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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ancestral gigante de pinguim encontrado no Peru não usava "black-tie"

Fósseis de um pinguim que viveu 36 milhões de anos atrás, com aproximadamente 1,50 metro de altura, fornece algumas pistas sobre as características e a evolução do animal, indicou a paleontologista Julia Clarke, da Univesidade do Texas, em Austin, nos EUA.

Paleontologista Julia Clarke durante escavações do fóssil encontrado na Reserva Nacional de Paracus, no Peru

"Antes desse fóssil, não tínhamos evidência sobre as penas, a cor ou as asas dos pinguins. Tínhamos dúvidas, e esta é a primeira oportunidade para começarmos a respondê-las", comentou ela sobre o estudo do fóssil publicado na revista "Science".
N. Adam Smith/AP

Os restos do animal estavam na Reserva Nacional de Paracus, no Peru, e colaboram com especulações anteriores de que os pinguins desenvolveram a estrutura corporal e as nadadeiras para nadarem mais rápido.

As espécies são altamente adaptadas a ambientes gelados e aquáticos, e as alterações tanto corporais quando nas asas permitem que nadem velozmente sem se congelarem. Contudo, até hoje não eram muito conhecidos os termos da evolução da espécie.

Por razões que os cientistas ainda não conhecem, a cor padrão dos pinguins com corpo escuro e a parte frontal branca parece ser também uma característica adotada recentemente. Segundo os cientistas, a mudança na propulsão debaixo d'água pode ter afetado os melanossomos --estruturas celulares que armazenam pigmentos que dão cor à pele-- e influenciado na cor das penas.

Encontrado na penugem de criaturas vivas, os melanossomos foram achados em fósseis de aves em 2008. Agora, Clarke e equipe mostram que eles também podem ajudar a determinar o desenvolvimento evolucionário dos pinguins.

Os pesquisadores analisaram os fósseis encontrados no Peru e, aparentemente, as asas e as penas do pinguim antigo parecem muito com o que vemos nos animais de hoje, mas os melanossomos, não.

Jakob Vinther, um dos primeiros a notar a presença de células da pigmentação em fósseis, disse que o fato de só poder observar a cor de organismos extintos já é um marco.

Você quer saber mais?

http://www1.folha.uol.com.br

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

João Cândido Felisberto.

João Cândido Felisberto (Encruzilhada do Sul, 24 de junho de 1880 — Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1969) foi um militar brasileiro, líder da Revolta da Chibata (1910).


Nasceu em 24 de Junho de 1880, na então Província (hoje Estado) do Rio Grande do Sul, no município de Encruzilhada (hoje Encruzilhada do Sul), na fazenda Coxilha Bonita que ficava no vilarejo Dom Feliciano - o quinto distrito do Município Encruzilhada, que havia sido distrito de Rio Pardo até 1849. Filho dos ex-escravos João Felisberto Cândido e Inácia Felisberto, apresentou-se em 1894 na Companhia de Artífices Militares e Menores Aprendizes no Arsenal de Guerra de Porto Alegre com uma recomendação de atenção especial, escrita por um velho amigo e protetor de Rio Pardo, o então capitão-de-fragata Alexandrino de Alencar, que assim o encaminhava àquela escola. Em 1895 conseguiu transferência para a Escola de Aprendizes de Porto Alegre, e em dezembro do mesmo ano, para a Marinha do Brasil, na capital, a cidade do Rio de Janeiro.

Desse modo, numa época em que a maioria dos aprendizes era recrutada pela polícia, João Cândido alistou-se com o número 40 na Marinha do Brasil em Janeiro de 1895, aos 14 anos de idade, ingressando como grumete a 10 de dezembro de 1895.

Em depoimento para a Anamnese do Hospital dos Alienados em abril de 1911 e para a Gazeta de Notícias de 31/12/1912, João Cândido afirma ter sido soldado do General Pinheiro Machado, na Revolução Federalista, em 1893, portanto antes de entrar para a escola de aprendizes.

Marinheiros durante a Revolta da Chibata, com João Cândido ao centro, em 1910.

