quinta-feira, 1 de maio de 2014

The Human Race - Crítica.


A trágica propensão humana à violência é dissecada de forma crua no filme The Human Race. Colocando dezenas de personagens em situações limite proporcionadas por uma competição mortal, o diretor Paul Hough mostra que, quando impelidos, muitos de nós somos capazes das maiores atrocidades para sobreviver. Já quem não cede à pressão costuma pagar um preço alto por isso.

No longa, 80 pessoas são retiradas de seus cotidianos e obrigadas a participar de um jogo bizarro em um local desconhecido. O grupo é composto por indivíduos de origens étnicas, sociais, religiosas e econômicas diversas. Os jogadores ouvem regras simples e cruéis que estabelecem uma corrida praticamente sem trégua na qual morrerá quem pisar na grama, desviar do caminho ou for ultrapassado duas vezes.

Incredulidade e pânico tomam conta de todos quando o primeiro participante torna-se vítima logo após o anúncio das regras. A morte é impactante, demonstrando que neste jogo o que importa é vencer. Assim, os envolvidos partem em uma maratona rumo à própria sobrevivência, na qual questões morais básicas viram pó.

O filme é pouco condescendente com a natureza do ser humano. Hough não alivia a barra para ninguém. Conflitos e traições tornam-se comuns até mesmo entre amigos. Católicos, muçulmanos, asiáticos, negros, brancos, surdos, crianças, grávidas, velhos, mocinhos ou bandidos, todos terão a sua vez. Apenas um se salvará.

Com seu roteiro, o diretor sugere que qualquer pessoa pode tornar-se um assassino psicótico, bastando para isso ser inserido em condições específicas. Ao mesmo tempo, indica que mesmo quem consegue manter padrões morais em situações opressoras e de risco de vida tende a ser subjugado pelos demais.

Não à toa, o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 — 1679) estabelece em sua obra a necessidade de um Estado para controlar a propensão violenta e destrutiva dos homens. Porém, em The Human Race, a corrida que se realiza não tem origem em nenhum Estado diretamente relacionado com a nossa dimensão. Ou, pelo menos, não um sobre o qual tenhamos provas reais quanto a isso.

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