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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Índios Ticunas criam milícias nas tribos, Parte II.

Paramilitares que não confiam no Exército nem na Polícia Federal assumem o controle de uma região isolada do país.

Em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia, drogas, alcoolismo, estupros nas comunidades indígenas. As imagens deprimentes e os problemas sérios das drogas e do álcool levaram os índios a formar sua própria polícia, uma verdadeira milícia paramilitar.

Um índio cantor aparece embriagado, como acontece todos os dias na terra dos tikunas, terra que fica no extremo oeste da Amazônia. Estamos a mais de mil quilômetros de Manaus, em uma região conhecida como Alto Solimões. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e armas.
Às margens estão as aldeias Tikuna. São mais de 20 vilas. É a mais numerosa nação indígena do Brasil. São índios que, próximos dos brancos, adotam práticas perigosas.

Segundo eles, a bebida vem das cidades, mas eles que trazem. Na tribo também é vendida. Isso já foi comprovado várias vezes.

Em um dos locais onde vende bebida dentro da comunidade indígena, a equipe de reportagem do Fantástico bate. Eles não saem, porque sabem que estão errados. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.

Um índio não consegue nem responder. É menor de idade. Muitos deles não encontram o caminho de volta e saem sem equilíbrio, entrando no mato até cair no igarapé.

Em cada comunidade, contingentes de 100, 150 e até 300 milicianos. Todos índios, com treinamento militar. Cada tropa tem o seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Lá ele é comandante.

Repórter: No Exército, você usava arma.
Comandante: Usava arma. Aqui não. Porque aqui é proibido.
Repórter: Quais as armas que vocês usam?
Comandante: Só o cassetete, aqui. Para defender o nosso povo.

Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas que não agrada à comunidade. Como criminalidade, estupro, invasão da terra. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm”, afirma o cacique Odácio Sosana Bastos.

O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades tikunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, explica o antropólogo.

Operação Pantera é o nome da cadeia, com um metro e meio de altura, da polícia indígena, que fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas quebradas, porque os presos ficam chutando pela parte interna.

“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. Quando ele não está alterado, soltamos e deixamos ele para outro dia. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique, chama o pastor, chama o chefe do posto. Fazemos uma reunião, um julgamento. Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém. É que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta”.

Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada.

“Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, indaga o cacique tikuna, Odácio Sosana Bastos.

“Arma de fogo, não. Arma de fogo é proibido, a Legislação não permite. Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte. Isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite” afirma Gisele Dias Bleggi, do Ministério Público.

No flagrante de uma dessas prisões, o índio mais velho foi preso por embriaguez e desacato ao policial. Além de ficarem presos, a tradição de castigos físicos é muito forte.

“Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”.

A tropa de índios é composta tanto por homens quanto por mulheres. Acompanhamos a soldado Saldanha até sua casa. O marido dela também é miliciano. Ela concilia as tarefas de dona de casa com as rondas policiais. Mas tem problema de alcoolismo na própria família.

Repórter: São quantos filhos?
Saldanha: Cinco.
Repórter: Eles passaram a beber também? Seu filhos?
Saldanha: Agora que a polícia está cuidando e ele não sai muito mais, não. Eu choro muito.

Pelo serviço de policiamento, os índios querem receber do Estado. “Queremos que o Governo Federal nos reconheça com salário”, defende o cacique.

“Um salarinho aí para cada policial. Porque todo policial tem filho”, destaca um deles.

“A Polícia Federal não reconhece essa formação de polícia. A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar”, afirma Gustavo Henrique Pivoto João, delegado da Polícia Federal.

Procurada pelo fantástico, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, se manifestou por meio de uma nota. Para a Funai, a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verificada a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais.

“O problema da segurança nessas aldeias, dentro de uma região de fronteira ameaçada por narcotráfico, por corrupção, por muitas coisas dessa ordem”, aponta o antropólogo José Pacheco de Oliveira.

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http://fantastico.globo.com/

Índios Ticunas criam milícias nas tribos.

Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia. Na terra dos tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas

Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar. A fronteira entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas. O Rio Solimões é a principal estrada da região. As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.

Da Redação:EXEMPLO QUE OS INDIOS DE AMAMBAI DEVERIAM COPIAR...

Os tikunas formam a mais numerosa nação indígena do Brasil. A proximidade com os brancos tem feito os índios adotarem práticas perigosas, como o alcoolismo. O índios alegam que a bebida vêm das cidades e são vendidas nas tribos. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.

Muitos jovens e até crianças com idades entre 10, 11 e 12 anos de idade já estão envolvidos com álcool. É possível ver jovens bebendo na porta de casa, sem o menor controle dos pais. Embriagados, muitos perdem o equilíbrio e chegam a cair no igarapé.

Lei dos caciques

Em cada comunidade há um contingente que pode variar de 100 a 300 milicianos. Todos os índios têm treinamento militar e todas as tropas têm seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga como soldado. Na aldeia, ele atua como comandante. “Aqui é meus ‘polícia’. Eles me indicaram para o cargo”, diz.

O tempo que passou no Exército, onde atuava com armas, trouxe a experiência para treinar. “Sim, senhor. Com isso hoje existe a polícia indígena. (...) Sim. Aqui eu não. Porque proíbe. Aqui só cassetete para defender nosso povo”, afirma o índio.

Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas. É como criminalidade, estupro, invasão da terra, invasão da caça de mata ou dos lagos. Quando a gente denuncia para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm, não tomam a providência. É por causa disso que a polícia indígena foi criada”, afirma o cacique ticuna, Odácio Sosana Bastos.

“Antes de a gente começar o nosso trabalho, havia muitas drogas: cocaína, brilho, heroína, pasta. Tudo entrando pela fronteira. Mas quando a gente começou o trabalho, nós reduzimos em 85% o problema que tinha na comunidade”, garante o cacique.

Nos últimos anos, foram 85 casos de suicídio só em uma aldeia dos tikunas. “Quando consomem, eles chegam em casa com a cabeça já com álcool. O pai conversa com o filho e aconselha. Depois o filho fica revoltado. Aí o filho pega uma corda dessas e consegue se enforcar por causa do alcoolismo”, conta João Inácio Irineu Vitorino, ‘delegado’ da polícia indígena.

O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades ticunas e começaram a atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, diz o antropólogo.

Operação Pantera

A cadeia da polícia indígena, com um metro e meio de altura, fica na comunidade de Belém dos Solimões. Na porta, algumas tábuas estão quebradas, porque os presos chutaram a parte interna.

“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. No outro dia, a gente tira o preso, leva para ali, chama o cacique ou chama o pastor. Fazemos uma reunião, um julgamento. Pergunta se a pessoa vai fazer de novo ou não. Aí a pessoa vai dizer que não vai fazer mais. Mas muitos repetem, muitos não cumprem”, conta

“Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém, é que mandaram parar. O Ministério Público mandou parar, porque teve uma revolta com o pessoal aqui quando nós começamos a trabalhar para acabar com esse negócio da bebida.”

Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. “O Ministério Público diz que nós, como índio, não precisamos usar a arma. Por quê? Nosso povo é igual ao povo civilizado. Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”, questiona Sosana Bastos.

Ministério Público

A procuradora da República Gisele Dias Bleggi lembra que a legislação não permite o uso de arma de fogo. "O que eles alegam para instituir a polícia indígena é a questão que eles acham que o Estado está sendo muito omisso, o Estado não está dando a proteção que tem que dar para poder garantir a segurança dos membros das próprias comunidades. Arma de fogo, não, arma deles pode. Arma de fogo é proibido, a legislação não permite", diz.

Ela também fala a respeito a aplicação do que chama de "penas cruéis". "Os abusos que violem os direitos humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte - isso o Ministério Público não pode permitir. A Constituição não permite. O Ministério Público não pode virar as costas, mas o Ministério Público não pode apoiar que os indígenas formem uma organização militarizada”, diz a procuradora Gisele.

