PESQUISE AQUI!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Oque é Democracia Orgânica.

Movidos por ignorância ou má fé, acusam alguns espíritos superficiais os integralistas de se posicionarem contra o voto e defenderem a implantação no Brasil de uma ditadura de tipo fascista.
Nada mais falso.

Na verdade, tais vilanias, dentre tantas outras assacadas contra os seguidores da doutrina do Sigma, nada mais são do que fruto do ódio cego cultivado pelos tradicionais adversários políticos do Integralismo, única corrente de idéias que representa hoje em nosso país, através da Frente Integralista Brasileira (FIB), a legítima reação ao moribundo regime liberal-burguês e às falsas oposições de cunho socialista e/ou comunista.

Em seus ataques irracionais, desconhecem ou se esquecem os detratores do Integralismo que este movimento, na crítica que sempre realizou à liberal-democracia, jamais se colocou, em toda sua trajetória histórica e política, contra a própria Democracia, em sua concepção mais ampla. Pregou e continua pregando, isto sim, seu aperfeiçoamento, através da superação do Estado de caráter liberal-burguês – anacronismo do século XVIII, cujos erros e males vêm se acumulando nos últimos trezentos anos - pela construção de uma forma mais perfeita de Estado, fundamentada sobre os princípios da Democracia Orgânica – idéia nova dos séculos XX e XXI - proposta no Brasil pelo gênio político de Plínio Salgado (1895-1975). Da mesma forma, jamais se declarou o Integralismo contra o voto, propugnando, isto sim, sua valorização, pela defesa de uma urgente reforma no sistema representativo brasileiro, que conceda funções legislativas ás representações de classe, ou seja, aos setores produtivos que contribuem verdadeiramente para a riqueza material, cultural, moral e espiritual da nação.

Mas, num plano geral, no que consiste a Democracia Orgânica?

Para o bom entendimento da proposta, de forma didática, Plínio Salgado comparava o funcionamento do Estado com o funcionamento do próprio corpo humano. Neste, cada órgão cumpre uma atividade específica e, conjuntamente, cooperam todos para a realização plena de nossas funções vitais. Se acometido por alguma enfermidade, um órgão passa a desempenhar mal seu trabalho, não somente ele, mas todos os demais órgãos sentirão sua debilidade. Assim como na vida biológica, o mesmo ocorre na vida social. Os trabalhadores – do capital, do trabalho, da inteligência -, órgãos da nação, cada qual em sua área de atuação, competem todos para o progresso e desenvolvimento do país. Se as necessidades básicas de qualquer setor produtivo não forem atendidas, resultará que, observando-se as relações de interdependência, a saúde do organismo social, toda ela, ficará comprometida.

Nesta visão integral, os grupos profissionais devem ser reconhecidos pelo Estado conforme sua importância para a sociedade, pois são eles os lídimos construtores da riqueza nacional. O atual sistema de representação é falho e inviável precisamente por ignorar e desdenhar a relevância social dos setores produtivos, não considerando suas justas aspirações. O erro provém da Revolução Francesa, cujo preconceito iluminista e burguês contra as instituições da Idade Média abolira as antigas corporações de ofício, as quais regulavam e organizavam o trabalho, representando-o à época junto aos centros de decisão política. Com o surgimento dos partidos políticos – idealizados como organismos artificiais de representação para remediar a situação -, elementos intermediários foram criados, isolando governo e trabalhadores. Estes passaram a designar para as funções legislativas homens que, pertencendo a profissões diferentes, jamais poderiam defender de forma satisfatória os interesses de seus eleitores. Era instituído então o voto deslocado, perdido. Considerado em sua expressão meramente numérica, ele não estabelecia uma base de correspondência entre o que votava e o que era votado. O erro perdurou. E, até os dias atuais, vemos, por exemplo, um professor elegendo um médico para cuidar de seus interesses, um comerciante elegendo um advogado, um agricultor elegendo um industrial, etc.

