Inicío das obras do muro que separou a cidade de Berlim apartir de 1961. Imagem: Enciclopédia Larousse Cultural.
Quando Berlim foi tomada pelas tropas soviéticas em 2 de maio de 1945, no momento em que
Hitler acaba a de suicidar-se (30 de abril), em 8 de maio foram assinados o ato
de rendição e o ato de capitulação das Forças Armadas Alemãs.
Situada em zona soviética, Berlim foi então dividida em
quatro setores administrativos por uma comissão de controle ( Grã-Bretanha,
EUA, antiga URSS e França). Em 1947, com o fracasso da conferência dos
ministros de Relações Exteriores em Moscou, a elaboração da Doutrina Truman* e a instauração
do Plano Marshall**, a antiga
URSS decidiu tomar medidas com o
objetivo de afastar a Grã-Bretanha, França e EUA de Berlim. Ao bloqueio
(1948-1949), os Aliados interpuseram uma gigantesca
ponte aérea. A livre circulação entre os setores oriental e ocidental de
Berlim subsistiu, em seguida, por 12
anos.
Nesta foto vemos o muro finalizado que atravessou Berlim por 28 anos. Imagem: Bettmann.
Em novembro de 1958, a antiga URSS
aboliu unilateralmente o estatuto quadripartido; a crescente emigração de leste para
oeste levou as autoridades da Alemanha Oriental a construir, a partir de 13 de agosto de
1961, um muro que passou
a separar Berlim Oriental (Capital da República
Democrática Alemã) de Berlim Ocidental (Vinculada à República Federal da Alemanha, sob estatuto especial).
Mapa da cidade de Berlim, após a Segunda Guerra Mundial. Imagem: Infoescola.
Na noite de 9-10 de novembro de 1989, a livre circulação entre Berlim Ocidental e
Berlim Oriental foi restabelecida (abertura do muro e da fronteira entre as
Alemanhas).
Em 1990, conforme
dispositivos do Tratado de Moscou (12 de
setembro), os quatro aliados suspenderam (1° de outubro) seus direitos e
responsabilidades sobre Berlim. Após a unificação (3 de outubro), a cidade
voltou a ser a capital da Alemanha.
Fotos da queda do Muro de Berlim em 1989. Imagem: Bettmann.
A fim de assegurar plenamente seu papel de
capital, em junho de 1991 foi decidida a transferência, num prazo de quatro
anos, do Bundestag e da sede do governo, localizada em Bonn. Em 1993, foi
prorrogado para o ano 2000 o prazo da transferência do Bundestag e da sede do
governo alemão de Bonn para Berlim.
************
*Doutrina Truman: Doutrina Truman é o nome
dado a uma política externa implantada durante o governo Truman e direcionada
ao bloco de países capitalistas no período pré-Guerra Fria. Tal doutrina tinha
como objetivo impedir a expansão do socialismo, especialmente em nações
capitalistas consideradas frágeis.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou destruída e enfraquecida política e economicamente, com isso emergiram duas potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, que representavam o capitalismo e o socialismo, respectivamente.
Ao sair da Guerra, a União Soviética aspirava ampliar a atuação do socialismo, a começar pelo leste europeu. Ao perceber a expansão do socialismo, liderada pelos soviéticos, o britânico Winston Churchill começou a motivar todos os capitalistas a criarem estratégias com intuito de conter tal avanço.
O governo norte-americano declarou apoio a essa iniciativa, o presidente Harry S. Truman, no dia 12 de março de 1947, proferiu diante do Congresso Nacional um agressivo discurso, afirmando que os países capitalistas deveriam se defender da ameaça socialista.
A partir dessa declaração se consolidou a Doutrina Truman, e, para alguns estudiosos, começou a Guerra Fria, espalhando pelo mundo uma rivalidade entre capitalistas e socialistas.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa ficou destruída e enfraquecida política e economicamente, com isso emergiram duas potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, que representavam o capitalismo e o socialismo, respectivamente.
Ao sair da Guerra, a União Soviética aspirava ampliar a atuação do socialismo, a começar pelo leste europeu. Ao perceber a expansão do socialismo, liderada pelos soviéticos, o britânico Winston Churchill começou a motivar todos os capitalistas a criarem estratégias com intuito de conter tal avanço.
O governo norte-americano declarou apoio a essa iniciativa, o presidente Harry S. Truman, no dia 12 de março de 1947, proferiu diante do Congresso Nacional um agressivo discurso, afirmando que os países capitalistas deveriam se defender da ameaça socialista.
A partir dessa declaração se consolidou a Doutrina Truman, e, para alguns estudiosos, começou a Guerra Fria, espalhando pelo mundo uma rivalidade entre capitalistas e socialistas.
**Plano Marshall:
O
fim da Segunda Guerra Mundial trouxe à Europa um cenário de devastação material
acompanhado pela morte de milhares de pessoas. A crise de valores trazida por
esse cenário problemático colocou em cheque qual modelo de desenvolvimento
social e econômico poderia satisfazer as demandas dessa terra devastada. As
antigas potências européias pareciam ter a oportunidade de se reerguer por meio
de uma economia mundialmente liderada pelos EUA, ou adotar as premissas do
socialismo soviético.