A tradição de castigos físicos é muito forte. “Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”, diz Santo Mestâncio Alexandre, cacique da comunidade indígena Umariaçu 2.

Os índios querem receber do Estado por este serviço de policiamento. “Queremos que o governo federal nos reconheça com salário e queremos que o Congresso nacional reconheça com leis nossa segurança”, diz.

Polícia Militar

O delegado da Polícia Federal Gustavo Henrique Pivoto João diz que não se pode reconhecer este tipo de formação policial. “A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar. Caso isso venha evoluir para uma situação que eles tenham, por exemplo, armamento, a polícia não concorda. A Polícia Federal não apoia. A Polícia Federal reprime qualquer ação que vá de encontro ao estado democrático de direito, contra os direitos humanos”, afirma.

Para cuidar da área, a polícia conta com três delegados e 34 agentes.

Por meio de nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em relação aos índios, diz que a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verifica a ocorrência de crimes, a Funai aciona as forças policiais.

“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Pivoto João.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal e Ano-Novo

Adoração dos Pastores de Gerrit van Honthorst , 1622, Óleo sobre tela, 164 x 190 cm. Museu Wallraf-Richartz.

Uma vez mais nos cabe a honra e a satisfação de vos falar no umbral de um novo Natal e de um Ano Novo, ano este que estamos certos de que será, a exemplo do ano que ora termina, de grande progresso para o nosso Movimento, a despeito, é claro, das vicissitudes inerentes à marcha de qualquer Movimento que afirme o Primado do Espírito em uma época dominada pelo mais avassalador materialismo; que sustente que o Estado, a Economia, o Direito e a Política ajam conforme a Moral e a Ética e sejam transcendidos por elas em um tempo em que tudo está divorciado dos princípios morais e éticos; que encarne o Espírito da Nobreza em uma era que vive sob o signo do Espírito Burguês e que defenda a Tradição em um Mundo governado pelas forças da antitradição.

Desejamos a todos um feliz e santo Natal e um igualmente feliz e santo Ano Novo. E esperamos que vos lembreis, não somente no dia de Natal, mas em todos os dias de vossas vidas a partir de hoje, de Cristo, de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Soberano do Universo, princípio e fim de todas as coisas e Mestre de todos nós.

É por Cristo que nos levantamos neste grande, nobre e belo Movimento em defesa do Brasil Profundo e de suas mais lídimas tradições, sob o lema, elevado como nenhum outro, “Deus, Pátria e Família”. É por Cristo que nos irmanamos em torno da bandeira azul e branca do Sigma, Sigma que é, com efeito, o símbolo pelo qual os primeiros cristãos gregos identificavam SOTEROS, o Salvador, que não é senão, como bem sabeis, o Nosso Senhor Jesus Cristo. É por Cristo, ainda, que pugnamos pelo Solidarismo Cristão, pregando e praticando a Caridade, a Solidariedade, a Harmonia e a Cooperação entre as Pessoas das diferentes classes sociais, bem como a Justiça Social e o fim do iníquo sistema que separou a Economia da Ética e transformou o Trabalho e a Propriedade em simples mercadorias regidas pela lei da oferta e da procura e o Mundo em um vasto mercado governado pelo dinheiro e pelo nefando poder deste e onde os Homens valem por aquilo que têm e não por aquilo que são. É por Cristo, ademais, que queremos instaurar uma Sociedade Orgânica e um Estado movido pela Ética e pela Ética transcendido. É por Cristo, enfim, que nos fazemos soldados, bandeirantes da Tradição e da verdadeira e autêntica Revolução, isto é, da Revolução entendida no mais rigoroso e próprio sentido do termo, isto é, compreendida como uma transmutação integral de valores no sentido de recondução do Homem e da Sociedade ao seu princípio, como reedificação do Homem e da Sociedade autênticos.

