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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Santinho da campanha de Plinio Salgado pelo Partido de Representacao Popular para Presidencia da Republica.


Santinho da campanha de Plinio Salgado pelo Partido de Representacao Popular para Presidencia da Republica. Imagem Fonte: Autor

Fonte: Guilherme Jorge Figueira

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O Jornal A Offensiva.

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O Jornal A Offensiva, de circulação nacional, foi lançado no Rio de Janeiro em 17 de maio de 1934 e extinto em 19 de março de 1938. No começo de sua existência só podia ser adquirido através de assinatura, porém logo começou a ser vendido nas bancas de jornal pelo Brasil.
O periódico durante seus primeiros anos foi impresso nas oficinas gráficas do Jornal Diário de Noticiai, localizada no centro do Rio de Janeiro, como muitos outros matérias de divulgação da Acção Integralista Brasileira. O Chefe Nacional da AIB ocupava inicialmente o cargo de Diretor tendo sido substituído pelo Chefe Provincial Madeira de Freitas após alguns anos.
Inicialmente era vendido a 200 réis tendo tido varias variações durante o tempo. A venda do jornal possuía finalidade de financiar o pagamento dos funcionários e na divulgação da AIB.
Para a surpresa de muitos após a decretação do Estado Novo (1937-1945).

Autor: Guilherme Jorge Figueira

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Integralistas e o Cinema Brasileiro.

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A Acção Integralista Brasileira produziu durante os anos de sua existencia (1932-1937) um vasto arquivo visual que tinha como uma das principais funcoes divulgar o Integralismo pelo Brasil. Atraves da criacao da SIGMA FILMES a AIB se tornou pioneira no mercado cinematografico político, meio de divulgacao pouco explorado na epoca pelos partidos presentes no Brasil.
Um dos cineastas que mais de destacaram na producao deste material foi o diretor cinematografico Alfredo Baumgarten. Durante o regime do Estado Novo (1937-1945) este artista foi duramente perseguido tendo sido preso.
Ainda hoje se pode encontrar algumas películas como na Cinemateca Paulista ou mesmo na Internet.

Imagem Jornal A Offensiva, pag.11, N.37,24/01/35

Autor: Guilherme Jorge Figueira

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O Bund Germano-Americano.

O Bund

Entre as muitas organizações potencialmente subversivas que surgiram nos Estados Unidos, uma delas causou grande preocupação ao FBI por sua determinação em alterar a inicial neutralidade norte-americana e propiciar o apoio norte-americano aos países do Eixo. Tratava-se do Bund Germano-Americano. O país tinha outras organizações com ideologia mais ou menos similar, como o Partido Nacional-Socialista Americano, a Frente Cristã, os Cruzados Cristãos pelo Americanismo, o comitê América Primeiro e os grupos ultra-americanos e patriotas, sem esquecer da Ku-klu-Klan, mas o Bund era a mais organizada de todas elas.

Em 1933, Rudolf Hess havia autorizado a fundação de um Partido Nazista norte-americano, denominado Amigos da Nova Alemanha, com o apoio do cônsul alemão em Nova York. O primeiro líder do partido foi Heinz Spanknobel, e uma de suas primeiras atividades consistiu na edição de um jornal em alemão, o New Yorker Staats-Zeitung, para promover um sentimento simpatizante para com o nazismo. Mas Spanknobel acabou sendo deportado por causa de suas atividades e considerado um agente inimigo dos Estados Unidos. Como as atividades do grupo eram pouco discretas, Hess dissolveu-o em 1935.

Muitos de seus ex-membros fundaram uma organização no ano seguinte, em Buffalo (estado d Nova York). Tratava-se da Liga Germano-americana (Amerikadeutscher Volksbund), sob a direção de Fritz Kuhn, um veterano alemão da Primeira Guerra Mundial. Rapidamente, a organização viu crescer o número de seus membros, muitos dos quais eram imigrantes alemães de primeira ou segunda geração. O Bund imitava a organização do partido alemão, e inclusive chegou a ter sua versão do uniforme da Juventude Hitlerista. Além da atividades culturais e desportivas, existia um forte doutrinamento político entre seus membros.

O Bund chegou a criar colônias de férias em Nova York e New Jersey e várias cervejarias, cujos donos eram alemães, converteram-se em centros de encontro em Chigaco e Milwaukee. Os ataques antisemitas tornaram-se mais freqüentes e a organização começou a ficar cada vez mais parecida com sua inspiradora. A Alemanha apenas prestou ajuda ao Bund, mas seus membros estavam desejosos de reconhecimento.

Em 1936, por ocasião da Olimpíadas de Berlim, uma delegação do Bund, encabeçada pelo próprio Kuhn, viajou até a cidade e foi recebida por Adolf Hitler na Chancelaria. Um ano depois, o FBI vigiava rigorosamente suas atividades, e chegou-se a cogitar que aproximadamente 200 mil membros da organização estavam dispostos a fazer uso de armas contra os Estados Unidos. Na verdade, o Bund nunca teve mais de 8,5 mil membros e 5 mil simpatizantes. A Alemanha continuou sem prestar apoio e chegou a proibir a utilização de seus símbolos pelo Bund.

