Alessandro Pavolini, em 1938. Imagem: Metapedia.
Alessandro
Pavolini (27 Setembro 1903, 28 Abril 1945) foi um político italiano, jornalista e ensaísta, conhecido principalmente pela sua
relação com o regime Fascista durante a Segunda Guerra Mundial. Nascido em Florença, Pavolini era filho de
Paolo Emilio Pavolini, grande
especialista em Sanscrito e outras línguas indo-europeias. Estudante
brilhante, formou-se ao mesmo tempo em Direito pela Universidade de Florença e em Ciências Políticas
na Univerisade de Roma La Sapienza, viajando constantemente entre as duas
cidades.
Depois
de se juntar ao movimento de Benito Mussolini em Florença, tomou parte em
diversas ações dos Camisas-Negras,
dirigindo uma esquadra durante a Marcha sobre Roma de 1922, o momento em que o
Fascismo tomou o poder em Itália. A Pavolini foram confiadas tarefas no Campo
Cultural, incluindo programas para a juventude lançados pelos fascistas,
enquanto contribuia para várias públicações fascistas como Battaglie fasciste,
Rivoluzione fascista e Critica fascista.
Pavolini aos 21 anos. Imagem: Isses.
Graças
à sua amizade com o líder fascista de Florença, Luigi Ridolfi, iniciou uma
carreira política como deputado de Ridolfi em 1927. De 1929 a 1934 foi líder
local do Partido Nacional Fascista (PNF) em Florença, assim como editor da
publicação fascista Bargello, para onde convidou vários intelectuais a
contribuir.
Pavolini pretendia que o
Fascismo fosse um regime cultural e aristocrático, tendo por isso iniciado uma
série de eventos culturais que sobreviveram à queda do regime e à sua morte, incluindo a representação anual do tradicional Calcio
Fiorentino (uma espécie de futebol da era renascentista), o Maggio Musicale
Fiorentino e a Feira de Artesanato de Ponte Vecchio. Entre 1934 e 1942 foi
colaborador regular
do jornal Corriere della Sera como convidado especial.
Depois de se tornar membro da direção do
PNF em 1932, trocou a política local pela presidência da Confederação Fascista de Artistas, o que o levou até
a uma posição de liderança no Conselho
das Corporações. É nesse período que institui
a Littoriali, uma espécie de olimpíadas culturais. Tomou parte na Segunda
Guerra Italo-Abissínia como tenente inspector do esquadrão liderado por
Galeazzo Ciano (grupo que foi chamado La Disperata) e como correspondente para
o Corriere della Sera. Ao mesmo tempo, Pavolini publicava ensaios culturais e
literários, tais como Disperata (1937) e Scomparsa d’Angela (1940). Em 1939 foi
nomeado Ministro da Cultura Popular por Mussolini, ocupando esse cargo até
1943.
Pavolini quando Secretário Geral do Partido Fascista Republicano. Imagem: Isses.
O
desembarque dos Aliados na Sicília e a proclamação da República Sociale
Italiana no Norte de Itália fizeram com que Pavolini fosse integrado no governo
do novo Estado. Foi imediatamente promovido a secretário geral do reformado
PNF, agora Partido Fascista Republicano (a primeira e única pessoa a ocupar
esse cargo).
É de sua a autoria os principais documentos da nova República
assim como a responsabilidade da criação das Brigadas Negras. Nos últimos meses da RSI, foi um dos partidários do plano
Ridotto alpino repubblicano, que defendia a retirada de todas as tropas
fascistas para tentar uma resistência desesperada contra os Aliados.
Alessandro Pavolini foi diversas vezes condecorado
com as medalhas de:
·
Medaglia
d'argento al valor militare (Guerra d'Etiopia).
·
Valor
militare silver medal BAR.svg Medaglia d'argento al valor militare (Campagna di
Grecia).
·
VolontarioAOI.png
Medaglia di benemerenza per i volontari della campagna in Africa Orientale
1935-36.
·
FronteNord+.png
Medaglia commemorativa delle operazioni militari in Africa Orientale (ruolo
combattenti).
·
MarciaSuRoma.png
Medaglia commemorativa della Marcia su Roma.
·
AnzianitaMVSN.png
Croce di anzianità di servizio nella Milizia Volontaria Sicurezza Nazionale.
·
Croce di Ferro.png Croce di Ferro (Germania).
Alessandro Pavolini esteve
presente em Portugal, por ocasião da inauguração da nova sede do Instituto Italiano de Cultura, instituído
em 1936 no palacete,onde Pavolini (futuro ministro da cultura popular em
1939) apresentou duas conferências: uma sobre a organização corporativa
italiana e outra sobre a arte fascista. Pavolini sempre viu na cultura um meio de interação entre as
nações.
A
função primária do Instituto era efetivamente a de acompanhar as diretivas da
conhecida Accademia
Reale, órgão de cultura do governo fascista onde pertenciam muitos
dos intelectuais e escritores da época como L. Pirandello, G. D’Anunzio, F. T.
Marinetti.
Ao final da
II Guerra Mundial, Pavolini, foi capturado e executado por partisans (guerrilheiros formados em sua
maioria por comunistas, anarquistas e socialistas de diversas vertentes
políticas) em Abril de 1945, acabando o seu cadáver exposto na
Piazzale Loreto, em Milão, ao lado de Mussolini e outros fascistas.
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