Nossa Revolução não é senão a Revolução proposta pelo Servo de Deus Fulton Sheen, isto é, “a verdadeira revolução”, “revolução de dentro para fora”, “revolução que mude os corações”, “revolução semelhante à que descreve o Magnificat, que foi mil vezes mais revolucionário do que o manifesto de Karl Marx, em 1848” [1]. Aliás, o Manifesto do Partido Comunista, de 1848, plágio descarado do Manifesto da democracia no século XIX, de Victor Considérant, nada tem de revolucionário no sentido tradicional do vocábulo, posto que não rompe com as ideias dominantes em seu tempo, tais como o materialismo, o economicismo e o mito do progresso ilimitado do Homem e da Sociedade. Com efeito, o marxismo é, no plano filosófico, um produto da denominada “esquerda hegeliana”; no campo econômico, filho, antes de tudo, do liberalismo inglês de Adam Smith e David Ricardo; no campo político, filho de Rousseau e dos socialistas franceses. Donde a afirmação, reconhecida por diversos marxistas, de que o pensamento de Marx deriva da filosofia alemã, da economia inglesa e da política francesa dominantes em sua época.

Em sua magnífica apresentação à conferência O Rei dos reis, de Plínio Salgado, o historiador e pensador tradicionalista português João Ameal recorda que, “no mais aceso do combate, uma voz poderosa” (a de Plínio Salgado) soara e “um aliado de vulto” (Plínio Salgado) “ocupara, entre nós, o seu posto de primeira linha” e que, ao ser publicada a Vida de Jesus, logo saudara ele “em Plínio Salgado um desses portadores de Verdade que, na hora própria, a Providência suscita”. Pouco adiante afirma o autor de No limiar da Idade-Nova que, na Vida de Jesus, “no fervor e no calor da sua evocação, Plínio Salgado parecia um contemporâneo de Cristo”, e não apenas parecia, mas o era de fato, pois “para ele, como para nós, Cristo está fora e acima do tempo” [2]. Em seguida, evocando a conferência de Plínio Salgado intitulada A aliança do sim e do não, assim aduz o mestre tradicionalista da História de Portugal e de Europa e seus fantasmas:

“’As verdadeiras revoluções’ – escreveu um dia Péguy – ‘consistem essencialmente em mergulharmos nas inesgotáveis fontes da vida interior. Não são os homens superficiais que podem pôr em marcha tais revoluções – mas os homens capazes de ver e de falar em profundidade’. Porque Plínio Salgado é desses homens capazes de ver e de falar em profundidade, porque não se queda nas aparências transitórias e vai direto ao essencial (só o essencial, aliás, o interessa) – respirava-se, à saída da sua conferência, por entre a banal algazarra da noite citadina, uma atmosfera que se poderia chamar, de fato, revolucionária, no sentido mais exato do termo revolução, que significava volta ao ponto de partida. Exortara-nos o orador a voltar ao ponto de partida, ao Senhor e Criador que está na origem de tudo e a quem devemos regressar com humilde e incondicional adesão se queremos merecer que nos ensine o Caminho, a Verdade e a Vida.

“Revolução prodigiosa. Revolução decisiva – a única decisiva! Como poderemos deixar de ser gratos ao grande camarada de armas que veio dar-lhe tão considerável impulso?” [3].

Estamos certos de que os elogios de Ameal a Plínio Salgado – que, aliás, estão presentes em outros trabalhos de sua lavra, a exemplo da conferência São Tomás e a Idade Nova [4] e do livro A Verdade é só uma [5] – chocarão muitos pseudo-tradicionalistas e mesmo alguns tradicionalistas sinceros, que, jamais havendo lido a obra de Plínio Salgado, a julgam ser praticamente o contrário daquilo que realmente é. Com efeito, Plínio Salgado, defensor do Syllabus e adversário do modernismo religioso [6], é um verdadeiro bandeirante da Fé e da Tradição, como foi amplamente reconhecido por grandes pensadores tradicionalistas e autoridades da Igreja d’aquém e d’além mar, de Hipólito Raposo a D. Manuel Gonçalves Cerejeira, Cardeal-Patriarca de Lisboa, de Fernando de Aguiar ao Padre Leonel Franca, de Alberto de Monsaraz ao Padre Moreira das Neves, do próprio João Ameal a D. Manuel Trindade Salgueiro, que entregou sua alma a Deus no cargo de Arcebispo de Évora, de Francisco Elías de Tejada ao Padre Domenico Mondrone...