A maior reunião da organização aconteceu em fevereiro de 1939, no Madison Square Garden, com mais de 22 mil participantes. Nela Kuhn acusou o presidente Franklin Delano Roousevelt de ajudar os bolcheviques, fazendo que, ao final do ato, o próprio Kuhn fosse preso. Isso marcou o princípio do fim da organização. O Bund seria dissolvido em 8 de dezembro de 1941, e muitos de seus dirigentes foram presos.

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Coleção 70° aniversário da 2° Guerra Mundial, v.26.- São Paulo: Abril Coleções, 2009.

Agradecimento

Consulado Geral da Polônia - Curitiba - PR

Av. Agostinho Leão Jr, 234, Alto da Glória Curitiba Paraná (0xx41) 3019-4662 (0xx41) 3019-7909 kurytyba.k.sekretariat@msz.gov.pl http://www.kurytybakg.polemb.net/

Jurisdição: PR/ SC/ RS
Expediente: de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 hs


Stanislaw Sosabowski e os Poloneses na Frente Ocidental.

Stanislaw Sosabowski


Desde o início da segunda guerra mundial, o governo polonês no exílio estabeleceu-se no Reino Unido, sob a presidência do primeiro-ministro, general Wladyslaw Sikorski. Para lá, seguiram os poloneses que conseguiram escapar das ocupações nazista e soviética e logo se formaram unidades militares polonesas. No final de 1940, suas forças somavam cerca de 20 mil homens. Em 1941, formou-se a 1° Brigada de Paraquedistas, com cerca de 6 mil homens. Em seu comando estava o Coronel Stanislaw Sosabowski. Este militar nasceu em 1892 na região de Galitzia, então ocupada pelo Império Austro-Húngaro, e serviu em suas tropas na Primeira Guerra Mundial. Ao formar-se novamente o Estado polonês, em 1918, Sosabowski apresentou-se como voluntário para fazer parte do novo Exército nacional.

A ação mais famosa da qual a 1° Brigada da Paraquedistas polonesa participou foi o desembarque aerotransportado em Arnhem, com seus colegas britânicos. Na ação, cerca de um quarto dos efetivos morreu ou ficou ferido, demonstrando um corajoso comportamento. Não obstante, eles serviram de bode expiatório e foram acusados de ser, em boa medida, a causa do fracasso da operação, Por este motivo, Sosabowski foi afastado de seu posto, em dezembro de 1944, pelo presidente polonês no exílio, embora tenha sido promovido a general de brigada.

Após a guerra, os poloneses formaram parte do contingente britânico das forças de ocupação, mas as pressões soviéticas levaram o Reino Unido a dissolver a brigada. A União Soviética não reconheceu o governo polonês no exílio de Londres, e quem não voltasse à Polônia e se submetesse ao novo governo comunista seria privado da nacionalidade. Muitos voltaram, outros partiram para o exílio e alguns ficaram no Reino Unido. O general foi um dos que ficaram, vivendo humildemente e trabalhando como operário em uma central elétrica, falecendo em 1967, quase no anonimato.

Em a1946, ele e sua brigada foram indicados pela rainha Wilhelmina, da Holanda, para receber a Militare Willems-Orde, mas o assunto foi deixado de lado. Finalmente, 60 anos depois, em 2006, lhe foi concedida a distinção, a título póstumo. Desde 1952, ninguém havia recebido tal honra. Naquele mesmo dia, também se condecorou o falecido general com o Bronzen Leeuw ( Leão de Bronze), por seu valor.

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Coleção 70° Aniversário da II Guerra Mundial, v.26.-São Paulo: Abril Coleções, 2009.

Agradecimento

Consulado Geral da Polônia - Curitiba - PR

Av. Agostinho Leão Jr, 234, Alto da Glória Curitiba Paraná (0xx41) 3019-4662 (0xx41) 3019-7909 kurytyba.k.sekretariat@msz.gov.pl http://www.kurytybakg.polemb.net/

Jurisdição: PR/ SC/ RS
Expediente: de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 12:00 hs

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Guerra do Paraguai: O massacre dos meninos.

Ressentimentos acumulados e inabilidade política transformaram a fase final da Guerra do Paraguai numa carnificina desnecessária

Duas obras recentes ajudam a explicar um dos episódios mais decisivos e brutais da história brasileira: a caçada ao ditador Solano López (1827-1870) na fase final da Guerra do Paraguai. Derrotado pelas tropas aliadas brasileiras, argentinas e uruguaias, que a essa altura já haviam ocupado a capital paraguaia, Assunção, o ditador recusou a rendição, refugiando-se na cordilheira. Sem meios de se defender, usou como escudos velhos, mulheres, crianças e adolescentes, que foram trucidados pelas tropas adversárias. Começava ali o grande massacre, em que milhares de paraguaios foram mortos numa carnificina que até hoje assusta os historiadores. Os números são imprecisos, mas alguns pesquisadores falam em mais de 100 mil mortos, entre 10% e 15% da população paraguaia, que na época era de 1 milhão de habitantes.

