Unificação italiana e alemã
Embalada pelo Primavera dos Povos de 1848, o reino de Piemonte-Sardenha, mais industrializado da península itálica, deu início a um processo de unificação. Em 1859, o primeiro ministro conde de Cavour, apoiado por Napoleão III, da França, derrotou as forças austríacas e incorporou diversos territórios ao norte da península. No sul, o republicano Giuseppe Garibaldi, organizou os camponeses no exército dos camisas vermelhas, tomam o Reino das Duas Sicílias. Com essa vitória, em 1861, a unificação da Itália foi concretizada por Vitor Emanuel II, rei do Piemonte-Sardenha, foi proclamado rei da Itália. Em 1866, Veneza é incorporada e em 1870 a cidade de Roma é anexada e a unificação concluída. Desde o Congresso de Viena de 1815, a Alemanha estava dividida em vários Estados, reunidos na Confederação Germânica. Liderados pelo Império Austríaco e pela Prússia. Em 1862, por escolha de Guilherme I, rei da Prússia, Otto von Bismarck assumiu o cargo de chanceler. Ele foi um dos principais líderes da Restauração e se transformou na figura mais importante da unificação alemã. Bismarck para despertar sentimento nacional dos alemães, escolheu a guerra. Dominou regiões ao norte ocupadas pela Dinamarca, depois declarou guerra a Áustria e vitorioso reunião todos os Estados do Norte na Confederação Germânica do Norte, liderada pela Prússia. Mais tarde na Guerra Franco-Prussiana anexou a Alsácia-Lorena, rica em carvão. Em 1871, Guilherme I foi coroado imperador da Alemanha, e Bismarck tornou-se chefe militar do país.
Consequências da Guerra do Paraguai
As causas da Guerra do Paraguai estão centradas no processo de formação das nações platinas no contexto da segunda metade do século XIX. Cada nação possuía seus interesses econômicos e políticos, e a defesa desses interesses causou o choque entre o Paraguai e Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra deixou grandes prejuízos tanto no Brasil como no Paraguai, que foi arrasado. Aproximadamente 70% da população masculina foi dizimada e o que restou eram velhos, crianças e mutilados de guerra. Com relação ao Brasil, a contenda custou milhares de vidas e afetou bastante a economia, sendo necessário tomar vários empréstimos para manter o equilíbrio financeiro. A Inglaterra não participou diretamente do conflito, porém foi o único país a lucrar com ela.
Características do Segundo Reinado no Brasil
O Segundo Reinado é o momento em que o Brasil se consolida como nação. O regime político do país era a monarquia parlamentarista, onde o Imperador escolhia o Presidente do Conselho (equivalente ao cargo de primeiro-ministro) através de uma lista com três nomes. No plano econômico, o café adquire importância fundamental, sendo o produto mais exportado pelo Brasil. Chegam as primeiras ferrovias e barcos a vapor com o objetivo de melhorar a circulação do chamado "ouro negro". Em meio à prosperidade cafeeira, o Brasil se encontra num dilema, pois quem trabalhava nas plantações de café eram pessoas escravizadas. Desde o governo de Dom João VI, o país havia se comprometido a abolir a escravidão. No entanto, a elite cafeeira se opunha, pois isso acarretaria perdas econômicas. A solução é terminar com o trabalho servil de forma gradual. Será no Segundo Reinado que o Brasil se vê às voltas com o maior conflito armado da América do Sul: a Guerra do Paraguai. Por fim, sem apoio das elites rurais e do exército, a monarquia é derrubada através de um golpe militar. A Família Imperial é obrigada a deixar o país e se instala a república.
Marcos da Segunda Revolução Industrial
Da mesma forma que o uso do carvão e do ferro marcou a industrialização inglesa do século XVIII, o aço, o petróleo e a eletricidade se transformaram em símbolos da Segunda Revolução Industrial, que, ao contrário da primeira, se espalhou por vários países. Algumas das principais descobertas desse período foram: O Processo Bessemer, descoberto em 1856 por Henry Bessemer, a injeção de um jato de ar frio no minério de ferro em fusão permitia retirar as impurezas do minério e obter o aço. Em 1870, o motor de combustão interna, que transforma a energia térmica em mecânica por meio da queima de combustíveis. A invenção do dínamo, em 1870 que transforma energia mecânica em energia elétrica.
Capitalismo financeiro e sua influência no imperialismo na África, Índia e na China
Nas últimas décadas do século XIX, a economia capitalista se expandiu enormemente. As indústrias passaram a ser controladas por bancos e instituições financeiras. Com isso, elas se capitalizaram e puderam ampliar ainda mais seus negócios. Tomava forma o capitalismo financeiro. A necessidade de novos mercados e de novas fontes de matérias-primas tornou-se mais urgente. Os países mais industrializados da Europa passaram então a buscar mercados consumidores para seus produtos em outras regiões do planeta, como África, China e Índia. Ao dominar novos territórios e transformá-los em colônias as nações industrializadas formaram impérios.
Rebelião Ashanti
Uma das revoltas mais significativas contra o domínio britânico na África, ocorreu entre os anos de 1890-1900.
Ópio
Em 1836, apesar de não exercer o domínio político na China, a Companhia das Índias Orientais Britânicas comercializavam com o território chinês. E o ópio era o principal produto comercializado.
Revoltas do Período Regencial
Durante o Período Regencial no Brasil, houve diversas revoltas provinciais, que ameaçaram dividir o jovem Estado brasileiro em diferentes repúblicas. As principais revoltas foram: Sabinada (Bahia, 1837), Revolta dos Malês (Salvador, 1835), Balaiada (Maranhão, 1838-1841), Cabanagem (Grão-Pará, 1835-1840), As Rusgas Cuiabanas (Mato Grosso, 1834) e Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul, 1835-1845).
Partido Conservador e Partido Liberal no Segundo Reinado
Durante o Segundo Reinado no Brasil existiam duas forças políticas principais, o Partido Conservador e o Partido Liberal. Respectivamente suas principais características eram: Em essência eram semelhantes, pois ambos representavam os interesses da aristocracia rural. Mas, enquanto o Partido Liberal tinha uma base urbana e de fendiam mais autonomia nas províncias, o Partido Conservador representava os setores agrários favoráveis à centralização.
Abolição da escravidão
A abolição da escravidão no Brasil foi lenta e gradual, e seus principais momentos foram: 1850-Lei Eusébio de Queiroz proíbe o tráfico de escravos; 1871-Lei do Ventre Livre declara livres os filhos nascidos a partir dessa data; 1885-Lei dos Sexagenários liberta os escravos com mais de 60 anos; 1888-Lei Áurea assinada pela princesa Isabel abole a escravidão definitivamente do Brasil.
Mapa
Império do Brasil, China, Índia e continente africano.