Feito este breve parêntese, voltemos a tratar da verdadeira Revolução. Esta tem como objetivo a restauração do Homem e da Sociedade em Cristo e, por conseguinte, a restauração da Civilização Cristã e da realeza de Cristo. Assim, fazemos nossas as palavras de Plínio Salgado, quando este nobre Homem de pensamento e de ação, o primeiro, na opinião de Francisco Elías de Tejada, a efetivamente compreender a Tradição Brasileira [7], afirma, no encerramento de sua conferência Primeiro, Cristo!:

“Seja, pois, a exaltação da realeza de Cristo, o coroamento destas palavras. Eu a proclamo, do fundo da minha pequenez, com o ardor de um soldado. E como soldado vos convido ó homens do meu tempo, a aclamarmos o Cristo-Rei, por cujo Reino devemos ir à luta, uma luta diferente, porque não seremos portadores de morte, mas de vida; nem de aflições, mas de consolações, nem de crueza, mas de bondade” [8].

Do mesmo modo, afirmamos, também com o egrégio autor de A Tua Cruz, Senhor, que “a ordem humana só pode repousar na ordem divina” [9], cujos fundamentos “estão na Doutrina Revelada” [10] e que “as soluções para todos os problemas econômicos e políticos, morais e estéticos, derivam, luminosas e puras, dos Evangelhos” [11]. E, já nos havendo nos estendido por demais, finalizamos, ainda com palavras do Mestre da Vida de Jesus e de Psicologia da Revolução:

“Um filósofo francês [Charles Maurras] (...) lançou um slogan famoso: ‘politique d’abord’. Eis que chegado é o momento em que nós, católicos, devemos lançar outro, mais avançado e corajoso, dizendo: ‘Christ d’abord’. Sim; Jesus antes de tudo: o mais virá por acréscimo” [12].

Por Cristo e pelo Brasil!

Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira. São Paulo do Campo de Piratininga, 19 de dezembro de 2010.

Notas:

[1] SHEEN, Fulton J. Filosofias em luta. Trad. De Cypriano Amoroso Costa. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1946, p. 18.

[2] AMEAL, João. Apresentação. In SALGADO, Plínio. O Rei dos Reis. 5ª ed. (em verdade 6ª). In Idem. Primeiro Cristo!. 4ª ed. (em verdade 5ª). São Paulo/Brasília: Editora Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1979, p. 93.

[3] Idem, p. 94.

[4] Idem. São Tomás e a Idade Nova. In Idem. São Tomás de Aquino: iniciação ao estudo de sua figura e de sua obra. 3ª ed., rev. e acresc. com novos apêndices e um quadro biobliográfico. Porto: Livraria Tavares Martins, 1947, pp. 512-513.

[5] Idem. A Verdade é só uma.Porto: Livraria Tavares Martins, 1960, pp. 41-53.

[6] As críticas de Plínio Salgado ao modernismo religioso e sua defesa do Syllabus põem ser encontradas na obra A aliança do sim e do não (SALGADO, Plínio. A aliança do sim e do não. 4ª ed. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 6º. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 7-105) e em Pio IX e seu tempo (Idem. Pio IX e seu tempo (Prefácio à obra de Villefranche – Pio IX – publicada em 1948 pela Cia. Editora Panorama – S. Paulo). In Idem. Obras Completas. 2ª ed., vol. 11. São Paulo: Editora das Américas, 1957, pp. 359-477).

[7] TEJADA, Francisco Elías de. Plínio Salgado na Tradição do Brasil. Trad. De Gerardo Dantas Barreto. In VÁRIOS. Plínio Salgado, “in memoriam” (volume II – autores estrangeiros). São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, p. 70.

