Localização da Núbia. Imagem: MOKHTAR, Gamal (Org.). História Geral da África. Vol. II: A África Antiga. São Paulo: Ática/Unesco, 1983.
A Núbia, era e é uma terra
de negros. Os egípcios sempre retrataram os habitantes da Núbia com uma pele
muito mais escura do que a sua. Os gregos, e posteriormente os romanos
chamavam-nos de “Etíopes”, isto é “Os que possuem a Pele Queimada”. A Núbia
possui uma longa história que vai de 7000 a.C à 700 d.C aproximadamente.
Apartir de 7000 a.C no Período Úmido do final do Neolítico, a Núbia aparece
como palco de uma cultura material comum a todo o seu território.
Apenas por
volta de 3000 a.C é que se pode perceber uma clara diferença entre a
civilização do Baixo vale do Nilo egípcio, e o Alto Vale Núbio Antes do III
milênio a.C, o Egito já enviava expedições à Núbia. Durante o reinado do Faraó
Djer (2.900 a.C) os egipicíos já haviam atingido a Segunda Catarata do Nilo.
Localização
A
Núbia por sua posição geográfica é uma encruzilhada onde se encontram elementos
de diversas civilizações.A região Núbia faz parte da Bacia do Nilo que se
estende da fronteira oeste-noroeste na atual Etiópia até o Egito.
Incluindo o
Vale do Nilo, partes do Nilo Branco e Azul e incluía todos os seus tributários
ao norte do 12° paralelo. A Núbia sempre foi um elo entre a África Central – a
dos Grandes Lagos - e da Bacia do Congo – e o Mundo Mediterrâneo, devido a isso
é também conhecida como “Corredor Núbio”, aonde o Nilo corre em sua direção.
Os
egípcios a denominavam TA-SETI que
significa “Terra do Arco”.
Crenças dos povos
da Núbia
Sua
vida religiosa era essencialmente local, pois cada grupo venerava o deus de seu
povoado. Suas divindades eram representações de animais, plantas ou objetos.
Divinizavam as forças da natureza e os elementos (animados ou não).
Suas
crenças religiosas e rituais fúnebres, testemunham um forte parentesco entre
várias regiões do Nilo. Apartir da XIX Dinastia Egípcia começa um processo de
completa egipcianização do país Núbio. Os nativos adotaram a religião egípcia e
passaram a adorar as divindades egípcias. Os velhos costumes funerários foram
substituídos por rituais egípcios.
Sebiumeker é a divindade núbia da criação. Ele usava uma coroa dupla e tinha orelhas grandes, uma característica de grandeza. Além disso, ele possuía uma barba divina. Imagem fonte: http://www.ancientsudan.org/religion_08_sebiumeker.html
Apedemak , era um deus guerreiro núbio com cabeça
de leão. As vezes descrito tendo três cabeças de leão e quatro braços humanos.
Imagem fonte: http://cartelfr.louvre.fr/cartelfr/visite?srv=car_not_frame&idNotice=16064
Mandulis, O Templo de Kalabsha na Núbia foi
dedicado ao deus Mandulis que era uma forma Núbia de Horus. Era retratado
vestindo um cocar elaborado de chifres de carneiro, cobras e plumas acima de um
discos solar. As vezes aparece em forma de falcão com cabeça humana. Imagem
fonte: http://www.touregypt.net/godsofegypt/mandulis.htm
Em breve Continuação na II Parte.
29/03/2013
Leandro Claudir é
Acadêmico de História pela Universidade Luterana do Brasil, Técnico em
Informática pela QI Escolas e Faculdades. Habilitado em Liderança de Círculos
de Controle de Qualidade Empresarial pelo Sesi. Criador e Administrador do
Projeto Construindo História Hoje. IBSN- 7837-12-38-10.
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Você quer saber mais?
MELLA, Federico A. Arborio.
O Egito dos Faraós: história, civilização e cultura. São Paulo: Editora Hemus,
1981. pp. 218-219, 263, 270-271, 299, 411, 417, 442.
MOKHTAR, Gamal (Org.).
História Geral da África. Vol. II: A África Antiga. São Paulo: Ática/Unesco,
1983. pp. 227-229, 232-233, 243, 257, 267, 277, 340.
Grande Enciclopédia Larousse
Cultural.São Paulo: Enciclopédia Nova Cultura, 1999. pg. 2030.
SILVA, Alberto Costa e. A
Enxada e a Lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 1985.
KI-ZERBO, Joseph. História
Geral da África Vol. 1: metodologia e pré-história da África. Brasília: Unesco,
2010. pp. 88, 830.
Muito interessante os gráficos e as explicações repassadas. Valeu!
ResponderExcluirabraço