Resto
da fortaleza em Buhen, na Núbia, mandada erigir por Senusret III. Imagem: http://www.touregypt.net/
Desde cedo o Vale do Nilo
estimulou o contato do Egito com a Núbia pela sua posição geográfica. Sob o
Médio Império, ocupada pelos egípcios por razões econômicas e defensivas.
Nossos conhecimentos a respeito da Núbia e do país de Punt baseiam-se unicamente
em material arqueológico e epigráfico (desenhos murais em particular), não se
tendo encontrado fontes escritas até o presente momento.
Aspectos Defensivos: Proteger a fronteira
meridional contra os povos do deserto, a leste. Foram construídas fortalezas
sob a XII Dinastia. A ocupação da Núbia foi concluída pelo Faraó Amósis da
XVIII Dinastia. Ainda na XVIII Dinastia Tutmés III, ampliou seu domínio até a
Quinta Catarata e colocou a região sob a autoridade de um Vice-Rei, “O Filho
Real de Cux”.
No Novo Império Ramsés II da XIX Dinastia inicia intensa
atividade construtiva na Núbia. Constrói o Templo de Abu-Símbel.... Fortalece o
sistema de Vice-Reino que agora está organizada segundo os padrões egípcios.
Montou-se um sistema administrativo egípcio com escribas, sacerdotes, soldados
e artesãos. Essa nova ordem resultou na completa egipcianização do país.
Ruínas
das Muralhas de Buhen na Núbia. Imagem: http://www.touregypt.net/
Aspectos Econômicos: Garantir a importação dos
produtos do Sul (penas de avestruz, peles de leopardo, marfim, ébano [madeira
preta e resistente] e a exploração das riquezas minerais da Núbia como o ouro e
outros metais preciosos. Ainda em relação aos aspectos econômicos a Núbia e o
Egito demonstravam laços estreitos de intercâmbio de produtos. Um exemplo é a
Argila Fóssil Amarela Núbia que os egípcios transformavam em Cerâmica Qena.
Na
Núbia foram encontrados diversos produtos de origem egípcia como perolas,
amuletos de ébano e marfim, incenso e objetos de obsidiana. Curiosidade: O ouro amarelo (NOUB, em egípcio); a
esse respeito convém observar que pode o topônimo Núbia tem sua origem nessa
palavra egípcia, mas não se sabe ao certo.
Produtos
exportados para o Egito provenientes da Núbia: Penas de Avestruz, Incenso, Pele de Leopardo e Marfim. Imagem: http://www.picasaweb.google.com/
Produtos exportados para o Egito provenientes da Núbia: Ouro, Obsidiana e Madeira de Ébano. Imagem: http://www.picasaweb.google.com/
01/04/2013
Leandro
Claudir é Acadêmico de História pela Universidade
Luterana do Brasil, Técnico em Informática pela QI Escolas e Faculdades.
Habilitado em Liderança de Círculos de Controle de Qualidade Empresarial pelo
Sesi. Criador e Administrador do Projeto Construindo História Hoje. IBSN- 7837-12-38-10.
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Você quer saber mais?
MELLA, Federico A. Arborio. O Egito dos Faraós: história,
civilização e cultura. São Paulo: Editora Hemus, 1981. pp. 218-219, 263,
270-271, 299, 411, 417, 442.
MOKHTAR, Gamal (Org.). História Geral da África. Vol. II: A África
Antiga. São Paulo: Ática/Unesco, 1983. pp. 227-229, 232-233, 243, 257, 267,
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Grande Enciclopédia Larousse Cultural.São Paulo: Enciclopédia Nova
Cultura, 1999. pg. 2030.
SILVA, Alberto Costa e. A Enxada e a Lança: a África antes dos
portugueses. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1985.
KI-ZERBO, Joseph. História Geral da África Vol. 1: metodologia e
pré-história da África. Brasília: Unesco, 2010. pp. 88, 830.
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