A Semana de Arte Moderna e o Pensamento de Plínio Salgado.
Fabrícia Lopes*.
A Semana de Arte Moderna de 1922 pode ser considerada como marco do modernismo no Brasil. O evento aconteceu na capital paulista e reuniu intelectuais de distintas linhas ideológicas. Apesar das divergências, buscavam a mudança da velha mentalidade estética por outra, em valores e propósitos. Tal semana, na época em que ocorreu, não abalou estruturas e nem foi um movimento de massa. Sua repercussão só ganharia contornos nos anos sucessivos.
Dentre os desdobramentos da Semana, surge o Movimento Cultural Verde-Amarelo e Grupo Anta, fundado em 1926. O movimento contou com a presença do jornalista e escritor Plínio Salgado, que teve ao seu lado nomes como Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Cândido Mota Filho. Eram os fomentadores do Manifesto do Verde-Amarelismo, que tem como base o nacionalismo tupi.
Anteriormente a sua participação na Semana de Arte Moderna, Plínio Salgado passou por um momento que mudaria o rumo de suas convicções filosóficas. Antes da morte de sua esposa, em 1919, o jornalista teve contato com doutrinas materialistas e revolucionárias de Sorel, Marx, Trotski e Feuerbach. Entretanto, com a perda da companheira, o escritor buscaria refugio no Cristianismo, que passará a influenciar sua produção literária.
Em 1922, sua presença na Semana de Arte Moderna foi crucial para a formação intelectual e política de seu pensamento, sendo ela responsável pelo amadurecimento de suas convicções ideológicas nacionalistas. Foi por meio de sua atuação no movimento modernista que Plínio Salgado confirmou seu sentimento patriótico, travando debates com outra vertente modernista, composta por Mário de Andrade. Em sua produção literária, o jornalista ressalta a importância de valores para a constituição de uma identidade brasileira.
O estilo modernista adotado por Plínio Salgado em suas obras literárias acabou sendo visto com preconceito, devido a sua atuação política ter sido associada ao nazi-facismo. Esta acusação normalmente partia dos intelectuais de esquerda, que se opunham à sua visão dualista, visto que se embasavam no materialismo e no relativismo cultural para produção de suas obras.
Observando a obra do autor, é possível notar seu respeito ao ser humano, e o culto a virtudes que são necessárias para uma plena convivência com o próximo, mostrando que para ser intelectual e romper com velhos paradigmas não é necessário negar valores que são imutáveis, como Deus, a família, e a Pátria. De fato, Salgado é um exemplo para os intelectuais da pós-modernidade, que para serem aceitos assumem posicionamentos ateístas e agnósticos, que não respondem aos seus anseios interiores.
* Estudante de Jornalismo (Quarto Semestre). Araçatuba, São Paulo.
# Escrito por Jornalismo UniToledo, às 09h33, dia 29/08/2008.
Você quer saber mais?
http://www.integralismo.blogspot.com
Dentre os desdobramentos da Semana, surge o Movimento Cultural Verde-Amarelo e Grupo Anta, fundado em 1926. O movimento contou com a presença do jornalista e escritor Plínio Salgado, que teve ao seu lado nomes como Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Cândido Mota Filho. Eram os fomentadores do Manifesto do Verde-Amarelismo, que tem como base o nacionalismo tupi.
Anteriormente a sua participação na Semana de Arte Moderna, Plínio Salgado passou por um momento que mudaria o rumo de suas convicções filosóficas. Antes da morte de sua esposa, em 1919, o jornalista teve contato com doutrinas materialistas e revolucionárias de Sorel, Marx, Trotski e Feuerbach. Entretanto, com a perda da companheira, o escritor buscaria refugio no Cristianismo, que passará a influenciar sua produção literária.
Em 1922, sua presença na Semana de Arte Moderna foi crucial para a formação intelectual e política de seu pensamento, sendo ela responsável pelo amadurecimento de suas convicções ideológicas nacionalistas. Foi por meio de sua atuação no movimento modernista que Plínio Salgado confirmou seu sentimento patriótico, travando debates com outra vertente modernista, composta por Mário de Andrade. Em sua produção literária, o jornalista ressalta a importância de valores para a constituição de uma identidade brasileira.
O estilo modernista adotado por Plínio Salgado em suas obras literárias acabou sendo visto com preconceito, devido a sua atuação política ter sido associada ao nazi-facismo. Esta acusação normalmente partia dos intelectuais de esquerda, que se opunham à sua visão dualista, visto que se embasavam no materialismo e no relativismo cultural para produção de suas obras.
Observando a obra do autor, é possível notar seu respeito ao ser humano, e o culto a virtudes que são necessárias para uma plena convivência com o próximo, mostrando que para ser intelectual e romper com velhos paradigmas não é necessário negar valores que são imutáveis, como Deus, a família, e a Pátria. De fato, Salgado é um exemplo para os intelectuais da pós-modernidade, que para serem aceitos assumem posicionamentos ateístas e agnósticos, que não respondem aos seus anseios interiores.
* Estudante de Jornalismo (Quarto Semestre). Araçatuba, São Paulo.
# Escrito por Jornalismo UniToledo, às 09h33, dia 29/08/2008.
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