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sábado, 30 de outubro de 2010

!!!!!VOTE CONSCIENTE!!!!!


Grande parte da população odeia política, e odeia votar, obrigado diga-se de passagem, mas convenhamos lutamos tanto por eleições diretas, por termos a possibilidade de escolhermos nossos governantes e agora há cidadãos que vão as urnas sem a menor preocupação, vão lá com a mentalidade de “escolher o candidato menos pior” em vez de escolher alguém com quem realmente ele se identifica e que julga ser um candidato licito, isso é ser um cidadão digno de aplausos, alguém não deve votar por pressão sendo ela da mídia e suas “pesquisas mentirosas” (alguém aqui já fora entrevistado ?) que “forçam” o eleitor indeciso ou desinformado a votar naquele que está na frente para não “jogar seu voto fora”, mas ora isto é que é de fato jogar seu voto fora, cada um deve votar (ou não) naquele candidato que julgue o ideal e não no candidato “da maioria”, ou então votar por pressão de próprios maus candidatos compradores de voto, que lhe prometem emprego, carro, dinheiro, dentadura etc, e até mesmo ameaça de morte para obter o seu tão importante voto.

'Computador' de 2 mil anos previa ciclo das Olimpíadas.


Cientistas decifraram as inscrições de um mecanismo grego de mais de 2 mil anos e sugerem que o sistema servia como um calendário para os jogos esportivos, entre eles, as Olimpíadas.

O Mecanismo é um sistema complexo de rodas e engrenagens

O Mecanismo de Anticítera foi encontrado em 1901 por um grupo de pescadores de esponjas, em um barco naufragado. O complexo sistema é composto por rodas e engrenagens de bronze.

Desde a descoberta, os cientistas já haviam identificado que o Mecanismo era capaz de calcular a posição do Sol e da Lua.

No estudo recente, publicado na edição desta semana da revista científica Nature, um grupo de pesquisadores descobriu que o mecanismo servia ainda como uma espécie de computador que armazenava informações sobre o ciclo quatrienal dos jogos esportivos pan-helênicos.

Liderado por Tony Freeth, do Projeto de Pesquisa do Mecanismo de Anticítera, o grupo fez radiografias dos 30 discos do sistema e conseguiu decifrar as pequenas inscrições gravadas nas superfícies.

Um dos discos, até então considerado um calendário de 76 anos, estava gravado com as palavras “Olympia”, “Nemea” e “Naa”– referência ao nome de alguns dos jogos pan-helênicos, formados por quatro jogos que ocorriam ao longo de quatro anos.

“O ciclo das Olimpíadas era um ciclo de quatro anos muito simples, e não era preciso um instrumento sofisticado como esse para fazer o cálculo. Foi uma grande surpresa quando vimos isso”, disse Freeth.

“Mas os Jogos tinham tanta importância cultural e social que não é incomum o fato de terem sido inscritos no Mecanismo”, afirmou.

“As novas inscrições revelam que o mecanismo não era simplesmente um instrumento de ciência abstrata, mas que demonstrava fenômenos astronômicos relacionados com as instituições sociais da Grécia”, disse o pesquisador.

Arquimedes

O grupo de pesquisadores identificou ainda que o mecanismo trazia o nome dos 12 meses. Segundo o estudo, os nomes seriam de origem coríntia, o que indicaria que o conceito do mecanismo poderia ser estendido até Arquimedes, que viveu entre 287 a.C e 212 a.C.

De acordo com Alexander Jones, professor do Instituto para o Estudo do Mundo Antigo em Nova York, nos Estados Unidos, o Mecanismo de Anticítera foi muito provavelmente construído “décadas depois” da morte de Arquimedes.

Caso realmente tenha origem na região coríntia de Siracusa, é possível que o Mecanismo tenha sido criado pela escola de cientistas e inventores de instrumentos inspirada nos ensinamentos de Arquimedes.