[8] SALGADO, Plínio. Primeiro, Cristo!. 4ª ed. (em verdade 5ª). São Paulo/Brasília: Editora Voz do Oeste/Instituto Nacional do Livro, 1979, pp. 26-27.

[9] Idem. O dia do Papa. In Idem. Primeiro, Cristo!, cit., p. 57.

[10] Idem, p. 65.

[11] Idem. Princípios cristãos para o estudo da Sociologia. In Idem. Obras completas. 2ª ed., vol. 19. São Paulo: Editora das Américas, 1957, p. 349.

[12] Idem. Primeiro, Cristo!, cit., pp. 16-17.

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http://cristianismopatriotismoenacionalismo.blogspot.com/

Federação Luterana Mundial - Genebra/Suíça

Lutheran World Federation (Federação Luterana Mundial)

A Federação Luterana Mundial (FLM) é uma comunhão global de igrejas cristãs oriundas da tradição luterana. Fundada em 1947, em Lund, Suécia, a FLM conta hoje com 140 igrejas-membro de 78 países representando cerca de 66,7 milhões de cristãos.

A FLM confessa as Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos como sendo a única fonte e norma de sua doutrina, vida e serviço. A FLM vê, nos três Credos Ecumênicos e nas Confissões da Igreja Luterana, especialmente na Confissão de Augsburgo e no Catecismo Menor de Martin Lutero, a pura exposição da Palavra de Deus.


O pão nosso de cada dia


As igrejas-membro da FLM confessam a Deus Trino, estão em acordo com a proclamação da Palavra de Deus e estão unidas em comunhão de púlpito e altar. A FLM confessa a única, santa, católica e apostólica Igreja e está decidida a servir à unidade Cristã ao redor do mundo. Ela age em nome de suas igrejas-membro em áreas de interesse comum, como comunicação, relações ecumênicas e inter-religiosas, questões ligadas aos Direitos Humanos, assistência humanitária, teologia e demais aspectos ligados à missão ao desenvolvimento.

A mais alta instância decisória da FLM é a Assembléia, que reúne-se a cada seis anos. Entre uma Assembléia e outra, a FLM é governada pelo seu Conselho, que reúne-se entre cada 12 e 18 meses, e pelo seu Comitê Executivo, que também funciona como diretoria e comitê de pessoal da Federação. O Conselho da FLM compreende o Presidente, o tesoureiro e 48 membros eleitos pela última Assembléia.

A Secretaria Geral da FLM está localizada nas dependências do Centro Ecumênico, em Genebra, Suíça, o que possibilita uma cooperação próxima com o Conselho Mundial de Igrejas e outras comunhões cristãs mundiais, assim como com organizações internacionais seculares.

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http://www.lutheranworld.org/lwf/

O Mito do Papai Noel Versus A Realidade de Jesus Cristo

Consumismo capitalista versus Espiritualidade Cristã.

A figura simpática do “bom velhinho”, mais conhecido por Papai Noel, estará novamente diante dos nossos olhos nos dias de dezembro. Promovida por um marketing poderosíssimo, continua sendo um artifício de peso nas mãos do comércio ávido por grandes lucros nas suas vendas.

Dezembro, todavia, também oferece oportunidade para a igreja cristã colocar diante dos olhos das pessoas uma outra figura. Ao contrário do Papai Noel, não existe só no imaginário das crianças. Mas a igreja cristã parece se acomodar timidamente na sua incapacidade de competir com o marketing do Noel. Por isso, ela geralmente se recolhe e, quando muito, promove a outra figura apenas dentro de suas paredes, numa espécie de comemoração do verdadeiro Natal só para consumo interno.