Teve uma carreira extensa de viagens pelo Brasil e por vários países do mundo nos 15 anos que esteve na Marinha de Guerra. Muitas delas foram viagens de instrução, no começo recebendo instrução, e depois dando instrução de procedimentos de um navio de guerra para marinheiros mais novos e oficiais recém-chegados à Marinha.

A partir de 1908, para acompanhar o final da construção de navios de guerra encomendados pelo governo brasileiro, muitos marinheiros foram enviados à Grã-Bretanha. Em 1909 João Cândido também para lá foi enviado, onde tomou conhecimento do movimento realizado pelos marinheiros russos em 1905, reivindicando melhores condições de trabalho (a revolta do Encouraçado Potemkin).

Tornou-se muito admirado pelos companheiros marinheiros, que o indicaram por duas vezes para representar o "Deus Netuno" na travessia sobre a linha do equador, e muito elogiado pelos oficiais, por seu bom comportamento, e pelas suas habilidades principalmente como timoneiro. Era o marinheiro mais experiente e de maior trânsito entre marinheiros e oficiais, a pessoa indicada para liderar a revolta.

O movimento dos marinheiros da Marinha de Guerra

O uso da chibata como castigo na Armada brasileira já havia sido abolido em um dos primeiros atos do regime republicano, o decreto número 3, de 16 de Novembro de 1889, assinado pelo então presidente marechal Deodoro da Fonseca. Todavia, o castigo cruel continuava de fato a ser aplicado, a critério dos oficiais. Num contingente de 90% de negros e mulatos, centenas de marujos continuavam a ter seus corpos retalhados pela chibata, como no tempo da escravidão. Entre os marinheiros, insatisfeitos com os baixos soldos, com a má alimentação e, principalmente, com os degradantes castigos corporais, crescia o clima de tensão.

Já em 1893, na canhoeira Marajó, um contingente de marinheiros havia se revoltado contra o excesso de castigos físicos, exigindo a troca do comandante que abusava da chibata e outros suplícios. Na época, ainda não queriam o fim da Chibata, mas a troca do comandante do navio, para evitar abusos. Definitivamente, não era normal receber chibatadas. E, para piorar, os oficiais extrapolavam o limite de próprio regimento da Marinha, baseado num decreto que nunca foi publicado no Diário Oficial, que estabelecia a criação de Companhias Correcionais que poderiam indicar a punição de até 25 chibatadas, após a Abolição da Escravatura.

Ainda na Grã-Bretanha, e depois, ao retornarem ao Brasil, os marinheiros que lá estiveram para acompanhar a construção dos encouraçados Minas Gerais e São Paulo, iniciaram um movimento conspiratório com vistas a tomar uma atitude mais efetiva no sentido de acabar com a Chibata na Marinha de Guerra.

Estatua em homenagem a João Cândido no Rio de Janeiro.

As eleições presidenciais de 1910, embora vencidas pelo candidato situacionista marechal Hermes da Fonseca, expressaram o descontentamento da sociedade com o regime vigente. O candidato oposicionista, Rui Barbosa, realizou intensa campanha eleitoral, reforçando a esperança de transformações do povo brasileiro.

Esgotadas as tentativas pacíficas e propositivas dos marinheiros, incluindo uma audiência de João Cândido no Gabinete do presidente anterior, Nilo Peçanha, e na presença do ministro da marinha, Alexandrino de Alencar sem qualquer providência efetiva para o fim dos castigos físicos, os marinheiros decidiram que iriam fazer um motim pelo fim do uso da chibata em 25 de Novembro de 1910.

Entretanto, menos de uma semana após a posse do marechal Hermes da Fonseca, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi punido a 21 de Novembro com 250 chibatadas, que não se interromperam nem mesmo com o desmaio do mesmo, conforme noticiado pelos jornais da época, aplicadas na presença de toda a tripulação do Encouraçado Minas Gerais, nau capitânia da Armada. Este fato antecipou a data programada para o motim, de 25 para 22 de Novembro de 1910.