O artefato foi encontrado pelos mergulhadores ao lado de outros tesouros e retirado dos restos de um naufrágio a 42 metros de profundidade na ilha de Anticítera, entre Creta e Citera.

O Mecanismo de Anticítera está exposto no Museu Nacional de Arqueologia, em Atenas.

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080731_computadorgrego_np.shtml

Arqueólogos encontram mina que pode ter sido do Rei Salomão.

A descoberta de uma mina de cobre na Jordânia pode ser ser uma indicação da existência do personagem bíblico Rei Salomão, segundo arqueólogos.

As escavações já estão sendo realizadas a 11 anos.

Através de testes de radiocarbono, os cientistas constataram a existência de minas de cobre em uma região e época que coincidem com descrições feitas no Velho Testamento.

Até essa descoberta, acreditava-se que a extração e o aproveitamento do cobre só começaram a existir na Jordânia depois do século 7 a.C., ou seja, 300 anos depois da suposta existência do rei.

"A pesquisa apresenta dados científicos que confirmam o que está escrito na Bíblia", afirmou à BBC Brasil um dos líderes do grupo de arqueólogos, Mohammad Najjar, da instituição jordaniana Friends of Archaeology & Heritage, que conduziu o projeto em parceria com a universidade americana de San Diego.

"Foi uma surpresa, não esperávamos encontrar tantos artefatos de metal produzidos antes do século 7 a.C.", disse Najjar.

"Não é possível dizer com certeza se as minas encontradas são mesmo as do rei Salomão, mas neste momento, as possibilidades de ele ter existido aumentaram bastante."

"O que se sabe, indiscutivelmente, é que o povo edomita – descendentes de Esaú, segundo a tradição hebraica – praticava a metalurgia na época indicada pela Bíblia, muito antes do que se pensava", disse.

A escavação vem sendo conduzida em Khirbat en Nahas, um antigo centro de produção de cobre ao sul do Mar Morto, desde 1997.

Lendas

Segundo o Velho Testamento da Bíblia cristã (que utiliza escrituras judaicas, o Tanakh), o rei Salomão teria unido os reinos hebreus de Israel e Judá por 30 anos, cerca de 1000 a.C..

Segundo a Bíblia, Salomão teria sido o terceiro rei dos hebreus, depois de Saul e Davi, e seu reinado, um período de fartura.

No entanto, não existiam evidências de sua existência ou de um reino que dominasse conhecimentos de metalurgia à época naquela região.

As lendas em torno do personagem cresceram no século XIX, quando o inglês Henry Ridder Haggard publicou seu romance de ficção As Minas do Rei Salomão, que popularizou o mito em torno dos segredos de supostas minas com tesouros em ouro, diamante e marfim.

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http://www.bbc.co.uk/

Pesquisa revela uso de armas químicas contra romanos.

Betume e Cristais de Enxofre

Um pesquisador da Universidade de Leicester, na Inglaterra, diz ter identificado o que parece ser a mais antiga evidência arqueológica do uso de armas químicas.

Segundo o pesquisador Simon James, cerca de 20 soldados romanos, encontrados em um sítio na antiga cidade de Dura-Europos, localizada no atual território da Síria, foram mortos não devido a ferimentos de espada ou lança, mas sim por asfixia.

Os corpos de soldados romanos foram encontrados em escavações realizadas na década de 1930. Eles estavam em uma galeria estreita, com menos de 2 metros de altura e de largura e cerca de 11 metros de comprimento, e ainda portavam suas armas.

Ao realizar novas pesquisas no local, James buscou descobrir a maneira exata como esses soldados haviam morrido e seus corpos haviam sido dispostos da maneira em que foram encontrados.

James disse que pesquisas na galeria em que os corpos foram encontrados revelaram que os persas, em combate com os romanos, teriam usado betume e cristais de enxofre para incendiar o túnel.

De acordo com o cientista, quando incendiados esses materiais formam densas nuvens de gases sufocantes, o que teria provocado a morte dos soldados.