O absurdo é maior se dirigirmos nossa atenção para os altos escalões dos governos: ministérios e secretarias, muitos deles estratégicos, são reservados a indivíduos que, sem familiaridade alguma com as áreas para as quais foram destinados – por não terem formação nelas -, recebem pastas levando-se em conta apenas o mesquinho critério da filiação partidária. No corpo humano, tal descalabro seria como se o fígado quisesse realizar as tarefas do coração ou os rins as do estômago. Um Estado assim, funcionando em descompasso, dificilmente estará apto a sanar os problemas relativos ao Trabalho. Pelo contrário: distanciando o governo dos setores produtivos da nação – daí a origem dos sindicatos, forma legítima encontrada pelos trabalhadores para fazerem valer seus direitos - viverá sempre em clima de tensão social, preparando terreno fértil ao avanço de movimentos defensores de filosofias políticas negativistas, que trabalham com oportunismo na exploração da lutas de classes, através da manipulação dos órgãos de representação profissional.

Para restaurar o equilíbrio entre governo e trabalhadores, Plínio Salgado considerava justo o Estado delegar funções legislativas ás representações de classe, com o estabelecimento das chamadas Câmaras Orgânicas. Nos EUA, foi o ex-bispo de Nova Iorque, Fulton Sheen quem, defendendo a idéia, justificava-a com um argumento poderoso: “Há mais motivo de identidade de interesse entre um ferroviário da Califórnia, no Pacífico, e outro em Nova Iorque, no Atlântico, do que entre duas pessoas que, residindo na mesma cidade – e até votando na mesma seção eleitoral, acrescentamos nós - são de profissão diferente”.
Inúmeros pontos contam a favor da Câmara Orgânica. De fato, mais que os partidos políticos, são os grupos profissionais os que, pela experiência cotidiana, detém o conhecimento e a capacidade técnica necessários para empreender projetos e leis eficientes, viabilizando soluções efetivas para os mais variados problemas nacionais. A qualidade intelectual de nossos representantes aumentaria.

A Câmara Orgânica conciliaria as relações entre Capital e Trabalho, ao garantir assento tanto a empregados quanto a empregadores que, compartilhando dos mesmos poderes e atribuições, estariam representados em igualdade de direitos. Combateria a corrupção: os grupos econômicos deixariam de pressionar os políticos, sugestionando-os financeiramente com propinas ou doações para campanhas, pois os grupos profissionais seriam elevados na vida nacional como membros efetivos de participação política. Limitando-se em épocas eleitorais a campanha e propaganda política aos círculos mais restritos das representações de classe, os recursos necessários para cobrir os gastos com campanhas milionárias – note-se a atualidade do problema – perderiam seu sentido. Candidatos humildes e capazes teriam mais condições de expor suas idéias e elegerem-se.

Naturalmente, não obstante a perenidade e imutabilidade de seus valores doutrinários essenciais, reconhecem e reafirmam os integralistas o caráter prospectivo e dinâmico da História, o que determina - na marcha empreendida pelo movimento em pleno século XXI, bem como, na complexidade do tempo que ora vivemos - a necessidade da constante revisão e atualização de seus valores acidentais.

Dessa forma, com a Democracia Orgânica, não colimam os integralistas a extinção dos atuais partidos políticos, mas sua continuidade e fortalecimento. Tampouco menosprezam a importância do voto, mas valoriza-o, dando-lhe um real significado, ao ligar o eleitor a um candidato inserido em sua categoria profissional e, portanto, identificado com seus justos anseios e aspirações.
Assim, dentre várias propostas estudadas pelos integralistas para a efetivação da Democracia Orgânica e o voto profissional, destaca-se, por exemplo, a da necessidade da estruturação no seio das organizações político-partidárias das representações de classe, que elegeriam para as Câmaras e Assembléias Técnicas os candidatos inscritos em suas legendas. Estes, por sua vez, passariam a desempenhar suas funções legislativas de acordo com a orientação doutrinária e programática de seus respectivos partidos. Nos pleitos internos dos partidos, os representantes de classe reunidos na mesma legenda política, poderiam eleger os dirigentes da agremiação nas três esferas: municipal, estadual e federal.

Como se vê, longe de se constituir um modelo acabado, a instituição da Democracia Orgânica deve obrigatoriamente ser precedida por uma ampla discussão nacional sobre sua organização e funcionamento, a qual convidam os integralistas os mais amplos setores pensantes da sociedade brasileira – juristas, imprensa, professores, cientistas políticos, etc. – e mesmo seus adversários no campo político.