Revolta da Chibata

No dia 22 de novembro de 1910, João Cândido deu início ao levante, assumindo o comando do Minas Gerais, pleiteando a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira. Foi designado à época, pela imprensa, como Almirante Negro. Por quatro dias, os navios de guerra Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro apontaram os seus canhões para a Capital Federal. No ultimato dirigido ao Presidente Hermes da Fonseca, os revoltosos declararam: "Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podemos mais suportar a escravidão na Marinha brasileira". A rebelião terminou com o compromisso do governo federal em acabar com o emprego da chibata na Marinha e de conceder anistia aos revoltosos. Entretanto, no dia seguinte ao desarmamento dos navios rebelados, o governo promulgou em 28 de novembro um decreto permitindo a expulsão de marinheiros que representassem risco, o que era um nítida quebra de palavra, uma traição do texto da lei de anistia aprovada no dia 25 pelo Senado da República e sancionada pelo presidente Hermes da Fonseca. Alguns marinheiros começaram a ser afastados da Marinha, aparentemente em comum acordo, para o bem de todos.

Expulsão da Marinha


Pouco tempo depois, a eclosão de um novo e até hoje inexplicável levante entre os fuzileiros navais, no quartel da ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, em 9 de Dezembro de 1910, foi prontamente reprimida pelas autoridades, Marinha e Governo, e serviu de justificativa para Hermes da Fonseca demandar do Senado aprovação do estado de sítio (lei marcial). João Cândido chegou a ordenar tiro de canhão sobre os marinheiros-fuzileiros amotinados na Ilha das Cobras para provar sua lealdade ao governo. Mas de nada adiantou.

Apesar de não haver participado da organização deste segundo levante, João Cândido foi expulso da Marinha, sob a falsa acusação de ter favorecido os rebeldes. Foi preso em 13 de Dezembro no quartel do exército, e transferido no dia de natal (24 de dezembro de 1910) para uma masmorra na Ilha das Cobras, onde 16 de seus 17 companheiros de cela morreram asfixiados. Em abril de 1911 foi transferido para o Hospital dos Alienados, como louco, mas recebeu alta e voltou para a Ilha das Cobras, de onde foi solto em 1912, absolvido das acusações juntamente com nove companheiros. À época, o seu defensor foi o rábula Evaristo de Moraes, contratado pela Ordem de Nossa Senhora do Rosário e dos Homens Pretos, que declinou o recebimento dos honorários que lhe eram devidos.

Banido da Marinha, João Cândido sofreu grandes privações, vivendo precariamente, trabalhando como estivador e descarregando peixes na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro.

De acordo com a sua ficha, nos quinze anos em que permaneceu na Marinha, foi castigado em nove ocasiões, preso entre dois a quatro dias em celas solitárias "a pão e água", além de ter sido duas vezes rebaixado de cabo a marinheiro. A sua ficha registra ainda dez elogios por bom comportamento nos últimos três meses antes da revolta.

A sua vida pessoal foi profundamente abalada pelo suicídio de sua segunda esposa (1928). Em 1930 foi novamente detido, acusado de subversão.

Adesão ao Integralismo

Em 1933 foi convidado e aderiu à Ação Integralista Brasileira, movimento nacionalista de direita fundado em 1932 pelo escritor Plínio Salgado, chegando a ser o líder do núcleo Integralista da Gamboa, bairro portuário da cidade do Rio de Janeiro. Em entrevista ao historiador Hélio Silva, gravada em 1968 e arquivada no Museu da Imagem e do Som (MIS), João Cândido declarou manter sua amizade com Plínio Salgado e de ter orgulho em ter sido integralista. O Integralismo permitia que mulheres e negros se filiassem ao partido, no que se diferenciava do nazismo. João Cândido, que era sobretudo um ex-militar que sonhava voltar à Marinha de Guerra, foi muito assediado por parte de oficiais da Marinha para que fizesse parte do movimento integralista, com a promessa de reintegrá-lo.

Em 1959 voltou ao Sul do País para ser homenageado, mas a cerimônia foi suspensa por interferência da Marinha do Brasil.