E então... Jesus perde para o Papai Noel? Qual os benefícios trazidos por Jesus? São inferiores aos presentes ditos vir por meio do “bom velhinho”? A igreja cristã começa a sair de sua tímida acomodação quando ela de novo presta atenção às palavras do anjo a José, tranqüilizando aquele homem piedoso a respeito da inesperada gravidez de Maria. Ao filho gerado pelo Espírito Santo, José deveria pôr o nome de Jesus, “porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).
O presente trazido por Jesus e o presente, quando vem, trazido pelo Papai Noel... Qual deles vale mais para nós, para nossos filhos e nossos amigos? Jesus salvará o seu povo dos pecados deles; é pouca coisa? Sim, qual o valor desse presente para você? Veja bem o seguinte: ele chega a você para salvar você dos seus pecados! Não, amigo, não é pouca coisa, pois o pecado também não é pouca coisa. Se você teme sofrer por causa de uma doença terrível, tipo câncer, tema muito mais sofrer por causa do pecado. Por causa dele, você está condenado a viver e morrer debaixo da ira de Deus. Sua vida acabará no inferno, num sofrimento eterno indescritível e inimaginável.
A chegada do Natal coloca diante dos seus olhos a pessoa de Jesus. Isso acontece para que o coração acolha com fé aquele que está diante dos olhos. É presente de Deus para você. Deus quer vê-lo debaixo do seu amor, do seu perdão, da sua misericórdia, para que sua vida acabe no céu, numa felicidade eterna indescritível e inimaginável.

Jesus ganha de goleada do Papai Noel. É vitória para se comemorar com muito barulho. A igreja cristã precisa fazer barulho por causa do presente de Natal que Deus dá para a humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Comece fazendo barulho dentro de sua família para que seus filhos cresçam sabendo que há um presente de Natal muito mais valioso do que qualquer outro. O encanto dos presentes de Natal acaba em pouco tempo; o encanto do PRESENTE de Natal permanece para sempre, pois Jesus, por causa da misericórdia de Deus por nós, nos salvará dos nossos pecados. Não compreendo a razão de tanto amor por mim, contudo estou encantado diante do presente que recebo do meu Senhor. Obrigado, Senhor!

Alegre-se com o presente de Deus no próximo Natal e agradeça por ele ao Senhor. Não pare por aí, todavia. Alegre também outros corações por meio do seu testemunho. Não é tão difícil fazer isso, basta perguntar para alguém: você sabe o que significa o nome Jesus? Pois quer dizer “ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Pronto... Está aberta a porta para você colocar o presente de Deus diante de uma pessoa.

Paulo Moisés Nerbas, Pastor, presidente da IELB

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http://ielbbage.blogspot.com/

Federação Luterana Mundial tem novo presidente

Bispo Munib Younan, da Igreja Evangélica Luterana na Jordânia e na Terra Santa, eleito Presidente da FLM.

O palestiniano Munib Younan, chefe da Igreja Evangélica Luterana da Jordânia e Terra Santa, é o novo Presidente da Federação Luterana Mundial. A eleição aconteceu em 31 de julho deste ano, em Stutegard, na Alemanha, onde decorreu a respectiva Assembleia, o mais alto organismo de decisão da Igreja Luterana.

Munib Younan sucede a Mark Hanson, da Igreja Evangélica Luterana da América, que ocupava o cargo desde 2003. O novo presidente foi eleito com a maioria dos votos(300 a favor e 24 contra). Tema desta XI Assembléia geral era "O pão nosso de cada dia nos dai hoje", visando encontrar respostas proféticas para as injustiças que ameaçam profundamente a vida.

Munib Younan faz parte do Comitê Cristão Internacional para Jerusalém, juntamente com os três patriarcas de Jerusalém e outros nove bispos.

Ao tomar conhecimento da eleição, o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal, enviou ao neo-eleito uma mensagem de felicitações, assegurando-lhe "fervorosas orações para que o Senhor Jesus Cristo, Filho desta Terra Abençoada, esteja sempre consigo, para o bem desta terra, para a unidade dos cristãos, para o diálogo entre as religiões e para a causa do povo palestiniano".

A Federação Luterana Mundial, fundada em 1947, abrange 70 milhões de fiéis luteranos, correspondendo a 145 Igrejas, distribuídas por 79 países.

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