Autor: Contrutor CHH
Hans Staden fez duas viagens ao Brasil, uma em 1548
e outra em 1550. Possuía um escravo chamado Guaramirim. Hans foi capturado
quando procurava seu escravo o índio Guaramirim, mas Hans acaba nas mãos dos Tupinambás.
Uma tribo inimiga dos portugueses, mas aliada dos franceses. Eles confundem
Hans com um português e levam ele para aldeia para passar por todos os rituais
antes de ser servido como alimento de vingança pela morte dos tupinambás nas
mãos dos portugueses. Ao se aproximarem da aldeia todos começam a gritar ‘ ai
vem chegando nossa comida’, pintam seus corpos e enfeitam-se com vários
adereços, dançam e cantam ao redor de Hans Staden que está apavorado. Os homens
da aldeia realizam rituais com chocalhos na tenda onde Hans é colocado e
realizam uma espécie de interrogatório com ele insistindo ser ele português,
enquanto Hans nega veementemente não ser português, mas eles não acreditam
nele. Os índios Tupiniquins são inimigos dos Tupinambás, pois os tupiniquins
apoiam e lutam ao lado dos portugueses. Hans tenta explicar o mal entendi e diz
ser amigo dos franceses e não dos portugueses, pois os franceses tem aliança
com os tupinambás. Hans procura refúgio em orações em sua língua natal o
alemão. Após algum tempo as índias pegam Hans e raspam sua barba enquanto
cantam. Os tupinambás cuidam da alimentação de Hans para que ele esteja
saldável quando ser realizado o ritual antropofágico.
Hans tenta rejeitar a comida, mas é obrigado a comer,
pois senão irão sacrifica-lo e come-lo antes que emagreça. No filme podemos ver
que as índias cuidam da limpeza da
aldeia, os pajés são homens, os homens da tribo é que escoltam Hans a vários lugares. Ele bebe junto aos índios o
Cauim uma bebida fermentada, feita com mandioca ou milho primeiramente
mastigado pelas índias e depois cuspido em um tacho aonde a fermentação ocorre
devido as enzimas presentes na saliva humana. Os tupinambás explicam a Hans que
comer o inimigo é um gesto de vingança. Os índios ficam bêbados com o Cauim e
Hans tem alucinações devido a bebida.
Então Hans decide construir uma cruz para orar ao seu
Deus e prática a sua fé diante da quase certa morte. Ele se ajoelha diante da
cruz e ora, a noite ele interage com os índios em volta da fogueira. Tem inicio
uma epidemia na aldeia, e os nativos temem que seja o Deus branco de Hans que
está punido eles por terem preso seu fiel. Esperto Hans aproveita a
oportunidade e utiliza a superstição dos índios e instiga a sua crença que seu
Deus está deixando os tupinambás doentes. Agora eles pedem ajuda a Hans que os
cure e eles não lhe faram mais mal e nem zombaram dele mais.
Vemos que outra função das mulheres na aldeia é lamentar
os mortos. Pois diante da epidemia muitos nativos morrem e o povo da aldeia
encontra-se a beira do desespero. Os índios homens fabricam arcos e flechas
para guerra e para a caça enquanto as mulheres fazem a comida.
Chega então a aldeia um francês que já é amigo antigo
dessa tribo tupinambá e diz que Hans é francês para o ajudar e diz que Hans não
é português, Hans por ser um homem culto fala alemão, português e o tupinambá,
mas não sabe falar francês o que deixa os índios com certeza de ele não ser
francês e ajuda do francês acaba não sendo muito útil, principalmente pelo fato
de negarem leva-lo junto com eles no navio.
As mulheres cantam músicas para o ritual antropofágico e
desenham na clava que deve ser usada no ritual para mata-lo e um guerreiro deve
ser escolhido para usar a clava.
Chega a aldeia um grupo de guerreiros que capturaram um
tupiniquim seus inimigos e logo iniciam os rituais para realizar a refeição com
o corpo do inimigo. Eles matam e cozinham o tupiniquim e todos comem sua carne
menos Hans.
Um grupo de portugueses vai em resgate de Hans Staden e
deixam um baú com vários badulaques que os índios gostam. Os portugueses estão
tentando se aproximar dos tupinambás para resgatar Hans. Os homens indígenas é
que fazem as trocas com os europeus. Os tupinambás levam Hans com eles ao
atacarem índios de tribos adversárias ou portugueses. Os tupinambás pegavam os
portugueses que haviam tentado resgatar
Hans antes. Ao retornar a aldeia os índios haviam destruído a cruz que Hans
havia construído.
Como a epidemia se agrava entre os índios e mais deles
são vitimados pela doença, os próprios índios reconstroem a cruz achando que o
Deus que Hans acredita os está punindo e além de uma chuva constante que assola
a região. Hans então ciente da oportunidade ora e logo após a chuva para e os
nativos dão os méritos ao Deus que Hans acredita.
A aldeia tupinambá que capturou Hans da ele de presente a
outra aldeia tupinambá. Mas Hans não gosta da ideia, pois já havia escolhido
uma índia da outra tribo por esposa. Então o cacique da outra tribo diz que ele
deverá escolher uma dentre as mulheres de sua aldeia como esposa também.
Então os franceses vêm buscar Hans e trazem consigo uma
camisa. Tem ordens de levar Hans a todo custo para a Europa, ele já está a 9
meses com os tupinambás. Os índios da nova aldeia de Hans vão com ele até o
navio francês esperando receber a promessa das mercadorias que lhes foi
feita. Hans explica para o cacique que
voltará para seu país, mas retornará novamente.
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Referências:
HANS STADEN. Produção de Luís Alberto Pereira. Brasil/Portugal: Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual (IPACA), Jorge Neves Produção Audiovisual, Lapfilme, 1999. 1 Dvd (96 min.): son., color. Legendado. Port.
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