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domingo, 5 de outubro de 2025

O Governo de Fernando Henrique Cardoso (1995–2002): Estabilidade e Reformas

Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu a presidência em 1995 com o prestígio conquistado pelo sucesso do Plano Real, do qual fora o principal articulador. Seu governo foi marcado pela estabilização econômica, com controle da inflação e aumento do poder de compra da população. FHC implementou um programa de reformas liberais, que incluiu privatizações, abertura ao capital estrangeiro e flexibilização das leis trabalhistas, buscando modernizar o Estado e reduzir o déficit público.

No campo social, criou programas importantes como o Bolsa Escola e o Comunidade Solidária, precursores do Bolsa Família. Em seu segundo mandato, sancionou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impôs maior controle dos gastos públicos. Apesar dos avanços econômicos, seu governo enfrentou críticas devido ao desemprego, à valorização cambial e à dependência do capital internacional.

FHC foi reeleito em 1998, após uma emenda constitucional que permitiu a reeleição, e concluiu seu governo em 2002, deixando um país mais estável, embora ainda desigual. Seu legado é amplamente reconhecido pela consolidação da estabilidade econômica e institucional do Brasil.

Você quer saber mais?

CARDOSO, Fernando Henrique. A Arte da Política: a história que vivi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. São Paulo: Leya, 2017.

O Governo de Itamar Franco (1992–1994): Transição e Estabilidade Econômica

   Itamar Franco assumiu a presidência após o impeachment de Collor, em um momento de grande instabilidade política e econômica. Seu governo buscou restaurar a confiança nas instituições e promover a estabilidade nacional. Itamar adotou uma postura conciliadora e republicana, formando um ministério plural, com representantes de diferentes partidos e correntes ideológicas.

    O grande destaque de sua gestão foi a condução do Plano Real, lançado em 1994, idealizado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O plano introduziu uma nova moeda, o Real, e conseguiu estabilizar a economia após anos de inflação descontrolada. No campo político, Itamar se destacou pela defesa da soberania nacional e pelo incentivo à indústria automobilística, com a abertura de novas montadoras no país.

     Mesmo com pouco tempo de governo, Itamar Franco deixou um legado de estabilidade e credibilidade, pavimentando o caminho para o sucesso do Plano Real e para a eleição de seu sucessor.

Você quer saber mais?

BRASIL. Plano Real: documentos e discursos. Brasília, DF: Ministério da Fazenda, 1994.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
SILVA, Hélio. Itamar Franco: o presidente improvisado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

O Governo de Fernando Collor de Mello (1990–1992): Reformas e Crise Política

O governo de Fernando Collor de Mello marcou o início da década de 1990 com promessas de modernização e combate à corrupção. Ele foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a redemocratização. Collor assumiu o cargo em um contexto de hiperinflação e crise econômica. Seu principal objetivo era estabilizar a economia e reduzir a intervenção do Estado. Para isso, lançou o Plano Collor, que confiscou parte das poupanças e depósitos bancários, além de introduzir uma nova moeda, o Cruzeiro. A medida, embora drástica, não conseguiu conter a inflação de forma duradoura.

Collor também iniciou um processo de abertura econômica, reduzindo tarifas de importação e incentivando a privatização de estatais. Entretanto, seu governo foi marcado por denúncias de corrupção, envolvendo o esquema comandado por Paulo César Farias, tesoureiro de sua campanha. Em 1992, após intensa mobilização popular e a atuação dos “caras-pintadas”, Collor sofreu impeachment, sendo substituído pelo vice Itamar Franco. Seu governo deixou marcas profundas na política e na economia brasileira, abrindo caminho para novas reformas e estabilização futura.

Você quer saber mais?

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.

GASPARI, Elio. A Ditadura Encurralada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

SINGER, André. Collor: o homem, o tempo e o poder. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

O Governo de José Sarney (1985–1990): Transição e Desafios da Nova República

    O governo de José Sarney marcou o início da chamada Nova República, período de redemocratização do Brasil após duas décadas de regime militar. Sarney assumiu a presidência em 1985, após a morte de Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Seu mandato foi caracterizado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais. Um dos marcos de seu governo foi a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988, símbolo do retorno pleno à democracia e das garantias de direitos civis, sociais e trabalhistas.