James apresentou suas descobertas em um encontro do Archaeological Institute of America (Instituto Arqueológico da América)

Cerco

Situada nas margens do rio Eufrates, Dura-Europos foi conquistada pelos romanos, que instalaram ali uma grande guarnição militar.

Por volta do ano 256, a cidade sofreu um cerco feroz do Exército do poderoso império Sassânida (dinastia que governava a Pérsia).

De acordo com pesquisadores, os sassânidas usaram todas as técnicas disponíveis para conquistar a cidade. Os cientistas dizem que foi usada inclusive a construção de minas para abrir brechas nas muralhas e que os romanos se defenderam com contraminas.

"Uma análise cuidadosa da disposição dos corpos mostra que eles foram amontoados na entrada da contramina pelos persas, que usaram suas vítimas para criar uma parede de corpos e escudos", disse James.

"(Os persas) deixaram o contra-ataque romano encurralado enquanto incendiavam a mina, fazendo com que desmoronasse, o que permitiu que continuassem tentando derrubar as muralhas", afirmou.

Segundo James, "isso explica por que os corpos estavam no local em que foram encontrados".

Estratégia

De acordo com o pesquisador, para conseguir matar 20 homens em um espaço como aquele, os persas precisariam de "poderes de combate super-humanos, ou algo mais insidioso".

"Os persas ouviram os romanos construindo seu túnel", disse James. "E prepararam uma terrível surpresa para eles."

"Acho que os sassânidas colocaram braseiros e foles na galeria, e quando os romanos entraram, (os sassânidas) colocaram os produtos químicos e lançaram as nuvens de gases para dentro do túnel dos romanos", afirmou o pesquisador.

"Os romanos ficaram inconscientes em segundos, e estavam mortos em poucos minutos."

Conforme James, o uso desse tipo de geradores de fumaça dentro de túneis é mencionado em alguns textos clássicos.

"Fica claro, com as evidências arqueológicas em Dura-Europos, que os persas sassânidas tinha tanto conhecimento de técnicas de guerra quanto os romanos. Eles certamente conheciam essa tática", disse.

Ironicamente, as minas persas não foram suficientes para derrubar as muralhas, mas os sassânidas acabaram entrando na cidade.

Os habitantes foram massacrados ou deportados para a Pérsia, e a cidade abandonada.

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http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080904_generomaaids_np.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080826_estatuaimperadoromano_fp.shtml

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/08/080815_cabecaestatuaimperatriz_fp.shtml

Múmia de 700 anos é apreendida na Bolívia rumo à Europa.

Passeio de Múmia

A polícia boliviana apreendeu em La Paz uma múmia de uma criança de cerca de 700 anos atrás, aparentemente de ascendência peruana, ao tentar sair da Bolívia em uma caixa com destino a Europa, informou o arqueólogo Jedú Sagárnaga, da Sociedade de Arqueologia de La Paz,

"Um policial descobriu (no início da semana) os restos em uma caixa no escritório (estatal) dos Correios e isto demonstra que é muito provável que existam redes de tráfico de peças arqueológicas", disse.

Sagárnaga contou que realizou uma inspeção dos restos, que se encontram em bom estado de conservação e poderiam corresponder a um menino ou menina de seis anos, enterrado em posição fetal.

O corpo está envolvido em tecido, o que faz supor que é de ascendência peruana, "Esse era o costume e não acredito que seja boliviano, porque aqui seriam envolvidos em palha", afirmou o pesquisador à AFP.

"É provável que a múmia provenha das culturas (peruanas) Chancay (na costa central, entre 1.200 e 1.470 d.C.) ou Paracas (500 a.C)", explicou.

Os restos ainda estão em poder da polícia, que espera um trâmite do Ministério boliviano da Cultura para sua entrega ao departamento governamental de arqueologia, que posteriormente realizará uma avaliação detalhada.

Se for provado que a múmia procede do Peru, ela será devolvida, como parte de acordos bilaterais.

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http://www1.folha.uol.com.br/

Legislação federal insuficiente deixa patrimônio fóssil nacional desprotegido.