Novos livros dos historiadores José Murilo de Carvalho e Francisco Doratioto (ambos publicados pela Companhia das Letras) tratam de dois dos principais personagens envolvidos na guerra: o general gaúcho Manoel Luís Osório (1808-1879), tema do estudo de Doratioto, e o próprio Pedro II (1825-1891), analisado por Murilo de Carvalho. Ambos reforçam a idéia de que o massacre poderia ter sido evitado.

Para isso, bastaria que os lados envolvidos na guerra tivessem sensatez e habilidade política para superar os ressentimentos acumulados. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. O conflito, que poderia ter acabado com um acordo razoável para vencedores e derrotados, se prolongaria muito além do necessário. O resultado foi o massacre dos meninos paraguaios.

O Brasil se viu forçado a entrar na guerra pela ambição desmedida do ditador paraguaio. Determinado a forçar uma saída para o Atlântico, Solano López aprisionou um navio brasileiro e invadiu terras brasileiras e argentinas. "Foi uma guerra que o Brasil não queria", afirma Murilo de Carvalho. "Sobretudo porque era feita contra o inimigo errado, o Paraguai, e em parceria com o aliado errado, a Argentina." Com o Paraguai, o Brasil tinha problemas de fronteira, mas os diplomatas brasileiros achavam que tudo poderia se revolver sem guerra. Com a Argentina, ao contrário, a rivalidade era antiga porque envolvia a disputa da estratégica bacia do Prata.

Sem a opção de resolver as diferenças pela via diplomática, restou aos brasileiros defender seus interesses numa guerra que, bem ou mal, ajudaria a delinear a identidade nacional.

Foi um conflito longo e desgastante, em que escravos, pobres e analfabetos, mas também fazendeiros, filhos de famílias nobres e oficiais de carreira, se encontraram pela primeira vez em campo de batalha, ajudando a forjar o sentimento de afinidade entre eles. Antes da guerra, observa Murilo de Carvalho, "nenhum episódio havia unido tantos brasileiros contra um inimigo comum". Os símbolos nacionais foram valorizados. O hino era tocado no embarque das tropas. A bandeira tremulava à frente dos batalhões e nos mastros dos navios.

A guerra começou em 1865 e poderia ter acabado em janeiro de 1869, com a ocupação da capital paraguaia. Essa era, pelo menos, a tese defendida por Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias (1803-1880). Caxias acreditava que a caçada a Solano López era inútil porque, àquela altura, o ditador já não tinha condições de reagir. A única alternativa, portanto, era resolver as divergências na mesa de negociações. Essa posição sensata não prevaleceu por culpa do imperador Pedro II e seu genro, o jovem e inexperiente conde d’Eu (1842-1922), marido da princesa Isabel (1846-1921). Desgastados pela oposição política que a guerra haveria gerado dentro do próprio Brasil, os dois insistiram em capturar López vivo ou morto.

A caçada revelou-se muito mais difícil do que as autoridades imaginavam. O ditador paraguaio foi morto pelas tropas brasileiras em março de 1870, mais de um ano após a ocupação de Assunção, mas o preço pago foi muito além do que o estilo culto e civilizado do imperador recomendava - e, de certa forma, manchou irremediavelmente sua biografia. O perfil humano que o talentoso Doratioto traça do general Osório reforça essa tese. Aos 61 anos, doente e cansado, o gaúcho também acreditava que a guerra estava resolvida depois da tomada de Assunção. Tanto assim que decidiu se retirar para sua cidade, Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, onde pretendia descansar e recuperar a saúde.

A teimosia de Pedro II e do conde d’Eu, no entanto, obrigaram Osório a retornar ao campo de batalha com a perna imobilizada pela doença e o maxilar estilhaçado por um tiro de fuzil. E foi assim, contra sua vontade, que um dos heróis do Exército brasileiro se viu compelido a travar uma batalha insana contra velhos, mulheres e crianças, massacrados depois de enfrentar as tropas aliadas com pedras, tijolos, pedaços de madeira e cacos de vidro na localidade de Peribebuí. Os prisioneiros sobreviventes foram degolados a mando de um enfurecido conde d’Eu. O general prussiano Carl von Clausewitz (1780-1831), autor de um clássico de estratégia militar, dizia que "a guerra é a continuação da política por outros meios". Ou seja, só se deve recorrer às armas depois de esgotadas todas as demais alternativas. Infelizmente, essa lição tão simples e tão óbvia não foi seguida em 1869. O resultado, além da carnificina desnecessária, é o ressentimento que até hoje se acumula ao longo da fronteira dos países envolvidos.

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