Como foi trabalhado na
postagem anterior, agora darei seguimento as exposições referentes à vida deste
gigante da literatura mundial. Mas para que você possa aproveitar de forma
satisfatória os conhecimentos depositados nestas postagens aconselho a leitura
do primeiro trabalho “A
vida de Edgar Allan Poe. PARTE I”, e então de seguimento aos estudos
nas próximas postagens.
Após abandonar a casa de
seus pais adotivos, Edgar parte para Boston, e com o dinheiro da sua mãe
adotiva apressa-se a fazer editar uma compilação de poesias compostas na
Universidade: “Tamerlão
e outros poemas, escritos por um Bostoniano”.
Em torno do livro gera-se o mais absoluto silêncio. Decepcionado, o poeta
desaparece durante algum tempo. Quando reaparece, conta a quem quer ouvi-lo que
esteve na Grécia a lutar pela liberdade, como o fizera o seu ídolo, o poeta
inglês Byron. Em seguida ter-se-ia dirigido
a S. Petersgurgo e sucessivamente à Itália, à França e à Alemanha. Em boa
verdade, nunca saíra da América. Alistara-se como simples soldado, sob o nome
de Edgar A. Perry, “empregado de escritório
em Boston, olhos cinzentos, cabelos escuros, pele clara, 1,70 m de altura”.
Assim o identifica, sem equívoco possível, o registro militar em 26 de maio de
1827. Após um período de instrução, “Edgar Perry” é transferido para a guarnição
da Ilha Sullivan, na Carolina do Sul, paisagem
desolada onde alguns anos mais tarde Poe situará a ação de um dos seus
primeiros contos, “O Escaravelho de Ouro”.
O serviço não é estafante, e
Edgar dispõe de muito tempo livre para compor o seu poema “Al Aaraaf”.
Graças à sua bela caligrafia e à sua boa conduta, o soldado “Perry”
ganha os galões de primeiro-sargento.
Volvidos, porém, alguns meses, já está saturado desta vida e requer o seu
licenciamento. Deseja entrar na Academia
Militar de West Point para se tornar oficial. Para se libertar, contudo,
das obrigações que contraíra, tem que pagar a um substituto que terminará o
tempo de seu serviço em seu lugar. Recorre obviamente a John Allan, que recusa de entrada
enviar-lhe a soma solicitada. Decidirá, no entanto aceder ao pedido do rebelde
contrito após a morte da sua mulher, Frances, ocorrida em 28 de fevereiro de 1829. Na
verdade, o luto marca uma aproximação momentânea dos dois “inimigos”. A 15 de
abril de 1829, Edgar parte finalmente para Washington,
com algumas cartas de apresentação e empenho de seu pai adotivo.
O irmão de Edgar que foi adotado por outra família, Henry Wadsworth Longfellow.
No Ministério, porém, as
formalidades arrastam-se, e o jovem decide dar um salto a Baltimore, a fim de aí travar conhecimento com seu irmão Henry,
oficial da Marinha. Instala-se em casa de Maria Clemm, irmã de seu pai, e passa o tempo a
escrever, a discutir literatura com Henry e a jogar com a sua priminha Virgínia.
É este um dos raros períodos felizes da sua vida. A sorte sorri-lhe também no
campo literário. Na sequência de uma apreciação favorável do crítico John Neal e da sua publicação na “Yankee and Boston Literary Gazette”, o seu poema “Al Aaraaf”, é
editado com Tamerlão e Outros Poemas. Não é evidentemente ainda a glória, mas
pelo menos Edgar já não é um desconhecido no mundo das letras.
John Kennedy Pendleton, amigo, benfeitor e protetor de Edgar.