Falecimento

Discriminado e perseguido pela Marinha até ao fim de sua vida, se recolheu no município de São João de Meriti, onde veio a se aproximar da Igreja Evangélica Metodista. Ali em sua casa passou mal e foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, onde viria a falecer de câncer, pobre e esquecido, em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos de idade.

Legado, homenagens e resgates

A sua memória foi resgatada na década de 1970 pelos compositores João Bosco e Aldir Blanc, no samba "O mestre-sala dos mares".

Em outubro de 2005, o deputado nacionalista Elimar Máximo Damasceno (PRONA/SP) apresentou o projeto de lei n. 5874/05, determinando inscrever o nome de João Cândido no "Livro dos Heróis da Pátria", que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Em Setembro de 2007, faleceu, aos 82 anos de idade, Zeelândia Cândido, filha mais nova de João Cândido, que dedicou a vida a obter a reintegração do nome de seu pai à Marinha, corporação de onde saiu sem quaisquer direitos.

Em 22 de Novembro de 2007 (aniversário de 97 anos da Revolta), foi inaugurada uma estátua em homenagem ao "Almirante Negro", nos jardins do Museu da República, antigo Palácio do Catete, bombardeado durante a revolta. A estátua, de corpo inteiro, de João Cândido com o leme em suas mãos, foi afixada de frente para o mar. Como parte da solenidade, que teve a presença de autoridades, familiares e representantes dos movimentos sociais, foi exibido o filme Memórias da Chibata, de Marcos Manhães Marins, e feita uma exposição fotográfica da Revolta da Chibata, sob a curadoria do cientista político e juiz de direito João Batista Damasceno.

Em 24 de julho de 2008, 39 anos depois da morte de João Cândido Felisberto, publicou-se, no Diário Oficial da União, a Lei Nº 11.756 que concedeu anistia ao líder da Revolta da Chibata e a seus companheiros, ideia que partiu do Senado Federal e foi aprovada pela Câmara dos Deputados, em 13 de maio de 2008, dia em que se comemora a Abolição da Escravatura no Brasil.

No entanto, a lei foi vetada na parte em que determinava a reintegração de João Cândido à Marinha do Brasil. O motivo do veto é que esse reabilitação "post mortem" importaria em impacto orçamentário para o qual a lei não apontou a referida fonte de custeio. Assim, uma vez que tal reconhecimento imporia à União o pagamento dos soldos atrasados e das promoções que lhe seriam devidas, bem como na concessão de aposentadoria e pensão aos seus dependentes, nesse particular a lei foi vetada por ser contrária ao interesse público, no julgamento da equipe do governo federal. Na realidade, somente 2 (duas) famílias se apresentaram como descendentes de marinheiros que participaram da Revolta da Chibata: a do próprio líder João Cândido Felisberto e a do marinheiro Adalberto Ribas, que fugiu de um dos barcos logo após a revolta. Entidades alegam que indenizar duas famílias não quebrará os cofres do governo brasileiro.

Após dois anos, em 20 de Novembro de 2008, a estátua foi transferida dos jardins do Palácio do Catete para a Praça Quinze de Novembro, no centro da cidade do Rio de Janeiro, em grande evento que contou com a presença do presidente da república, a família de João Cândido e milhares de pessoas.

No dia 07 de Maio de 2010, a Transpetro, a pedido do presidente da república, batizou com o nome de "João Cândido" (em homenagem àquele que ficou conhecido em 1910 como "almirante negro") o primeiro navio do PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota), primeiro petroleiro produzido em estaleiro nacional após um intervalo de mais de 13 anos. A cerimônia ocorreu no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca-PE, e a trabalhadora negra Josenilda Maria da Silva foi escolhida como madrinha do navio, representando toda a força de trabalho do estaleiro EAS. O navio será comandado por um Capitão de Longo Curso (CLC) da Marinha Mercante e será utilizado na exportação. A entidade UMNA, Unidade de Mobilização Nacional pela Anistia, reivindicou junto à Transpetro (Petrobras Transportes S.A.) que o nome do navio receba o justo complemento e, antes do lançamento ao mar, se torne: "Marinheiro João Cândido", a exemplo de outros navios como o "Marinheiro Marcílio Dias", ou receba o nome "João Cândido Felisberto", uma vez que com primeiros nomes "João Cândido" existem muitos e mais famosos do que o líder da revolta (João Candido Portinari, João Cândido Ferreira, João Cândido da Silva, e até mesmo o Almirante João Cândido Brasil, que é nome de rua no Rio de Janeiro).

