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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Duas datas esquecidas


Princesa Isabel, assinando a Lei Áurea.

No último dia 11 de Maio, celebramos o 74º aniversário do Levante de 11 de Maio de 1938, única reação armada de vulto contra a ditadura estadonovista de Getúlio Vargas, e, no último dia 13 de Maio, por seu turno, celebramos o 124º aniversário da assinatura, pela Princesa Isabel, então Regente do Império, da Lei Imperial n.º 3.353, de 13 de Maio de 1888, mais conhecida como Lei Áurea, por ter sido assinada com pena de ouro, dada à Regente do Império por grupo de abolicionistas encabeçado por José do Patrocínio.

O Levante de 11 de Maio, cujo principal ato foi o ataque ao Palácio Guanabara, a despeito de precipitado e à revelia dos líderes do amplo movimento que ora se formara em prol da deposição do ditador, se não tirano, Getúlio Vargas, deve ser sempre recordado como um heróico ato de um pugilo de autênticos patriotas e nacionalistas na acepção integral, sadia e edificadora do vocábulo, e cujos mortos, a maioria fuzilada pelo criminoso Benjamim Vargas, irmão do ditador, devem ser reverenciados como lídimos mártires do Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro. E que fique registrado que esses legionários de Deus, da Pátria e da Família não atacaram, naquela madrugada, o Palácio Guanabara para matar Vargas, como afirmam alguns adeptos da falsa religião marxista travestidos de historiadores, mas sim para depô-lo e prendê-lo. Ademais, cumpre assinalar que entre os atacantes do Palácio, todos Integralistas, com exceção do covarde Severo Fournier, que dali acabou fugindo, se encontravam o chamado “Almirante Negro” João Cândido, principal líder da denominada Revolta da Chibata, de 1910, e o Príncipe D. João Maria de Orleans e Bragança, neto da Princesa Isabel, que, aliás, residira, por vários anos, no Palácio Guanabara, de que era proprietária.     

O Integralismo Vigia! Jamais esqueceremos o 11 de maio de 1938.

Já o 13 de Maio marca
o fim do ignominioso sistema escravista no Brasil. Pelo seu gesto grandioso, a Princesa Isabel, a partir de então cognominada a Redentora, trocou o Trono pela redenção de uma estirpe e inscreveu em ouro seu nome na História Pátria. Como recompensa, o Papa Leão XIII a agraciou com a Rosa de Ouro, ofertada a soberanos e personalidades católicas ilustres. Exilada do País, com toda a Família Imperial, após o golpe de Estado de 15 de Novembro de 1889, “guardou para sempre”, no dizer de Plínio Salgado, “a recordação e o amor ao Brasil e a íntima satisfação de haver livrado nossa Pátria da vergonhosa nódoa que maculava sua Bandeira” [1]. Esperamos que estejam corretos aqueles que a consideram santa, de modo que possam um dia se cumprir as palavras ditas pelo Barão de Paranapiacaba à Redentora: "Oxalá veja um dia o mundo católico a vossa beatificação e a Igreja acolha também em seu seio a Santa Isabel brasileira". E igualmente esperamos que ela nos abençoe em nossa luta contra as ideologias racistas que tanto se fortalecem nestes tempos em que as chamadas “esquerdas” trocam cada vez mais a “luta de classes” pela “luta de raças”, bem como em nossa peleja por uma Nova Abolição, Abolição do Povo e da Nação Brasileira da escravidão econômica aos grandes grupos financeiros internacionais, à usurocracia mamonística dos fariseus da Internacional Dourada.

Nestes tempos nefastos em que os ideólogos de um “Brasil Novo”, que não é senão o antiBrasil, substituem, pouco a pouco, nos calendários, as grandes datas da História Nacional por datas de fatos contrários à nossa Tradição Histórica, nós outros, arautos do verdadeiro Brasil Novo, do Brasil Eterno, Profundo, Tradicional e Autêntico, lutamos para que sejam lembradas as grandes datas legítimas e esquecidas de nossa tão nobre e desconhecida História, tais como o 11 de Maio e o 13 de Maio.

Pelo Bem do Brasil!

Victor Emanuel Vilela Barbuy
Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira
16 de Maio de 2012.

Notas:
[1] SALGADO, Plínio. História do Brasil. Vol. II. São Paulo: Editora F.T.D. S.A., 1970, p. 145.
[2] Citado pelo Prof. Hermes Rodrigues Nery em discurso proferido na Catedral de Petrópolis aos 13 dias do mês de Maio do ano de 2012, durante homenagem à Redentora realizada diante do Mausoléu que abriga, dentre outros, os restos mortais dela, de seus genitores, D. Pedro II e D. Teresa Cristina, e de seu esposo, o Conde D'Eu.  

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