Ciência oculta no solo

Exemplar de Exae Retodon Riograndensis, réptil do período Triássico, que faz parte do acervo do Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto da UFRGS

Terminado o prazo de quatro anos, fósseis de crocodilos de aproximadamente 80 milhões de anos, encontrados em Campina Verde, Minas Gerais, no início de 2008, deverão ser devolvidos a instituições mineiras. O material foi levado por pesquisadores à Universidade de São Paulo (USP) para estudos, mas deve retornar a Minas em respeito à legislação estadual.

Decisões polêmicas como essa ocorrem porque a legislação brasileira a respeito de fósseis – vestígios de plantas ou animais pré-históricos – é insuficiente. Além de não definir de forma clara o papel dos estados em relação à conservação dos materiais, os códigos existentes também não estabelecem punições para os crimes contra o patrimônio mineral da União.

Leis regionais - Sabendo das carências da legislação nacional, os estados brasileiros tentam estabelecer regras locais que garantam a integridade de seu patrimônio mineral. É o que acontece em Minas Gerais e no nosso estado. A paleontóloga da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), Ana Maria Ribeiro, esclarece que os fósseis são considerados patrimônio do RS. “A Lei Estadual n.º 11.738, de 2001, prevê a preservação dos sítios paleontológicos e orienta que os fósseis continuem no estado.” Isso não significa que eles serão estudados apenas por pesquisadores gaúchos, mas que os fósseis aqui encontrados devem ficar sob a guarda de instituições sul-rio-grandenses de pesquisa ou de ensino. “O fóssil precisa ser integrado a uma coleção que tenha um curador, um paleontólogo responsável. Além disso, essa coleção tem de estar aberta à comunidade científica nacional e internacional”, observa a paleontóloga, acrescentando que o estado possui diversas organizações com estrutura adequada, como a UFRGS, a PUCRS e a própria FZB.

Em Minas Gerais, uma lei estadual de 1994 define que os bens paleontológicos encontrados no território mineiro só podem ser retirados para intercâmbio científico por prazo determinado e com autorização do poder público. Assim, os fósseis de crocodilos descobertos em Campina Verde serão devolvidos à cidade, que deverá criar um museu para abrigar as peças.

Se, por um lado, as medidas de proteção aos patrimônios paleontológicos estaduais fortalecem os centros de pesquisa, por outro, podem ocasionar o armazenamento do material em locais sem a estrutura básica necessária. A pesquisadora pondera que “se os fósseis voltarem a Minas, eles devem ficar em uma instituição que tenha estrutura, como a Universidade Federal de Ouro Preto, a Universidade Federal de Minas Gerais ou o Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, em Peirópolis”. O risco, conforme Ana Maria, é de que os itens retornem a um local que ainda não esteja preparado para recebê-los.

Lacunas na legislação - Segundo a convenção que regulamenta a importação, a exportação e a transferência de propriedades ilícitas dos bens culturais, elaborada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1970, o comércio internacional de fósseis é ilegal, mas não há menção a castigos para quem os compra ou vende. No Brasil, a convenção foi promulgada em 1973 com o Decreto n.º 72.312. O professor do Instituto de Geociências da UFRGS e presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), João Carlos Coimbra, considera a indeterminação das penas a maior inconveniência relacionada à legislação vigente. Ele constata que “as leis são muito boas, mas a maioria não diz qual é a punição para quem as infringir”. Ana Maria analisa a questão pelo mesmo ângulo. “Leis de proteção aos fósseis nós temos desde 1942. O grande problema hoje é a punição.”

A Portaria n.º 55 do MCT, de 1990, determina que os fósseis encontrados em território nacional devem permanecer aqui e que pesquisadores estrangeiros que desejem estudá-los necessitam de permissão do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP). “Para um estrangeiro ir a campo no Brasil, ele precisa de uma licença solicitada por um pesquisador brasileiro, que deverá acompanhá-lo”, explica Coimbra. Ana Maria completa: “Se você está numa área de preservação, é importante que registre seu projeto no DNPM e também solicite uma autorização ao Instituto Chico Mendes para trabalhar naquele território”.