O Petroleiro "João Cândido" tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo. O navio foi construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, ao custo de R$ 300 milhões.

O Cristão e o Mundo!


A. W. Tozer (1897-1963) pastoreou igrejas da Aliança Cristã e Missionária por mais de 30 anos. Apesar de não ter freqüentado seminário, seu amplo conhecimento bíblico, o forte impacto de sua pregação e a prolífica criação literária (escreveu mais de 40 livros) renderam-lhe a concessão de dois doutorados honorários. Tozer é reputado entre os maiores pregadores de todos os tempo

A.W. Tozer (1960)


"O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber."
João 14:17

A fé cristã, baseada no Novo Testamento, ensina o completo contraste entre a igreja e o mundo. Não é mais do que um lugar comum religioso dizer que o problema conosco hoje é que procuramos construir uma ponte sobre o abismo que há entre duas coisas opostas, o mundo e a igreja, e realizamos um casamento ilícito para o qual não há autorização bíblica. Na verdade, nenhuma união real entre o mundo e a igreja é possível. Quando a igreja se junta com o mundo, já não é mais a igreja verdadeira, mas apenas um detestável produto misturado, um objeto de gozação e desprezo para o mundo, e uma abominação para o Senhor.

A obscuridade em que muitos (ou deveríamos dizer a maioria dos?) crentes andam hoje não é causada por falta de clareza da parte da Bíblia. Nada poderia ser mais claro do que os pronunciamentos das Escrituras sobre a relação do cristão com o mundo. A confusão que campeia nessa matéria resulta da falta de disposição de cristãos professos para levar a sério a Palavra do Senhor. O cristianismo está tão emaranhado no mundo que milhões nunca percebem quão radicalmente abandonaram o padrão do Novo Testamento. A transigência está por toda parte.

O mundo está suficientemente caiado, encobrindo as suas faltas, para passar no exame feito por cegos que posam como crentes; e esses mesmos crentes estão eternamente procurando obter aceitação da parte do mundo. Mediante mútuas concessões, homens que a si mesmos se denominam cristãos manobram para ficar bem como homens que para as coisas de Deus nada têm, senão mudo desprezo.

Toda esta questão é espiritual, em sua essência. O cristão é o que não é por manipulação eclesiástica, mas pelo novo nascimento. É cristão por causa de um Espírito que nele habita. Só o que é nascido do Espírito é espírito. A carne nunca pode converter-se em espírito, não importa quantos homens considerados dignos da igreja nela trabalhem. A confirmação, o batismo, a santa comunhão, a profissão de fé - nenhum destes, nem todos estes juntos, podem transformar a carne em espírito, e tampouco podem fazer de um filho de Adão um filho de Deus. "E, porque vós sois filhos", escreveu Paulo aos gálatas, "enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.".

E aos Coríntios, ele escreveu: "Examinai-vos a vós mesmos, se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados". E aos romanos: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vós. E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele".

A terrível zona de confusão tão evidente em toda a vida da comunidade cristã, poderia ficar esclarecida num só dia, se os seguidores de Cristo começassem a seguir a Cristo em vez de uns aos outros. Pois o nosso Senhor foi muito claro em Seu ensino sobre o cristão e o mundo.

Numa ocasião, depois de receber não solicitado e carnal conselho de irmãos sinceros, mas não esclarecidos, o nosso Senhor respondeu: "O meu tempo ainda não chegou, mas o vosso sempre está presente. Não pode o mundo odiar-vos, mas a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más". Ele identificou os Seus irmãos na carne com o mundo e disse que Ele e eles eram de dois espíritos diferentes. O mundo O odiava, mas não podia odiá-los porque não podia odiar-se a si próprio.

