“A História é simplesmente
um pedaço de papel coberto de tinta; o principal ainda é fazer a História, não
escrevê-la.”
Um dos mais importantes
estadistas europeus do século XIX, Otto von Bismarck foi o responsável pela
unificação dos 39 Estados que deram origem à nação alemã. De vontade
inflexível, valeu-se tanto da força bruta como de uma fria e calculada astúcia
com o objetivo de obter poder para sua Prússia natal e para si próprio.
Bismarck nasceu em 1815,
numa família pertencente à nobreza prussiana. Depois de frequentar a
Universidade de Göttingen e a de Berlim, e fracassar na tentativa de fazer
carreira no Exército e no funcionalismo público, entrou na política aos 32
anos, como delegado na Dieta Unida. Com arrogância e violência, o jovem
aristocrata defendeu a monarquia dos Hohenzollern com os liberais e
nacionalistas que exigiam a unificação e um governo constitucional. Férreo
defensor do poder absoluto do rei, em 1862 foi indicado por Guilherme I para
ocupar os cargos de primeiro-ministro e chanceler.
Bismarck adotou uma política
externa agressiva, baseada nos princípios da Real-politik, mediante a qual
conseguiu acabar com o domínio da Áustria sobre os Estados do norte alemão e
isolar durante muitos anos a grande inimiga da Prússia, a França. Após ter
completado a unificação da Alemanha, em 1890 o governo autocrático de Bismarck
foi encerrado pelo Kaiser Guilherme II, que exigiu o afastamento do velho “Chanceler
de Ferro”.
ROSE,
E. Jonathan. Os Grandes Líderes: Bismarck, São Paulo: Nova Cultura, 1987.
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