OBJETIVOS CENTRAIS
DO ENSINO DE HISTÓRIA
Autor: Jairo Trindade Batista, formado em licenciatura plena em História e pós-graduando em Metodologia do Ensino em História.
E-mail: jairo.coramdeo@gmail.com
Construção da identidade nacional
A priori da história como disciplina
escolar consistia em ratificar um passado que elucidasse o desenvolvimento de
um Estado-nação, para então construir em crianças e jovens um senso de patriotismo e nacionalismo. A cooperação
do ensino para a construção da identidade continua no tempo presente, no
entanto, não está mais restrito à identidade nacional. (BITTENCOURT, 2018)
De acordo com Circe Bittencourt (2018), “um dos objetivos centrais do ensino de História, na atualidade, relaciona-se à sua contribuição na constituição de identidade. A identidade nacional, nessa perspectiva, é uma das identidades a ser constituída pela História escolar”. Pode-se observar que a história contribui para que a identidade nacional seja construída no ser humano, porém, é complexo gerar essa identidade, devido o Brasil ser um país multicultural, logo, percebe-se o desafio do professor de história em sala de aula.
A formação de identidade vincula-se à construção da cidadania, impasse primordial na modernidade, ao levar em consideração o desígnio educacional mais amplo e a atividade da escola em particular. Ou seja, o ofício da escola é de suma importância para a edificação da identidade nacional que interliga diretamente à prática da cidadania, que deságua na sociedade, contribuindo para uma sociedade mais justa, mais igualitária em todos os aspectos. (BITTENCOURT, 2018).
Formação da
Cidadania
Consoante com Bittencourt (2018), “a
contribuição da história tem-se dado na formação da cidadania, associada mais explicitamente
à do cidadão político. Nesse sentido, encontra-se, em várias propostas
curriculares, dos Estados e municípios”. A expressão formação do “cidadão crítico” é um vocábulo raso em relação ao que
a atividade da história deva contribuir, pois se limita à esfera política da
disciplina. Nesse sentido, é relevante entender o método dialético, Bittencourt
afirma que:
O método dialético diz respeito a um esforço para o progresso do conhecimento que surge no confronto de teses opostas: o pró e o contra, o sim e o não, a afirmação e a negação. O confronto das teses opostas possibilita a elaboração da crítica. Esse método pretende chegar ao conhecimento de determinado objeto ou fenômeno defrontando teses contrárias, divergentes. (BITTENCOURT, 2018, p.231).
O desenvolvimento de um cidadão crítico
guia para esclarecimentos sobre a concepção de cidadão, que está interligado
com a consciência do que acontece na sociedade nos diversos segmentos,
político, social, cultural, econômico e religioso, e reivindica seus direitos e
cumpre com seus deveres, ou seja, cobra políticas públicas, ao mesmo tempo que
cumpre seus compromissos sociais começando pela sua própria família.
(BITTENCOURT, 2018).
O intuito da formação política delegada ao ensino de história está ligado a outra finalidade significativa: à formação intelectual. A construção intelectual pelo ensino da disciplina, acontece quando há o encargo de criação de ferramentas relevantes para evolução do pensamento crítico, o qual está relacionado à capacidade de observar e descrever, estabelecer relações entre presente, passado-presente, fazer comparações e identificar semelhanças e diferenças entre os múltiplos acontecimentos no presente e no passado. (BITTENCOURT, 2018).
MATERIAL E MÉTODOS
Para a realização do presente trabalho,
buscou-se o método de pesquisa bibliográfica, que consiste em busca de artigos
já publicados na web no site acadêmico da scielo, com o objetivo de coletar
informações relevantes para o tema proposto, livros que abordassem o assunto e
informassem de maneira clara os tópicos pesquisados. O objetivo foi investigar
uma gama de acontecimentos históricos que deu origem ao termo cidadania, bem
como, apontou suas primeiras práticas.
Para observar a origem do termo
cidadania, utilizou-se mapas conceituais, para mostrar os reflexos do ser
cidadão, e em que esferas se refletem a prática da cidadania; os mapas fazem conexão
com os demais resultados da pesquisa, dando um sentido lógico para toda a
realização do artigo, dão a possibilidade de ver toda a abrangência da
cidadania, permitem a observação clara das origens
e das esferas de atuação.