Uma casa dividida contra si mesma não subsiste. A casa de Adão tem que permanecer leal a si própria, ou se romperá. Conquanto os filhos da carne possam brigar entre si, no fundo estão unidos uns aos outros. É quando o Espírito de Deus entra, que entra um elemento estrangeiro. "Se o mundo vos odeia", disse o Senhor aos Seus discípulos, "sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário dele vos escolhi, por isso o mundo vos odeia.". Paulo explicou aos gálatas a diferença entre o filho escravo e o livre: "Como, porém outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora" (Gálatas 4:29).

Assim, através do Novo Testamento inteiro, é traçada uma aguda linha entre a igreja e o mundo. Não há meio termo. O Senhor não reconhece nenhum bonzinho "concordar para discordar" para que os seguidores do Cordeiro adotem os procedimentos do mundo e andem pelo caminho do mundo. O abismo que há entre o cristão e o mundo é tão grande como o que separou o rico de Lázaro. E, além disso, é o mesmo abismo, isto é, é o abismo que separa o mundo, dos resgatados do mundo; do mundo, dos que continuam caídos.

Bem sei, e o sinto profundamente quão ofensivo esse ensino deve ser para aquele bando de mundanos que mói e remói o rebanho tradicional. Não posso alimentar a esperança de escapar da acusação de fanatismo e intolerância que, sem dúvida, lançarão contra mim os confusos religionistas que procuram fazer-se ovelhas por associação. Mas bem podemos encarar a dura verdade de que os homens não se tornam cristãos associando-se com gente de igreja, nem por contato religioso, nem por educação religiosa; tornam-se cristãos somente por uma invasão da sua natureza, invasão feita pelo Espírito de Deus por ocasião do novo nascimento.

E quanto se tornam cristãos assim, imediatamente passam a ser membros de uma nova geração, uma "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus ... que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia" (I Pedro 2:9,10).

Com os versículos citados, não houve desejo de os citar fora do contexto, nem de focalizar a atenção num lado da verdade para desviá-lo de outro. O ensino desta passagem forma completa unidade com toda a verdade do Novo Testamento. É como se tirássemos um copo de água do mar. O que tiraríamos não seria toda a água do oceano, mas seria uma amostra real e em perfeito acordo como o restante.

A dificuldade que nós cristãos contemporâneos enfrentamos não é a de entender mal a Bíblia, mas a de persuadir os nossos indóceis corações a aceitarem as suas claras instruções. O nosso problema é conseguir o consentimento das nossas mentes amantes do mundo para termos Jesus como Senhor de fato, bem como de palavra. Pois uma coisa é dizer, "Senhor, Senhor", e outra completamente diferente é obedecer aos mandamentos do Senhor. Podemos cantar, "Coroai-O Senhor de todos", e regozijar-nos com os agudos e sonoros tons do órgão e com a profunda melodia de vozes harmoniosas, mas ainda não teremos feito nada enquanto não abandonarmos o mundo e não fizermos os nosso rostos na direção da cidade de Deus na dura realidade prática. Quando a fé se torna obediência, aí é de fato fé verdadeira.

O espírito do mundo é forte, e gruda em nós tão entranhadamente como cheiro de fumaça em nossa roupa. Ele pode mudar de rosto para adaptar-se a qualquer circunstância e assim enganar muito cristão simples, cujos sentidos não são exercitados para discernir o bem e o mal. Ele pode brincar de religião com todas as aparências de sinceridade. Ele pode ter acessos de sensibilidade de consciência , e até pode confessar os seus maus caminhos pela imprensa pública. Ele louvará a religião e bajulará a igreja por seus fins. ele contribuirá para as causas de caridade e promoverá campanha para distribuir roupas aos pobres. Basta que Cristo guarde distância e que nunca afirme o Seu senhorio sobre ele. Positivamente isso não durará. E para com o verdadeiro Espírito de Cristo, só mostrará antagonismo. A imprensa do mundo (que é seu real porta-voz) raramente dará tratamento justo a um filho de Deus. Se os fatos a compelem a uma reportagem favorável, o tom tende a ser condescendente e irônico. Ressoa nela a nota de desdém.

