Mais tarde ele mesmo afirmava: “(...) abraçava de corpo e alma o ideal integralista, jurando trabalhar sem descanso por Deus, pela Pátria, e pela Família, podia dar expansão ao meu entusiasmo jovem, sacrificando mesmo meu futuro.”
Entretanto, Oswaldo Tagliavini foi um entusiasta ferrenho do ideário italiano, até abandonar suas simpatias fascistas, em prol do integralismo. Infelizmente a filosofia política de Mussolini era falha, e não poderia mesmo subsistir. Era a política de Estado acima do Homem e muitas vezes contra o Homem, ao invés de ser o Estado ao Serviço do Homem, como o Integralismo de Plínio Salgado sempre preconizou. Ele afirma que sua vida foi transformada apartir do dia em que começou a ler os documentos doutrinários integralistas, afastando-se cada vez mais daquilo que dantes o atraíra, e criando em seu coração uma mística completamente diferente daquela que o cosmopolismo havia criado em seu espírito.
“Estou escrevendo o mesmo que milhares e milhares de filhos de italianos e alemães poderiam repetir desmentindo historiadores, sociólogos, jornalistas e até teólogos, ignorantes desses fatos reais ou que usaram e ainda usam sua inteligência, para caluniarem e deturparem um movimento cívico-cultura (Ação Integralista Brasileira) que poderá ser apresentado como o maior e mais serio das três Américas.”
Pois como afirma Plínio Salgado em carta datada de 10 de dezembro de 1934, dirigida aos integralistas da cidade de Jaboticabal aonde houve a formatura de 1.300 milicianos em 8 de dezembro de 1934 da qual havia ele sido convidado para ser paraninfo. Nela Plínio Salgado explica sua ausência: “(...) É justamente porque o nosso movimento difere do italiano e do alemão que devemos libertar-nos definitivamente da adoração dos homens, que é ainda um remanescente de uma época morta. A humanidade Nova abandonará os últimos prejuízos das idolatrias. A idolatria da Massa, na Rússia, como a idolatria do Homem, na Alemanha ou na Itália, como a idolatria do voto, nas liberais-democracias, são todos resíduos de um século morto. Nos somos os primeiros homens do século XX, já vos afirmei. Não me envelheçais, focalizando a minha personalidade.”
Você quer saber mais?
Ferreira, Marcos. O Integralismo na Cidade de Matão: Oswaldo Tagliavini e sua máquina de fazer ideias, Rio de Janeiro, 2007.
Passando aqui para aprender mais... Valeu pela dica do livro. Abraços e um ótimo domingo!
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