Pouco depois o poeta precoce
entra em West Point. Nos primeiros
meses declara-se “extremamente satisfeito com tudo e todos”. Mas não tarda que
a falta de dinheiro e a vida dispendiosa que ele sustenta para afinar pelo
diapasão dos seus camaradas mais ricos o obriguem a contrair dívidas que, como
de costume, John
Allan se recusa a pagar. O negociante
voltara, aliás, a casar recentemente e estava finalmente à espera de um
herdeiro legítimo. Não podendo mais contar com a fortuna de Allan, Edgar
resolve abandonar a Academia. Começa a faltar às aulas, deserta do posto da
guarda. A 28 de janeiro de 1831, o Tribunal
Militar expulsa-o ignominiosamente de West Point. Edgar dirige-se sem perda
de tempo a Nova Iorque, para aí fazer editar um novo livro, “Poemas”,
utilizando para esse efeito dinheiro extorquido aos seus camaradas da Academia.
Não logrando obter um emprego em Nova Iorque, Edgar vê-se forçado a partir para
Baltimore e a instalar-se de novo em
casa de sua tia
Clemm. Os juízos dos biógrafos de Poe acerca desta mulher são
contraditórios. Baudelaire vê nela “o anjo bom do poeta” e Slater o “vampiro do
amor” que o domina. Como quer que seja, Maria Clemm ajuda-lo-á
a vencer muitas crises.
A tia de Edgar, Maria Plemm.
Poe passa todo o inverno em
casa da tia Clemm. Sustenta com uma jovem vizinha, Mary Devereaux, uma intriga
sentimental muito séria, que, aliás, termina bruscamente quando o noivo
perfeito se apresenta em casa da jovem perdido de bêbado e é posto porta fora.
Enfim, em 1833 obtém o primeiro sucesso concreto. Edgar ganha o prêmio de 50
dólares num concurso organizado pelo “Saturday
Visiter”, de Baltimore com o seu
conto “Manuscrito encontrado numa
garrafa”. O crítico Kennedy, membro eminente do júri, simpatiza
fortemente com o jovem autor e recomenda-o ao diretor do “Southern Literary Messenger” de Richmond, Thomas White, que o contrata
imediatamente como redator para todo o serviço.
Thomas Willis White, diretor do jornal "Southern Literary Messeger", que contrata Edgar como redator.
É assim que Edgar volta para Richmond, onde, entretanto (27 de março
de 1834) o seu pai adotivo morrera sem sequer o mencionar no seu testamento.
Decidido a conquistar a glória, Poe atira-se ao trabalho com toda a gana e toda
a paixão de que é capaz. “Agora sou feliz, tenho na minha frente uma
excelente expectativa de triunfo” escreve ele a Kennedy. Porém, alguns meses
volvidos os seus sentimentos já mudaram. “Nesta altura encontro-me num estado
verdadeiramente lastimoso. Sofro de uma depressão mental como jamais experimentei.
Tenho lutado em vão contra a melancolia. Encontro-me, pois, num estado
miserando, e ignoro porquê.” Começa a beber e perde o gosto pela
profissão. Thomas
White despede-o. Mas readmite-o em
1835, sempre a pedidos reiterados de Kennedy.
Desta vez Edgar chega a Richmond
acompanhado de Maria
Clemm e de Virgínia, melhor, Virgínia Poe.
Com efeito, a 22 de setembro a priminha tornara-se secretamente sua mulher. Tem
apenas 13 anos! Edgar entrega-se a um trabalho tenaz e duro, a tiragem do jornal
aumenta vertiginosamente, e White nomeia-o redator-chefe, como o ordenado
mensal de 800 dólares.
A esposa de Edgar Virgínia Clemm.
Não
deixe de acompanhar as próximas postagens e conheça mais sobre a vida deste
gigante da literatura universal, Edgar Allan Poe. Mas lembre-se, caso ainda não
tenha lido o primeiro texto, leia acessando este link: http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br/2016/08/a-vida-de-edgar-allan-poe-parte-i.html
CONTINUA
NA PRÓXIMA POSTAGEM!
Referência:
ORLANDI,
Enzo (Org.). Gigantes da Literatura Universal: Edgar Poe. Lisboa: Editora
Verbo, 1972, pg.14-18.
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