Tanto os filhos deste mundo como os filhos de Deus foram batizados num espírito, mas o espírito do mundo e o Espírito que habita nos corações dos homens nascidos duas vezes, acham-se tão distanciados um do outro com o céu do inferno. Não somente são o completo oposto um do outro, mas também estão em extremo combate um contra o outro, mas também estão em agudo antagonismo um contra o outro. Para um filho da terra as coisas do Espírito são, ou ridículas, caso em que ele se diverte, ou sem sentido, caso em que ele se aborrece. "Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente."

Quanto a mim, temo qualquer tipo de movimento religioso entre s cristãos que não leve ao arrependimento, resultando numa aguda separação do crente e o mundo. Suspeito de todo e qualquer esforço de avivamento organizado, que seja forçado a reduzir os duros termos do Reino. Não importa quão atraente pareça o movimento, se não se baseia na retidão e não é cuidado com humildade, não é de Deus. Se explora a carne, é uma fraude religiosa e não deve receber apoio de nenhum cristão temente a Deus. Só é de Deus aquele que horna o Espírito e prospera às expensas do ego humano. "Como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor".

Em Londres, papa alerta contra a ‘marginalização’ da religião.

O papa Bento XVI disse durante visita à Grã-Bretanha que a religião e o cristianismo, em particular, estão sendo marginalizados.

As declarações foram feitas durante discurso considerado histórico no Parlamento britânico para políticos, líderes religiosos e personalidades.

"Não posso deixar de externar minha preocupação com a crescente marginalização da religião, especialmente da cristandade, que ocorre em alguns setores, mesmo em nações que valorizam muito a tolerância",

"Existem alguns que defenderiam que a religião se calasse ou que pelo menos fosse relegada a um âmbito puramente privado."

"Há também os que defendem que celebrações públicas de festas como o Natal devem ser desencorajadas, sob o questionável argumento de que elas poderiam, de alguma forma, ofender pessoas de outras religiões ou de nenhuma."

Crianças

Em uma missa celebrada na Abadia de Westminster em conjunto com o arcebispo de Canterbury, líder espiritual da Igreja Anglicana, Rowan Williams, o papa disse que "em uma sociedade que se torna cada vez mais indiferente ou mesmo hostil à mensagem cristã", os fiéis deveriam "falar com ainda mais alegria e de forma convincente" de suas crenças.

As duas igrejas romperam em 1534. Ambos os líderes ressaltaram a importância de o cristianismo não ser visto como uma ameaça à liberdade.

Mais cedo, o papa falou a cerca de 4 mil crianças estudantes de uma escola cristã em Londres.

O papa também disse que carreira e dinheiro não são suficientes para a felicidade, enquanto que a satisfação verdadeira poderia ser encontrada em Deus.

Ameaça

Mais cedo na sexta-feira, a polícia de Londres anunciou que havia detido seis suspeitos, a maioria deles argelinos, por suposto envolvimento com uma possível ameaça ao papa.

O atual nível de ameaça para a Grã-Bretanha é "forte", o que significa que os setores de segurança acreditam que um ataque é "altamente provável".

Em sua visita, o papa vem sendo recebido por multidões de fiéis e também protestos organizados por entidades contrárias à presença do religioso no país.

Autoridades policiais da Inglaterra e da Escócia passaram meses planejando a operação de segurança para a visita do papa à Grã-Bretanha.

A operação de segurança incluiu avaliação de ameaças, medidas para segurança durante movimentação do papa e a necessidade potencial de controle de multidões.

Você quer saber mais?

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/09/100917_papanova_rc.shtml

Reconhecido como religião, druidismo deve ter isenção fiscal na Grã-Bretanha.

O druidismo deve se tornar a primeira prática pagã a receber reconhecimento oficial como religião na Grã-Bretanha, status que lhe garante isenção fiscal.