Devido à importância do tema deste
periódico, realizou-se uma apuração documental de forma específica nas fontes primárias brasileiras, desde a
carta constitucional de Dom Pedro, passando
pela Constituição Federal de 1988, e pela LDB e PCN, assim, cada documento
revela de maneira indireta o conceito
de ser cidadão, os direitos e deveres, bem como, os objetivos da educação referente a todo cidadão
brasileiro.
O artigo também apresenta características da pesquisa qualitativa, considerando que nas palavras de Silva e Urbaneski (2015) “há uma dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido e número”. O tema proposto tem esse dinamismo entre os objetivos das fontes primárias e secundárias com todas as controvérsias do homem no tempo.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
O objeto problemático do referido
trabalho consiste na ignorância do cidadão comum, no que se refere ao
desconhecimento constitucional dos seus direitos e deveres, bem como seu papel
na sociedade, na falta de conhecimento histórico, filosófico e cultural, devido
a esta controvérsia alguns pontos devem
ser discutidos, a fim de responder com soluções práticas a este problema,
observando a colaboração do ensino de história para tais soluções.
No período em que ocorreu o estágio supervisionado nos anos finais do ensino fundamental, efetuou-se uma entrevista com uma das professoras, a mesma informou que a maioria dos alunos não entendiam o que liam, nem o que copiavam, por essa razão, não conseguiam fazer reflexões dos textos, e também associar fatos passados com o presente, nesse cenário, entende-se a dificuldade que tem o educador profissional de história para formar cidadãos críticos com capacidade para exercer a sua cidadania.
Para que a construção do cidadão seja
possível, vale ressaltar as palavras de Cagliari (1997, p.150) “O leitor deverá
em primeiro lugar decifrar a escrita, depois entender a linguagem encontrada,
e, em seguida, decodificar todas as implicações que o texto tem e, finalmente,
refletir sobre isso e formar o próprio conhecimento e opinião a respeito do que
leu”. Sem um bom aprendizado na
leitura, é impossível a formação do cidadão, tal aprendizado deve começar com o foco no ensino básico pois é onde tudo
começa, a falhas no ensino nos anos iniciais, será
inevitavelmente refletida nos níveis seguintes, por isso é frequente
alunos nos anos finais sem saber ler.
De acordo com Rubem Alves (1999, p.22)
“Nossa tarefa mais importante é desenvolver nos cidadãos, a capacidade de
pensar. Porque é com o pensamento que se faz um povo”. É aqui que se encontra
uma das falhas da educação brasileira, não se forma pensadores ao ponto de
estes por si, formar opiniões relevantes, e isso é tão real que o povo não
pensa porque pesquisa, mas porque a mídia o conduz a pensar como pretende,
fazendo com que todo um povo seja meramente massa de manobra para atender seus
interesses econômicos, políticos e ideológicos.
Educação, dever
do Estado e da família
De acordo com a lei de diretrizes e
bases, a educação é dever da família e do Estado, ou seja, não há como
responsabilizar só um em detrimento do outro, no entanto, observa-se que a família
tem entregado os filhos à responsabilidade do Estado, esquivando-se de
sua responsabilidade com a educação
dos filhos, no entanto, a responsabilidade é conjunta, é uma cooperação para a
formação de indivíduos capazes de exercer a sua cidadania.
Consoante a LDB na lei nº9.394, (1996)
“Art.2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”. Observa-se o dever conjunto de família e Estado
para formar sujeitos capazes de exercer a sua cidadania.
A família é responsável diretamente pela educação das crianças, exercendo seu papel em harmonia com o Estado nesse processo de construção da boa cidadania, no entanto, quando se trata do dever da família, esta tem transferido toda a responsabilidade para a escola, colocando-se como isenta em sua responsabilidade, todavia, é necessário observar todo um contexto da educação no país para entender o motivo de as famílias transferirem sua responsabilidade para a esfera pública.