Num momento em que a sociedade brasileira acaba de comparecer às urnas para a escolha de seu novo Presidente da República, triste é constatar, nos diversos debates políticos travados entre os candidatos – tanto em primeiro quanto em segundo turno –, a total ausência de propostas concretas para as principais reformas reclamadas pela nação. Dentre elas, a elaboração de um novo sistema representativo para o país é certamente a mais ignorada, embora das mais urgentes.
Reorganizados no século XXI, são os integralistas hoje a única corrente de pensamento e ação política que se apresenta como portadora de uma proposta clara, eficaz e verdadeiramente revolucionária para o problema.

Nesta luta pelo estabelecimento da Democracia Orgânica, nós, da Frente Integralista Brasileira, pedimos o apoio e a participação de todos os trabalhadores, de todos os setores produtivos da nação, infelizmente negligenciados e desvalorizados pelas falhas e omissões de um sistema representativo que opera tão somente em benefício dos caciques dos partidos, dos politiqueiros profissionais e dos grupos plutocráticos que os apóiam.

* Σ - Luiz Gonçalves Alonso Ferreira, Vice-Presidente da Frente Integralista Brasileira, Coordenador da Região Sudeste

Você quer saber mais?


http://www.osigmareluzente.blogspot.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Agência britânica diz que o Google violou as leis de privacidade.

Sorria, Você esta sendo espionado!!!

LONDRES - a informação comissário britânico acusou o Google, o gigante de busca na Internet, nesta quarta-feira de violar no país, as leis de proteção a dados quando o seu serviço de mapas Street View gravau dados apartir de redes privadas de wireless.

A empresa vai escapar das multas, no entanto, desde que se compromete a não fazê-lo novamente.

Google chamou a indignação internacional depois verificou-se que seus carros Street View, que tiram fotografias ao nível da rua para ilustrar a serviço da empresa de mapeamento popular, também tinham sido pegando e-mails, endereços de Internet e senhas de redes sem fio sem criptografia.

A Scotland Yard disse recentemente que não iria começar uma investigação criminal sobre a praia, que a empresa tem descrito como acidental.

O comissário de informação, Christopher Graham, foi recentemente dado o poder de impor multas de até £ 500.000 (cerca de US $ 800.000) por violações graves, mas ele disse em um comunicado que a "ação mais adequada e proporcionada regulamentar" seria a busca de uma garantia por escrito do Google que a violação não seria repetido e realizar uma auditoria das práticas da empresa de proteção de dados.

A empresa, sediada em Mountain View, Califórnia, disse em comunicado que "estava profundamente arrependido" pela violação, acrescentando que teve desde que trabalhou para melhorar seus controles internos.

"Nós não queríamos que esses dados, nunca usei nada disso em nossos produtos e serviços, e têm procurado eliminá-lo o mais rapidamente possível", disse o comunicado.

Você quer saber mais?

http://www.nytimes.com/2010/11/04/technology/04google.html?partner=rss&emc=rss

http://www.nytimes.com/2010/11/02/technology/02google.html?src=me&ref=technology

Pestes da Europa vieram da China, indica novo estudo.

As grandes ondas de peste negra que devastaram a Europa por vários séculos e mudaram o curso da sua história tiveram origem na China.

A informação é de um estudo publicado na edição de ontem da revista científica "Nature Genetics".

De acordo com cientistas, a peste negra teria chegado à Europa através da chamada "rota da seda"- principal elo entre o Ocidente e o Oriente na antiguidade.

A doença começou a ser identificada nos países europeus em 1347 e matou pelo menos 30% da população do continente. A epidemia continuou por alguns séculos e seu último grande "ataque" aconteceu entre 1665 e 1666.

ESTUDO GENÉTICO

Os pesquisadores fizeram uma reconstrução do percurso histórico da doença ao longo de séculos por meio de estudos genéticos de ossos e dentes do período, encontrados nas regiões europeias atingidas pela peste.

Os cientistas acharam duas linhagens da bactéria da peste negra. Eles acreditam que a Europa medieval deve ter sido invadida por duas diferentes fontes da bactéria Yersinia pestis.

Uma grande onda da doença chegou ao porto de Marselha, na costa sul da França em 1347, e espalhou-se por todo o país.