A comissão britânica que regula instituições de caridade aceitou o argumento de que a adoração a espíritos naturais pode ser vista como uma atividade religiosa de interesse público, milhares de anos após os primeiros druidas terem surgido na Grã-Bretanha.

A organização Druid Network afirma, no entanto, que não se beneficiará da isenção fiscal a que deve ter direito, porque não recebe dinheiro o suficiente para tal.

Prática milenar

O druidismo é uma das primeiras práticas espirituais de que se tem conhecimento na Grã-Bretanha, e os druidas também existiram em sociedades celtas em outros países da Europa.

Phil Ryder, líder da Druid Network, disse apreciar o reconhecimento oficial, ainda que esse não tivesse sido o motivo pelo qual pediu o status de organização de caridade. “Pedimos porque somos obrigados por lei a fazê-lo.”

A Druid Network afirma ter 350 membros, que pagaram 10 libras cada um para se afiliar.

Os druidas não restringem sua adoração a um deus ou criador. Idolatram espíritos que, dizem, habitam a Terra, além de forças da natureza, como trovões, e locais como montanhas e rios.

O correspondente da BBC Robert Pigott, especializado em assuntos religiosos, disse que o druidismo está florescendo no Reino Unido, em meio ao crescimento das preocupações ambientais e à diminuição da influência das religiões tradicionais.

Devemos como cristão tornarmos praticantes de nossa fé, pois senão veremos o mundo mergulhado em uma multidão de cultos, onde até mesmo o animal de estimação se tornará um deus a ser cultuado, pois como digo, enquanto discutimos banalidades os incrédulos florescerem como frutos da primavera.

Você quer saber mais?


http://www.bbc.co.uk

Documento reúne pedidos de cientistas ao presidente eleito.

Cientista Legal

Se o pedido dos cientistas aos presidenciáveis pudesse se resumir em apenas uma palavra, seria "qualificação".


Em documento entregue aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) durante o período eleitoral, cientistas pedem mais qualificação na pós, na graduação e também no ensino médio.

"Se os alunos do ensino médio não souberem fazer contas, não teremos bons engenheiros no futuro", explica o bioquímico Hernan Chaimovich, da ABC (Academia Brasileira de Ciências).

Ele foi um dos cientistas que encabeçou o documento de 15 páginas entregue aos candidatos, junto com representantes da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) e de outras entidades.

"Precisamos de professores mais qualificados e mais valorizados", diz Chaimovich. Para isso, os cientistas propõem aumentar a participação da educação no PIB (Produto Interno Bruto) dos 4% atuais para 6% até o final do próximo mandato.

Os especialistas querem também que 2% do PIB seja despendido em ciência no próximo mandato_ quase o dobro do gasto atual.

METAS CLARAS

As metas dos pesquisadores também incluem, por exemplo, ter cerca de 150 mil doutores formados nos próximos dez anos, o que representa um aumento de quase 50% na quantidade média de doutores titulados por ano.

"Precisamos de pesquisadores bem formados nas empresas. É isso que faz diferença no mundo todo", explica o bioquímico da ABC.

"O Brasil precisa pautar a ciência mundial em certas áreas do conhecimento, o que já acontece, por exemplo, com os estudos de cana-de-açúcar", completa.

O documento, no entanto, não toca diretamente em tópicos nevrálgicos da atividade científica do país, como a dificuldade de importação de equipamentos (que pode levar cerca de seis meses).

"Mas o problema da burocracia está em todos os lados da atividade científica. Por isso destacamos, no documento, que precisamos de autonomia das instituições e segurança jurídica", explica.

De acordo com Chaimovich, um relatório similar entregue aos candidatos em 2006 e foi parcialmente integrado ao chamado "PAC da ciência" (o plano de ação de 2007 a 2010).

"Eu sou um otimista. Prefiro acreditar que seremos ouvidos pelo próximo presidente", conclui o cientista.

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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/823504-documento-reune-pedidos-de-cientistas-ao-presidente-eleito.shtml