Taxa de analfabetismo no Brasil
O analfabetismo tem sido combatido no Brasil, houve uma
redução significativa. Em 2004, eram 11,05% e passou para 8,7%; em 2012,
segundo a pesquisa nacional por amostra de Domicílio (Pnad). A redução mais
significativa aconteceu no Norte e Nordeste, onde foram constatados os maiores
índices de analfabetismo do país. As faixas etárias entre 15 a 19 anos
registram uma taxa 1,2% de analfabetismo segundo o Pnad, o que demonstra um
certo sucesso das políticas públicas relacionadas à educação básica (BRASIL,
Mec., 2018).
A taxa de alfabetização no país foi atualizada em junho de 2019, segundo divulgação do IBGE, na última pesquisa por amostra de domicílios contínua o Brasil tem aproximadamente 11,3 milhões de pessoas com mais de quinze anos analfabetos, ou seja, 06,8% de analfabetismo. Isso implica em afirmar que crianças e jovens não têm apoio dos pais no acompanhamento da educação porque os próprios pais não tiveram acesso à educação pública ou privada, ou seja, o analfabetismo no país ainda é uma agravante para garantir que a família acompanhe seus filhos na educação (GAZETA DO POVO, 2018).
A meta desejada pelo Plano Nacional de Educação é erradicar o analfabetismo até 2024, para tanto, precisa atingir uma baixa de 6,5% no analfabetismo em todo Brasil, porém somente treze Estados atingiram o objetivo de redução do analfabetismo para o ano de 2015, o número baixo de Estados não contribuiu para que o objetivo fosse atingido (GAZETA DO POVO, 2018).
Segundo Ravanello (2018) analfabetismo é “a condição de quem não conhece o alfabeto ou não saiba ler e escrever”. Isso implica em afirmar que ainda há no Brasil pessoas que no caso, o português, esse cenário leva a pensar em como famílias que estão nestas estatísticas ajudarão seus filhos a se tornarem cidadãos em plena capacidade de exercer a sua cidadania, como a resposta é negativa, o Estado se sobrecarrega e a nação deságua em altos índices de violência, mais e mais jovens buscando renda financeira no tráfico de drogas, e mais superlotações nos presídios.
Diante de todos os problemas sociais aos quais a sociedade enfrenta diariamente, ainda se tem um outro problema no Brasil, este contribui de maneira negativa na vida de muitos cidadãos brasileiros no que diz respeito a participar das decisões que podem mudar o destino do país para melhor, que é o analfabetismo funcional. Segundo o indicador de alfabetismo funcional, considerado analfabeto funcional a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever, não consegue interpretar o que ler. O Inaf apontou que mais de 30% dos brasileiros, entre as idades de quinze e sessenta e quatro anos são analfabetos funcionais.
Observa-se no gráfico acima que o analfabetismo funcional era de 39% em 2001, e diminuiu aproximadamente 10% em oito anos, o que nos dá 29% de analfabetismo funcional no Brasil no ano de 2018. Compreende-se que 29% da população brasileira tem uma má escolha em candidatos em períodos eleitorais, é garantido a todo cidadão o direito ao voto de acordo com a Constituição Federal de 1988, no entanto, o ideal é que essa garantia seja usada para a escolha de bons candidatos com boas propostas, mas quem dos 29% vai saber analisar propostas sem ao menos entender o que ler. Tais problemas devem ser enfrentados por todos, desde o alto escalão do ministério da educação até o professor em sala de aula.
Segundo Marshall (1967, “a educação está diretamente relacionada com a cidadania, e quando o Estado garante que todas as crianças serão educadas, este tem em mente, as exigências e a natureza da cidadania”. A educação é a principal ferramenta para que se forme o senso crítico do cidadão, é também o instrumento central para a construção da intelectualidade coletiva, e assim, edificar uma nação cujos habitantes são participativos nas decisões que darão destino ao país.
Conhecimento da
Constituição Federal
O desconhecimento da constituição
brasileira é uma das razões pela qual o cidadão não consegue se impor na
sociedade, como observado anteriormente, há educandos que chegam aos anos finais do ensino fundamental sem saber
interpretar o que leem, somado a isso, temos uma sociedade que não conhece seus
direitos e deveres individuais e coletivos, o que se espera de uma população assim? Na Bíblia sagrada,
especificamente no livro do profeta Oséias (2016, p.599) “o meu povo está sendo destruído, porque
lhe falta conhecimento”. A falta de conhecimento destrói.