Em 1349, já tinha alcançado Hereford, no Reino Unido, uma cidade que era um centro de peregrinação e, assim, disseminou-se.

"O trabalho dos geneticistas é impressionante", disse Lester Little, especialista em peste negra do Smith College, em Massachusetts, EUA.

DO ORIENTE


De acordo com os cientistas, a origem da praga na China não tem a ver com características genéticas do seu povo ou com o fato de as cidades serem muito populosas.

Isso porque a bactéria não tem interesse na população, mas nos hospedeiros naturais- várias espécies de roedores, como ratos, marmotas e arganazes, encontrados em toda a China.

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/823869-pestes-da-europa-vieram-da-china-indica-novo-estudo.shtml

Tutancâmon morreu de malária e infecção óssea, diz estudo.

O Faraó Tuti

O Faraó egípcio Tutancâmon pode ter morrido de malária combinada com uma rara infecção nos ossos, sugere um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Journal of the American Association.

O faraó egípcio Tutancâmon morreu jovem, aos 19 anos

Os cientistas, liderados pelo arqueólogo-chefe do Egito, Zahi Hawass, passaram dois anos pesquisando os restos mumificados do faraó, que morreu aos 19 anos, e de outras dez múmias pertencentes à família real, inclusive a avó e o pai de Tutancâmon, para extrair amostras de DNA.

Na análise do DNA do faraó, os pesquisadores encontraram sinais do parasita da malária – a mais antiga prova genética da doença já identificada. Além disso, o estudo sugere ainda que Tutancâmon poderia ter sofrido de uma inflamação rara nos ossos, chamada de Doença de Kohler.

O faraó ainda teria um pé torto congênito e uma curvatura na espinha.

Segundo os pesquisadores, essas descobertas explicariam porque foram encontrados cajados e pedaços de madeira entre os pertences de Tutancâmon, que poderiam ter sido usados como bengalas pelo faraó.

Desde a descoberta da tumba intacta do faraó por Howard Carter, no Vale dos Reis, em 1922, acadêmicos vêm especulando sobre o motivo da morte prematura de Tutancâmon e sugerem que ele pode ter sido traído e assassinado.

Outras teorias sugerem que ele poderia ter sido atropelado por uma charrete ou que, como morreu novo e não deixou herdeiros, o faraó poderia sofrer de uma doença genética.

Alguns artefatos da época mostram que a realeza tinha uma aparência curvada e feminina, o que, segundo alguns acadêmicos, seria típico de condições hereditárias como a síndrome de Marfan, caracterizada por membros longos.

Mas a equipe de Hawass rejeita essas explicações.

Diagnóstico

A explicação oferecida pelo estudo sugere que Tutancâmon teria quebrado a perna pouco antes de morrer. Por conta da doença, o osso não teria sido curado de maneira adequada, o que teria provocado uma infecção.

Segundo a hipótese sugerida pela pesquisa, com o corpo já fragilizado e suscetível à infecções, a malária provou ser fatal para o faraó.

“Uma fratura repentina na perna provavelmente causada por uma queda pode ter resultado em uma condição que pôs a vida dele em risco depois da infecção com a malária”, disse Hawass.

“Sementes, frutas e folhas encontradas na tumba, e possivelmente usadas como tratamento médico, apoiam esse diagnóstico”, afirmou.

Segundo o professor de antropologia física da Universidade de Liverpool Bob Connolly, que já examinou a tumba de Tutancâmon, disse que os pesquisadores foram “sortudos” por terem conseguido extrair amostras de DNA do faraó egípcio para o estudo.

“Ele não é uma múmia bem preservada. É uma carcaça carbonizada. Hawass e a equipe dele foram incrivelmente espertos e sortudos por terem conseguido isso”, disse Connolly.

Ele não descartou que Tutancâmon tenha morrido de malária, mas disse que pessoalmente duvida disso.

“Só porque eles encontraram o parasita no sangue dele não significa necessariamente que ele sofria de malária ou que morreu disso. A doença pode não ter causado nenhum problema a ele”, afirmou.

“Eu ainda acredito que ele tenha sido atropelado pela charrete. A cavidade do peito dele estava perfurada e ele tinha costelas quebradas”, disse.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/

Núcleo da Terra pode se regenerar continuamente, sugere estudo.