Comércio internacional - Uma dificuldade enfrentada com relação aos estrangeiros é que, em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e Japão, a comercialização de fósseis é permitida. Pesquisadores de outras partes do mundo, desconhecendo a legislação brasileira, acabam levando os fósseis ilegalmente para fora do país com o objetivo de estudá-los. Há casos, entretanto, de indivíduos que, mesmo conhecendo a lei, exercem o comércio ilegal de fósseis pela alta rentabilidade que ele oferece. “O tráfico de fósseis, mundialmente, só perde, em termos de volume de capital movimentado, para drogas e obras de arte”, revela Coimbra. “Recentemente, tivemos um problema com o paleontólogo inglês David Martill. Ele coletava ilegalmente no Brasil, sabendo que é proibido.” Em 2006, o pesquisador da Universidade de Portsmouth, Inglaterra, foi flagrado por uma equipe do jornal O Estado de S. Paulo tentando comprar fósseis no interior do Ceará.

O controle do trabalho de paleontologia é feito pelo DNPM (o fóssil é, primeiramente, um bem mineral) em parceria com a Polícia Federal brasileira. No entanto, a legislação afirma igualmente que o fóssil é patrimônio cultural. Nesse caso, a responsabilidade passaria a ser do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Coimbra ressalta que “o responsável é o DNPM, mas o Iphan está querendo participar. Esse órgão tem feito várias reuniões com a SBP, com o poder público e com o DNPM. Ainda está em negociação, não há nada definido”.

Descentralizar é preciso

Em um ponto, a maioria dos paleontólogos concorda: a descentralização dos materiais é positiva, desde que feita com responsabi­lidade. “É mais importante surgirem novos museus, pequenos, mas numerosos, em diferentes lugares, do que o investimento de grande porte em museus centralizados nas capitais”, afirma João Carlos Coimbra, profes­sor do Instituto de Geociências da UFRGS e presidente da Sociedade Brasileira de Paleon­tologia (SBP). Para ele, a ampliação territorial da ciência ocasionará novas descobertas de fósseis em todo o país. No entanto, alerta que as coleções devem ficar sob a responsabilidade de uma equipe competente, com estrutura adequada para receber os itens. Além disso, as novas peças precisam ficar à disposição de paleontólogos de todo o mundo. “Os pesqui­sadores de outros estados e países devem ter acesso a esses fósseis, para fazer, inclusive, comparações. É por isso que se recomenda sua armazenagem em instituições de pesquisa.”

O surgimento de novos polos paleon­tológicos começou, segundo o professor, com a expansão da rede de ensino superior, ocor­rida a partir de 2003. “A Paleontologia está se interiorizando rapidamente. Diversas regiões do país têm cursos de pós-graduação nessa área”, explica. A pesquisadora da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Ana Maria Ribeiro, concorda: “Antigamente, grande parte do material ia para o Museu Nacional no Rio de Janeiro ou para o Museu do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP), também no Rio. Então, todo o material do Brasil ficava concentrado lá. Os investimentos na Paleontologia e o aumento da formação de profissionais descentralizaram os acervos. Isso é muito importante.”

A propagação dos museus de paleonto­logia resulta da popularização dessa espe­cialidade. A paleontóloga acredita que filmes como Jurassic Park chamaram a atenção das pessoas e ajudaram a criar uma cultura de preservação e respeito ao patrimônio. “Quando comecei a trabalhar com fósseis, meus pais diziam: ‘a Ana está mexendo com uns ossinhos’”, lembra. Hoje, muitas instituições fazem trabalhos de educação básica para conscientizar as crianças sobre a importância dos acervos. Para ela, o debate em torno da questão é fundamental para o aumento do cuidado com os itens que têm sido encontrados.

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http://www.ufrgs.br/comunicacaosocial/jornaldauniversidade/