O povo de Israel sofria porque no período em que viveu
Oseias, não conhecia seus direitos e deveres, a mesma destruição pode vir sobre
qualquer nação cujo povo desconhece a sua
constituição, sem a noção dos direitos e deveres individuais e coletivo,
a participação dos cidadãos na esfera política é impossível, decisões serão
tomadas sem o consentimento do povo, arbitrariedades
podem ser definidas sem a participação dos cidadãos, assim, torna-se importante
a ministração da constituição dentro de sala de aula, o ideal é que comece no
ensino básico, e aprofunde essas noções nos demais níveis de ensino.
O resultado desta iniciativa ligado ao conhecimento cultural, histórico,
político e social, seria a participação
ativa do cidadão brasileiro na sociedade, isso traria resultados favoráveis tanto no aspecto coletivo, quanto no
aspecto individual, que significa mais qualidade na saúde, na educação, na
segurança, geração de mais emprego, apoio às iniciativas empreendedoras etc.
Todo indivíduo que faz parte do Estado
tem direitos e deveres, em se tratando de deveres, significa que o sujeito tem
obrigações a cumprir para com o Estado, e o cumprimento dos seus deveres garante os seus direitos
assegurados constitucionalmente. Entre os direitos que o Estado deve assegurar
aos cidadãos está o de garantir que as leis sejam cumpridas, e quem cobra a
justiça da lei é o cidadão participativo
nos lugares de debate público, câmara dos vereadores, deputados, senado dentre
outros (SANTOS, 2015, p. 301).
A participação do cidadão nos lugares
democráticos expressa a atividade real da cidadania, ou seja, o conceito
de cidadania na contemporaneidade vai além da garantia dos direitos legais, o
conceito de cidadania está relacionado com um conjunto de direitos que permite aos cidadãos a participação no governo de seu povo, ou seja, é cobrar o que a constituição lhes garante como direitos fundamentais, assim, pode-se dizer que participar está ligado com fazer parte do processo democrático de seu país (HOFFEMANN, 2016, p.78).
As três dimensões da cidadania
Segundo Hoffmman (2016, p 169) “a cidadania é reconhecida
como o acesso à satisfação de necessidades individuais e coletivas, estas nem
sempre são acessadas de maneira natural, existem situações onde é necessária
uma intervenção profissional”. Essas necessidades são fundamentais em sua
maioria asseguradas em lei, como por exemplo, o direito à educação, ao
trabalho, à igualdade perante a lei, no entanto nem todo cidadão tem o
conhecimento dos seus direitos, por essa razão se faz necessária a ajuda de
profissionais da assistência social e da advocacia.
O conceito de cidadão passa por um
longo processo histórico até chegar nos dias atuais, por essa razão, Pietriz
(2016, p.77) nos apresenta três dimensões da cidadania, a saber “cidadania civil, cidadania política, cidadania
social”, a compreensão dos três conceitos facilita o entendimento do ser
cidadão, e consequentemente a prática da cidadania, sabendo quando e como atuar
na sociedade para o bem individual e coletivo, os conceitos de cada dimensão são:
TRÊS
DIMENSÕES DA CIDADANIA |
|
Cidadania CIVIL: |
∙
São aqueles direitos da liberdade de cada indivíduo, por
exemplo: o livre arbítrio para expressar nossos pensamentos; o direito de
propriedade (venda e compra de um imóvel, um bem ou serviço); entre outros. |
Cidadania POLÍTICA: |
∙ Podemos
considerar que a cidadania política se legitima quando os homens exercem seu
poder político de eleger e ser eleitos para o exercício do poder político,
independente da instituição pública ou privada na qual venham a
exercer suas atribuições. |
Cidadania SOCIAL: |
∙
Compreendida como o conjunto de direitos concernentes ao
conforto de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica e social, ou seja, do seu bem-estar social. |
A cidadania expressa os direitos e
deveres de todas as pessoas que vivem em sociedade, seja na esfera social,
política ou civil, tanto no que diz respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e
privado. Cidadania também é interação nos espaços políticos de discussão, a
qual se aborda questões pertinentes à democracia e à ética de toda a população
em que estão inseridos grupos sociais,
políticos e econômicos (HOFFMANN apud Pieritz et al., 2016, p.16,).