Núcleo da Terra funde-se no leste e solidifica-se no oeste, em um ciclo de 100 milhões de anos, afirmam cientistas franceses

O núcleo de ferro sólido da Terra pode reciclar-se a cada 100 milhões de anos, fundindo-se em um lado e resolidificando-se no outro. Isso poderia explicar por que o núcleo transmite ondas sísmicas a velocidades diferentes nos hemisférios ocidental e oriental.

Em maio, uma equipe liderada por Marc Monnereau, da Universidade de Toulouse, na França, sugeriu que o núcleo interno está sendo continuamente adicionado no oeste, enquanto derrete no leste, criando uma esteira móvel de criação e destruição.

Agora, Thierry Alboussière, da Universidade Joseph Fourier, em Grenoble, na França, e colegas calcularam a escala de tempo em que isso poderia ocorrer. Em estudo, publicado na revista "Nature", estimaram que um ciclo completo duraria 100 milhões de anos.

Resta testar a ideia, o que não deve ser um feito fácil, pois as tecnologias atuais ainda não são capazes de detectar um ciclo de período tão longo.

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br/

Mais primitivo réptil voador era gaúcho.

As mesmas rochas gaúchas onde se encontram os restos dos avós dos dinossauros revelaram outra relíquia: o animal que pode ser o réptil voador mais primitivo do mundo, dizem cientistas.

Com cerca de 215 milhões de anos, o Faxinalipterus minima era, de fato, mínimo. Em vida, teria o tamanho de um pardal, ou de um morceguinho (comparação mais apropriada, já que ele não possuía penas, mas sim asas membranosas). Trata-se um ensaio modesto na evolução dos pterossauros, bichos que chegariam a ter 12 m de uma ponta à outra das asas.

O bicho foi batizado por Cesar Schultz e Marina Soares, ambos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e pelo argentino José Bonaparte, da Fundação de História Natural Félix de Azara. O inusitado "primeiro nome" da criatura vem de Faxinal do Soturno (RS), origem dos fósseis.

"Ele era contemporâneo do Guaibasaurus, ou seja, da segunda geração de dinossauros", explicou Schultz à Folha. A comparação com pterossauros achados na Europa sugere que o bicho gaúcho é tanto ligeiramente mais velho que eles quanto mais primitivo -termo que, para os paleontólogos, tem sentido mais preciso.

CARA DE ANCESTRAL

Primitiva, nesse jargão, é a criatura com traços mais semelhantes aos do grupo ancestral. E é exatamente o que acontece com o F. minima. Um exemplo importante envolve a tíbia e a fíbula, os dois ossos das patas traseiras abaixo do joelho. Eles aparecem separados, e não fundidos num único osso, como em outros répteis alados.

"A vantagem de ter dois ossos separados é poder girar o membro", explica Schultz. "Mas, se você voa, fundi-los significa um ponto a menos do corpo para destroncar durante o impacto com o solo no pouso, coisa que é um problema com os paraquedistas, por exemplo."

Nesse ponto, portanto, o bicho gaúcho era "do modelo antigo" -talvez um voador menos eficaz que outros pterossauros. Outros detalhes viram especulação, porque o fóssil é fragmentado, correspondendo basicamente a cacos dos ossos das patas da frente e de trás. "Pode ser que ele se revele algo ainda mais interessante, algo que ainda não era exatamente um pterossauro", diz Schultz.

Tal polêmica já está em curso. Alexander Kellner, especialista em pterossauros do Museu Nacional da UFRJ, está agora reexaminando o fóssil e diz ter dúvidas sobre sua classificação. "Estamos na fase inicial da pesquisa, fazendo uma redescrição."

Kellner aposta que se trata de um bicho que estaria na origem da linhagem dos pterossauros, sem ser um réptil voador verdadeiro, ou então algo que antecede a separação evolutiva de dinos e pterossauros, já que os dois grupos possuem um ancestral comum bastante próximo.

Isso preencheria um buraco dos grandes no registro fóssil, já que, até hoje, todos os pterossauros descobertos, mesmo os mais antigos, aparecem já "prontos", totalmente voadores. Mas formas mais intermediárias e terrestres devem ter existido.

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br/