A nova configuração político-ideológica de caráter aparentemente binário engendraria, depois da Segunda Guerra, os primeiros passos para a Guerra Fria. Os Estados Unidos, representante máximo do sistema capitalista, perceberam que a instabiliade européia poderia transformar o Velho Continente em um novo campo de expansão das doutrinas socialista e comunista. Visando conter esse possível quadro, os EUA resolveram estabelecer o Plano Marshall.
O plano foi conhecido em março de 1947, depois de uma declaração do chefe de Estado dos EUA, general George Catlett Marshall. Segundo o plano, uma quantia de 17 bilhões de dólares seria liberada para que os países europeus reerguessem a sua economia. No entanto, as nações do leste europeu convertidas ao regime socialista não foram beneficiárias desse mesmo plano graças à intervenção política de Joseph Stálin. Tal episódio deixou ainda mais explícito o cenário de clara cisão ideológica.
De forma geral, o dinheiro obtido com o plano de ajuda financeira foi utilizado na compra de combustíveis, máquinas, veículos, matérias-primas, alimentos, rações e fertilizantes. Entre os maiores credores dessa ação estavam a Inglaterra (3,2 bilhões); França (2,7 bilhões); Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão). Essa ação foi de grande beneficio para os Estados Unidos, que desenvolveu sua economia com a grande demanda gerada pelas nações européias.
Em pouco tempo, os objetivos de recuperação econômica foram alcançados e um novo acordo de cooperação foi estabelecido entre o bloco capitalista europeu e os Estados Unidos. A cooperação econômica foi reconfigurada para um novo acordo de cooperação militar que visava fazer frente a algum possível ataque do bloco socialista. A chamada Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) firmava um acordo de ajuda militar entre os países pertencentes ao bloco capitalista.
O estabelecimento da OTAN não significou a retomada da antiga supremacia política e econômica do Velho Mundo. A partir desse acordo militar, os Estados Unidos visavam garantir os lucros obtidos através da exportação de gêneros agrícolas e industriais. De forma geral, o Plano Marshall e a OTAN instituíram a hegemonia política e econômica dos EUA no mundo.
A nova configuração político-ideológica de caráter aparentemente binário engendraria, depois da Segunda Guerra, os primeiros passos para a Guerra Fria. Os Estados Unidos, representante máximo do sistema capitalista, perceberam que a instabiliade européia poderia transformar o Velho Continente em um novo campo de expansão das doutrinas socialista e comunista. Visando conter esse possível quadro, os EUA resolveram estabelecer o Plano Marshall.
O plano foi conhecido em março de 1947, depois de uma declaração do chefe de Estado dos EUA, general George Catlett Marshall. Segundo o plano, uma quantia de 17 bilhões de dólares seria liberada para que os países europeus reerguessem a sua economia. No entanto, as nações do leste europeu convertidas ao regime socialista não foram beneficiárias desse mesmo plano graças à intervenção política de Joseph Stálin. Tal episódio deixou ainda mais explícito o cenário de clara cisão ideológica.
De forma geral, o dinheiro obtido com o plano de ajuda financeira foi utilizado na compra de combustíveis, máquinas, veículos, matérias-primas, alimentos, rações e fertilizantes. Entre os maiores credores dessa ação estavam a Inglaterra (3,2 bilhões); França (2,7 bilhões); Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão). Essa ação foi de grande beneficio para os Estados Unidos, que desenvolveu sua economia com a grande demanda gerada pelas nações européias.
Em pouco tempo, os objetivos de recuperação econômica foram alcançados e um novo acordo de cooperação foi estabelecido entre o bloco capitalista europeu e os Estados Unidos. A cooperação econômica foi reconfigurada para um novo acordo de cooperação militar que visava fazer frente a algum possível ataque do bloco socialista. A chamada Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) firmava um acordo de ajuda militar entre os países pertencentes ao bloco capitalista.
O estabelecimento da OTAN não significou a retomada da antiga supremacia política e econômica do Velho Mundo. A partir desse acordo militar, os Estados Unidos visavam garantir os lucros obtidos através da exportação de gêneros agrícolas e industriais. De forma geral, o Plano Marshall e a OTAN instituíram a hegemonia política e econômica dos EUA no mundo.
Leandro
Claudir
COPYRIGHT ATRIBUIÇÃO - NÃO COMERCIAL ©
Copyright
Atribuição –Não Comercial© construindohistoriahoje.blogspot.com.
Este texto está sob a licença de Creative Commons Atribuição-Não
Comercial. Com sua atribuição, Não Comercial — Este trabalho não
pode ser usado para fins comerciais. Você pode republicar este artigo ou
partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado
e seja claramente atribuído a “Construindo História Hoje”.
Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Construindo História Hoje tem
a obrigação adicional de incluir um link ativo para http:/www.construindohistoriahoje.blogspot.com.br. O link não é exigido para citações. A
republicação de artigos de Construindo História Hoje que são originários de
outras fontes está sujeita às condições dessas fontes e seus atributos de
direitos autorais.
Você quer saber mais?
Grande
Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Editora Nova Cultura, 1995, vol 4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário