliás, representava o próprio Cristo (Sl 110.4); 2) Melquisedeque, aliás, representava o próprio Cristo: "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o pattriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos" (Hb 7.4,5); 3) Ora, se até Levi, na pessoa de seu ancestral, Abraão, pagou dízimos ao Senhor Jesus (tipologicamente representado por Melquisedeque) por que haveríamos nós de negar os dízimos a Deus, consagrando-os a Mammon?

Cuidado! O que é de Deus não se retém. Pois se Ele retiver a menor de suas provisões todos pereceremos. Lei com atenção Malaquias 3.9,10. O profeta não fala apenas de dízimos; fala também de ofertas. Isto significa que o dízimo, na vida do cristão, deve ser o referencial mínimo e obrigatório. O cristão realmente fiel não se limita a dizimas; sabe ele também ofertar com liberalidade (Rm 12.8). Lembre-se: milhões de preciosas almas, por quem Cristo Jesus morreu, estão dependendo de nossos dízimos e ofertas. Você sabe o preço de uma alma?

2. Nossa subsistência. A fim de que o nosso dinheiro seja realmente abençoado, é mister que, além de sermos fiéis dizimistas, sejamos bons administradores. Um mal administrador acabará por ser um péssimo dizimista. Por isso, todas as vezes que você por assediado por ímpetos consumistas, ouça a pergunta do profeta: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? (Is 55.2)

Cuidado com os gastos exagerados! Deus tem compromisso com a nossa subsistência, e não com os luxos e oferendas que muitos depositam aos pés do perverso Mammon. O cristão que for sábio haverá de se safar das armadilhas proporcionadas pelos cartões de crédito, cheques especiais, agiotas etc.

Deus quer que todos os seus filhos tenham uma vida tranqüila e abençoada. Peça-lhe, então, que o ajude a administrar os seus recursos.

3. Filantropia cristã. Não se esqueça de ajudar os mais necessitados. Você sabia que Paulo, antes de ser comissionado a fazer missões, recebera como tarefa socorrer os mais necessitados? É o que lemos em Atos 11.30. Dos desvalidos jamais se esqueceria (Gl 2.10).