A participação dos cidadãos nos espaços democráticos demonstra o pleno exercício da cidadania, isso implica em dizer que a prática da cidadania vai além do conhecimento dos direitos e deveres, ou seja, trata-se de conhecer para participar das decisões do governo que trará resultados para seu próprio povo. Cidadania não é só conquistar legalmente os direitos, mas realizar os direitos a partir da participação das decisões que efetuará os direitos (HOFFMANN, 2016, p.78).
A colaboração do ensino de
história para a formação do cidadão
A disciplina de história no que tange à
formação política, está articulada com o objetivo da formação intelectual, e
isto ocorre quando por meio do propósito da criação de ferramentas para o
desenvolvimento do pensamento crítico, o qual se constrói pela capacidade de
observar e descrever, estabelecer relações entre presente-passado-presente,
fazer comparações e identificar semelhanças e
diferenças entre os vários acontecimentos no passado e no presente
(BITTENCOURT, 2018, p.103).
No que diz respeito a desenvolver o
pensamento crítico, um dos componentes a considerar é observar nos educandos a
evolução na sua capacidade de fazer comparações dos acontecimentos do passado e
do presente. Relacionado a este desenvolvimento, o professor de história pode
se utilizar da atividade pedagógica de produção de dossiê de documentos.
Segundo Bittencourt (2018, p.277) “a
elaboração de dossiê é uma forma de selecionar documentos variados sobre um
mesmo tema, a fim de fornecer aos alunos uma série de dados que possam ser confrontados
ou comparados”. Pode-se propor em sala de aula o tema “direitos humanos”, a
partir desta temática, busca-se documentos que possam ser analisados de maneira
cronológica, conceitual e reflexiva com a classe sobre o significado sobre
determinado tempo histórico, e como o entendimento foi passando por mudanças
até chegar à compreensão atual.
De acordo com Bittencourt (2018, p. 278) “há dossiês compostos de documentos que apresentam linguagens diversas sobre um mesmo tema, incluindo textos jornalísticos, contos ou excertos da literatura, gráficos ou mapas”. Nota-se que um dossiê pode trazer várias linguagens, porém abordar sobre o mesmo tema, e assim, esta atividade ajuda a construir o senso crítico nos alunos, e essa capacidade de analisar e comparar, que levará o indivíduo a exercer a sua cidadania, civil, política e social.
Os resultados obtidos a partir do aporte teórico, das análises realizadas e dos dados obtidos na pesquisa devem ser discutidos neste espaço, podendo também estar complementados com tabelas, quadros, gráficos ou outras formas que o acadêmico considerar conveniente.
CONCLUSÃO
A partir dos argumentos expostos,
conclui-se que a educação é o centro da cidadania, ou seja, que é impossível
a prática plena do exercício da cidadania, sem educação de qualidade, porém
pode-se reconhecer a dificuldade para tal propósito, uma vez que o Brasil ainda
tem números consideráveis de analfabetismo e analfabetismo funcional. No
entanto, há iniciativas do governo como a educação de jovens e adultos que colabora para a formação de
pessoas mais participativas na sociedade.
De acordo com os dados pesquisados, o Brasil terá uma diminuição do analfabetismo até 2024, mas vale ressaltar que a meta para 2015 foi atingida somente em treze Estados, assim, tem-se a impressão de que no ano proposto, poucas cidades, municípios e Estados alcançarão a meta até a data prevista, nessa perspectiva, presume-se que cidadãos ainda não estarão sendo participativos na transformação do seu país, e que a maioria não saberá se posicionar na sociedade e nos espaços de debates públicos.
A disciplina de história entra com a missão de formar nos educandos em sala de aula a sua identidade nacional, regional e local, ajudando a partir de métodos da disciplina de história a levar os alunos uma mente mais analítica, gerando intelectualidade, tornando-os capazes de comparar presente-passado-presente para entender os dias atuais e assim, participar de maneira fundamentada das decisões na sociedade.
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