    No campo econômico, Sarney enfrentou uma grave crise inflacionária, herança dos anos anteriores. Para contê-la, lançou o Plano Cruzado (1986), que instituiu uma nova moeda e congelou preços e salários. Inicialmente bem recebido, o plano não se sustentou, gerando desabastecimento e novo aumento da inflação. Outros planos econômicos, como o Plano Cruzado II, o Plano Bresser e o Plano Verão, também fracassaram em estabilizar a economia.

    Politicamente, Sarney teve de equilibrar-se entre as pressões populares por reformas e as resistências das elites tradicionais. Seu governo foi essencial para consolidar as bases democráticas, mas terminou desgastado por denúncias de corrupção e pela crise econômica. Ainda assim, o período foi crucial para o fortalecimento das instituições republicanas e da liberdade de imprensa, além da ampliação da participação popular na vida política.

Você quer saber mais?

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. São Paulo: Edusp, 2015.
GASPARI, Elio. A Nova República: de Tancredo a Sarney. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016.

domingo, 28 de setembro de 2025

Império Romano

 O Império Romano foi uma das mais importantes civilizações da história, exercendo grande influência sobre a política, a cultura, a economia e a arte de seu tempo. Fundado em 27 a.C., quando Otávio Augusto tornou-se o primeiro imperador, o Império expandiu-se por vastos territórios da Europa, Norte da África e Oriente Médio. A administração romana era organizada e eficiente, com uma complexa rede de estradas, aquedutos e cidades planejadas, permitindo a integração de povos diversos.

O exército romano era uma das principais forças do Império, sendo responsável por conquistar e manter territórios, além de proteger fronteiras. A sociedade romana era estruturada em classes, incluindo patrícios, plebeus, escravos e libertos, cada uma com direitos e deveres específicos. A religião inicialmente politeísta influenciou profundamente a cultura, mas, com o tempo, o Cristianismo se tornou a religião oficial.

A economia romana baseava-se na agricultura, comércio e tributos das províncias conquistadas, possibilitando o enriquecimento da elite. O direito romano, com suas leis e códigos, influenciou sistemas jurídicos em diversos países até hoje. A arte e a arquitetura romanas, como o Coliseu, o Panteão e o Fórum Romano, refletem habilidade técnica e gosto estético refinado.

Durante séculos, o Império enfrentou crises políticas, sociais e econômicas, que culminaram em sua divisão em Império Romano do Ocidente e do Oriente. O Império do Ocidente caiu em 476 d.C., enquanto o Oriente, conhecido como Império Bizantino, perdurou até 1453. O legado romano é perceptível na língua, na arquitetura, na legislação e nos costumes contemporâneos.

Você quer saber mais?

CARR, E. H. História da Civilização Romana. Rio de Janeiro: Zahar, 1992.

FERRARI, L. O Mundo Romano: História, Cultura e Sociedade. São Paulo: Contexto, 2007.

WARD-PERKINS, B. A Queda de Roma e o Fim da Civilização. São Paulo: Unesp, 2006.

Hino do Rio Grande do Sul com a estrofe suprimida em 1966

Essa estrofe foi retirada da versão oficial do hino em 1966, durante o regime militar, por conter referências à democracia ateniense e críticas aos "tiranos", que poderiam ser interpretadas como subversivas.

Na atualidade, acabou gerando controvérsias, pois a ausência de uma estrofe tornou outra sem sentido, como ocorre com a palavra “virtude”. Ela se refere à virtude romana, que são valores fortemente ligados à maçonaria, da qual vários farrapos faziam parte.

Hino Rio-Grandense

Letra: Francisco Pinto da Fontoura (Chiquinho da Vovó)
Melodia: Joaquim José Mendanha
Harmonização: Antônio Corte Real

1ª Estrofe:
Como a aurora precursora
Do farol da divindade,
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da liberdade.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

2ª Estrofe (suprimida em 1966):
Entre nós, reviva Atenas,
Para assombro dos tiranos,
Sejamos gregos na glória
E na
virtude, romanos.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

3ª Estrofe:
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo;
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.

Estribilho:
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.